#15 - 18/03 - Heavenly Sword - PS3
Revisitando esse jogo maravilhoso depois de 10 anos! Joguei ele no tubo na época. Esse jogo envelheceu muito bem. Estou impressionado.
Tecnicamente ele beira a perfeição à época. Os gráficos, nos consoles era o jogo a ser batido. Grafícos lindíssimos e principalmente as expressões faciais, estas que ainda hoje, são mais belas que vários jogos atuais. A trilha sonora também é muito boa e casa muito bem com o jogo.
O único grande defeito na parte técnica é o excesso de slowdown. Não chegou a atrapalhar os combates, mas o jogo sofre com muito slowdown.
A maior polêmica aqui é a gameplay. Enquanto tem muitos acertos, tem alguns erros graves, pelo menos pra mim.
A arma tem 3 Stances, Speed, Power e Ranged. A defesa é automática desde que você não esteja atacando e usando a stance certa, o que dá uma profundidade interessante, embora eu tenha defendido pouco. Usei e abusei da esquiva. Os combos são extensos e variados e a quantidade de skills vai aumentando conforme você avança.
O jogo não tem pulo, enquanto o X tem a função de pegar as coisas do chão e jogar nos outros. E isso é muito legal. Você pode arremesar corpos, espadas, escudos, chutar mesas e qualquer outra coisa que esteja no chão.
O problema da gameplay pra mim é no uso do sensor de movimento. Eu já não gosto de sensores de movimento, na maioria dos jogos eu acho que eles mais atrapalham do que ajudam e aqui você é obrigado a usar eles bastante. Seja pra acionar dispositivos distantes e abrir portas, pra atirar com o arco e flecha, atirar com o canhão contra as catapultas, é um grande problema. Como de praxe da época, o jogo tem QTE também, mas são QTE simples e que não incomodam.
O jogo também tem um ritmo estranho, já que ele é contado em capítulos, você joga, assiste, joga, assiste e segue assim até o fim. Você praticamente não se desloca entre as áreas no jogo, tudo isso é feito em cut scenes. Essas cut scenes deixam o jogo bem cinematográfico e isso é legal, mas você acaba as vezes querendo explorar mais e não tem o que explorar. Entra na sala, mata todos os inimigos, abre a porta e entra vídeo, na cena seguinte você está em outra área.
A história é simples, mas os personagens são incríveis e a narrativa é muito boa. A NT sabe criar personagens atípicos em seus jogos e aqui não é diferente. Praticamente todos os personagens, indo da Nariko aos chefes são interessantes e estão ligados diretamente à trama. A Nariko é um espetáculo, não só em beleza, mas ela cresce muito durante o jogo e essa evolução é muito gratificante.
O jogo possui vários chefes, cada um com uma gameplay única, te obrigando a aprender praticamente todas as mecânicas do jogo e na minha opinião, só peca por ser fácil demais. Morri 2 ou 3 vezes durante o jogo inteiro. O chefão, eu lembro ter tido muita dificuldade em 2008, inclusive tinha vários tópicos em fóruns e sites falando sobre a dificuldade dele, mas nesta vez morri só uma única vez. Interessante é que ele exige que você domine as mecânicas do jogo, defesa, counter, parry, shield break, então acho que vai um pouco da maturidade do jogador.
8.5/10