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Ato, que faz referência à tortura durante a ditadura militar no Brasil, foi proibida pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do governo Wilson Witzel
Por Redação
15 jan 2019, 10h21 - Publicado em 15 jan 2019, 10h19
Membro do grupo artístico "Es Uma Maluca" se apresenta cercada por baratas falsas, em protesto contra a proibição de uma exposição no centro cultural Casa Franca-Brasil, no Rio de Janeiro - 14/01/2019 (Pilar Olivares/Reuters)
Depois de ter sido proibida pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do governador carioca Wilson Witzel (PSC), a performance do grupo “És Uma Maluca”, que seria realizada como parte da exposição Literatura Exposta, na Casa França-Brasil, foi encenada na rua, na área externa do museu, na tarde da última segunda-feira, 14.
Pouco depois das 18h, uma mulher deitou no chão de paralelepípedos com o vestido puxado até acima da cintura e as pernas abertas. Sobre a lingerie cor-de-pele, espalharam-se baratas de plástico até o chão, amontoando-se às centenas em torno da moça e sobre um bueiro, enquanto, de uma caixa de som, saía uma voz abafada exaltando os feitos do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra – um dos maiores torturadores do exército brasileiro durante a ditadura militar. A voz pertencia ao atual presidente, Jair Bolsonaro.
A encenação faz referência ao depoimento da cineasta Lúcia Murat feito à Comissão da Verdade em 2013, quando a artista contou que havia sido torturada pela ditadura dessa forma: com baratas sobre seu corpo e dentro de sua vagina. A performance complementou a instalação A Voz do Ralo é a Voz de Deus, composta apenas pela tampa de bueiro e pelas baratas de plástico, que estava exposta dentro do museu e já havia sido alvo de polêmica em dezembro. Na ocasião, a reprodução do áudio de Bolsonaro foi proibida e, no lugar, o coletivo incluiu uma receita de bolo, imitando um dos recursos utilizados pela imprensa para driblar a censura nos anos 70.
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Nossa, que lindo, que estupendo, que magnífico, tragam um Oscar pra essa mita da 2° arte!
Por Redação
15 jan 2019, 10h21 - Publicado em 15 jan 2019, 10h19
Membro do grupo artístico "Es Uma Maluca" se apresenta cercada por baratas falsas, em protesto contra a proibição de uma exposição no centro cultural Casa Franca-Brasil, no Rio de Janeiro - 14/01/2019 (Pilar Olivares/Reuters)
Depois de ter sido proibida pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do governador carioca Wilson Witzel (PSC), a performance do grupo “És Uma Maluca”, que seria realizada como parte da exposição Literatura Exposta, na Casa França-Brasil, foi encenada na rua, na área externa do museu, na tarde da última segunda-feira, 14.
Pouco depois das 18h, uma mulher deitou no chão de paralelepípedos com o vestido puxado até acima da cintura e as pernas abertas. Sobre a lingerie cor-de-pele, espalharam-se baratas de plástico até o chão, amontoando-se às centenas em torno da moça e sobre um bueiro, enquanto, de uma caixa de som, saía uma voz abafada exaltando os feitos do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra – um dos maiores torturadores do exército brasileiro durante a ditadura militar. A voz pertencia ao atual presidente, Jair Bolsonaro.
A encenação faz referência ao depoimento da cineasta Lúcia Murat feito à Comissão da Verdade em 2013, quando a artista contou que havia sido torturada pela ditadura dessa forma: com baratas sobre seu corpo e dentro de sua vagina. A performance complementou a instalação A Voz do Ralo é a Voz de Deus, composta apenas pela tampa de bueiro e pelas baratas de plástico, que estava exposta dentro do museu e já havia sido alvo de polêmica em dezembro. Na ocasião, a reprodução do áudio de Bolsonaro foi proibida e, no lugar, o coletivo incluiu uma receita de bolo, imitando um dos recursos utilizados pela imprensa para driblar a censura nos anos 70.
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Nossa, que lindo, que estupendo, que magnífico, tragam um Oscar pra essa mita da 2° arte!