Estatística é uma put* fria. Você faz com ela o que quiser e ela não liga pra nada, não considera momentos diferentes da história.
O Senna era o melhor piloto daquela época de monstros. Venceu Piquet, Prost, Berger, Mansell. O grid hoje é de dar pena.
Digo mais: eu sinceramente avalio que quase qualquer piloto daquela época, mesmo os meia-boca, só na pilotagem, braço, daria um cacete nos campeões de hoje.
Hoje é cheio de auxílio eletrônico. Claro que os pilotos de hoje em dia têm seus méritos, mas não são situações comparáveis nesse sentido.
Eu concordo com a questão da estatística.
Mas a questão da habilidade de pilotagem
versus tecnologia automotiva é bastante complexa, ao ponto de ser literalmente impossível comparar dois pilotos de duas "eras" diferentes.
O aprimoramento técnico de cada piloto se dá, logicamente, dentro do esquema técnico "vigente" em determinada época. Os pilotos trabalham à exaustão em cima de um determinado modelo e vão se adaptando conforme ele evolui. Acontece que, por óbvio, esse esquema técnico sempre será "facilitado" em relação aos anteriores - o que torna impossível uma comparação justa em questão de pilotagem.
Em outras palavras: mesmo nessa "era Senna" (final dos anos 1980) os carros já contavam com diversos auxílios (inclusive eletrônicos!) que não existiam nas décadas passadas. Em 1950-1960, por exemplo, os carros tinham um conceito aerodinâmico rudimentar, não contavam sequer com aerofólios e trabalhavam com eixos extremamente rígidos. Segurar uma "baratinha" daquelas na pista, por óbvio, exigia muito mais habilidade do piloto do que nos carros de 30 anos depois.
Daí, se formos argumentar nesse sentido, acabaríamos voltando sempre ao início e concluiríamos que um Fangio da vida venceria no braço qualquer piloto que apareceu nos 70 anos seguintes - o que, obviamente, não é verdade.
Tecnologias diferentes exigem habilidades técnicas completamente diferentes.
Por isso, é mais justo definir quem foi o melhor de cada época, sendo impossível dizer quem foi o melhor de todos os tempos sem colocar um fator subjetivo (emoção, etc) na jogada.