É legal ver alguém que foi para o lado negro se redimindo, mas eu acho mais legal ainda quando acontece o inverso (começa no lado negro e vai para a luz). É por isso que eu gosto tanto do protagonista do the force unleashed.
Então, na trilogia original, é explicado que ir pro lado negro é um caminho sem volta, impossível retornar.
Luke então vai e faz o impossível. Traz de volta seu pai.
Sabe, isso dá o valor do cara, suas crenças, sua obstinação. O poder do amor e tudo o mais.
Só que é igual o Síndrome fala no final de Os Incríveis:
"Breve, todo mundo será especial. E então, ninguém mais será!"
É mais ou menos isso. Em milhares de anos, ninguém volta, chega Luke e traz um de volta. Logo em seguida, todo mundo consegue trazer alguém de volta. Deixa de ser especial, vira lugar-comum.
PS: Eu curto o personagem Starkiller.
Sobre o Finn, agora parando pra pensar, teria sido muito melhor se ele fosse o Jedi e protagonista dessa trilogia ao invés de ser um bobo da corte. O cara tinha um potencial para ser um personagem bem melhor que a Rey.
Não discordo de nem mesmo uma vírgula - e olha que vc não usou nenhuma - do que vc disse.
Finn foi meu personagem preferido de cara. Eu admirei a coragem dele de fugir da Primeira Ordem, entendi ele ter tanto medo que queria fugir pra bem longe e que se foda a galáxia, vibrei com ele decidindo enfrentar seu medo e torcia - de verdade - pra ele voltar no The Last Jedi como um force user. Pô, na verdade, ser vítima de anos de lavagem cerebral, será que ele resistiria a ter tanto poder? Será que a PO não poderia tentar o seduzir de volta, pra voltar como figurão? Ou ele poderia ser o novo Luke Skywalker.
Mas a idéia da Disney é empoderar as mulheres, um homem jedi - mesmo que negro - seria inaceitável. Pra matar logo essa idéia, já mataram logo o personagem. Eu admito que ri na cena do Luke jogando fora do sabre dele - achava que durante o filme teria uma paga essa cena - mas Finn acordar já como figura humorística matou o personagem logo alí. Ele não só virou alívio cômico, como retrocedeu a coadjuvante no próprio arco, o mais chato do filme que já era chato.
Pois é, essa trilogia não está sendo o que eu pensei que seria...
No primeiro filme eu reclamei de algumas coisas, mal desenvolvimento do universo além-filme, destruição do status quo galático sem sequer o estabelecer (a Primeira Ordem era um grupo terrorista, sobrevivendo de caçar crianças e as treinar e, de repente, viraram o novo Império Galático?), Rey muito Mary Sue (uma coisa é reclamar dela ser a protagonista, machismo, outra é reclamar de tudo vir fácil pra ela porque wahmen) e trama reciclada...
Mas o segundo jogou no lixo não só todo o primeiro filme, como reciclou as piores partes do filme e, onde foi original, foi ainda pior. Provavelmente tinham tão pouca fé em criar algo original e bom que a mudança de tom deve ter parecido uma saída interessante pra essa falta de qualidade de roteiro.
É uma pena terem contratado gente com essa linha de pensamento para comandar os novos filmes de star wars.
Quem lacra não lucra.
Mas continua lacrando, lacrando e lacrando até ter prejuízo.