Gostei do relato Hiper, mas assim que você pegar a qled eu quero um relato também, se ela vale a pena.
Enviado de meu LG-K10
Cumprindo o prometido.
Estou com a minha
Samsung 55Q7FN há pouco mais de 1 mês e faço aqui um review honesto, objetivo e
pessoal sobre esta tevê.
A tevê é linda, design limpo, elegante, com apenas 1 fio [fino e discreto] levando absolutamente tudo para o monitor, energia e conexões, sejam tantas quantas forem. Essa caixa de conexões que ela tem separada vai me fazer nunca mais querer tudo integrado ao monitor de uma tevê. hehe
Primeira coisa que esta tevê faz ao ser configurada é encontrar o seu celular, caso ele seja um
Samsung Galaxy [o meu é um
A7 2017]. Nesse quesito, ela simplesmente arregaçou a
LG C8 que passou por aqui recentemente. É aquilo, o controle remoto que vem com ela é bem bonito e minimalista, com comando de voz e tudo, mas de repente o seu celular já vira o controle remoto da tevê com muito mais recursos e possibilidades. Desde aumentar volume, trocar de canais, usar teclas numéricas a espelhar o YouTube na tela da tevê com extrema facilidade e rapidez. Nem deu ainda pra ver tudo que dá pra fazer nesta interação com o celular.
Primeiro de tudo, a imagem é linda e totalmente satisfatória, 100% em tudo. Mas, para isso,
nesta tevê, exige-se a visualização específica pelo ângulo perpendicular à tela.
>> IMPORTANTE <<
Sendo direto, recomendo a tevê APENAS ao seguinte perfil de usuário:
- vai usar na maior parte do tempo para 1 pessoa, sem que 1 ou mais pessoas tenham que olhar a imagem por ângulo lateral entre 20 e 80 graus da tela. É funcional e não é o fim do mundo, mas o painel dela é VA e perde-se qualidade de imagem olhando por ângulos laterais. Claro que estou falando de pessoas que saibam disso e que reparam, não de pessoas comuns que só querem assistir tevê.
- vai usar no hack,
nunca na parede. É importante que a altura do meio da tela esteja próximo à linha dos olhos, sem qualquer necessidade de deslocamento vertical nem lateral, porque há perda perceptível de qualidade também no deslocamento vertical em poucos graus, essa tevê não deve ficar nem muito abaixo e nem muito acima da linha perpendicular de visão. Lembrando que
estou falando no caso de se querer usufruir de 100% da qualidade excelente de imagem que esta tevê pode alcançar e não estou brincando.
Apesar disso, para o MEU perfil, considero que ela possui poucos pontos negativos, então já começo pelo maior desses pontos negativos, pela sua implicância global quanto ao ângulo de visualização:
Painel VA. Já nas primeiras horas de uso é facilmente perceptível a perda de saturação da imagem ao deslocarmos o ângulo de visão lateralmente já a partir de cerca de 20 graus. Então estou apontando, confirmando que, sim, esse "contra" apontado em muitos reviews desta tevê é factível e facilmente percebido.
Mas o painel VA tem 1 ponto positivo que esta tevê aproveita muitíssimo bem: a capacidade de contraste [quando em ângulo perpendicular à tela, claro]. Passei pela
LG OLED C8 antes dessa, conforme deixei relatado aí no tópico, e sinceramente mal sei dizer a diferença na qualidade de nível de preto entre a C8 e esta Q7FN.
Outro quesito criticado nesta
Samsung 55Q7FN como “ruim” na maioria das análises é o seu
local dimming, que na minha percepção pessoal passou completamente despercebido mesmo nas cenas mais escuras, porque, repito, a capacidade e a qualidade dessa tevê para cenas escuras e níveis de preto é simplesmente mais do que satisfatória.
Pra quem está duvidando ou busca uma experiência atualizada em contraste sem precisar recorrer a uma OLED, tem duas opções de configuração de imagem nesta Samsung capazes de satisfazer até os mais exigentes neste quesito: controle da luz de fundo e brilho. Se está receoso de que coisas como legendas ou outros elementos brancos ou claros apareçam com aquela "aura de luz" em contraposição a cenas escuras, apenas diminua a luz de fundo, coloque -1 no brilho e veja a mágica acontecer. Se bem que mesmo com a luz de fundo alta, não observei nada muito gritante nesse quesito.
Você pode deixar o contraste no máximo e apenas ir diminuindo o brilho e já vai alcançar facilmente níveis de preto tão intensos a ponto de começar a provocar o que pra mim pode ser considerado “black crash” [quando uma ou várias tonalidades de cinza presentes na imagem se tornam todas pretas, fazendo desaparecer detalhes antes visíveis]. Nesta tevê, brilho setado no -2 já começa a ficar excessivamente preto. Honestamente.
É uma tevê que tem a sua luz de fundo padrão setada no máximo e chega a "assustar" a sua capacidade de brilho, coisa facilmente contornável diminuindo a luz de fundo. Estive jogando Forza 5, game de lançamento do Xbox One e que não possui capacidade HDR. Tem uma pista em Praga com vários trechos em que há a simulação da luz do sol incidindo no painel do carro. Nunca pareceu tão real. Mesmo sem HDR, nessa Samsung o efeito de brilho do sol e coisas assim é assustador de tão fidedigno. No Forza 5 parecia o sol de verdade kkkkk... sei lá se por maior competência do game ou da tevê. Mas nesta tevê ficou muuito melhor.
Não sei como está a
Sony X905F no
quesito cor, mas nesta Samsung são absurdamente lindas, vivas e intensas, no bom sentido. Não é algo “saturado” que chega a “vazar”. Nada disso. As cores nesta
Samsung 55Q7FN são precisas e super-detalhadas, me fazendo até começar a acreditar nesse tal diferencial de “pontos quânticos” nesse quesito. Não vejo paralelo. É um ponto notável e caracterizador desse modelo, de fato.
Outro ponto elogiado nesta Q7FN em muitas análises é a pouca reflexibilidade da tela. Totalmente REAL. O material da tela não chega a ser fosco, mas é realmente muito eficiente em não refletir o ambiente e atrapalhar a visualização da imagem. Outra coisa que notei é que essa tela também não atrai muita poeira. Incrível como ela se mantém limpa e sem manchas, além de ser pouquíssimo reflexiva. 10/10
No quesito iluminação do ambiente, aqui não importa muito, ela é completa e ótima tanto no claro como no escuro, e 100% espetacular desde que esteja visualizando pelo ângulo correto. Em ambiente claro, é só deixar a luz de fundo mais alta. No escuro, só diminuir a luz de fundo.
Não tenho muito como falar do som dela, pra mim é bem “padrão”, certamente baixo para os mais exigentes, mas no meu caso é praticamente nulo porque SEMPRE uso Headphone Bluetooth pra tudo, jogando ou assistindo, e nisso sim posso dizer que ela é excelente, perfeita. Saí do quarto e me afastei quase 10 metros e o som estava lá, perfeito. Para os manjadores, sim, ela é Bluetooth 4.2 com todos os protocolos de áudio mais recentes, Aptx e o escambau. Então acaba dependendo mais do phone que você tem. Só tem saída de som ótica, não tem saída P2 para fones de ouvido com fio.
Os menus dela são rápidos, responsivos, ricos em app e nunca apresentaram um mísero delay até agora. Único ponto negativo nos menus é o acesso às configurações de imagem, que exige sempre vários cliques para se chegar até lá, desnecessário e chato, tinha que ter um atalho direto. Então é ruim de ficar testando várias configurações diferentes.
Finalizando, não é uma tevê que entrega um "instant satisfaction" aos mais afoitos e ansiosos. Ela exige um tempo de convívio, testes e aprendizagens. Acredito que ela tem margem para cumprir bem os principais quesitos e se adaptar a vários tipos de usuários, limitada apenas pelo ângulo de visão.
No meu caso, que tenho ela no quarto apenas para o meu uso em 99% das vezes, me deixou totalmente satisfeito. Nunca usei tevê na parede e nem penso em usar. Sempre preferi um hack baixo e um assento confortável, mantendo a minha linha de visão horizontal alinhada ao meio da tela ou pouco abaixo disso.
Estava indo de OLED e agora até agradeço por ter acabado ficando com esta Q7FN, pois, além de encontrar a configuração que atende às minhas necessidades, jogo sem medo de burn-in, retenção ou "desgaste" e perda gradativa da capacidade de brilho, mesmo porque ela ainda tem a opção de "modo ambiente" que põe na tela uma imagem relaxante de acordo com a cor do seu ambiente. Porra, até som de pássaros ela emite quando está assim. Fica realmente parecendo um quadro, pois a luz de fundo fica em zero e a imagem com uma espécie de 'textura' extremamente suave.
Agora, só atualizo tevê no auge da microled e olhe lá.