Lendo as postagens, percebo uma coisa: quem acha que a predileção de muitos por Oot como melhor jogo da série tem a ver com nostalgia, precisa se atentar a alguns fatos.
Primeiro que essa classificação não necessariamente tem que ser relativa, e sim absoluta. "Ah, Botw é melhor, pois é mais moderno, jogabilidade melhor, física melhor, gráficos melhores, etc.". Se seguirmos essa linha de raciocínio, não existe Zelda melhor, pois inevitavelmente, sempre surgirá algo mais refinado em diversos aspectos, com o passar das décadas, já que sempre somos limitados pela tecnologia do presente momento. É possível que, daqui a 20 anos, achemos Botw, por exemplo, um lixo. Por isso, prefiro uma análise, como eu disse, absoluta.
E isso me faz lembrar o método de análise das revistas de videogame de antigamente, com critérios bem mais objetivos: gráficos, som, jogabilidade, replay, diversão, e a média geral. Muitos consideram os dois últimos Zelda open world melhores, pelo simples fato de "expandiu as mecânicas e o público do jogo". Tá, mas isso é sinônimo de perfeição? Ninguém nem comenta sobre a trilha sonora desses jogos. Não tem uma música sequer que tenha ficado ficado martelando na minha cabeça. Como essas continuações podem ser tão superiores assim? Como conseguiriam enterrar Ocarina tão fácil, se nem um conjunto de músicas sequer magistral tem? Oot, por exemplo, em sua época, quando avaliado, não tinha um contra que fosse. Já esses novos Zeldas, tem várias coisas ruins. E então, se compararmos objetivamente, com os critérios das revistas de antigamente, a coisa fica mais explícita ainda.
Sendo assim, discordo então dessa crítica ao "olhar nostálgico". Devemos avaliar os jogos isoladamente, a partir de critérios específicos. Se, na média, um tiver características mais notáveis do que o outro em todos os aspectos, aí faz sentido dizer o porquê se acha um melhor que o outro.