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Tópico oficial Vim do futuro e vi que deu certo: Argentina, futura integrante do império da Gran Venezuela

constatine

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México proíbe voos da Venezuela porque os aviões chegam cheios e voltam vazios
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Várias empresas anunciaram que suspenderam os voos de Caracas a Cancun desde a semana passada, após receberem notificações da Agência Federal de Aviação Civil (AFAC) do México. As autoridades mexicanas estão autorizando apenas alguns voos específicos que variam de acordo com as empresas.

Como reporta o nosso parceiro Aviacionline, a decisão foi tomada com base nos dados estatísticos fornecidos pelo Aeroporto Internacional de Cancun, que mostram que o número de passageiros que voltam do México à Venezuela é cerca de 35% menor do que o que o percurso contrário, ou seja, há uma proporção de pessoas que não voltam para seu país.

Isso viola as condições da autorização concedida pela AFAC, que abrange a venda de serviço de transporte aéreo de ida e volta acompanhada de pacote de hospedagem.


Diante disso, a AFAC determinou que em caso de “reincidência nas práticas descritas acima, não serão autorizados novos programas de voos de e para o território mexicano, sem prejuízo das possíveis sanções a que aquela empresa possa ser creditada por omissão do acima mencionado”.

A notificação da AFAC também indica que a partir de 1º de setembro não serão autorizados mais de cinco voos por mês com passageiros de Caracas ou qualquer outro ponto da Venezuela para Cancun ou outro ponto do México, até que as irregularidades sejam resolvidas.

Os voos entre a Venezuela e o México são amplamente utilizados por cidadãos e residentes venezuelanos que precisam se conectar com a Europa e os Estados Unidos, uma vez que Cancun tem uma rede ampla de destinos para esses mercados. A suspensão desta conexão é um duro golpe para os viajantes, mas existe a preocupação com a imigração ilegal.

Até o momento da matéria do Aviacionline, o Instituto Nacional de Aeronáutica Civil (INAC) da Venezuela não havia se pronunciado sobre o assunto.




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constatine

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El PBI per cápita argentino quedó debajo de los USD 9.000 por primera vez en 15 años
El Banco Mundial ubicó el indicador en 2020 en niveles similares a los de 2005 y 1998, y perdió posiciones en la tabla global. ¿Cuántos años se necesitarán para volver al máximo previo?
 

geist

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El PBI per cápita argentino quedó debajo de los USD 9.000 por primera vez en 15 años
El Banco Mundial ubicó el indicador en 2020 en niveles similares a los de 2005 y 1998, y perdió posiciones en la tabla global. ¿Cuántos años se necesitarán para volver al máximo previo?

Mal sabem eles que vai chegar a menos de 5k. Isso porque a população é pequena.
 


constatine

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Terá algum plano de "minha xereca, minha vida" que distribua rosadinhas aos turistas?


O que vai ocorrer em todo território argentino é o que já ocorre aqui em escala menos, nas estradas brasileiras. Prostituição vai ser moda e os pedobiden faram a festa num pais de miseráveis.
 

Baralho

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Sobre o futuro desse tópico.
Depois do país platino, qual será a próxima estação?

==========



Chile no caminho ''Serto''…

Só relembrando, na virada de 2019-2020, logo a época das badernas em Santiago, foram levantadas insurreições simultâneas em Bogotá, Buenos Aires, Ciudade de Mexico também...

Foro de SP apoiado e $uportando por partidos políticos muito bem financiados por organizações transnacionais... e, claro, com o beneplácito da cobertura jornalística mainstream no Brasil, a mesma que anseia por uma legislação regulatória em cima da web e da própria liberdade de expressão no país.

=========

Por falar em Chile... O jogo vai virar?

Quadrilha chilena diz que passou a atuar no Brasil por penas mais brandas


Porém, de acordo com o estudante de direito leitor de Foucault (se é que lê mesmo), penas mais rigorosas não diminuem a criminalidade!

Certamente é outra fake news da direita delirante.
Imagine se penas mais brandas iriam incentivar a marginalidade...

Conceitos como ''senso de recompensa'' e ''desincentivo sob risco de punição'' deve ser coisa de reaça, diria o especialista (jamais identificado) do jornal do tal consórcio dos meios de comunicação, ''exemplos'' de mídias imparciais.
 

Hitmanbadass

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Sobre o futuro desse tópico.
Depois do país platino, qual será a próxima estação?

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Chile no caminho ''Serto''…

Só relembrando, na virada de 2019-2020, logo a época das badernas em Santiago, foram levantadas insurreições simultâneas em Bogotá, Buenos Aires, Ciudade de Mexico também...

Foro de SP apoiado e $uportando por partidos políticos muito bem financiados por organizações transnacionais... e, claro, com o beneplácito da cobertura jornalística mainstream no Brasil, a mesma que anseia por uma legislação regulatória em cima da web e da própria liberdade de expressão no país.

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Por falar em Chile... O jogo vai virar?

Quadrilha chilena diz que passou a atuar no Brasil por penas mais brandas


Porém, de acordo com o estudante de direito leitor de Foucault (se é que lê mesmo), penas mais rigorosas não diminuem a criminalidade!

Certamente é outra fake news da direita delirante.
Imagine se penas mais brandas iriam incentivar a marginalidade...

Conceitos como ''senso de recompensa'' e ''desincentivo sob risco de punição'' deve ser coisa de reaça, diria o especialista (jamais identificado) do jornal do tal consórcio dos meios de comunicação, ''exemplos'' de mídias imparciais.


Vish Maria
 

constatine

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Golpe al bolsillo: en Gran Buenos Aires las subas de los alquileres promedian el 42% en lo que va del año
En zona norte las cotizaciones superaron el 50% y se dificulta acceder a viviendas de 2 y 3 dormitorios. Por un dos ambientes se piden $44.422 en el norte y $ 29.410 en el oeste-sur


Aqui o aumento foi de trinta e já estamos chorando horrores.
 

Sgt. Kowalski

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Primárias de eleições para o Legislativo na Argentina mostram que frente de governistas deve perder para a oposição


As primárias indicam que a coalizão da oposição vencerá nas eleições para o Legislativo na maioria dos distritos. A frente governista perdeu até mesmo em seu principal reduto.
O governo de Alberto Fernández sofreu uma derrota nas eleições primárias do domingo (12) e isso poderá implicar a perda do controle do Senado e uma diminuição da bancada governista na Câmara dos Deputados.

Na Argentina há eleições para renovar uma parte do Legislativo no meio do mandato do presidente –essa votação acontecerá no dia 14 de novembro.

A coalizão governista pode perder a maioria que possui atualmente no Senado. Na Câmara, o governo tem minoria e precisaria de 10 cadeiras a mais para conquistar a maioria.

O sistema eleitoral argentino obriga as frentes eleitorais a fazer uma votação primária –ou seja, os eleitores escolhem quem deve ser o candidato de cada partido. Como um eleitor só pode votar em um nome para um partido, essas primárias também refletem qual é a preferência que cada frente tem entre o eleitorado.

As duas principais coligações políticas da Argentina são Juntos, da oposição, e Frente de Todos, do governo. A Juntos, liderada pelo ex-presidente Mauricio Macri, venceu na maioria dos distritos do país.


Derrota na província de Buenos Aires


Maria Eugenia Vidal, ex-governadora da província de Buenos Aires, e Horácio Larreta, prefeito da cidade de Buenos Aires, em 12 de setembro de 2021 — Foto: Raul Ferrari / Telam / AFP

O resultado foi ruim para o governo até mesmo em um de seus principais redutos, que são as cidades do entorno de Buenos Aires. Na província de mesmo nome (que não inclui a capital), com mais de 76% da apuração encaminhada, a Juntos teve 38,3% dos votos, contra 33,5% da Frente de Todos.

Veja também

Na cidade de Buenos Aires, onde a direita é mais forte, os números são ainda mais duros para o governo. Com 96% das urnas apuradas, a Juntos registrava 48,27% dos votos, contra 24,62% da aliança de Fernández.

"É um cenário catastrófico para o governo, Com estes números, a perspectiva é que o triunfo opositor deve ser consolidado dentro de dois meses", disse o cientista político Carlos Fara.


Reação de Fernández


"Todos escutamos o veredicto das pessoas com respeito e muita atenção", declarou Fernández, ao lado dos principais dirigentes de seu partido, após o anúncio dos resultados.

"A partir de amanhã (segunda-feira) vamos trabalhar para que em novembro nos acompanhem porque seguimos convencidos que estamos diante de dois modelos de país, um que inclui a todos e outro que deixa muitos de lado", disse.


Primárias marcadas pela pandemia


As primárias foram marcadas pela pandemia de Covid-19, que adiou as votações devido a medidas sanitárias.

Eleitores na cidade de Buenos Aires, em 12 de setembro de 2021 — Foto: Alejandro Pagni / AFP

A pandemia causou mais de 113 mil mortes em 5,5 milhões de casos no país, com uma diminuição acentuada nas infecções nas últimas semanas, à medida que a vacinação avança. Mais de 63% dos 45 milhões de habitantes da Argentina receberam uma dose e 40% já foram totalmente imunizados.

Um total de 34 milhões de pessoas estavam registradas para votar. O índice de participação foi um pouco superior a 67%.
 

Tokai

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Queda de braço entre Fernández e Kirchner expõe fratura na esquerda argentina

Cartazes com imagens de Cristina Kirchner e Alberto Fernández

CRÉDITO,GETTY IMAGES
Legenda da foto,

Cartazes com imagens de Cristina Kirchner e Alberto Fernández; vice e presidente estão em queda de braço pública
A Argentina vive horas de tensão política envolvendo o presidente Alberto Fernández e sua vice, a ex-presidente Cristina Kirchner, em uma queda de braço pública que inclui os rumos da economia e expõe a divisão na aliança que chegou a ser apontada como esperança de setores da esquerda regional diante da direita tradicional.

Na quinta-feira (16/09), quatro dias após a derrota do governo nas eleições primárias que antecedem as eleições legislativas de novembro, o distanciamento político e ideológico entre os dois foi ressaltado, primeiro, nas declarações de uma deputada kirchnerista que chamou Fernández de "neo" (neoliberal) e "ocupa" (invasor) da Casa Rosada.

Um dia antes, foi anunciada a renúncia coletiva de cinco ministros da base fiel à ex-presidente e que costumam se definir mais à esquerda. Entre eles, o ministro do Interior, Eduardo 'Wado' de Pedro, cujos pais eram militantes políticos e foram assassinados na ditadura militar (1976-1983).
Pouco depois da divulgação das declarações da deputada kirchnerista Fernanda Vallejos, na mesma quinta-feira, Cristina publicou uma longa carta, em suas redes sociais, criticando o presidente e sua gestão de governo. Ela sugeriu que a administração de Fernández estava seguindo a cartilha que eles deveriam evitar e que costuma ser associada à direita.

"Sinalizei (para Fernández) que achava que estava sendo realizada uma política de ajuste fiscal que não era adequada, que estava impactando de forma negativa na atividade econômica e, portanto, no conjunto da sociedade e que, sem dúvida, isto teria consequências eleitorais", escreveu a vice-presidente.

Ela afirmou ter dito ao presidente que os argentinos estão sofrendo perdas salariais, falta de trabalho e "descontrole de preços" e que essa situação deveria mudar. Segundo dados oficiais, divulgados nesta semana, a inflação argentina, em doze meses, registra 51,4%, incluindo o índice de 2,5% no mês de agosto.
Somente nos oito primeiros meses deste ano, a alta de preços foi de 32,4%, ainda de acordo com o Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec). O dado supera os 29% previstos para todo este ano no orçamento do governo. O índice de pobreza, por sua vez, é de cerca de 44%, também de acordo com dados oficiais.
A Argentina já registrava inflação e pobreza em alta, durante o governo do ex-presidente Mauricio Macri, opositor do kirchnerismo, quando Fernández e Cristina assumiram a Presidência. A situação foi agravada durante a pandemia do novo coronavírus e, no passado, segundo levantamentos do Fundo Monetário Internacional (FMI), a economia argentina encolheu cerca de 11% e junto com o Peru registrou um dos piores indicadores da região - excluindo a Venezuela, que teria tido retração acima de 20%, ainda segundo o organismo internacional.
Na missiva, a vice-presidente também recordou que Fernández chegou à Presidência porque foi ela quem, sozinha, o escolheu para ser candidato à Casa Rosada.
"Fiz (a escolha) com a certeza de que era o melhor para minha Pátria. Só peço ao presidente que honre essa decisão", escreveu. Segundo o jornal Página 12, de Buenos Aires, Alberto Fernández teria respondido, dizendo: "Ela me conhece. Sabe que não me submeto a pressões".
'Catástrofe política'
Casa Rosada

CRÉDITO,SPENCER PLATT/GETTY IMAGES
Legenda da foto,

A Casa Rosada, em Buenos Aires; Argentina tem dados preocupantes nas áreas social e econômica
A dicotomia entre o presidente e a vice-presidente, que costumava ser comentada nos bastidores da política argentina, ganhou a esfera pública após a derrota do governo nas primárias que definiram os candidatos às eleições legislativas do dia 14 de novembro.

Foi uma "derrota eleitoral (para o kirchnerismo) sem precedentes em uma eleição legislativa", disse Cristina, que definiu o resultado como "catástrofe política".
No domingo, em um resultado que surpreendeu tanto o governo quanto a oposição, a frente opositora Juntos por el Cambio (Juntos pela Mudança), ligada ao ex-presidente Mauricio Macri, que costuma ser chamado pelos kirchneristas de "neoliberal", recebeu cerca de 40% da votação nacional.
A coalizão governista Frente de Todos contou com 31% dos votos. O restante dos votos foi distribuído entre os que se definem como de "esquerda pura" (5,8%) e a chamada "terceira via" (4,4%).

Em uma entrevista ao canal América TV, de Buenos Aires, o ministro da Economia, Martín Guzmán, negou que realize ajuste fiscal e afirmou que suas medidas são tomadas para "organizar" a economia, diante da pesada herança, disse, recebida do macrismo.
Guzmán é definido como o principal negociador do governo junto ao FMI com o qual tenta chegar a um acordo para a dívida de US$ 44 bilhões - empréstimo recorde do organismo - contraída durante o governo Macri.

Para analistas políticos de diferentes tendências, a difícil situação da economia argentina foi um dos fatores para o resultado eleitoral das primárias e que também poderia levar o governo a perder as eleições legislativas de novembro, quando serão renovadas metade das cadeiras da Câmara dos Deputados e um terço do Senado e se definirá se o governo manterá ou não a maioria no parlamento.

Num artigo, nesta sexta-feira, no jornal La Nación, de Buenos Aires, o analista político Sergio Berensztein disse que o panorama para o governo "é desolador, em termos eleitorais, políticos, institucionais e econômicos", diante da situação econômica e da "crise política" envolvendo o presidente e sua vice-presidente.

"A situação para o governo e para o presidente passou a ficar mais difícil depois da divulgação das imagens do aniversário da primeira-dama (Fabíola Yañez), no ano passado, quando o país obedecia as ordens do presidente, mas ele mesmo não cumpria o que exigia", disse o analista político Rosendo Fraga, do Centro de Estudos Nova Maioria.

As fotos e vídeos da comemoração foram reveladas há cerca de um mês e foram registradas em julho do ano passado quando estava em vigor um dos decretos presidenciais com a exigência de isolamento social e a proibição de reuniões. Na época, Fernández registrava altos índices de popularidade, com patamares superiores a 60%, e agora, dependendo da pesquisa estaria entre 30% e 35%.

A notícia sobre a celebração na residência presidencial de Olivos levou o ex-presidente do Uruguai, José "Pepe" Mujica, referência da esquerda, a declarar que: "aos presidentes não podemos perdoar". Ou seja, algo imperdoável. Nesta sexta-feira, o jornal uruguaio El País publicou reportagem dizendo que, após a carta de Cristina, Fernández será um "submetido" a Cristina ou um independente.
Alberto Fernández já tinha sido criticado, em junho passado, quando afirmou que os brasileiros "vieram da selva" e os argentinos "dos barcos". Segundo contaram assessores à BBC News Brasil, ele tem o hábito de falar de improviso e esse teria sido um "ato falho". A repercussão interna e externa levou seus aliados a pedirem que não falasse mais de improviso, segundo a imprensa local.

No auge da popularidade do presidente, representantes dos movimentos sociais de esquerda na Argentina afirmaram que estava nascendo o "albertismo", que reforçaria os braços do tradicional peronismo, fundado pelo ex-presidente Juan Domingo Perón, na década de 1940, e do kirchnerismo, que surgiu a partir da eleição do ex-presidente Néstor Kirchner, em 2003.

Kirchner era marido de Cristina e morreu em 2010. O presidente Fernández tomou uma série de medidas que foram elogiadas pela esquerda, como a de dar exílio ao ex-presidente Evo Morales, logo após o conturbado processo eleitoral boliviano em 2019, e por ter visitado o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na prisão em Curitiba, junto com o ex-ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, durante a campanha eleitoral.
No entanto, dois anos após o início de seu mandato, setores da esquerda passaram a questioná-lo. "A crise econômica fala mais forte", disse Fraga. Este seria um dos motivos do retorno das manifestações quase diárias, lideradas por movimentos sociais, como a desta sexta-feira, no centro de Buenos Aires.


já está com a desculpa na ponta da língua.










Presidente argentino cancela viagens ao exterior para evitar que Cristina Kirchner assuma durante ausência
A coligação do governo sofreu uma derrota nas primárias das eleições legislativas. Cristina Kirchner atribui o resultado à política econômica do governo, que ela considera contracionista. A vice-presidente pressiona Alberto Fernández a fazer uma reforma ministerial e expandir os gastos.
Alberto Fernández, presidente da Argentina, e a vice, Cristina Kirchner, em foto de 13 de setembro de 2021 — Foto: Maximiliano Luna/TELAM/AFP

Alberto Fernández, presidente da Argentina, e a vice, Cristina Kirchner, em foto de 13 de setembro de 2021 — Foto: Maximiliano Luna/TELAM/AFP

Com a Argentina em plena crise institucional provocada pelo vácuo de poder a partir de renúncias em massa ordenadas pela sua vice, Cristina Kirchner, o presidente Alberto Fernández decidiu cancelar viagem planejada ao México nesta sexta-feira (17), para evitar que a sua vice assuma o poder durante a sua ausência. "Não sou eu quem põe o presidente em xeque, mas o resultado eleitoral", defendeu-se Cristina Kirchner.

O presidente argentino, Alberto Fernández, planejava viajar no começo da tarde desta sexta-feira (17) ao México, onde passaria o fim de semana e, de lá, emendaria rumo a Nova York para participar, de forma presencial, da Assembleia das Nações Unidas na terça-feira (21). Porém, as duas viagens foram canceladas devido à crise institucional que vive o governo.

"O presidente suspendeu as suas viagens ao exterior", confirmaram fontes oficiais, reproduzidas pela imprensa argentina.
A viagem ao México era para participar da reunião de Cúpula dos Estados da América Latina e do Caribe (CELAC). A Argentina aspira presidir esse foro. Já o discurso durante a Assembleia da ONU será virtual.Alberto Fernández não quer deixar o governo sob o controle de Cristina Kirchner. Durante a sua ausência do país, a Presidência seria exercida pela sua vice, com quem o presidente trava um duelo político por poder.

Crise institucional


Cristina Kirchner exige uma reforma ministerial que altere o rumo do governo e quer também que o ministro da Economia tenha uma política econômica expansionista para aumentar o gasto público até as eleições legislativas de 14 de novembro, fundamentais para os planos políticos do governo de controlar o Congresso. Alberto Fernández preferia adiar mudanças nos ministérios para depois das eleições, mas, diante da crise, vê-se obrigado agora a reformular a sua equipe de governo.


Sócia majoritária na coligação de governo e detentora do verdadeiro poder, Cristina Kirchner ordenou a renúncia de vários ministros, secretários e presidentes de organismos públicos. Como resultado, 11 dirigentes de governo renunciaram, o que causou um vácuo de poder.

"As renúncias provocam um grave dano no governo e a carta que Cristina Kirchner publicou revela uma vice-presidente que ordena ao presidente que se submeta a ela. O presidente está em xeque. A situação política é dramática", aponta à RFI o analista político, Nelson Castro.

"Não sou eu quem põe o presidente em xeque, mas o resultado eleitoral", alegou Cristina Kirchner numa carta aberta, publicada nas últimas horas.
A vice-presidente se refere à contundente derrota nas eleições primárias de domingo passado. A magnitude da derrota enterra o objetivo governista de controlar o Congresso e traduz-se numa reprovação da gestão do presidente Alberto Fernández, na metade do seu mandato. As eleições primárias tendem a ser irreversíveis, antecipando o resultado das eleições de novembro.

Brigas públicas


Na extensa carta, Cristina Kirchner culpa Alberto Fernández pela "derrota eleitoral sem precedentes para o peronismo" e ordena o que deve ser feito

"Sempre expus ao presidente o que, para mim, constituía uma delicada situação social. Avisei que ele conduzia uma política de ajuste fiscal equivocada que teria, invariavelmente, consequências eleitorais", acusa. "Eu me cansei de dizer e a resposta sempre foi que eu estava errada", critica. Cristina Kirchner insiste com a pressão por uma reforma ministerial.
"Realmente acreditam que não é necessário, depois de tamanha derrota, apresentar publicamente renúncias?", questiona. "O presidente deve relançar o seu governo e sentar-se com o seu ministro da Economia para rever números", indica.
Antes da carta, Alberto Fernández publicou nas redes sociais que "não é tempo para expor disputas”. “A gestão do governo continuará do modo que eu considerar conveniente. Para isso, fui eleito", avisou com um destinatário implícito: a sua vice-presidente.

Porém, perante as renúncias, Alberto Fernández prepara-se para uma reforma ministerial e para anunciar um pacote de medidas fiscais destinadas a aumentar o poder aquisitivo da classe baixa e média-baixa, numa tentativa de reverter o resultado das urnas, exatamente como a sua vice quer.




Pais está em ruínas, e ela quer aumentar os gastos! Excelente dupla
Nem impeachment salvaria o povo desses psicopatas já que toda casta pensa e age exatamente igual.
 
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lucas789

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Queda de braço entre Fernández e Kirchner expõe fratura na esquerda argentina

Cartazes com imagens de Cristina Kirchner e Alberto Fernández

CRÉDITO,GETTY IMAGES
Legenda da foto,

Cartazes com imagens de Cristina Kirchner e Alberto Fernández; vice e presidente estão em queda de braço pública
A Argentina vive horas de tensão política envolvendo o presidente Alberto Fernández e sua vice, a ex-presidente Cristina Kirchner, em uma queda de braço pública que inclui os rumos da economia e expõe a divisão na aliança que chegou a ser apontada como esperança de setores da esquerda regional diante da direita tradicional.

Na quinta-feira (16/09), quatro dias após a derrota do governo nas eleições primárias que antecedem as eleições legislativas de novembro, o distanciamento político e ideológico entre os dois foi ressaltado, primeiro, nas declarações de uma deputada kirchnerista que chamou Fernández de "neo" (neoliberal) e "ocupa" (invasor) da Casa Rosada.

Um dia antes, foi anunciada a renúncia coletiva de cinco ministros da base fiel à ex-presidente e que costumam se definir mais à esquerda. Entre eles, o ministro do Interior, Eduardo 'Wado' de Pedro, cujos pais eram militantes políticos e foram assassinados na ditadura militar (1976-1983).
Pouco depois da divulgação das declarações da deputada kirchnerista Fernanda Vallejos, na mesma quinta-feira, Cristina publicou uma longa carta, em suas redes sociais, criticando o presidente e sua gestão de governo. Ela sugeriu que a administração de Fernández estava seguindo a cartilha que eles deveriam evitar e que costuma ser associada à direita.

"Sinalizei (para Fernández) que achava que estava sendo realizada uma política de ajuste fiscal que não era adequada, que estava impactando de forma negativa na atividade econômica e, portanto, no conjunto da sociedade e que, sem dúvida, isto teria consequências eleitorais", escreveu a vice-presidente.

Ela afirmou ter dito ao presidente que os argentinos estão sofrendo perdas salariais, falta de trabalho e "descontrole de preços" e que essa situação deveria mudar. Segundo dados oficiais, divulgados nesta semana, a inflação argentina, em doze meses, registra 51,4%, incluindo o índice de 2,5% no mês de agosto.
Somente nos oito primeiros meses deste ano, a alta de preços foi de 32,4%, ainda de acordo com o Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec). O dado supera os 29% previstos para todo este ano no orçamento do governo. O índice de pobreza, por sua vez, é de cerca de 44%, também de acordo com dados oficiais.
A Argentina já registrava inflação e pobreza em alta, durante o governo do ex-presidente Mauricio Macri, opositor do kirchnerismo, quando Fernández e Cristina assumiram a Presidência. A situação foi agravada durante a pandemia do novo coronavírus e, no passado, segundo levantamentos do Fundo Monetário Internacional (FMI), a economia argentina encolheu cerca de 11% e junto com o Peru registrou um dos piores indicadores da região - excluindo a Venezuela, que teria tido retração acima de 20%, ainda segundo o organismo internacional.
Na missiva, a vice-presidente também recordou que Fernández chegou à Presidência porque foi ela quem, sozinha, o escolheu para ser candidato à Casa Rosada.
"Fiz (a escolha) com a certeza de que era o melhor para minha Pátria. Só peço ao presidente que honre essa decisão", escreveu. Segundo o jornal Página 12, de Buenos Aires, Alberto Fernández teria respondido, dizendo: "Ela me conhece. Sabe que não me submeto a pressões".
'Catástrofe política'
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A Casa Rosada, em Buenos Aires; Argentina tem dados preocupantes nas áreas social e econômica
A dicotomia entre o presidente e a vice-presidente, que costumava ser comentada nos bastidores da política argentina, ganhou a esfera pública após a derrota do governo nas primárias que definiram os candidatos às eleições legislativas do dia 14 de novembro.

Foi uma "derrota eleitoral (para o kirchnerismo) sem precedentes em uma eleição legislativa", disse Cristina, que definiu o resultado como "catástrofe política".
No domingo, em um resultado que surpreendeu tanto o governo quanto a oposição, a frente opositora Juntos por el Cambio (Juntos pela Mudança), ligada ao ex-presidente Mauricio Macri, que costuma ser chamado pelos kirchneristas de "neoliberal", recebeu cerca de 40% da votação nacional.
A coalizão governista Frente de Todos contou com 31% dos votos. O restante dos votos foi distribuído entre os que se definem como de "esquerda pura" (5,8%) e a chamada "terceira via" (4,4%).

Em uma entrevista ao canal América TV, de Buenos Aires, o ministro da Economia, Martín Guzmán, negou que realize ajuste fiscal e afirmou que suas medidas são tomadas para "organizar" a economia, diante da pesada herança, disse, recebida do macrismo.
Guzmán é definido como o principal negociador do governo junto ao FMI com o qual tenta chegar a um acordo para a dívida de US$ 44 bilhões - empréstimo recorde do organismo - contraída durante o governo Macri.

Para analistas políticos de diferentes tendências, a difícil situação da economia argentina foi um dos fatores para o resultado eleitoral das primárias e que também poderia levar o governo a perder as eleições legislativas de novembro, quando serão renovadas metade das cadeiras da Câmara dos Deputados e um terço do Senado e se definirá se o governo manterá ou não a maioria no parlamento.

Num artigo, nesta sexta-feira, no jornal La Nación, de Buenos Aires, o analista político Sergio Berensztein disse que o panorama para o governo "é desolador, em termos eleitorais, políticos, institucionais e econômicos", diante da situação econômica e da "crise política" envolvendo o presidente e sua vice-presidente.

"A situação para o governo e para o presidente passou a ficar mais difícil depois da divulgação das imagens do aniversário da primeira-dama (Fabíola Yañez), no ano passado, quando o país obedecia as ordens do presidente, mas ele mesmo não cumpria o que exigia", disse o analista político Rosendo Fraga, do Centro de Estudos Nova Maioria.

As fotos e vídeos da comemoração foram reveladas há cerca de um mês e foram registradas em julho do ano passado quando estava em vigor um dos decretos presidenciais com a exigência de isolamento social e a proibição de reuniões. Na época, Fernández registrava altos índices de popularidade, com patamares superiores a 60%, e agora, dependendo da pesquisa estaria entre 30% e 35%.

A notícia sobre a celebração na residência presidencial de Olivos levou o ex-presidente do Uruguai, José "Pepe" Mujica, referência da esquerda, a declarar que: "aos presidentes não podemos perdoar". Ou seja, algo imperdoável. Nesta sexta-feira, o jornal uruguaio El País publicou reportagem dizendo que, após a carta de Cristina, Fernández será um "submetido" a Cristina ou um independente.
Alberto Fernández já tinha sido criticado, em junho passado, quando afirmou que os brasileiros "vieram da selva" e os argentinos "dos barcos". Segundo contaram assessores à BBC News Brasil, ele tem o hábito de falar de improviso e esse teria sido um "ato falho". A repercussão interna e externa levou seus aliados a pedirem que não falasse mais de improviso, segundo a imprensa local.

No auge da popularidade do presidente, representantes dos movimentos sociais de esquerda na Argentina afirmaram que estava nascendo o "albertismo", que reforçaria os braços do tradicional peronismo, fundado pelo ex-presidente Juan Domingo Perón, na década de 1940, e do kirchnerismo, que surgiu a partir da eleição do ex-presidente Néstor Kirchner, em 2003.

Kirchner era marido de Cristina e morreu em 2010. O presidente Fernández tomou uma série de medidas que foram elogiadas pela esquerda, como a de dar exílio ao ex-presidente Evo Morales, logo após o conturbado processo eleitoral boliviano em 2019, e por ter visitado o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na prisão em Curitiba, junto com o ex-ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, durante a campanha eleitoral.
No entanto, dois anos após o início de seu mandato, setores da esquerda passaram a questioná-lo. "A crise econômica fala mais forte", disse Fraga. Este seria um dos motivos do retorno das manifestações quase diárias, lideradas por movimentos sociais, como a desta sexta-feira, no centro de Buenos Aires.


já está com a desculpa na ponta da língua.










Presidente argentino cancela viagens ao exterior para evitar que Cristina Kirchner assuma durante ausência
A coligação do governo sofreu uma derrota nas primárias das eleições legislativas. Cristina Kirchner atribui o resultado à política econômica do governo, que ela considera contracionista. A vice-presidente pressiona Alberto Fernández a fazer uma reforma ministerial e expandir os gastos.
Alberto Fernández, presidente da Argentina, e a vice, Cristina Kirchner, em foto de 13 de setembro de 2021 — Foto: Maximiliano Luna/TELAM/AFP

Alberto Fernández, presidente da Argentina, e a vice, Cristina Kirchner, em foto de 13 de setembro de 2021 — Foto: Maximiliano Luna/TELAM/AFP

Com a Argentina em plena crise institucional provocada pelo vácuo de poder a partir de renúncias em massa ordenadas pela sua vice, Cristina Kirchner, o presidente Alberto Fernández decidiu cancelar viagem planejada ao México nesta sexta-feira (17), para evitar que a sua vice assuma o poder durante a sua ausência. "Não sou eu quem põe o presidente em xeque, mas o resultado eleitoral", defendeu-se Cristina Kirchner.

O presidente argentino, Alberto Fernández, planejava viajar no começo da tarde desta sexta-feira (17) ao México, onde passaria o fim de semana e, de lá, emendaria rumo a Nova York para participar, de forma presencial, da Assembleia das Nações Unidas na terça-feira (21). Porém, as duas viagens foram canceladas devido à crise institucional que vive o governo.

"O presidente suspendeu as suas viagens ao exterior", confirmaram fontes oficiais, reproduzidas pela imprensa argentina.
A viagem ao México era para participar da reunião de Cúpula dos Estados da América Latina e do Caribe (CELAC). A Argentina aspira presidir esse foro. Já o discurso durante a Assembleia da ONU será virtual.Alberto Fernández não quer deixar o governo sob o controle de Cristina Kirchner. Durante a sua ausência do país, a Presidência seria exercida pela sua vice, com quem o presidente trava um duelo político por poder.

Crise institucional





Sócia majoritária na coligação de governo e detentora do verdadeiro poder, Cristina Kirchner ordenou a renúncia de vários ministros, secretários e presidentes de organismos públicos. Como resultado, 11 dirigentes de governo renunciaram, o que causou um vácuo de poder.



"Não sou eu quem põe o presidente em xeque, mas o resultado eleitoral", alegou Cristina Kirchner numa carta aberta, publicada nas últimas horas.

A vice-presidente se refere à contundente derrota nas eleições primárias de domingo passado. A magnitude da derrota enterra o objetivo governista de controlar o Congresso e traduz-se numa reprovação da gestão do presidente Alberto Fernández, na metade do seu mandato. As eleições primárias tendem a ser irreversíveis, antecipando o resultado das eleições de novembro.

Brigas públicas




"Sempre expus ao presidente o que, para mim, constituía uma delicada situação social. Avisei que ele conduzia uma política de ajuste fiscal equivocada que teria, invariavelmente, consequências eleitorais", acusa. "Eu me cansei de dizer e a resposta sempre foi que eu estava errada", critica. Cristina Kirchner insiste com a pressão por uma reforma ministerial.
"Realmente acreditam que não é necessário, depois de tamanha derrota, apresentar publicamente renúncias?", questiona. "O presidente deve relançar o seu governo e sentar-se com o seu ministro da Economia para rever números", indica.
Antes da carta, Alberto Fernández publicou nas redes sociais que "não é tempo para expor disputas”. “A gestão do governo continuará do modo que eu considerar conveniente. Para isso, fui eleito", avisou com um destinatário implícito: a sua vice-presidente.






Pais está em ruínas, e ela quer aumentar os gastos! Excelente dupla
Nem impeachment salvaria o povo desses psicopatas já que toda casta pensa e age exatamente igual.
Meu deus

Gracas a deus escapamos disso, o poste argentino é uma bela vitrine de como o brasil poderia estar com o poste brasileiro
 

NÃOMEQUESTIONE

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Querem dar risadas extremas? Leiam esse divertido artigo feita pela canhotada retardada do Brasil de Fato. :kkk

https://www.brasildefato.com.br/2021/09/25/analise-o-bolsonarismo-ganha-forca-na-argentina

ANÁLISE | O "Bolsonarismo" ganha força na Argentina
Com projetos conservadores exitosos na América Latina, Argentina vê versão própria da onda de direita

Mario Della Rocca Cuba en Resumen
25 de Setembro de 2021 às 16:26

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Forças políticas e tendências ideológicas da extrema direita, que cresceram no início do século, especialmente na Europa, com fenômenos como o de Jean-Marie Le Pen, na França primeiro, e depois com a Liga do Norte, de Matteo Salvini, na Itália, fixou-se com suas feições xenófobas. Agora, elas espalham-se pelo velho continente e pela América Latina com características particulares, como um perigo para a democracia e aos direitos humanos.
Por volta de 2018, o empresário dos EUA, Steve Bannon, ex-assessor de Donald Trump, traçou e trabalhou a ideia de unir as opções políticas de extrema direita, primeiro na Europa e depois para a América Latina. Nesse caminho, assessorou o italiano Salvini, o primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán e o início do partido Vox espanhol.
Também manteve contato muito próximo com Eduardo Bolsonaro, filho do presidente do Brasil, a quem passou a assessorar a partir de 2017, quando seu pai tinha apenas 17% da intenção de voto. No fim, Bolsonaro chegou ao Planalto com sua política de extrema direita - escandalosa disputa judicial contra Lula da Silva - e hoje é um perigo para a democracia brasileira e para o continente latino-americano, como demonstra sua política em relação à pandemia de covid-19.
Com esses antecedentes, até certo ponto exitosos, há espaço político para uma tendência bolsonarista na Argentina, como aquela que Steve Bannon vem amadurecendo e trabalhando desde seus tempos na Casa Branca?
Em princípio, o ex-presidente argentino Mauricio Macri e o atual brasileiro Jair Bolsonaro mantiveram uma excelente relação política e pessoal, expressa tanto bilateralmente quanto em organizações supranacionais, por exemplo, levando a aliança do Mercosul à absoluta inércia.
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Ex-presidente daa Argentina, Mauricio Macri enviou munição à Bolívia para autoproclamação de Jeanine Áñez / Diario Uno

Da mesma forma, ambos compartilharam a operação que o ex-presidente do Estado Plurinacional da Bolívia, Evo Morales, chamou de “Plano Condor do paletó e gravata”, com a participação ativa de seus governos no golpe de Estado de 2019.
A esse respeito, os processos judiciais na Bolívia e na Argentina avançam consideravelmente - com documentação confiável - sobre o envio de material bélico do governo macrista às Forças Armadas bolivianas, mesmo na forma de contrabando agravado, em verdadeira desgraça para a democracia argentina.
No caso do Bolsonaro, reuniões assíduas entre funcionários de seu governo e o governador do Departamento de Santa Cruz, Luis Fernando Camacho (o chamado Bolsonaro boliviano), foram corroboradas, pouco antes do cruel golpe que o teve como um dos principais protagonistas.
:: Crise na Argentina: Um duro recado sobre as ilusões políticas com ‘frentes amplas’ ::

Enquanto Bolsonaro manteve uma atitude política de hostilidade constante para com o governo argentino de Alberto Fernández, a figura da ex-ministra da Segurança, Patricia Bullrich, emergiu com força das entranhas da administração anterior de Mauricio Macri, uma líder que pretende se tornar a "dama de ferro" argentina, emulando Margaret Thatcher.
Após questionada gestão de mão forte das demandas e protestos sociais durante o governo Macri e sua feroz defesa das forças policiais, Bullrich foi nomeada presidente do partido PRO e, a partir daí, com grande visibilidade na mídia hegemônica e anti- governo, ela não tem medo de ser chamada de "Bolsonaro argentina".

A principal protagonista da coordenação do envio de material bélico para colaborar com o golpe na Bolívia assim descreveu seu modelo de segurança desajeitado de seu símile brasileiro:
“Li e memorizei a lei anticrime que o Ministro de Justiça e Segurança Brasileira Sergio Moro apresentou . Nessa lei estão todos os conceitos que levantamos na Argentina. Há flagrância, isto é, julgamentos rápidos; legítima defesa para que não julguem mal a polícia; o endurecimento das penas para as organizações criminosas do tráfico de drogas; a lei de execução da pena, etc. (...) Quanto ao questionamento das pistolas Tasers como elementos de tortura, se o pensamento é sempre de que as forças de segurança não vão fazer o que é certo, então não vamos dar nada a eles; não tenhamos polícia".
Em meados de setembro, Patricia Bullrich, questionando ex-membros do governo macrista e do PRO por sua moderação, se lançou como candidata presidencial para as eleições de 2023 com um nível de exposição na mídia que poucos políticos exibem.
:: Partido espanhol Vox avança com projeto de plataforma de extrema-direita na América Latina ::
Entre os movimentos políticos mais recentes de Bullrich, destaca-se a aproximação com o economista Javier Milei, candidato ultraliberal que, com um discurso extremamente violento e antissistema, acaba de ser votado por 13,66% dos cidadãos da Cidade de Buenos Aires nas eleições.
Mais um dos personagens que hoje percorre assiduamente os meios de comunicação da direita argentina proclamando sua vontade de ser presidente. Milei, um grande admirador dos economistas americanos Friedrich Von Hayek e Milton Friedman, lucrou durante a pandemia com as dificuldades econômicas do país e os necessários controles de mobilidade cidadã que ela exigia. Sob o lema da “liberdade”, agregou adesões inesperadas, mesmo em grupos jovens, para um personagem rotulado de “maluco” pelos argentinos comuns.

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O economista midiático: Javier Milei representa o movimento dos libertários, uma corrente "anarcocapitalista" que promete "romper a casta política". / Alfredo Luna / Telam / AFP

Assim, o sistema político argentino, por meio de seu sistema de comunicação monopolista que foi duramente questionado nos tempos do kirchnerismo, sofre a geração e a irradiação persistente de ideias e personagens de extrema direita a partir de duas grandes questões que unem e seguramente unirão Bullrich e Milei, como ambos já antecipam.
Questões que não são novas e que mostram a incompatibilidade entre liberalismo, democracia e direitos humanos: de um lado, liberalismo econômico sem regulamentação e segurança nas mãos de um Estado autoritário e repressor; e, por outro lado, a indústria do ódio aos socialmente desfavorecidos e à diversidade, seja por nacionalidade, raça, gênero ou sexualidade.
Desde a recuperação da democracia em 1983, a Argentina não vivia a formação de opções políticas de extrema direita tão afirmadas por sua irradiação social, com uma linguagem e práticas típicas de uma ditadura. É hora de tomar consciência desse quadro da situação, antes que seja tarde demais.

* Historiador e jornalista argentino, autor, entre outros livros, de: "Macri & Durán Barba: globos, negocios, círculo rojo y guerra sucia"
Tradução: Carmen Diniz
 

constatine

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Chorem por mim: paralisado, governo argentino afunda em impopularidade
Cabo de guerra entre o presidente e sua vice impede que graves problemas do país sejam resolvidos


:ksnif:ksnif:ksnif:ksnif:ksnif:ksnif:ksnif
 

Zefiris Metherlence

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A Argentina congelou os preços por 90 dias para conter a inflação...
Mas os próprios jornais argentinos reconhecem o histórico de fracasso de medidas assim:

- Congelamiento y acuerdos de precios: una fórmula repetida que casi nunca logra contener la inflación

Quem ignora os erros passados está fadado a cometê-los de novo e novamente.
 

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Argentina congela preços da cesta básica por 90 dias
Butchers prepare meats including morcilla (blood sausage), which is made from the cooking of blood and fillers from animals, at the Mercado San Telmo in Buenos Aires, Argentina.   REUTERS/Jim Urquhart  (ARGENTINA)

Butchers prepare meats including morcilla (blood sausage), which is made from the cooking of blood and fillers from animals, at the Mercado San Telmo in Buenos Aires, Argentina. REUTERS/Jim Urquhart (ARGENTINA)

  • Cerca de 1200 itens entre alimentos, bebidas, produtos de higiene e limpeza foram congelados;
  • Congelamento é primeira medida do novo Secretário de Comércio Interno argentino;
  • Inflação no país chega a 50% em 12 meses.
Nesta quarta-feira (13), no seu primeiro encontro com empresários argentinos, Roberto Feletti, que foi anunciado pelo presidente Alberto Fernández como Secretário de Comércio Interno argentino na reforma ministerial e de secretariado feita pelo presidente após a derrota nas eleições prévias legislativas, impôs um congelamento por 90 dias de cerca de 1200 itens entre itens gerais da cesta básica, alimentos, bebidas, produtos de higiene e limpeza.

O pedido foi feito pelo novo secretário em reunião com cerca de 40 empresários, entre representantes das maiores fábricas de alimentos locais e de outros setores da indústria de alimentos argentina, além de outros empresários das redes de supermercados. No encontro, o secretário pediu que as empresas enviem até esta quinta-feira listas de preços de 1200 itens, segundo o La Nación.

“O tom da reunião foi bom, mas o anúncio do congelamento não caiu nada bem”, disse o diretor de uma importante empresa de alimentos ao jornal “La Nación”, criticando o governo por congelar apenas os preços dos produtos das grandes companhias. Outra grande dúvida do empresariado foi se o congelamento de preços será aplicado aos provedores de insumos, além da queixa de uma grande pressão fiscal vinda das províncias, segundo o “Clarín”.

Os preços ficariam congelados até 7 de janeiro de 2022, em mais uma tentativa do governo argentino de congelamento de preços, antes da divulgação da inflação oficial de setembro. Projeções do mercado indicam que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) deve subir 3% em relação ao mês anterior, depois de uma alta de 2,5% em agosto. A inflação nos últimos 12 meses na Argentina chegou a 50%.





"Que bueno es tener un presidente."
 

bushi_snake

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A Argentina congelou os preços por 90 dias para conter a inflação...
Mas os próprios jornais argentinos reconhecem o histórico de fracasso de medidas assim:

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@Goris

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