Huuum... será que esse engano foi causado por dinheiro petista??
Porteiro que citou Bolsonaro no caso Marielle recua em depoimento à PF e diz que se enganou
Alberto Mateus, funcionário do condomínio Vivendas da Barra, no Rio de Janeiro, alegou que 'lançou errado' na planilha de acesso o número da casa onde reside o presidente
- Paulo Roberto Netto e Fausto Macedo
20 de novembro de 2019 | 17h12
O porteiro do condomínio Vivendas da Barra recuou em
depoimento prestado à Polícia Federal nesta terça-feira, 19, e afirmou ter lançado errado o registro de entrada de
Elcio Queiroz na casa 58, do presidente
Jair Bolsonaro, na planilha de controle do condomínio.
O funcionário disse que havia se sentido ‘pressionado’ e deu a primeira versão para o episódio, na qual a entrada do suspeito de matar Marielle Franco foi autorizada pelo ‘Seu Jair’.
LEIA TAMBÉM
Porteiro do condomínio de Bolsonaro depôs à PF em inquérito do caso Marielle
Apesar de dizer que se sentiu ‘pressionado’, o porteiro afirmou que ninguém o pressionou a prestar a versão em que menciona o presidente.
Fachada do prédio Vivendas da Barra, na zona oeste do Rio, onde tem casa o presidente Jair Bolsonaro. Foto: Wilton Júnior / Estadão
O funcionário foi ouvido no inquérito aberto para apurar o seu próprio testemunho no caso Marielle.
A investigação foi solicitada pelo ministro Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública) para apurar ‘tentativa de envolvimento indevido’ do nome de Bolsonaro nas investigações sobre o assassinato da vereadora.
O inquérito corre em sigilo e o Ministério Público Federal afirma que só se manifestará na conclusão do caso.
O caso. A investigação teve início após reportagem da
TV Globo mostrar que um homem chamado Elcio (que seria
Elcio Queiroz, um dos acusados pela execução de Marielle) deu entrada no condomínio Vivendas da Barra em 14 de março de 2018 dirigindo um Renault Logan prata. Ele teria informado ao porteiro que iria visitar a casa 58, de Bolsonaro. O porteiro afirmou ter confirmado a entrada com o ‘seu Jair’.
O presidente, à época deputado federal, estava em Brasília conforme registros da Câmara dos Deputados.
Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes, foram mortos há 616 dias – março de 2018 – em circunstâncias até hoje não esclarecidas.