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[Levante vai virar deitante news]Guaidó chama o povo pras ruas[HOJE SIM?]

Sgt. Kowalski

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Venezuela sofre blecaute nacional; Maduro culpa sabotagem em hidrelétrica

Ao menos 15 dos 23 estados do país foram atingidos pela falta de luz, incluindo a capital Caracas

access_time 8 mar 2019, 00h18

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Vista de Caracas durante apagão que atingiu boa parte do território venezuelano - 08/03/2019 (Manaure Quintero/Reuters)

Um grande blecaute atingiu ao menos 15 dos 23 estados da Venezuela nesta quinta-feira 7, incluindo a capital Caracas. Durante a noite, o governo do presidente Nicolás Maduro apontou o problema como resultado de uma “sabotagem” em uma hidrelétrica que fornece a maior parte da energia do país.
A falta de eletricidade é frequente nas cidades venezuelanas, um dos reflexos da crise econômica do país, que enfrenta hiperinflação, falta crônica de alimentos e medicamentos e uma emigração em massa de mais de 3 milhões de pessoas.
Críticos afirmam que a corrupção e o baixo investimento deixaram a rede de transmissão de energia do país incapaz de funcionar, enquanto Maduro afirma que os problemas são causados intencionalmente por adversários políticos.
Multidões tomaram a principal avenida de Caracas. Muitas pessoas declararam que teriam de caminhar por várias horas para chegarem em suas casas devido aos poucos ônibus nas ruas que estão lotados e ao fato de o sistema de metrô da cidade estar desativado.
“Isto é só a ponta do iceberg, dadas todas as coisas que estamos sofrendo”, disse, à agência Reuters, Pedro Fernández, um engenheiro de sistemas no bairro de Altamira, em Caracas, enquanto caminhava para o outro lado da cidade.
A mídia local e usuários do Twitter relataram que a falta de energia afetava Caracas assim como 15 dos 23 Estados do país. Um repórter da emissora de TV estatal descreveu o episódio como um “blecaute nacional”.
“Eles atacaram a geração e transmissão da (hidrelétrica) Guri, espinha dorsal do sistema elétrico”, disse o ministro da Eletricidade, Luís Motta, na TV estatal sem fornecer evidências. No fim da noite de quinta-feira, a energia ainda não havia sido restabelecida.
(Reuters)
 

Sgt. Kowalski

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Venezuela suspende dia de trabalho e aulas devido a apagão



CARACAS - O governo da Venezuela decidiu suspender o dia de trabalho e as aulas nesta sexta-feira, 8, em consequência do apagão que afeta a maior parte do país desde a tarde de quinta-feira e que o presidente Nicolás Maduro denuncia como um ato de "sabotagem".
No Twitter, o presidente Nicolás Maduro acusou os Estados Unidos: "A guerra elétrica anunciada e dirigida pelo imperialismo americano contra nosso povo será derrotada. Nada nem ninguém poderá vencer o povo de Bolívar e Chávez. Máxima união dos patriotas".

Especialistas, no entanto, dizem que a falta de investimentos na manutenção da infraestrutura em meio a grave crise econômica enfrentada pelo país é o real motivo para o colapso energético venezuelano. A falta de energia afeta também o Estado brasileiro de Roraima, único estado que não está interligado ao sistema elétrico nacional, que depende da energia fornecida pelo país vizinho.

Maduro tomou a decisão "com o objetivo de facilitar os esforços para a recuperação do serviço de energia elétrica no país, vítima da guerra elétrica imperialista", tuitou a vice-presidente venezuelana, Delcy Rodríguez. Segundo a vice-presidente, esse "ataque tecnológico" deu como resultado uma "grave perturbação".
Um extenso apagão afeta desde a tarde quinta-feira Caracas e quase todos os Estados da Venezuela e o governo Maduro denunciou uma "sabotagem" contra a principal barragem de geração de energia elétrica no país.
Quase oito horas após o início do corte, alguns pontos da zona leste da capital voltaram a ter energia elétrica. Grande parte do país, no entanto, segue no escuro.

De acordo com a imprensa, o apagão afetou praticamente toda a Venezuela, com cortes em 23 dos 24 Estados, incluindo Zulia, Táchira, Mérida e Lara (oeste), Miranda, Vargas, Aragua e Carabobo (centro-norte), Cojedes (centro), Monagas e Anzoátegui (leste) e Bolívar (sul).
O caos se espalhou por quase todo o país: hospitais deixaram de atender, voos no aeroporto internacional Simón Bolívar foram cancelados e as ruas das principais cidades ficaram vazias depois do corte de energia que começou às 16h50 (17h50 em Brasília) de quinta-feira.
A economia do país também está completamente paralisada já que não é possível sacar dinheiro nos caixas eletrônicos em quase todo o país, o serviço telefônico foi suspenso e até mesmo o metro da capital continua sem operar.
"Até o telefone está desligado, o calor é insuportável e estamos sem água. O país está um desastre", afirmou Armando Cordero, de 57 anos.
"Já estamos cansados, esgotados", declarou à AFP Estefanía Pacheco, mãe de duas crianças, obrigada a andar 12 km entre seu trabalho como executiva de vendas, no oeste da capital, até sua casa, no oeste. Os apagões são comuns na Venezuela, sendo crônicos na região ocidental, embora venham se espalhando para outras áreas.

O apagão também forçou o adiamento na noite de quinta-feira da partida entre o Deportivo Lara e o Emelec, do Equador, pelo Grupo B da Copa Libertadores na cidade de Barquisimeto. O jogo está previsto para a tarde desta sexta-feira, mas ainda não se sabe se haverá condições para sua realização.
Reação

A companhia elétrica estatal Corpoelec denunciou na noite de quinta-feira, sem dar detalhes, uma sabotagem no reservatório de Guri, localizado no Estado de Bolívar.
"Sabotaram a geração em Guri... Isto é parte da guerra elétrica contra o Estado. Não permitiremos! Estamos trabalhando para recuperar o serviço", publicou a empresa no Twitter.

Guri é uma das maiores represas geradoras de energia na América Latina, superada apenas pela de Itaipu, na fronteira entre Brasil e Paraguai.
"Temos Guri, Tocoma e Caruachi. Temos Planta Centro e Tacoa. Temos água, petróleo e gás, mas lamentavelmente temos um usurpador em Miraflores", escreveu também na rede social o líder opositor Juan Guaidó, reconhecido como presidente interino da Venezuela por mais de 50 países. / AFP e EFE
 

Sgt. Kowalski

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Roraima aciona termoelétricas para não ficar sem energia após apagão na Venezuela



BOA VISTA - O apagão que mantém a maior parte da Venezuela no escuro também afeta o Estado brasileiro de Roraima, que acionou ainda na quinta-feira suas cinco usinas termoelétricas para suprir a energia normalmente procedente do complexo hidrelétrico venezuelano de Guri e Macaguá, informou nesta sexta-feira, 8, a Roraima Energia.
A primeira desconexão entre a Venezuela e Roraima foi registrada às 10h22 (11h22 em Brasília) de quinta, seguida por outra às 16h53. Desde então, o Estado não conseguiu restabelecer o fornecimento com a estatal de energia do país vizinho, a Corpolec, e é atendido por seu parque termelétrico.

"Ao decorrer da noite foram realizadas tentativas de restabelecimento pela interligação Brasil/Venezuela, porém como a mesma apresentava grande instabilidade não foi possível", explicou a Roraima Energia em comunicado.
Roraima é o único Estado brasileiro desconectado do sistema elétrico nacional. A metade de seu fornecimento de energia vem da usina hidrelétrica venezuelana de Guri, através de uma linha de transmissão inaugurada em 2001 pelos então presidentes Hugo Chávez e Fernando Henrique Cardoso.
A Roraima Energia diz que suas cinco usinas termelétricas têm capacidade para atender 100% da demanda de eletricidade do Estado e que todas estão operando nesta sexta-feira.
"Até o momento não recebemos informação concreta das causas dos desligamentos na interligação e o sistema continua sendo atendido 100% pelo parque termoelétrico.", completou a empresa.
Alto custo

As usinas termelétricas fornecem eletricidade a um custo muito mais alto que as linhas de conexão com a Venezuela e precisam receber diesel com caminhões.
A conexão de Roraima à rede nacional de energia envolve a construção de linhas de transmissão passando por 125 km de território indígena Waimiri-Atroari, povo que foi um dos mais afetados nos anos 1960 e 1970 para a construção da rodovia Roraima-Manaus, impulsionado pela ditadura militar que governou o Brasil entre 1964 e 1985.
Esse projeto, chamado de linha de Tucuruí, está paralisado há anos, aguardando licenças ambientais e consultas com moradores, exigidas pela Constituição.
O governo de Jair Bolsonaro discute a publicação de um decreto considerando o trabalho uma questão de "emergência nacional", o que aceleraria o processo. Os waimiri-atroari dizem que não são contra a obra, mas exigem "que seus direitos constitucionais e legais sejam respeitados".
Em 2018, Roraima registrou 85 apagões, dos quais 72 foram causados por falhas na Venezuela, um número recorde, de acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica do Brasil.
 

BCoisa

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Agora o Maduro cai:


Penúria na Venezuela atinge até mesmo os criminosos
Em meio à escassez de produtos e a baixíssima circulação de dinheiro, bandidos têm dificuldades para cometer crimes

Mary Beth Sheridan e Rachelle Krygier, THE NEW YORK TIMES, O Estado de S.Paulo
08 de março de 2019 | 22h03

CARACAS - Uma das mais curiosas consequências do colapso econômico da Venezuela é que o dinheiro basicamente desapareceu. Com a hiperinflação crescente, o governo não imprime moeda com a rapidez suficiente para acompanhar a desvalorização de modo que muitos venezuelanos usam cartões de débito, mas isto não significa que eles têm muito dinheiro para bancá-los.


O motorista Mario Roja mostra seu táxi em Caracas:

O motorista Mario Roja mostra seu táxi em Caracas: 'era assaltado quase todo dia, agora não sou mais'Foto: Washington Post photo by Mary Beth Sheridan.

De repente já não vale muito a pena bater carteiras. “Se roubam sua carteira, não há nada dentro dela”, disse Yordin Ruiz, 58 anos, sapateiro. Enquanto o líder oposicionista Juan Guaidó luta para arrancar o comando do país do presidente Nicolás Maduro, um drama ainda maior vem se desenrolando em segundo plano. A economia está em queda livre. E as oportunidades estão desaparecendo até para os ladrões em um dos países mais dominados pelo crime em todo o mundo.

Os assaltantes que costumavam girar por Caracas em motocicletas, mostrando suas pistolas nas vidraças dos carros e exigindo que suas vítimas entregassem as carteiras, agora só andam a pé. Não há peças de reposição para suas motos. No passado, os gatunos com frequência arrancavam os celulares de passageiros dos pequenos ônibus que rodam pelas vias rápidas de Caracas. Mas hoje o transporte público mal funciona.
Muitos venezuelanos não reportam os assaltos e não há dados estatísticos confiáveis sobre muitos tipos de crime. Mas o grupo sem fins lucrativos Venezuela Violence Observatory (Observatório Venezuelano de Violência), calcula que os assassinatos caíram de 89 para cada grupo de 100.000 pessoas em 2017, para 81,4 no ano passado. Seu relatório de 2018, baseado em dados de investigadores de oito universidades no país, encontrou sinais de que vários outros tipos de crimes também estão em queda.

PARA ENTENDER
Venezuelanos vão às ruas contra o governo de Nicolás Maduro; entenda os motivos da manifestação antichavista
Protestos foram convocados pela oposição e receberam apoio dos Estados Unidos.


Ocorreram poucos roubos a bancos porque não há muito dinheiro depositado nestas instituições. Quem pode se dar ao luxo de poupar? Há menos carros nas ruas para roubar. Com o preço das peças importadas subindo, muitos veículos ficam nas garagens.
E até os criminosos estão migrando, indica o relatório, juntando-se ao êxodo em massa de mais de três milhões de venezuelanos em busca de melhores oportunidades fora do país.
“Na Venezuela ser ladrão não é mais lucrativo”, disse Roberto Briceño-Leon, sociólogo que coordena o observatório. O declínio de casos de roubos reflete um fenômeno peculiar. Um visitante que retorna a Caracas depois de anos esperaria encontrar uma cidade decadente. Afinal a economia encolheu quase a metade nos últimos cinco anos. Mas a cidade não está em colapso. Ela está desaparecendo.
As ruas estão repletas de lojas, mas muitas têm grades de ferro baixadas o tempo todo; os lojistas não conseguem mais obter algum lucro. Há poucos carros nas ruas, as pessoas não saem à noite, e pouca coisa é encontrada nas prateleiras dos mercados.


Felicita Blanco, 70 anos, jornalista veterana, é uma avó de cabelos grisalhos baixinha com seu notebook e uma caneta. Ela passou quase quatro décadas cobrindo crimes em Caracas para o jornal El Carabobeño. A cobertura de roubos de carros blindados e bancos era basicamente seu trabalho. Hoje não tanto. “Como a moeda não vale nada, não tem mais sentido roubar bancos”, disse ela.
Mario Roja, 59 anos, é chofer de táxi em Caracas há 30 anos. Ele exibe seu carro com orgulho – um Dodge cupê, ano 72, verde e azul, estacionado num bairro de classe operária nas colinas de Caracas. De meses em meses era roubado. “Faz um ano ou dois que fui assaltado. No ano passado não ganhei nada. Muito pouco”.
Naturalmente não significa que a Venezuela é um país seguro. O número de assassinatos ainda é um dos mais altos do mundo. (Nos Estados Unidos é de cinco para cada grupo de 100.000 habitantes. Na Venezuela é de 81,4 para cada 100.000 pessoas).
Mas no mundo “Mad Max” de roubos, sequestros e roubos de carros em Caracas, até os criminosos passam por dificuldades.
Yender Batista, 27 anos, lavador de janelas cujos antebraços estão repletos de tatuagens, ficou preso por um ano por assalto. Ele diz que não rouba mais. E não é o único; bem menos ladrões atuam no bairro onde mora, El Valle. Alguns emigraram, outros foram mortos pela polícia. Muitos não têm condições de comprar uma arma. Como outros produtos importados, as armas estão cada vez mais caras – cerca de US$ 1.200 disse ele. O equivalente a 20 anos de trabalho ganhando o salário mínimo.
“Agora os criminosos têm de matar um policial para conseguir uma arma”, afirmou. Sob o governo de Hugo Chávez, que iniciou a “revolução bolivariana”, a taxa de pobreza caiu para a metade entre 2002 e 2008. No entanto, a Venezuela se tornou um dos países mais perigosos do planeta.
São muitas as teorias que procuram explicar esse fenômeno. Mas o que está claro é que a polícia se tornou cada vez mais incapaz de resolver os crimes. Os marginais se sentiram encorajados. Em 2009 um estudo do governo concluiu que dois terços das vítimas de sequestro eram de classe média e média baixa.
Hoje os operários de fábricas ou professores não podem pagar resgates. E com a hiperinflação fica muito complicado o pagamento em bolívares. Um resgate de US$ 5.000 se converteria em 90 quilos de cédulas venezuelanas. Mesmo para os marginais é difícil transportar esse volume de dinheiro.
Há outra razão para os roubos ficarem mais difíceis. Os venezuelanos estão mais cautelosos. Poucas pessoas andam com joias nas ruas. A vida social em Caracas, uma cidade tropical com uma vida noturna vibrante, mudou drasticamente.
Amram Nahon, 84 anos, membro de uma pequena comunidade judaica, se reunia às sextas-feiras com toda a família para o jantar do Shabat, que com frequência ia até meia-noite. Mas hoje é muito perigoso sair depois que escurece. “Agora nos reunimos aos sábados, para o almoço”, disse ele.
Se muitas modalidades de crime e violência declinaram, outras estão crescendo. Por exemplo, há um número cada vez maior de assassinatos de jovens pobres pela polícia, incidentes em que o assassinado é listado como “morto por resistir às autoridades”. Esses casos envolvem a temida força de polícia especial conhecida pelas iniciais FAES.
Segundo o governo a força tem por alvo os criminosos. Grupos de direitos humanos dizem que ela é usada como um esquadrão da morte, matando não apenas criminosos suspeitos, mas manifestantes contra o governo.
Em seu Instagram a FAES declarou em janeiro que as alegações de abusos eram “fake News” eram distribuídas por críticos de direita. Mas talvez o tipo mais chocante de crime que vem crescendo envolve pessoas famintas. Algumas entram em casas e roubam o que encontram na geladeira. Outras atacam pessoas que saem de supermercados e roubam suas compras.
Maduro nega que o país está com escassez de comida. Mas em um supermercado particular num bairro abastado de Caracas as pessoas começaram a entrar, abrir pacotes de biscoitos ou doces e devorá-los, disse um empregado. “São pessoas famintas, não são ladrões”, afirmou./ Tradução de Terezinha Martino
 

lieutenant

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Agora o Maduro cai:


Penúria na Venezuela atinge até mesmo os criminosos
Em meio à escassez de produtos e a baixíssima circulação de dinheiro, bandidos têm dificuldades para cometer crimes

O socialismo deu certo. Está diminuindo os índices de criminalidade.
 


ffaabbiio

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08 de março de 2019 | 22h03

CARACAS - Uma das mais curiosas consequências do colapso econômico da Venezuela é que o dinheiro basicamente desapareceu. Com a hiperinflação crescente, o governo não imprime moeda com a rapidez suficiente para acompanhar a desvalorização de modo que muitos venezuelanos usam cartões de débito, mas isto não significa que eles têm muito dinheiro para bancá-los.


O motorista Mario Roja mostra seu táxi em Caracas:

O motorista Mario Roja mostra seu táxi em Caracas: 'era assaltado quase todo dia, agora não sou mais'Foto: Washington Post photo by Mary Beth Sheridan.

De repente já não vale muito a pena bater carteiras. “Se roubam sua carteira, não há nada dentro dela”, disse Yordin Ruiz, 58 anos, sapateiro. Enquanto o líder oposicionista Juan Guaidó luta para arrancar o comando do país do presidente Nicolás Maduro, um drama ainda maior vem se desenrolando em segundo plano. A economia está em queda livre. E as oportunidades estão desaparecendo até para os ladrões em um dos países mais dominados pelo crime em todo o mundo.

Os assaltantes que costumavam girar por Caracas em motocicletas, mostrando suas pistolas nas vidraças dos carros e exigindo que suas vítimas entregassem as carteiras, agora só andam a pé. Não há peças de reposição para suas motos. No passado, os gatunos com frequência arrancavam os celulares de passageiros dos pequenos ônibus que rodam pelas vias rápidas de Caracas. Mas hoje o transporte público mal funciona.
Muitos venezuelanos não reportam os assaltos e não há dados estatísticos confiáveis sobre muitos tipos de crime. Mas o grupo sem fins lucrativos Venezuela Violence Observatory (Observatório Venezuelano de Violência), calcula que os assassinatos caíram de 89 para cada grupo de 100.000 pessoas em 2017, para 81,4 no ano passado. Seu relatório de 2018, baseado em dados de investigadores de oito universidades no país, encontrou sinais de que vários outros tipos de crimes também estão em queda.

PARA ENTENDER
Venezuelanos vão às ruas contra o governo de Nicolás Maduro; entenda os motivos da manifestação antichavista
Protestos foram convocados pela oposição e receberam apoio dos Estados Unidos.


Ocorreram poucos roubos a bancos porque não há muito dinheiro depositado nestas instituições. Quem pode se dar ao luxo de poupar? Há menos carros nas ruas para roubar. Com o preço das peças importadas subindo, muitos veículos ficam nas garagens.
E até os criminosos estão migrando, indica o relatório, juntando-se ao êxodo em massa de mais de três milhões de venezuelanos em busca de melhores oportunidades fora do país.
“Na Venezuela ser ladrão não é mais lucrativo”, disse Roberto Briceño-Leon, sociólogo que coordena o observatório. O declínio de casos de roubos reflete um fenômeno peculiar. Um visitante que retorna a Caracas depois de anos esperaria encontrar uma cidade decadente. Afinal a economia encolheu quase a metade nos últimos cinco anos. Mas a cidade não está em colapso. Ela está desaparecendo.
As ruas estão repletas de lojas, mas muitas têm grades de ferro baixadas o tempo todo; os lojistas não conseguem mais obter algum lucro. Há poucos carros nas ruas, as pessoas não saem à noite, e pouca coisa é encontrada nas prateleiras dos mercados.


Felicita Blanco, 70 anos, jornalista veterana, é uma avó de cabelos grisalhos baixinha com seu notebook e uma caneta. Ela passou quase quatro décadas cobrindo crimes em Caracas para o jornal El Carabobeño. A cobertura de roubos de carros blindados e bancos era basicamente seu trabalho. Hoje não tanto. “Como a moeda não vale nada, não tem mais sentido roubar bancos”, disse ela.
Mario Roja, 59 anos, é chofer de táxi em Caracas há 30 anos. Ele exibe seu carro com orgulho – um Dodge cupê, ano 72, verde e azul, estacionado num bairro de classe operária nas colinas de Caracas. De meses em meses era roubado. “Faz um ano ou dois que fui assaltado. No ano passado não ganhei nada. Muito pouco”.
Naturalmente não significa que a Venezuela é um país seguro. O número de assassinatos ainda é um dos mais altos do mundo. (Nos Estados Unidos é de cinco para cada grupo de 100.000 habitantes. Na Venezuela é de 81,4 para cada 100.000 pessoas).
Mas no mundo “Mad Max” de roubos, sequestros e roubos de carros em Caracas, até os criminosos passam por dificuldades.
Yender Batista, 27 anos, lavador de janelas cujos antebraços estão repletos de tatuagens, ficou preso por um ano por assalto. Ele diz que não rouba mais. E não é o único; bem menos ladrões atuam no bairro onde mora, El Valle. Alguns emigraram, outros foram mortos pela polícia. Muitos não têm condições de comprar uma arma. Como outros produtos importados, as armas estão cada vez mais caras – cerca de US$ 1.200 disse ele. O equivalente a 20 anos de trabalho ganhando o salário mínimo.
“Agora os criminosos têm de matar um policial para conseguir uma arma”, afirmou. Sob o governo de Hugo Chávez, que iniciou a “revolução bolivariana”, a taxa de pobreza caiu para a metade entre 2002 e 2008. No entanto, a Venezuela se tornou um dos países mais perigosos do planeta.
São muitas as teorias que procuram explicar esse fenômeno. Mas o que está claro é que a polícia se tornou cada vez mais incapaz de resolver os crimes. Os marginais se sentiram encorajados. Em 2009 um estudo do governo concluiu que dois terços das vítimas de sequestro eram de classe média e média baixa.
Hoje os operários de fábricas ou professores não podem pagar resgates. E com a hiperinflação fica muito complicado o pagamento em bolívares. Um resgate de US$ 5.000 se converteria em 90 quilos de cédulas venezuelanas. Mesmo para os marginais é difícil transportar esse volume de dinheiro.
Há outra razão para os roubos ficarem mais difíceis. Os venezuelanos estão mais cautelosos. Poucas pessoas andam com joias nas ruas. A vida social em Caracas, uma cidade tropical com uma vida noturna vibrante, mudou drasticamente.
Amram Nahon, 84 anos, membro de uma pequena comunidade judaica, se reunia às sextas-feiras com toda a família para o jantar do Shabat, que com frequência ia até meia-noite. Mas hoje é muito perigoso sair depois que escurece. “Agora nos reunimos aos sábados, para o almoço”, disse ele.
Se muitas modalidades de crime e violência declinaram, outras estão crescendo. Por exemplo, há um número cada vez maior de assassinatos de jovens pobres pela polícia, incidentes em que o assassinado é listado como “morto por resistir às autoridades”. Esses casos envolvem a temida força de polícia especial conhecida pelas iniciais FAES.
Segundo o governo a força tem por alvo os criminosos. Grupos de direitos humanos dizem que ela é usada como um esquadrão da morte, matando não apenas criminosos suspeitos, mas manifestantes contra o governo.
Em seu Instagram a FAES declarou em janeiro que as alegações de abusos eram “fake News” eram distribuídas por críticos de direita. Mas talvez o tipo mais chocante de crime que vem crescendo envolve pessoas famintas. Algumas entram em casas e roubam o que encontram na geladeira. Outras atacam pessoas que saem de supermercados e roubam suas compras.
Maduro nega que o país está com escassez de comida. Mas em um supermercado particular num bairro abastado de Caracas as pessoas começaram a entrar, abrir pacotes de biscoitos ou doces e devorá-los, disse um empregado. “São pessoas famintas, não são ladrões”, afirmou./ Tradução de Terezinha Martino
Mais uma vitória do socialismo. E também é a prova que a desigualdade social é a causa da criminalidade.
 

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90% do país sem energia. Imaginem o caos. Imaginem o colapso das telecomunicações, os radares, o GPS, as sinalizações.... Até os caças precisam de energia pra abastecer. E as bases militares do país sem luz!!!
Fica difícil imaginar quantos minutos duraria uma guerra contra o Madurito.
 

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90% do país sem energia. Imaginem o caos. Imaginem o colapso das telecomunicações, os radares, o GPS, as sinalizações.... Até os caças precisam de energia pra abastecer. E as bases militares do país sem luz!!!
Fica difícil imaginar quantos minutos duraria uma guerra contra o Madurito.
Numa guerra usam atacar essas instalações de infraestrutura para desestabilizar o país. Na Venezuela nem seria necessário gastar munição pra isso...
 

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Numa guerra usam atacar essas instalações de infraestrutura para desestabilizar o país. Na Venezuela nem seria necessário gastar munição pra isso...
Sim, havendo possibilidade o 1º passo é atacar portos, pistas de pouso, pontes, estradas, estações e linhas de energia, etc.... Mas no caso da Venezuela já está quase tudo em colapso.
 

Daniel77br

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Brasil pressionará China e Rússia a apoiar Guaidó na Venezuela, diz Araújo


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O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo, afirmou que seu país pressionará China, Rússia e outras nações emergentes para apoiar o líder opositor da Venezuela, Juan Guaidó, autodeclarado presidente interino.
Araújo afirmou que o novo governo de direita do Brasil apelará aos integrantes do grupo dos Brics, que inclui ainda Índia e África do Sul, durante uma reunião de cúpula na próxima semana no País.

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"O Brasil tem uma responsabilidade única nas relações exteriores", afirmou Araújo em entrevista ao Wall Street Journal em Brasília nesta quinta-feira. Ele acrescentou acreditar que seu país pode ter um papel crucial para colocar pressão sobre o restante do bloco contra o regime do presidente Nicolás Maduro.
"É uma questão de senso comum", afirmou o chanceler brasileiro. "Ninguém quer um aliado como Maduro. Esses países têm uma reputação a preservar."
A posição marca uma mudança importante para o Brasil, que em geral evita confrontações com outras nações, especialmente com a China, principal parceira comercial, adotando uma abordagem prática para a política externa.
"Nós não concebemos a política externa baseados apenas em comércio", afirmou Araújo sobre a nova administração do presidente Jair Bolsonaro, que assumiu em janeiro. Fonte: Dow Jones Newswires.

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Brasil PRESSIONANDO Rússia e China?
Pago pra ver.


Frases soltas são complicadas. "Nós não concebemos a política externa baseados apenas em comércio". Sim. Então concebem baseados mais em quê? Se for em tratados internacionais que o Brasil subscreveu, tudo bem. Se for com base em princípios e regras que estão na Constituição Federal, tudo bem também. Mas se for uma concepção baseada em "viés ideológico", todos vamos nos lascar.
Uma coisa é a pressão advinda de uma potência como os EUA, que estão no topo do grande jogo mundial, com interesses geopolíticos muito particulares e uma força bélica e econômica capaz de fazer qualquer um tremer. Outra é o Brasil querer mostrar força sem ter cacife para isso. Retaliações diretas russas ou chinesas aos EUA serão sempre tímidas. Mas não é difícil imaginar que eles possam retaliar um país mais fraco para mandar um recado aos States, basta que tal país se apresente como um antagonista imprudente e dê margem para que as potências mostrem sua força.
Os militares brasileiros, quando estavam no poder, negociavam com todo mundo, realmente sem "viés ideológico". É algo que realmente importa para uma nação como a nossa saber agir com pragmatismo. Vantagem para o Brasil é negociar e se tornar um parceiro preferencial para todo mundo que queira fazer comércio conosco. Precisa ser confiável o suficiente para que A ou B se sintam à vontade em nos ter como parceiros mercantis, independentemente da turma que está no poder.
Atualmente, o grande temor é que posições de caráter exclusivamente ideológicas afetem boa parte do comércio brasileiro já consolidado. Além de não termos muitas perspectivas de novas negociações, corremos o risco de perder grande parte do que já conseguimos. Isso é péssimo.
 

Joey Tribbiani

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A Venezuela é uma democracia, tão democrática como a brasileira e a americana.
 
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Superd7br

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Agora é questão de tempo pro Maduro cair, sem dar um único tiro...
 

BCoisa

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Maduro culpa Estados Unidos por apagão na Venezuela
Maduro atribuiu o blecaute, que já dura quase dois dias no país, a um ataque cibernético norte-americano

Redação, O Estado de S.Paulo
09 de março de 2019 | 20h13
Atualizado 09 de março de 2019 | 20h19

CARACAS - Em sua primeira aparição pública desde o começo do apagão que já dura quase dois dias na Venezuela, Nicolás Maduro se pronunciou neste sábado e culpou os Estados Unidos pelo blecaute.

Na manifestação chavista no centro de Caracas, o presidente disse que o apagão é fruto de uma “guerra elétrica” e que um ataque cibernético norte-americano impediu que a energia fosse restituída na Venezuela. A oposição atribui o blecaute ao sucateamento da rede elétrica do país.

Maduro culpa Estados Unidos por apagão na Venezuela
Nicolás Maduro discursa no centro da capital venezuelana Foto: REUTERS/Manaure Quintero

"Às 19h do mesmo dia (do apagão) estava se encaminhando o processo de recuperação quando recebemos um ataque cibernético internacional contra o cérebro de nossa empresa de eletricidade que automaticamente derrubou todo o processo de reconexão", afirmou Nicolás Maduro.
Antes de centenas de seguidores e funcionários públicos se concentrarem nos arredores do palácio presidencial, Maduro, além de culpar os Estados Unidos pelos ataques ao sistema elétrico, pediu aos venezuelanos "máxima cooperação" para que o sistema elétrico se restabeleça nas próximas horas.

Venezuelana
Apoiadores de Maduro. Foto: Cristian Hernandez / AFP
"Fui informado de que houve um processo de falha geral do serviço elétrico. A partir daquele segundo tomei as rédeas. Nós fizemos a manobra de recuperação que geralmente é feita. Mas nós vivemos há anos uma guerra elétrica", disse Maduro. "Estamos enfrentando a agressão mais séria do império americano", emendou.
Entre os milhares de apoiadores do governo estavam milicianos e funcionários públicos, vestidos com camisetas vermelhas. Eles se juntaram à marcha anti-imperialista que foi realizada em uma das principais avenidas do centro da capital.

venezuela
Guaidó foi à manifestação e discursou para grupo de apoiadores. Foto: EFE/ Rayner Pe
Protestos
As ruas de Caracas foram tomadas neste sábado, 9, por apoiadores e opositores do governo, em uma nova escalada de tensões. Juan Guaidó, líder da oposição, também esteve presente no ato contra Maduro. Para o presidente do parlamento, as causas do blecaute são a falta de manutenção da rede elétrica e a corrupção no governo Maduro.
Guaidó apareceu nas ruas da capital venezuelana no meio de uma multidão e discursou, em cima de um carro, para seus apoiadores. "Não há nenhuma opção para sair disso que não seja pela mobilização nas ruas", disse.
"Dias difíceis estão chegando", gritou Guaidó com um megafone, chamando seus apoiadores para se preparar para lutar contra novas ações do governo para desencorajar as forças da oposição. "Todo as opções estão na mesa".
Guaidó se autoproclamou presidente interino do país em 23 de janeiro, invocando artigos da Constituição, e foi reconhecido pelos Estados Unidos, Brasil e dezenas de países, que acusam o presidente Nicolás Maduro de ganhar a reeleição em eleições fraudulentas.
Confrontos
Opositores ao regime de Maduro e a polícia venezuelana entraram em confronto na manhã deste sábado. Muitos manifestantes tentaram andar por uma avenida em Caracas, mas foram removidos para a calçada pela polícia em uma tentativa de evitar o motim. De acordo com uma emissora local, uma mulher foi atingida por spray de pimenta.

venezuela
Polícia venezuelana bloqueia uma multidão que se reunia para marchar contra o governo de Maduro. Foto: AP Photo/Eduardo Verdugo
“A polícia é abusiva mesmo que eles também sofram da mesma calamidade que a gente”, disse a comerciante Lilia Trocel, de 58 anos. “Eu ainda não tenho energia e perdi parte da minha comida”, declarou em referência à comida que estragou durante o apagão.
“Queremos marchar”, gritava um grupo de seguidores de Guaidó a um contingente policial que bloqueava o acesso à Avenida Victoria, no leste de Caracas.

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Apoiadores de Guaidó. Foto: EFE/ Rayner Pe
Deputados de oposição denunciaram em suas contas no Twitter que três motoristas que ajudavam, na madrugada de sábado, a instalar um palco onde Guaidó apareceria foram detidos pela polícia, que os obrigou a desmontar os andaimes.
Segurando uma placa que dizia "SOS Venezuela", a professora María Consuelo Fernández, de 47 anos, explicou com os olhos cheios de lágrimas que esteve nas ruas "porque eu quero um futuro melhor para os meus dois filhos que não merecem o que estamos vivendo".
Apagão
Depois de mais de 20 horas sem energia elétrica, o serviço foi retomado parcialmente em algumas áreas de Caracas e do interior do país, mas outras cidades, como Maracaibo e Barinas, completavam 40 horas sem fornecimento, segundo a Reuters.

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Venezuela se recupera de um apagão devastador em Caracas. Foto: Meridith Kohut/The New York Times

O apagão da Venezuela, que começou na tarde de quinta-feira, afetou inclusive o Estado de Roraima, que precisou recorrer às suas cinco termoelétricas para suprir a energia normalmente procedente da principal hidroelétrica venezuelana de Guri. A extensa interrupção ocorre em um momento em que o país é sacudido por instabilidade política, hiperinflação e recessão econômica.
Organizações não governamentais denunciaram que a falta de fornecimento de energia e o mal funcionamento, ou a falta de geradores de emergência em hospitais públicos, provocaram, na sexta-feira, as mortes de um recém-nascido e de um adolescente de 15 anos em Caracas.
No meio da crise elétrica, foi registrada neste sábado uma explosão em uma subestação da empresa estatal Siderúrgica do Orinoco Alfredo Maneiro (Sidor). As autoridades não fizeram declarações sobre o incidente.
O metrô de Caracas, que é o principal meio de transporte na capital venezuelana, anunciou neste sábado em sua conta no Twitter que está aguardando a "normalização da energia de alta voltagem necessária para restaurar o serviço". O Aeroporto Internacional de Maiquetía, o principal da Venezuela, também segue sem operar. /(AP, AFP, EFE e Reuters)


Sinceramente, eu ri disso aqui imaginando o desgraçado falando como se fosse verdade:
"Às 19h do mesmo dia (do apagão) estava se encaminhando o processo de recuperação quando recebemos um ataque cibernético internacional contra o cérebro de nossa empresa de eletricidade que automaticamente derrubou todo o processo de reconexão", afirmou Nicolás Maduro.

Tenho dó das milhões de pessoas que mal tem dinheiro e acesso a itens básicos, perder o pouco que conseguem por falta de energia por causa do desgraçado que deixou o país chegar num colapso quase irreversível.

O infeliz ainda vem dizer que os EUA invadiu o DOS do PC 8086 que controla a empresa de energia......
 

yage

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Fico imaginando se os EUA deixarem de existir quem a esquerda vai culpar.
 

Ash Fury

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Brasil pressionará China e Rússia a apoiar Guaidó na Venezuela, diz Araújo


2 minutos



O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo, afirmou que seu país pressionará China, Rússia e outras nações emergentes para apoiar o líder opositor da Venezuela, Juan Guaidó, autodeclarado presidente interino.
Araújo afirmou que o novo governo de direita do Brasil apelará aos integrantes do grupo dos Brics, que inclui ainda Índia e África do Sul, durante uma reunião de cúpula na próxima semana no País.

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"O Brasil tem uma responsabilidade única nas relações exteriores", afirmou Araújo em entrevista ao Wall Street Journal em Brasília nesta quinta-feira. Ele acrescentou acreditar que seu país pode ter um papel crucial para colocar pressão sobre o restante do bloco contra o regime do presidente Nicolás Maduro.
"É uma questão de senso comum", afirmou o chanceler brasileiro. "Ninguém quer um aliado como Maduro. Esses países têm uma reputação a preservar."
A posição marca uma mudança importante para o Brasil, que em geral evita confrontações com outras nações, especialmente com a China, principal parceira comercial, adotando uma abordagem prática para a política externa.
"Nós não concebemos a política externa baseados apenas em comércio", afirmou Araújo sobre a nova administração do presidente Jair Bolsonaro, que assumiu em janeiro. Fonte: Dow Jones Newswires.

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Brasil PRESSIONANDO Rússia e China?
Pago pra ver.

imagens exclusivas do Brasil pressionando China e Russia

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Setzer1

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"Mais especulações:
Discurso Maduro, tirando a parte da conspiração, ele ...
...Indicó que, ante el problema con el cerebro electrónico de Guri, comenzó el proceso de reconexión manual. "No habíamos logrando diagnosticar por qué el cerebro y sus fuentes de poder hacían quedado en negro. Comenzamos un proceso de reconexión"
También hubo un incendio en uno de los centros de distribución para, por varias vías, impedir el proceso de reconexión.


Fuente de Corpoelec asegura que incendio en líneas de 765 kv del Guri causó el apagón
http://elpitazo.net/politica/fuente-de- ... el-apagon/

Obs: Lembrando que sistema de água não funciona sem eletricidade, já está faltando água com as caixas d´agua esvaziadas nas casas.
"
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LVX

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Imagina o desespero, já é dificil conseguir comida, o cara consegue com muito sacrificio comida suficiente pra estocar pra algumas semanas e do nada vem essa crise energética e você perde TUDO.
Se isso não for o prego no caixão do maduro eu não sei o que é.
 

Bloodstained

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Penúria na Venezuela atinge até mesmo os criminosos
Em meio à escassez de produtos e a baixíssima circulação de dinheiro, bandidos têm dificuldades para cometer crimes
Graças a isso, agora Maduro e sua gangue tem praticamente o monopólio sobre a criminalidade do país. Maduro superior! :kbeca
 

Ero_Seenin

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Até pensei em fazer uma piadinha usando a idade média; mas aí lembro que pelo menos a idade média tinha mercados funcionais.
 

Charrua

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Venezuela sofre blecaute nacional; Maduro culpa sabotagem em hidrelétrica

Ao menos 15 dos 23 estados do país foram atingidos pela falta de luz, incluindo a capital Caracas

access_time 8 mar 2019, 00h18

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Vista de Caracas durante apagão que atingiu boa parte do território venezuelano - 08/03/2019 (Manaure Quintero/Reuters)

Um grande blecaute atingiu ao menos 15 dos 23 estados da Venezuela nesta quinta-feira 7, incluindo a capital Caracas. Durante a noite, o governo do presidenteNicolás Maduro apontou o problema como resultado de uma “sabotagem” em uma hidrelétrica que fornece a maior parte da energia do país.
A falta de eletricidade é frequente nas cidades venezuelanas, um dos reflexos da crise econômica do país, que enfrenta hiperinflação, falta crônica de alimentos e medicamentos e uma emigração em massa de mais de 3 milhões de pessoas.
Críticos afirmam que a corrupção e o baixo investimento deixaram a rede de transmissão de energia do país incapaz de funcionar, enquanto Maduro afirma que os problemas são causados intencionalmente por adversários políticos.
Multidões tomaram a principal avenida de Caracas. Muitas pessoas declararam que teriam de caminhar por várias horas para chegarem em suas casas devido aos poucos ônibus nas ruas que estão lotados e ao fato de o sistema de metrô da cidade estar desativado.
“Isto é só a ponta do iceberg, dadas todas as coisas que estamos sofrendo”, disse, à agência Reuters, Pedro Fernández, um engenheiro de sistemas no bairro de Altamira, em Caracas, enquanto caminhava para o outro lado da cidade.
A mídia local e usuários do Twitter relataram que a falta de energia afetava Caracas assim como 15 dos 23 Estados do país. Um repórter da emissora de TV estatal descreveu o episódio como um “blecaute nacional”.
“Eles atacaram a geração e transmissão da (hidrelétrica) Guri, espinha dorsal do sistema elétrico”, disse o ministro da Eletricidade, Luís Motta, na TV estatal sem fornecer evidências. No fim da noite de quinta-feira, a energia ainda não havia sido restabelecida.
(Reuters)
Vi que morreu gente nos hospitais
FODA
 

geist

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6 dias sem luz. Como todo o povo ainda não arrancou esse cara à tapas de lá? Ele tem as forças armadas assim tão fiéis ao regime?
 

Vim do Futuro

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Sobre atuação militar terrestre na fronteira norte:


Bem explicativo. A logística é complicada, mas a geografia (e vegetação) não atrapalha.
 

Sgt. Kowalski

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Regime de Nicolás Maduro diz que energia elétrica voltou completamente à Venezuela



Apagão começou há quase uma semana. Incêndio teria causado blecaute, diz engenheiro de universidade venezuelana. Maduro e Guaidó trocam acusações.


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Maduro fala em Caracas sobre apagão que atinge a Venezuela e mostra foto de fogo em edifício da companhia estatal de eletricidade — Foto: AFP/Marcelo Garcia/Presidência da Venezuela

Maduro fala em Caracas sobre apagão que atinge a Venezuela e mostra foto de fogo em edifício da companhia estatal de eletricidade — Foto: AFP/Marcelo Garcia/Presidência da Venezuela

O regime de Nicolás Maduro anunciou nesta quarta-feira (13) que a energia elétrica retornou a todo o território da Venezuela. Assim, o governo chavista retomou as atividades profissionais interrompidas pelo apagão – que começou há seis dias. Os estudantes, porém, só devem voltar às aulas na sexta-feira.

O apagão na Venezuela começou na quinta-feira passada e atingiu todos os estados do país. Além da interrupção dos serviços como transporte público, a falta de energia elétrica afetou os hospitais e a distribuição de água aos venezuelanos. A oposição a Maduro fala em mais de 15 mortos por causa do blecaute.


Houve também saques ao comércio, que ficou com as portas fechadas durante o apagão. De acordo com o jornal "El Nacional", a Câmara de Comércio de Maracaibo estima que o setor perdeu até US$ 50 milhões – mais de R$ 190 mil – somente nessa cidade do noroeste venezuelano.


Incêndio causou apagão, dizem engenheiros


Engenheiros da Universidade Central da Venezuela (UCV) ouvidos pelo "El Nacional" disseram que um incêndio perto de uma subestação de energia no estado de Bolívar deu início ao apagão. Segundo eles, o fogo aumentou a temperatura das linhas de transmissão do sistema ligados à usina de Guri – a mais importante do país.

Segundo relatório do engenheiro Julio Molina Guzmán, diretor da Escola de Engenharia Elétrica da UCV, o superaquecimento das linhas de transmissão obrigou os funcionários da usina de Guri a desligar todos os geradores.

Com o desligamento, as outras usinas e sistemas termoelétricos da Venezuela também ficaram desconectadas. Isso porque elas funcionam em sincronia de frequência com Guri – que serve de referência para as demais.

As causas desse incêndio apontado pela universidade continuam desconhecidas.


Maduro e Guaidó trocam acusações


Nicolás Maduro e Juan Guaidó — Foto: Yuri Cortez/AFP

As agências do setor elétrico da Venezuela, do governo de Nicolás Maduro, falam em "sabotagem criminosa e brutal contra o sistema de geração elétrica" na usina de Guri, no estado de Bolívar, a mais importante do país e uma das principais da América Latina.

A Justiça da Venezuela – que é subordinada a Nicolás Maduro – chegou a abrir investigação contra o autoproclamado presidente interino, Juan Guaidó, pela suposta sabotagem.

Guaidó contesta a acusação. Ele afirmou que o apagão é decorrente de corrupção e falta de manutenção. "A única sabotagem é a do usurpador a todo o povo da Venezuela", publicou no Twitter.

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Juan Guaidó participa de novo dia de protestos na Venezuela contra regime de Nicolás Maduro. País vive apagão há quase uma semana — Foto: Carlos Garcia Rawlins/Reuters

O líder oposicionista convocou manifestações na terça-feira contra a falta de luz e água. Em discurso na capital Caracas, ele pediu que os manifestantes não deixassem as ruas.

"Nenhum coletivo [milícia pró-Nicolás Maduro] nos mete medo. Seguimos nas ruas", disse.
 

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