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Bolsonaro diz que cogita nomear o filho Eduardo embaixador do Brasil nos EUA.

Lost Brother

Ei mãe, 500 pontos!
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A maior oposição ao governo vem do próprio governo. Criam problemas a toa, era só indicar outro retardado da carreira diplomática para a embaixada que não daria tanta encheção de saco.

Enviado de meu Moto C Plus usando o Tapatalk
 

Aulendil

Gato do Mato
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Ok, vou tentar responder a todas as suas colocações sob o seguinte contexto: os exemplos abaixo vêm de fontes secundárias, a mídia; e tanto eu quanto o @ptsousa somos fontes primárias. Como sabe, veículos de imprensa não são isentos e tem suas próprias agendas. Além do que, quanto mais polêmica, mais atenção obtém. Ou seja... apesar de tecnicamente corretas, as chamadas generalizam fortemente, e acabam transmitindo situações que não existem na prática.

na TEORIA voce está certo, na prática qualquer um sabe que a coisa não é bem assim

só para ficar em alguns exemplos:

O manual do Itamaraty que ataca Bolsonaro
A Fundação Alexandre de Gusmão (FUNAG), vinculada ao Itamaraty, edita dezenas de livros todos os anos, dos mais diversos espectros. Em comum, eles se referem à praxis da diplomacia e à Política Externa Brasileira. Entre eles, os Manuais do Candidato, que são uma espécie de resumão das matérias abordadas no concurso do IRBr. Mas eles são uma gota no oceano. Nesse caso específico, a matéria do Antagonista fez um "cherry picking" maroto; nesse mar de publicações, seria possível você escolher qualquer citação que supostamente afirmasse tal e qual governo, de esquerda ou direita. Sabe qual seria o título correto da matéria? "Uma entre as diversas publicações editada por fundação vinculada ao Itamaraty menciona Bolsonaro em contexto negativo". Mas convenhamos, isso não chamaria a atenção de ninguém.

Como consta na matéria do próprio Antagonista, o livro foi editado em 2013; a tendência é que a lista seja atualizada por publicações mais modernas em não muito tempo. Por curiosidade, o autor desse livro específico foi dono de um curso preparatório para o Itamaraty no RJ muito procurado, e com grande taxa de aprovação. Com a influência que conseguiu ao longo dos anos, não admira que tenha conseguido apoio da FUNAG para editar seu livro.

Outra curiosidade: sabem quantos diplomatas constam como lotados na FUNAG em nossa rede interna? Zero.


Diplomatas reagem mal à indicação de Araújo ao Itamaraty e apontam quebra de hierarquia
Sim, diversos diplomatas reagiram mal à indicação dele. Quebrando uma tradição de pragmatismo observada há muitas décadas no Itamaraty, o Chanceler sabidamente optou por uma postura ideológica, de alinhamento automático. Essa mudança repentina de paradigma não foi bem digerida por parte da Casa.

Mas sobretudo, o que causou mais espécie foi a promoção à Ministro de Estado de alguém que sequer havia sido chefe de Posto no Exterior. Muita gente graúda (e ao meu ver, mais preparada) foi preterida. Em qualquer organização, os superiores ficariam perplexos e insatisfeitos ao verem um subordinado ser alçado à chefia deles numa canetada; imagine então no Itamaraty, com o apego à hierarquia que tem?

Em suma, a insatisfação se deve a uma mistura de quebra da cultura da casa com egos feridos. Ideologia não tem papel nesse caso.


Carta apócrifa de diplomatas critica posição de Bolsonaro sobre ditadura
Realmente não conheço quem subscreveu essa carta, mas acredito que tenha sido legítima. Vamos presumir que todos que a tenham subscrito, sem exceção, sejam de esquerda. Isso seria indicativo do posicionamento do órgão como um todo? De forma alguma. Convenhamos, 40 diplomatas atuantes num universo de 1.500 é algo próximo ao insignificante. Novamente, uma chamada de matéria do gênero "Carta apócrifa de alguns diplomatas..." não teria o mesmo punch. Parece algo óbvio, mas a escolha de palavras sugere uma situação que extrapola a realidade, como se o MRE estivesse se sublevando.

a gente sabe que tem muito diplomata VAIDOSO pra kct e que TEM SIM ideologias .... e isso me leva a um outro exemplo:
imagina o Brasil mandar para os USA um embaixador que NÃO gosta do Trump, imagina a m**** que isso pode dar pra gente??
pois é...


Embaixador britânico nos EUA chama governo Trump de inepto em mensagens sigilosas

Embaixador britânico nos EUA pede demissão após polêmica com Trump
Sim, você tem razão. Se houvesse uma disputa entre os maiores egos da esplanada, os diplomatas teriam boas chances de ficar entre os primeiros. E é evidente que, numa carreira eminentemente política, cada um tenha sua ideologia de preferência. Não somente os brasileiros, mas qualquer diplomata. O que eu afirmei anteriormente - e reafirmo agora - é que, no desempenho de sua função, eles são obrigados a engolir suas convicções e desempenhar a política externa do Chefe de Estado. Isso não é teoria, é prática.

Agora, cá entre nós, temer que enviássemos aos EUA um embaixador eminentemente anti-americano é subestimar absurdamente a capacidade do MRE de colocar em prática os objetivos da nossa política externa. País nenhum faria isso, seria absurdamente contraproducente. Isso vale não apenas para as nações amigas, mas também para as rivais. Como havia dito, um Embaixador deve necessariamente ter bom trânsito entre os diversas instituições do Estado receptor; além do que, para que obtenha o agrément, o receptor precisa aprová-lo de antemão, ou sequer será considerado um interlocutor oficial. Antes de tudo, a diplomacia visa construir pontes, não destruí-las.

No caso específico do embaixador britânico... não conheço os pormenores por não ter visto os telegramas, mas saiba que a opinião dele não é exceção entre diversas chancelarias ao redor do mundo. O que ocorre é que a avaliação dele por telegrama (comunicação padrão de cada Posto no exterior, que inclui, entre outros dados, análises sobre a situação política do país receptor) deveria ter sido mantida secreta. É criptografada. Quem fez o vazamento queria necessariamente derrubá-lo, e foi bem sucedido.

No meio diplomático, há uma razão para essas comunicações serem reservadas ou secretas: pode haver sérias consequências. Lembra-se da Primavera Árabe? Pois é, começou a partir do vazamento de telegramas semelhantes. Sendo bastante informal, nações são feitas por gente, com uma capacidade sem igual de trocar os pés pelas mãos... e se todos souberem o que uns realmente pensam dos outros, as relações não serão das melhores...


OBS: Agora se tem no Itamaraty caras DE DIREITA, conservadores, que gostam do Bolsonaro e gostam do Trump, e que sejam muito mais qualificados que o Eduardo, então por favor me deem NOMES , quero saber quem são
De direita, conservadores e mais qualificados que o Eduardo, existem tantos que nem saberia por onde começar a listar. Nem precisa ser dos mais graduados, tenho colegas de turma que se encaixam nesse perfil. Falando sério, por mais despreparado que eu me considere para um cargo dessa envergadura, eu mesmo seria mais qualificado que ele, sem qualquer modéstia.

Agora, sobre gostar do Bolsonaro... sei que existem, mas não sei quantos. Eu não consideraria isso como um pré-requisito. Admito que é desejável ter um bom trânsito com seu chefe, mas um bom diplomata não deve ter que gostar: ele deve obedecer as instruções emanadas pela Secretaria de Estado (a.k.a., Chanceler, mas em última instância, pelo Presidente) e aplicar as linhas mestras da nossa política externa, com o grau de flexibilidade com que dispõe.

E sobre gostar do Trump... na minha modesta opinião, uma coisa é ser amigável; outra coisa é ter simpatia explícita pelo chefe do Estado receptor. Nem acho que nosso futuro embaixador deva; precisa apenas que se mantenha respeitoso. Lembre-se, boas relações entre Estados não implica necessariamente em cooperação. Se o Trump for suficientemente competente, ele poderá se aproveitar desse fato para conseguir executar os objetivos da política externa dele, não da nossa, nas respectivas áreas onde somos rivais. Acho isso simplesmente perigoso.
 
Ultima Edição:

Roveredo

Ei mãe, 500 pontos!
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Estaria Bolsonaro querendo fazer algo parecido com a diplomacia bizantina? Não que o Brasil tenha força para isso, mas vai saber o que se passa na cabeça deles...
 

Comic Sans

Bam-bam-bam
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Estaria Bolsonaro querendo fazer algo parecido com a diplomacia bizantina? Não que o Brasil tenha força para isso, mas vai saber o que se passa na cabeça deles...
Não, com certeza não. Ele só quer se aproveitar da posição para beneficiar o filho. Não me surpreenderia se num futuro próximo ele tentar fazer algo parecido com os outros dois.
 

*Splash*

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Caindo de paraquedas no tópico pra dizer que é totalmente desnecessária a indicação.

Pra que? Sério. Governo novamente criando os próprios problemas. Além disso, é mais do que óbvio que o trabalho pesado não seria feito pelo Eduardo, que não tem qualificação para tal, e sim pelo corpo diplomático.

Se indicado, e aprovado no Senado, será visto apenas como 'o filho do presidente' e não um embaixador.
 


gamermaniacow

Togges
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O desgraçado não sabe nem falar inglês, e estão querendo vender a ideia de que pode ser uma "boa" pro país.
Como falaram aí, embaixador é pra defender os interesses do estado, não pra inventar moda. Ponto.

A realidade é que duduzinho nada mais é do que o falso patriota com síndrome de vira-lata. Se diz brasileiro com orgulho, mas na primeira oportunidade quer vazar daqui.
Coincidentemente escolheu o EUA :klol Que coisa, não...

Bolso pai está entregando munição gratuita para a oposição. Assim que começa a se afundar na lama.
 

johnhartigan

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Definitivamente não entendo o alarde da esquerda, essa é uma das questões pela qual estou pouco me lixando.

Voltamos a velha questão da esquerda odiar tudo que o Bolsonaro faz, agora a pouco falavam que o governo era lambe botas dos EUA, que Trump era malvadão, segundo eles o Bolsokid vai ser um embaixador b*sta, não teriam que ficar satisfeitos? Não, vão falar que é ruim também, vai entender.
Quem sabe se colocar uma embaixada pra negociar com os grupos terroristas dos cabeças de toalhas eles fiquem felizes.
 

Ronin Ogun

Lenda da internet
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Até o Gentilli não perdoou.
Altas tretas no Twitter.

Ou é tudo zoeira mesmo...
 

albanibr

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Até hj não sei o que um embaixador faz (com sinceridade)

Bonoro pode indicar quem ele quiser, mas o Eduardo aceitar seria uma falta de respeito danada com seus eleitores.
Mas isso ae é bem comum no Brasil, tipo vereadores indo p secretarias e abrindo vagas pros partidos..

E isso ae ta sendo um desgaste desnecessário.
Pq não decide as coisas internamente e em cima da hora divulga? esse banho maria só deixa o twitter e os jornais esquerdosos cortando vergalhão com o toba
 

The Kong

Cruz Bala Trevoso
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Esse seria o sparcx86 mas o @LucianoBraga falou que não é
Cogitaram também um tal de Darren, tá na cara que é clone né

Também notei que o LHand parou de postar no dia 12 de Junho e no perfil desse cara parece mensagem a partir 14 de Junho
images
 

Denrock

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Ok, vou tentar responder a todas as suas colocações sob o seguinte contexto: os exemplos abaixo vêm de fontes secundárias, a mídia; e tanto eu quanto o @ptsousa somos fontes primárias. Como sabe, veículos de imprensa não são isentos e tem suas próprias agendas. Além do que, quanto mais polêmica, mais atenção obtém. Ou seja... apesar de tecnicamente corretas, as chamadas generalizam fortemente, e acabam transmitindo situações que não existem na prática.




A Fundação Alexandre de Gusmão (FUNAG), vinculada ao Itamaraty, edita dezenas de livros todos os anos, dos mais diversos espectros. Em comum, eles se referem à praxis da diplomacia e à Política Externa Brasileira. Entre eles, os Manuais do Candidato, que são uma espécie de resumão das matérias abordadas no concurso do IRBr. Mas eles são uma gota no oceano. Nesse caso específico, a matéria do Antagonista fez um "cherry picking" maroto; nesse mar de publicações, seria possível você escolher qualquer citação que supostamente afirmasse tal e qual governo, de esquerda ou direita. Sabe qual seria o título correto da matéria? "Uma entre as diversas publicações editada por fundação vinculada ao Itamaraty menciona Bolsonaro em contexto negativo". Mas convenhamos, isso não chamaria a atenção de ninguém.

Como consta na matéria do próprio Antagonista, o livro foi editado em 2013; a tendência é que a lista seja atualizada por publicações mais modernas em não muito tempo. Por curiosidade, o autor desse livro específico foi dono de um curso preparatório para o Itamaraty no RJ muito procurado, e com grande taxa de aprovação. Com a influência que conseguiu ao longo dos anos, não admira que tenha conseguido apoio da FUNAG para editar seu livro.

Outra curiosidade: sabem quantos diplomatas constam como lotados na FUNAG em nossa rede interna? Zero.


Sim, diversos diplomatas reagiram mal à indicação dele. Quebrando uma tradição de pragmatismo observada há muitas décadas no Itamaraty, o Chanceler sabidamente optou por uma postura ideológica, de alinhamento automático. Essa mudança repentina de paradigma não foi bem digerida por parte da Casa.

Mas sobretudo, o que causou mais espécie foi a promoção à Ministro de Estado de alguém que sequer havia sido chefe de Posto no Exterior. Muita gente graúda (e ao meu ver, mais preparada) foi preterida. Em qualquer organização, os superiores ficariam perplexos e insatisfeitos ao verem um subordinado ser alçado à chefia deles numa canetada; imagine então no Itamaraty, com o apego à hierarquia tem tem?

Em suma, a insatisfação se deve a uma mistura de quebra da cultura da casa com egos feridos. Ideologia não tem papel nesse caso.


Realmente não conheço quem subscreveu essa carta, mas acredito que tenha sido legítima. Vamos presumir que todos que a tenham subscrito, sem exceção, sejam de esquerda. Isso seria indicativo do posicionamento do órgão como um todo? De forma alguma. Convenhamos, 40 diplomatas atuantes num universo de 1.500 é algo próximo ao insignificante. Novamente, uma chamada de matéria do gênero "Carta apócrifa de alguns diplomatas..." não teria o mesmo punch. Parece algo óbvio, mas a escolha de palavras sugere uma situação que extrapola a realidade, como se o MRE estivesse se sublevando.


Sim, você tem razão. Se houvesse uma disputa entre os maiores egos da esplanada, os diplomatas teriam boas chances de ficar entre os primeiros. E é evidente que, numa carreira eminentemente política, cada um tenha sua ideologia de preferência. Não somente os brasileiros, mas qualquer diplomata. O que eu afirmei anteriormente - e reafirmo agora - é que, no desempenho de sua função, eles são obrigados a engolir suas convicções e desempenhar a política externa do Chefe de Estado. Isso não é teoria, é prática.

Agora, cá entre nós, temer que enviássemos aos EUA um embaixador eminentemente anti-americano é subestimar absurdamente a capacidade do MRE de colocar em prática os objetivos da nossa política externa. País nenhum faria isso, seria absurdamente contraproducente. Isso vale não apenas para as nações amigas, mas também para as rivais. Como havia dito, um Embaixador deve necessariamente ter bom trânsito entre os diversas instituições do Estado receptor; além do que, para que obtenha o agrément, o receptor precisa aprová-lo de antemão, ou sequer será considerado um interlocutor oficial. Antes de tudo, a diplomacia visa construir pontes, não destruí-las.

No caso específico do embaixador britânico... não conheço os pormenores por não ter visto os telegramas, mas saiba que a opinião dele não é exceção entre diversas chancelarias ao redor do mundo. O que ocorre é que a avaliação dele por telegrama (comunicação padrão de cada Posto no exterior, que inclui, entre outros dados, análises sobre a situação política do país receptor) deveria ter sido mantida secreta. É criptografada. Quem fez o vazamento queria necessariamente derrubá-lo, e foi bem sucedido.

No meio diplomático, há uma razão para essas comunicações serem reservadas ou secretas: pode haver sérias consequências. Lembra-se da Primavera Árabe? Pois é, começou a partir do vazamento de telegramas semelhantes. Sendo bastante informal, nações são feitas por gente, com uma capacidade sem igual de trocar os pés pelas mãos... e se todos souberem o que uns realmente pensam dos outros, as relações não serão das melhores...


De direita, conservadores e mais qualificados que o Eduardo, existem tantos que nem saberia por onde começar a listar. Nem precisa ser dos mais graduados, tenho colegas de turma que se encaixam nesse perfil. Falando sério, por mais despreparado que eu me considere para um cargo dessa envergadura, eu mesmo seria mais qualificado que ele, sem qualquer modéstia.

Agora, sobre gostar do Bolsonaro... sei que existem, mas não sei quantos. Eu não consideraria isso como um pré-requisito. Admito que é desejável ter um bom trânsito com seu chefe, mas um bom diplomata não deve ter que gostar: ele deve obedecer as instruções emanadas pela Secretaria de Estado (a.k.a., Chanceler, mas em última instância, pelo Presidente) e aplicar as linhas mestras da nossa política externa, com o grau de flexibilidade com que dispõe.

E sobre gostar do Trump... na minha modesta opinião, uma coisa é ser amigável; outra coisa é ter simpatia explícita pelo chefe do Estado receptor. Nem acho que nosso futuro embaixador deva; precisa apenas que se mantenha respeitoso. Lembre-se, boas relações entre Estados não implica necessariamente em cooperação. Se o Trump for suficientemente competente, ele poderá se aproveitar desse fato para conseguir executar os objetivos da política externa dele, não da nossa, nas respectivas áreas onde somos rivais. Acho isso simplesmente perigoso.
1º valeu pela resposta

2º se o @ptsousa fosse embaixador seria ótimo, pois alem de ser um cara de direita, ainda passaria informações privilegiadas em 1ª mão pra gente aqui da outerspace
:coolface



mas os exemplos que citei são justamente isso, só exemplos, obviamente deve rolar muito mais ""inimigos"" do Bolsonaro ali

claro que não pode generalizar, mas eu não culpo Bolsonaro por não confiar tanto tambem...

acho SIM que tem muita gente que sabotaria o governo de maneira "suave/stealth", de quem já homenageou Psolista militante, eu não duvido de nada:


Novos diplomatas batizam turma do Rio Branco de Marielle Franco






Eu particularmente NÃO faço questão nenhuma que seja o Eduardo, o que faria questão sim é que fosse alguém totalmente diferente dos embaixadores que vieram antes. Esse governo foi eleito pra fazer as coisas totalmente diferentes do que eram antes, a representação lá fora tem que seguir esse caminho.
 

mig29gsxr

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A Fundação Alexandre de Gusmão (FUNAG), vinculada ao Itamaraty, edita dezenas de livros todos os anos, dos mais diversos espectros. Em comum, eles se referem à praxis da diplomacia e à Política Externa Brasileira. Entre eles, os Manuais do Candidato, que são uma espécie de resumão das matérias abordadas no concurso do IRBr. Mas eles são uma gota no oceano. Nesse caso específico, a matéria do Antagonista fez um "cherry picking" maroto; nesse mar de publicações, seria possível você escolher qualquer citação que supostamente afirmasse tal e qual governo, de esquerda ou direita. Sabe qual seria o título correto da matéria? "Uma entre as diversas publicações editada por fundação vinculada ao Itamaraty menciona Bolsonaro em contexto negativo". Mas convenhamos, isso não chamaria a atenção de ninguém.

Como consta na matéria do próprio Antagonista, o livro foi editado em 2013; a tendência é que a lista seja atualizada por publicações mais modernas em não muito tempo. Por curiosidade, o autor desse livro específico foi dono de um curso preparatório para o Itamaraty no RJ muito procurado, e com grande taxa de aprovação. Com a influência que conseguiu ao longo dos anos, não admira que tenha conseguido apoio da FUNAG para editar seu livro.

Outra curiosidade: sabem quantos diplomatas constam como lotados na FUNAG em nossa rede interna? Zero.


Sim, diversos diplomatas reagiram mal à indicação dele. Quebrando uma tradição de pragmatismo observada há muitas décadas no Itamaraty, o Chanceler sabidamente optou por uma postura ideológica, de alinhamento automático. Essa mudança repentina de paradigma não foi bem digerida por parte da Casa.

Mas sobretudo, o que causou mais espécie foi a promoção à Ministro de Estado de alguém que sequer havia sido chefe de Posto no Exterior. Muita gente graúda (e ao meu ver, mais preparada) foi preterida. Em qualquer organização, os superiores ficariam perplexos e insatisfeitos ao verem um subordinado ser alçado à chefia deles numa canetada; imagine então no Itamaraty, com o apego à hierarquia que tem?

Em suma, a insatisfação se deve a uma mistura de quebra da cultura da casa com egos feridos. Ideologia não tem papel nesse caso.


Realmente não conheço quem subscreveu essa carta, mas acredito que tenha sido legítima. Vamos presumir que todos que a tenham subscrito, sem exceção, sejam de esquerda. Isso seria indicativo do posicionamento do órgão como um todo? De forma alguma. Convenhamos, 40 diplomatas atuantes num universo de 1.500 é algo próximo ao insignificante. Novamente, uma chamada de matéria do gênero "Carta apócrifa de alguns diplomatas..." não teria o mesmo punch. Parece algo óbvio, mas a escolha de palavras sugere uma situação que extrapola a realidade, como se o MRE estivesse se sublevando.


Sim, você tem razão. Se houvesse uma disputa entre os maiores egos da esplanada, os diplomatas teriam boas chances de ficar entre os primeiros. E é evidente que, numa carreira eminentemente política, cada um tenha sua ideologia de preferência. Não somente os brasileiros, mas qualquer diplomata. O que eu afirmei anteriormente - e reafirmo agora - é que, no desempenho de sua função, eles são obrigados a engolir suas convicções e desempenhar a política externa do Chefe de Estado. Isso não é teoria, é prática.

Agora, cá entre nós, temer que enviássemos aos EUA um embaixador eminentemente anti-americano é subestimar absurdamente a capacidade do MRE de colocar em prática os objetivos da nossa política externa. País nenhum faria isso, seria absurdamente contraproducente. Isso vale não apenas para as nações amigas, mas também para as rivais. Como havia dito, um Embaixador deve necessariamente ter bom trânsito entre os diversas instituições do Estado receptor; além do que, para que obtenha o agrément, o receptor precisa aprová-lo de antemão, ou sequer será considerado um interlocutor oficial. Antes de tudo, a diplomacia visa construir pontes, não destruí-las.

No caso específico do embaixador britânico... não conheço os pormenores por não ter visto os telegramas, mas saiba que a opinião dele não é exceção entre diversas chancelarias ao redor do mundo. O que ocorre é que a avaliação dele por telegrama (comunicação padrão de cada Posto no exterior, que inclui, entre outros dados, análises sobre a situação política do país receptor) deveria ter sido mantida secreta. É criptografada. Quem fez o vazamento queria necessariamente derrubá-lo, e foi bem sucedido.

No meio diplomático, há uma razão para essas comunicações serem reservadas ou secretas: pode haver sérias consequências. Lembra-se da Primavera Árabe? Pois é, começou a partir do vazamento de telegramas semelhantes. Sendo bastante informal, nações são feitas por gente, com uma capacidade sem igual de trocar os pés pelas mãos... e se todos souberem o que uns realmente pensam dos outros, as relações não serão das melhores...


De direita, conservadores e mais qualificados que o Eduardo, existem tantos que nem saberia por onde começar a listar. Nem precisa ser dos mais graduados, tenho colegas de turma que se encaixam nesse perfil. Falando sério, por mais despreparado que eu me considere para um cargo dessa envergadura, eu mesmo seria mais qualificado que ele, sem qualquer modéstia.

Agora, sobre gostar do Bolsonaro... sei que existem, mas não sei quantos. Eu não consideraria isso como um pré-requisito. Admito que é desejável ter um bom trânsito com seu chefe, mas um bom diplomata não deve ter que gostar: ele deve obedecer as instruções emanadas pela Secretaria de Estado (a.k.a., Chanceler, mas em última instância, pelo Presidente) e aplicar as linhas mestras da nossa política externa, com o grau de flexibilidade com que dispõe.

E sobre gostar do Trump... na minha modesta opinião, uma coisa é ser amigável; outra coisa é ter simpatia explícita pelo chefe do Estado receptor. Nem acho que nosso futuro embaixador deva; precisa apenas que se mantenha respeitoso. Lembre-se, boas relações entre Estados não implica necessariamente em cooperação. Se o Trump for suficientemente competente, ele poderá se aproveitar desse fato para conseguir executar os objetivos da política externa dele, não da nossa, nas respectivas áreas onde somos rivais. Acho isso simplesmente perigoso.

Ok, vou tentar responder a todas as suas colocações sob o seguinte contexto: os exemplos abaixo vêm de fontes secundárias, a mídia; e tanto eu quanto o @ptsousa somos fontes primárias. Como sabe, veículos de imprensa não são isentos e tem suas próprias agendas. Além do que, quanto mais polêmica, mais atenção obtém. Ou seja... apesar de tecnicamente corretas, as chamadas generalizam fortemente, e acabam transmitindo situações que não existem na prática.




A Fundação Alexandre de Gusmão (FUNAG), vinculada ao Itamaraty, edita dezenas de livros todos os anos, dos mais diversos espectros. Em comum, eles se referem à praxis da diplomacia e à Política Externa Brasileira. Entre eles, os Manuais do Candidato, que são uma espécie de resumão das matérias abordadas no concurso do IRBr. Mas eles são uma gota no oceano. Nesse caso específico, a matéria do Antagonista fez um "cherry picking" maroto; nesse mar de publicações, seria possível você escolher qualquer citação que supostamente afirmasse tal e qual governo, de esquerda ou direita. Sabe qual seria o título correto da matéria? "Uma entre as diversas publicações editada por fundação vinculada ao Itamaraty menciona Bolsonaro em contexto negativo". Mas convenhamos, isso não chamaria a atenção de ninguém.

Como consta na matéria do próprio Antagonista, o livro foi editado em 2013; a tendência é que a lista seja atualizada por publicações mais modernas em não muito tempo. Por curiosidade, o autor desse livro específico foi dono de um curso preparatório para o Itamaraty no RJ muito procurado, e com grande taxa de aprovação. Com a influência que conseguiu ao longo dos anos, não admira que tenha conseguido apoio da FUNAG para editar seu livro.

Outra curiosidade: sabem quantos diplomatas constam como lotados na FUNAG em nossa rede interna? Zero.


Sim, diversos diplomatas reagiram mal à indicação dele. Quebrando uma tradição de pragmatismo observada há muitas décadas no Itamaraty, o Chanceler sabidamente optou por uma postura ideológica, de alinhamento automático. Essa mudança repentina de paradigma não foi bem digerida por parte da Casa.

Mas sobretudo, o que causou mais espécie foi a promoção à Ministro de Estado de alguém que sequer havia sido chefe de Posto no Exterior. Muita gente graúda (e ao meu ver, mais preparada) foi preterida. Em qualquer organização, os superiores ficariam perplexos e insatisfeitos ao verem um subordinado ser alçado à chefia deles numa canetada; imagine então no Itamaraty, com o apego à hierarquia que tem?

Em suma, a insatisfação se deve a uma mistura de quebra da cultura da casa com egos feridos. Ideologia não tem papel nesse caso.


Realmente não conheço quem subscreveu essa carta, mas acredito que tenha sido legítima. Vamos presumir que todos que a tenham subscrito, sem exceção, sejam de esquerda. Isso seria indicativo do posicionamento do órgão como um todo? De forma alguma. Convenhamos, 40 diplomatas atuantes num universo de 1.500 é algo próximo ao insignificante. Novamente, uma chamada de matéria do gênero "Carta apócrifa de alguns diplomatas..." não teria o mesmo punch. Parece algo óbvio, mas a escolha de palavras sugere uma situação que extrapola a realidade, como se o MRE estivesse se sublevando.


Sim, você tem razão. Se houvesse uma disputa entre os maiores egos da esplanada, os diplomatas teriam boas chances de ficar entre os primeiros. E é evidente que, numa carreira eminentemente política, cada um tenha sua ideologia de preferência. Não somente os brasileiros, mas qualquer diplomata. O que eu afirmei anteriormente - e reafirmo agora - é que, no desempenho de sua função, eles são obrigados a engolir suas convicções e desempenhar a política externa do Chefe de Estado. Isso não é teoria, é prática.

Agora, cá entre nós, temer que enviássemos aos EUA um embaixador eminentemente anti-americano é subestimar absurdamente a capacidade do MRE de colocar em prática os objetivos da nossa política externa. País nenhum faria isso, seria absurdamente contraproducente. Isso vale não apenas para as nações amigas, mas também para as rivais. Como havia dito, um Embaixador deve necessariamente ter bom trânsito entre os diversas instituições do Estado receptor; além do que, para que obtenha o agrément, o receptor precisa aprová-lo de antemão, ou sequer será considerado um interlocutor oficial. Antes de tudo, a diplomacia visa construir pontes, não destruí-las.

No caso específico do embaixador britânico... não conheço os pormenores por não ter visto os telegramas, mas saiba que a opinião dele não é exceção entre diversas chancelarias ao redor do mundo. O que ocorre é que a avaliação dele por telegrama (comunicação padrão de cada Posto no exterior, que inclui, entre outros dados, análises sobre a situação política do país receptor) deveria ter sido mantida secreta. É criptografada. Quem fez o vazamento queria necessariamente derrubá-lo, e foi bem sucedido.

No meio diplomático, há uma razão para essas comunicações serem reservadas ou secretas: pode haver sérias consequências. Lembra-se da Primavera Árabe? Pois é, começou a partir do vazamento de telegramas semelhantes. Sendo bastante informal, nações são feitas por gente, com uma capacidade sem igual de trocar os pés pelas mãos... e se todos souberem o que uns realmente pensam dos outros, as relações não serão das melhores...


De direita, conservadores e mais qualificados que o Eduardo, existem tantos que nem saberia por onde começar a listar. Nem precisa ser dos mais graduados, tenho colegas de turma que se encaixam nesse perfil. Falando sério, por mais despreparado que eu me considere para um cargo dessa envergadura, eu mesmo seria mais qualificado que ele, sem qualquer modéstia.

Agora, sobre gostar do Bolsonaro... sei que existem, mas não sei quantos. Eu não consideraria isso como um pré-requisito. Admito que é desejável ter um bom trânsito com seu chefe, mas um bom diplomata não deve ter que gostar: ele deve obedecer as instruções emanadas pela Secretaria de Estado (a.k.a., Chanceler, mas em última instância, pelo Presidente) e aplicar as linhas mestras da nossa política externa, com o grau de flexibilidade com que dispõe.

E sobre gostar do Trump... na minha modesta opinião, uma coisa é ser amigável; outra coisa é ter simpatia explícita pelo chefe do Estado receptor. Nem acho que nosso futuro embaixador deva; precisa apenas que se mantenha respeitoso. Lembre-se, boas relações entre Estados não implica necessariamente em cooperação. Se o Trump for suficientemente competente, ele poderá se aproveitar desse fato para conseguir executar os objetivos da política externa dele, não da nossa, nas respectivas áreas onde somos rivais. Acho isso simplesmente perigoso.


Observações sensacionais, dos melhores posts que li esse ano.
 

Malaquias Duro

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É errado e desgastante pro governo.

Se for aprovado, não muda que ainda estamos muito melhor nas relações internacionais que um governo Haddad.

Então, f**a-se. Passamos anos com diplomatas merdas. Se for um m**** também, nada de novo no front.
 

NEOMATRIX

Lenda da internet
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Bolsonaro as vezes faz umas merdas que ele mesmo sabe que é pura cagada.

Não que ele seja mal intencionado como os governos anteriores mas é de uma ingenuidade absurda.

Tá, o filho dele de certa forma poderia ocupar uma posição dessas? Poderia, mas não agora, não com ele no governo. Com isso, ele só dá brecha pra quem quer ver o Brasil na m**** levantar e apontar o dedo.


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Malakh

Bam-bam-bam
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Na boa, esse governo não consegue fazer melhor que isso nas indicações? Não achou ninguém bem qualificado para o cargo que esteja a contento no campo ideológico? Na época da eleição ficava com aquele papinho de nomeações técnicas, mas aquilo pelo jeito ficou lá, depois foi gente com mestrado bíblico ou com especialidades sem relação com a área da pasta e sem experiência nela, ressalvados um Ministro ou outro, como o ilustre Marcos Pontes. Agora querendo nomear filhinho. Tomara que nomeie mesmo, torcendo aqui, vai ser engraçada a sabatina no Senado.
 

Denrock

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Na época da eleição ficava com aquele papinho de nomeações técnicas, mas aquilo pelo jeito ficou lá, depois foi gente com mestrado bíblico ou com especialidades sem relação com a área da pasta e sem experiência nela, ressalvados um Ministro ou outro, como o ilustre Marcos Pontes.
Cita aí quais ??
todos os ministros foram escolhas técnicas, todos tem competência em sua respectiva área

.
 

Malakh

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Cita aí quais ??
todos os ministros foram escolhas técnicas, todos tem competência em sua respectiva área

.

Salles não apresenta qualificação técnica relativa à área ambiental, tanto é que fez m**** há alguns anos na secretaria dessa área e virou réu em uma ACP; Weintraub não tem nada a ver com a área educacional; o colombiano que tava antes também era despreparado para ser Ministro da Educação; Ernesto Araújo é pequeno para o cargo da relevância que ocupa; o cara que foi nomeado presidente da Apex no início do ano sem saber inglês e sem experiência em comércio exterior; o maluco do Turismo dispensa comentários; a Damares mentindo sobre a formação acadêmica e depois dizendo que tem mestrado bíblico. Enfim, não concordo contigo.
 

Darkx1

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Esse lance com o Gentili, muita gente caiu que nem patinho. É o exemplo pratico daquele discurso dele sobre lados de piada, ele zuou a direita e o pessoal caiu matando. Quem defendeu ele? A esquerda.

Tudo faz parte daquele joguinho dele. Incrivel que ninguém se tocou disso por onde eu vi falando disso. E aplaudiram as piadas que mesmo pro nível dele foram fraquíssimas.
 
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