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Tópico oficial THE LAST OF US: PART II | GOTY 2020, 2024 | Grounded II - Documentário lançado

Looz

Bam-bam-bam
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Platinei ontem. Achei um jogão. Tem alguns detalhes no enredo que a princípio, fiquei puto, mas com o decorrer do game, consegui compreender melhor a situação. É um jogo brutal, gameplay excelente. Os gráficos são majestosos. Expressão de personagens, diálogos, tudo muito bom. Ele literalmente bota nossas emoções no liquidificador e dá aquela batida do início ao fim do game. Compreendo quem não curtiu, por alguns detalhes bem significativos, mas quem não jogou, recomendo dar uma chance.
 

SecurCup

Habitué da casa
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Amigo, você não acha que uma parte da vingança da Ellie, é justamente por ela nao ter conseguido fazer as pazes com ele? Naquele dialogo no final do game, ela diz q estava disposta a tentar perdoa-lo, e no dia seguinte o cara é morto.

Sim, é,
mas poderia ser que justo quando ela perdoa, ele é morto
 

SecurCup

Habitué da casa
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Cara...

A Ellie trata o Joel daquela forma porque ela descobre as mentiras dele e quem não faria o mesmo? O Joel não deu escolha pra ela, tirou algo que ela queria muito, assim como os vagalumes não deram uma escolha pra ela. Nessa parte, eu acho normal, como a vida é...e o final é tão bonito, o Joel falando que não faria nada diferente e mesmo assim ela está disposta a perdoar e o "Fico feliz" dele é muito simbólico, ele se sentiu perdoado e ela realmente estava tentando pois no começo do game ela diz que iria assistir um filme com o Joel...eu acho simbólico demais.

O jogo continua sendo sobre AMOR...o Neil falou que no marketing do game foi usado que era um game sobre vingança e no final também é um jogo sobre amor, sobre outra perspectiva, o amor da Ellie pelo o Joel levou ela a fazer coisas cruéis, o amor da Abby pelo pai fez ela se preparar a vida toda por uma vingança...se elas não amassem esses personagens que morreram, jamais haveria vingança.

E não dá pra comparar com um Batman da vida, eu também fiquei putasso no começo, mas com o tempo você conhece o outro lado, no final eu não queria nem fodendo que a Ellie matasse a Abby.

Sim, eu entendo, mas como comentei,
no fim, podia ter perdoado, a vontade de vingança ia ser a mesma, imagina, justo quando você perdoa, matam a pessoa...
Eu falo isso,pq muito do rage de quem não gostou do jogo. é por conta disso, muito do que teve no 1, não teve aqui...

E alias, será que vai chegar modo multiplayer? Tomara
 

sr_doutor

Ei mãe, 500 pontos!
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Eu tinha comentado há algum tempo por aqui e em alguns fóruns gringos que notei algumas semelhanças entre The Last of Us 2 e Inside. E, depois de jogar pela segunda vez, fiquei surpreso ao ver que alguns outros pontos do jogo também me lembraram do jogo da Playdead. Deu vontade de editar um vídeo pra compartilhar com a galera e ver se eu não estou vendo coisas... E como ando precisando de algo pra manter a cabeça ocupada nessa quarentena, fui lá e editei o vídeo mesmo:



Avaliem aí. Será que tô vendo coisas? Acho que não...
 

redfield jr.

We are the Champions
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Tô jogando pela segunda vez e não acredito que não vi que o
era o tommy
esse jogo deixa a gente anestesiado kkkkkk

Eu percebi logo de primeira hehe.

Mais um elemento para...

nutrir raiva pelo outro lado que, antes, seria considerado, pelo senso comum, como "imaculado". Esse foi claramente um dos objetivos ao fazer com que o jogador controlasse a Abby e conhecesse tudo em volta dela. Entender que a motivação dela também era justa.

E minha reação na hora foi "c**alho, é o Tommy.
 


charles_monkey

Ei mãe, 500 pontos!
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Tô jogando pela segunda vez e não acredito que não vi que o
era o tommy
esse jogo deixa a gente anestesiado kkkkkk
essa parte foi frustrante pra mim. No meio da perseguição o jogo deu pau e
o tommy ficou travado numas cadeiras, antes de descer a escada rolante. Ai fiquei: c***lho, é o tommy, sai dai maluko. Taquei bomba nele, lança chamas e tive q resetar o checkpoint, huahuahuahua. Devia ter gravado isso, mas acabei descobrindo antes da hora q era ele.
 

leonardo__cruz

- Endure and Survive -
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Bom, vamos lá... Vou tentar colocar em palavras um pouco dessa experiência que foi The Last of Us: Part II.

Assim como a grande parte do pessoal, vou começar falando da parte técnica e deixar a parte da história em spoiler.

Bom, o que dizer? Acho que é uma das maiores evoluções que eu já pude presenciar de um primeiro jogo para a sua sequência. Muita gente rasga elogios ao jogo apenas pela sua parte visual mas é impressionante como se você fizer uma lista de pontos, o segundo melhorou o primeiro em praticamente tudo. A qualidade das animações é absurda, e não serve apenas para deixar "o jogo mais bonito" mas também aumenta profundamente a imersão e aperfeiçoa ainda mais os sentimentos que o jogo quer te passar. Quando você vê a Ellie passando o canivete na jugular de um inimigo, o sangue jorrando, a expressão de desespero do inimigo e ele caindo estrebuchando no chão, aquela animação não serve apenas como um elemento de gameplay, mas também de narrativa.

Mas como eu jurei que ia me ater apenas a parte técnica nesse primeiro bloco, acho que é impossível deixar de destacar como a jogabilidade desse jogo é fenomenal. Há quem ouse dizer que é exatamente igual a do primeiro, mas essa pessoa só pode ter tropeçado e batido com a cabeça no chão quando criança. Tudo no segundo jogo funciona bem melhor que no primeiro, a movimentação ágil da personagem, as esquivas (nossa, que delícia de adição), a sensação das armas... Eu não consigo nem escolher uma arma favorita, creio que todas tem seus momentos e importância, além de proporcionarem satisfação no uso. A adição dos novos movimentos como a já citada esquiva, a opção de rastejar e o pulo, adicionam demais ao jogo. Os dois últimos principalmente ao level design que é absurdamente mais bem bolado que o primeiro.

A verticalidade aqui é incrível, e por vezes eu me surpreendia explorando o cenário atrás de colecionáveis (depois de matar todos os inimigos), observando que ali no cantinho tinha uma rota alternativa para aquele mesmo lugar, um lugar que dava para escalar, um buraco para passar rastejando... Diversas rotas diferentes que eu poderia ter tomado para dar cabo dos inimigos e que você consegue ver que os caras perderam muito tempo para bolar aqueles caminhos sem parecer uma coisa forçada... Estão tão bem integrados aos cenários que parece natural. Além da verticalidade que aumentou muito, os cenários também são enormes, mas sabem te conduzir para onde você tem que ir.

Outra coisa fantástica aqui é o design de som... É um pecado não jogar este game com um bom headset, tudo tem um som de perfeita qualidade atrelada a ele... Até quando você passa por uma mera cortina de plástico, o som está lá presente em alta fidelidade. Chega a ser um tesão fazer o upgrade das armas, todos os sons, o cuidado nas animações... Parece até que você está vendo aqueles vídeos de ASMR do Youtube. O som das armas, inimigos, explosões, coisas quebrando, é tudo um orgasmo auditivo.

A única coisa que eu ainda fico um pouco dúvida se superou o primeiro é a trilha sonora do Gustavo Santaolalla... E longe de mim dizer que o trabalho dele está ruim nesse jogo, mas acho que a trilha do primeiro jogo é muito, mas muito marcante para mim. Pode ser que daqui a alguns anos eu tenha o mesmo sentimento pela trilha do segundo, só o tempo dirá. Outra coisa fantástica que esse jogo faz muito bem são os momentos de silêncio, tem diálogos incríveis em que tá tudo acontecendo só na expressão dos personagens, deixando o uso de palavras totalmente subjetivo.

Enfim, se você leu até aqui, prepare-se porque agora que vou tentar falar um pouco da história. Eu acho que o jogo foi realmente divisivo e tirando os abestalhados que estão dando rage apenas por pirraça, concordo que algumas pessoas podem não gostar do rumo da história dependendo da sua interpretação do primeiro jogo... Felizmente eu tô do outro lado nesse debate e acho que foi uma experiência DO c***lho. Mas foi legal conversar também com um amigo que é fanático pelo primeiro jogo e não gostou do segundo, foi um debate enriquecedor que eu vou tentar abordar enquanto elaboro as minhas impressões.

Vamos ao debate com spoilers, puxa a cadeira e pegar uma bebida porque vai ser longo...

Bom, essa é uma história totalmente agridoce e que não é para o paladar de todo mundo. Eu sei, o pessoal aqui odeia essa frase de "esse jogo não é para todo mundo", mas essa é a pura verdade. Para algumas pessoas, o enredo vai dar o clique, para outras não vai... E pior, para algumas outras vai despertar o sentimento de mais profunda repulsa e no fundo sabemos o motivo, mas não pretendo me alongar nisso.

Conversando com esse meu amigo que é fã do primeiro jogo, ele me disse a seguinte frase: "Mano, eu odiei odiar este jogo". Eu entendi o que ele quis dizer, porque ele gostou de todos, mas todos os elementos do jogo, desde a jogabilidade, gráficos e até a narrativa - que segundo palavras dele mesmo, "é do c***lho". Mas como ele mesmo se auto-intitula, ele é "uma Joelzete" e simplesmente não conseguiu aceitar o que aconteceu com o Joel. E quando isso, não é no fato do Joel ter morrido, ele achou isso bem foda até, mas para ele o jogo peca em te dar uma "recompensa" pela perda do personagem e para ele o jogo sem isso, a jornada da Ellie fica sem propósito.

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Para alguns, os belos Flashbacks com Joel não foram suficientes para honrar o seu legado​

Conversamos bastante sobre isso, porque em determinado momento eu também senti um pouco isso, a jornada da Ellie parecia uma jornada desenfreada de vingança e eu estava com mais de 30h de jogo e parei para colocar os acontecimentos de história no papel e... Parecia que não tinha acontecido nada ainda. Eu saí de Seattle com a Dina, explorei coisa para cacete, matei um monte de gente e parecia ter um vazio ali... Aí imediatamente a cabeça foi fazer a comparação com o primeiro jogo, que tem lá suas 13, 15 horas de duração e foi inevitável pensar em QUANTA coisa acontece na história durante esse período de tempo no primeiro jogo. Agora no segundo jogo eu estava com o dobro do tempo e só existia um vazio... Existia... um vazio.

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Ellie, totalmente em pedaços a essa altura do campeonato.​

Bum, foi aí que o clique veio. c***lho, era exatamente isso. Apesar de aparentar ser uma história sobre vingança, todas as mortes, todas as coisas que eu estava fazendo, não estavam me levando a lugar nenhum. Fiquei pensando se essa era a sensação que os escritores queriam que eu sentisse ou se foi apenas uma intrepretação minha, mas tanto para mim, quanto as expressões que a Ellie faziam no jogo pareciam me dizer que "cara, isso aqui não está levando a nada, só sinto o vazio". Tirando os belos segmentos de Flashback com o Joel, pouco se aborda de história nesta parte do jogo.

Logo depois dessa epifania, fui brindado com a surpresa de começar a jogar com a Abby, Seattle Dia 1. Sem upgrades, sem armas, sem nada. O jogo recomeçou e eu fiquei realmente espantado com a ousadia. Não só por colocar você no controle da Abby que tinha matado o Joel (e eu sabia que ia deixar muita gente put*), mas também pelo fato deles estarem sendo corajosos o suficiente de tentar fazer um The Last of Us, com uma nova personagem.

Devo confessar que eu JURAVA que a motivação da Abby para matar o Joel seria alguma parada um pouco mais obscura e sombria por parte do Joel... Não que não tenha sido já uma put* motivação o Joel ter matado todo mundo no hospital, inclusive o pai dela... Mas é que eu pensei que isso seria reflexo de algo que o Joel fez mais no passado, na época em que o Joel e o Tommy eram caçadores. Eu jurava que seria aquela "uma coisa" que o Joel fez que até o Tommy decidiu se separar dele e seguir com os vaga-lumes, mas não foi.

Outra coisa que me surpreendeu é que eu achava que essa campanha dela iria ficar remoendo essa questão do Joel, mas não. Foi uma coisa que foi resolvida ali na primeira hora de jogo e depois de jogar um tempo com ela isso foi ficando tão no meu subconsciente que eu já tinha "deixado para lá" enquanto ia ficando cada vez mais imerso neste lado da história.

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The Last of Us - Part II: Part II. Um outro jogo começa aqui...​

É curioso, porque aqui do lado da Abby sim, há uma história progredindo, diferente do lado da Ellie onde você parecia estar parado no mesmo lugar sem avançar. No arco da Abby você vai conhecendo novos personagens, vai conhecendo mais sobre o mundo do jogo, algo mais parecido com o primeiro The Last of Us. O contraste entre essa campanha e a da Ellie me parece mostrar que a Ellie está presa na sua vingança, enquanto que o mundo da Abby está seguindo em frente visto que ela resolveu sua questão com o Joel. (Acho que a maioria das melhores seções do jogo estão desde lado do jogo, como o hotel infectado e principalmente o hospital e a luta com o Rat King)

A grande sacada vem aos poucos, você vai conhecendo cada um dos amigos da Abby, até a cachorra... E em paralelo você vai lembrando que você já matou cada um deles com a Ellie. De repente a história da Ellie já não parecia tão vazia para mim e na verdade me vez me sentir mal por ter dado cabo de tantas pessoas que eram importantes para alguém e eu estar achando que "nada aconteceu na campanha da Ellie". put* m****, outro soco no estômago.

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Quando eu rejogar essa seção (que achei muito foda) com certeza vou ter outro sentimento.​

Mas outra vez, a história vai seguindo e você conhece Lev e Yara e entra nesse arco dentro dos Serafitas, minha cabeça foi levada dos sentimentos sobre a campanha da Ellie novamente. Achei legal que eles conseguiram criar todo esse arco aqui, que serve tanto para humanizar uma Abby que estava buscando um novo propósito de vida após ter conseguido sua vingança contra o Joel, quanto para mostrar que até dentro dos Serafitas, existiam pessoas boas e que só queriam seguir a palavra da profetiza em paz e viver em sua comunidade alternativa.

Vale ressaltar porém, que ele não te deixa esquecer totalmente do outro lado. A inclusão do Tommy como o sniper na seção do pier foi DE EXPLODIR CABEÇAS... Literalmente. Acho excelente como eles fazem as coisas de maneira sutil, pois na campanha da Ellie você tem aquela seção com o Tommy e a arma dele e aquele truque de atirar no metal para atrair os infectados... Depois eles colocam um spiner fodaralho no seu caminho fazendo o mesmo e você descobre que é o próprio Tommy. Aliás, é foda ver a expressão facial da Abby mudar totalmente ao ver que o Sniper era o Tommy e que todos os seus amigos estavam morrendo devido ao fato dela ter matado o Joel.

Exceto por esse lapso que você sente na parte do Tommy, você mergulha tão fundo nesse arco dos Serafitas que nos dias 2 e 3 da Abby foram passando e eu já tinha "esquecido" totalmente o que me esperava. Foi quando a Abby desceu em frente ao áquario naquela noite chuvosa que de repente um turbilhão de emoções voltou... Eu pensei... c***lho, É MESMO... A Abby vai entrar aqui e vai encontrar todo mundo morto.

Eu juro para vocês, eu fiquei desconfortável pra cacete, como se alguém estivesse prestes a descobrir um grande crime que eu tinha cometido. Fui avançando com o corpo tão tenso que eu quase pensei em parar e desligar o console. Entrei e encontrei a Alice morta no chão... que para a Ellie era um mero cachorro que a havia atacado, mas para a Abby era um prenuncio de coisa muito pior estava por vir.

Foi quando cheguei naquele corredor e tinha aquela poça de sangue enorme passando por debaixo da porta, carregada pela água. c***lho, que cena bem construída. Fiquei atônito ali, porque logo depois pensei: put* m****, ela vai atrás da Ellie agora, c***lho, o final do dia 3 da Ellie, c***lho, o Jesse tomou um balaço na cara, Tommy tá imobilizado e a Abby tá MUITO put*.

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FUDEU.​

É, chegamos ao teatro com a Abby. A essa altura do campeonato meu corpo estava tão tenso que meu pescoço tava todo duro. Foi pior do que eu pensava, porque de repente o Tommy toma um tiro na cabeça e eu tava tendo que correr e lutar com a Ellie. c***lho, QUE ISSO MANO. Não tava preparado. Não estava preparado mesmo, desliguei o console. Eu tinha ficado tão imerso que eu tinha até esquecido que eu tinha tomado um spoiler já, de que a Ellie não matava a Abby no final, logo eu não mataria a Ellie de fato ali.

Depois de desligar e pensar um pouco de como o jogo era foda por ter fazer sentir coisas que você nunca tinha sentido antes jogando videogame, já tinha me decidido: Esse jogo cumpriu o seu objetivo, independente do que aconteça daqui para frente. Aí eu lembrei do spoiler e lamentei um pouco, porque sabia que muita coisa dali para frente não teria mais o mesmo impacto porque eu sabia o destino das personagens, mas segui em frente porque sabia que ainda assim a narrativa valeria a pena.

Bom, eu voltei e encarei a luta com a Ellie, fiquei muito surpreso com a IA dela, achei muito bem feita e pensei que se todos os inimigos do jogo estivessem naquele nível a gente estaria muito fodido. Derrotei a Ellie e a cena se desdobrou em uma sequência com a Dina que eu fiquei todo tenso de novo, porque eu sabia o destino da Ellie e da Abby, mas tinha esquecido completamente da Dina. A Ellie suplicou dizendo que ela estava grávida e quando a Abby disse algo como "melhor ainda" (lembrando que a Ellie matou a Mel grávida) eu pensei F O D E U. Por sorte o Lev estava ali para ser o peso moral da Abby e pude respirar aliviado.

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put* m**** Abby.​

Depois de toda essa adrenalina vem a seção da Ellie com o JJ na fazenda e que coias linda da porra. Como já citei algumas vezes, acabei de tornar pai e foi muito foda ver a Ellie colocando o JJ na frente do espelho e falando exatamente a mesma coisa que falo para o meu filho, e também aquela linda cena deles no trator e ela prometendo que iria ensiná-lo a tocar violão. Achei que o jogo da Ellie acabaria ali e que depois teríamos só alguma seção da Abby buscando informações sobre os Vaga-lumes e que ela sabia que a "cura estava viva" para abrir brecha para um terceiro jogo, sei lá...

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Sobe os créditos Naughty Dog...​

Mas não, eis que aparece o fucking Tommy (que eu jurava por todos os santos que tava mortinho da silva) com uma informação sobre a Abby e demandando que a Ellie fosse caçá-lo, assim como a Ellie fez com ele no passado. Nesse momento eu lamentei muito por o jogo não ser ousado ao ponto de colocar um momento de escolha ali porque eu juro de pé junto que eu JAMAIS, NUNQUINHA NA VIDA ia querer tirar a Ellie dali, do final perfeito, da poesia daquele momento.
Mas, não temos escolhas e a cena da separação da Ellie e Dina partiu realmente meu coração, me sentia como a Dina ali, não querendo que a Ellie embarcasse nessa.

Voltamos ao controle da Abby em um cenário totalmente novo, de repente me senti jogando já o The Last of Us: Part III. Um ambiente totalmente novo, novamente sem todas as minhas armas, pistas de uma nova facção, a descoberta do esconderijo dos Vaga-Lumes... E QUE ELES ESTÃO VIVOS SIM... Enfim... Mano, como assim?! Sério, eu fiquei muito impressionado por terem entregue tudo isso ainda neste jogo. A Abby é capturada e vamos para a seção final do jogo com a Ellie.

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Vaga-Lumes estão vivos e são um grupo enorme. The Last of Us: Part III confirmado.​

Uma Ellie bronzeada, cenário paradisíaco e para mim ainda a sensação de que isso poderia já ser o próximo The Last of Us. Devo confessar porém que foi uma delícia poder voltar a controlar a Ellie em combate, ela tem um quê de agilidade melhor que o da Abby que dá um put* tesão de controlar ela. Os cenários também são fantásticamente lindos e uma bela surpresa porque não recebi nenhum spoiler quanto a esta localidade.

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O clima ensolarado e a explosão de cores nos cenário faz parecer outro jogo.​

Bom... de qualquer forma temos toda essa seção com os Cascavéis que eu achei muito poderia ter ficado para um próximo jogo ou para uma DLC de ligação entre o Part II e um futuro Part III, porque acabou não sendo tão bem aprofundado o lore desse grupo. Chegamos então ao final na praia... O clima ensolarado, as cores, tudo se foi... O jogo volta a ser cinza como em Seattle...

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Nesta seção parece que Ellie está entrando em um purgatório de almas atormentadas...​

c***lho, que agonia da porra. Eu sabia que no fim elas não iam se matar, mas ainda assim é uma luta pesada da porra... Você cortando a Abby toda e a essa altura do campeonato não era mais o que eu queria... E nem a Ellie. Dava para sentir que desde o momento que ela cortou a corda e salvou a Abby do tronco, ela tava muito em dúvida do que diabos ela estava fazendo ali. Assim como o jogador birrento que pensou, c***lho, FIZ ISSO TUDO E NÃO VOU MATAR A ABBY?! A Ellie tentou lutar e seguir em frente com a vingança, mas não conseguiu terminar.

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As duas personagens estão completamente destruídas.​

A Abby arrancou os dedos dela e ela lembrou do Joel e parou. Essa parte, assim como o final do primeiro jogo é aberta a interpretação. Porque a Ellie parou? O que a motivou ali? Foi remorso? Foi culpa por não ter perdoado o Joel a tempo e saber que mesmo que a Abby morra isso não vai mudar? Foi pensar que ela estaria fazendo com o Lev, o mesmo que fizeram com ela? Ainda não cheguei a uma resposta concreta quanto a isso.

O que eu fiquei realmente triste foi que a Ellie perdeu tudo. A cena final dela tentando tocar a música e dá tudo errado e é de pegar o coração na mão e rasgar em pedaços. O elo que ela tinha com o Joel através da música estava arruinado. Fiquei realmente triste e puto, achei que eles poderiam explorar mais essa questão da música em um próximo jogo, mas não, a Ellie perdeu tudo.

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Ellie perdeu tudo, até sua vontade de seguir em frente com a vingança.​

Essa foi a única coisa que me decepcionou um pouco no final, mas debatendo com aquele mesmo amigo que citei, ele me abriu uma possibilidade para refletir... É altamente provável que vamos ter um terceiro jogo e provavelmente ele terá a ver com os vaga-lumes e a busca da cura novamente... Se a Ellie ainda tivesse algo a que dar valor, talvez ela hesitasse em se sacrificar por essa cura. A vida confortável com a Dina e o JJ a fariam pensar duas vezes antes de tomar essa decisão.

Agora a Ellie perdeu TUDO, inclusive a Dina e o JJ como fica claro com a casa vazia e abandonada, após a Dina ter dito que "não passaria por isso outra vez". Agora que a Ellie não tem nada, talvez ela esteja disposta a ir atrás dos Vaga-Lumes, mas dessa vez para se sacrificar em prol da cura e dar algum significado a sua vida, já que a vingança não lhe serviu com esse objetivo.

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Depois de perder absolutamente tudo, Ellie precisa de um novo objetivo na vida.​

Fica aí a bola na mão da Naughty Dog, fazer um The Last of Us: Part III, com a Ellie indo atrás dos Vaga-lumes e quem sabe até se reencontrando com a Abby, mas dessa vez com ambas lutando por um objetivo em comum que seria achar uma forma de encontrar alguém que pudesse criar a vacina.

Repetindo a Ellie do primeiro jogo: "Depois de tudo o que passamos... De tudo que eu fiz... Não pode ser em vão."

É isso pessoal, desculpem PELO LIVRO. Se alguém leu até aqui, obrigado... Porque eu demorei algumas horas para escrever essa jornada inteira, e olha que ainda deixei muita coisa de fora...
 
Ultima Edição:

João Ritzel

Mil pontos, LOL!
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O que a Naugthy Dog fez com o PS4 padrão foi sem precedentes nessa geração.Joguei no PS4 Pro e depois dei uma olhada no jogo rodando no PS4 padrão que meu filho estava jogando...também dei uma olhada na análise da Digital Foundry das duas versões...

Incrível!!! Mostra que orçamento,valores de produção ,tempo e dedicação de uma equipe qualificada faz enorme diferença.

Acho que ninguém que viu o jogo no PS4 padrão vai discordar que fizeram milagre e um verdadeiro esculacho em relação a outros jogos AAA.Não precisa de jogo mais nenhum como Benchmark gráfico e referência...só a versão do já velho PS4 padrão.

Me lembrei também das baboseiras que o Caixista Batman_X fez em comparar TLOUS2 com Rise The Tomb Raider,dizendo que o último era melhor técnicamente...Virou piada!!!! Da braba!!! Hehe....é de dar pena do indivíduo uma percepção dessas.
 

charles_monkey

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Bom, vamos lá... Vou tentar colocar em palavras um pouco dessa experiência que foi The Last of Us: Part II.

Assim como a grande parte do pessoal, vou começar falando da parte técnica e deixar a parte da história em spoiler.

Bom, o que dizer? Acho que é uma das maiores evoluções que eu já pude presenciar de um primeiro jogo para a sua sequência. Muita gente rasga elogios ao jogo apenas pela sua parte visual mas é impressionante como se você fizer uma lista de pontos, o segundo melhorou o primeiro em praticamente tudo. A qualidade das animações é absurda, e não serve apenas para deixar "o jogo mais bonito" mas também aumenta profundamente a imersão e aperfeiçoa ainda mais os sentimentos que o jogo quer te passar. Quando você vê a Ellie passando o canivete na jugular de um inimigo, o sangue jorrando, a expressão de desespero do inimigo e ele caindo estrebuchando no chão, aquela animação não serve apenas como um elemento de gameplay, mas também de narrativa.

Mas como eu jurei que ia me ater apenas a parte técnica nesse primeiro bloco, acho que é impossível deixar de destacar como a jogabilidade desse jogo é fenomenal. Há quem ouse dizer que é exatamente igual a do primeiro, mas essa pessoa só pode ter tropeçado e batido com a cabeça no chão quando criança. Tudo no segundo jogo funciona bem melhor que no primeiro, a movimentação ágil da personagem, as esquivas (nossa, que delícia de adição), a sensação das armas... Eu não consigo nem escolher uma arma favorita, creio que todas tem seus momentos e importância, além de proporcionarem satisfação no uso. A adição dos novos movimentos como a já citada esquiva, a opção de rastejar e o pulo, adicionam demais ao jogo. Os dois últimos principalmente ao level design que é absurdamente mais bem bolado que o primeiro.

A verticalidade aqui é incrível, e por vezes eu me surpreendia explorando o cenário atrás de colecionáveis (depois de matar todos os inimigos), observando que ali no cantinho tinha uma rota alternativa para aquele mesmo lugar, um lugar que dava para escalar, um buraco para passar rastejando... Diversas rotas diferentes que eu poderia ter tomado para dar cabo dos inimigos e que você consegue ver que os caras perderam muito tempo para bolar aqueles caminhos sem parecer uma coisa forçada... Estão tão bem integrados aos cenários que parece natural. Além da verticalidade que aumentou muito, os cenários também são enormes, mas sabem te conduzir para onde você tem que ir.

Outra coisa fantástica aqui é o design de som... É um pecado não jogar este game com um bom headset, tudo tem um som de perfeita qualidade atrelada a ele... Até quando você passa por uma mera cortina de plástico, o som está lá presente em alta fidelidade. Chega a ser um tesão fazer o upgrade das armas, todos os sons, o cuidado nas animações... Parece até que você está vendo aqueles vídeos de ASMR do Youtube. O som das armas, inimigos, explosões, coisas quebrando, é tudo um orgasmo auditivo.

A única coisa que eu ainda fico um pouco dúvida se superou o primeiro é a trilha sonora do Gustavo Santaolalla... E longe de mim dizer que o trabalho dele está ruim nesse jogo, mas acho que a trilha do primeiro jogo é muito, mas muito marcante para mim. Pode ser que daqui a alguns anos eu tenha o mesmo sentimento pela trilha do segundo, só o tempo dirá. Outra coisa fantástica que esse jogo faz muito bem são os momentos de silêncio, tem diálogos incríveis em que tá tudo acontecendo só na expressão dos personagens, deixando o uso de palavras totalmente subjetivo.

Enfim, se você leu até aqui, prepare-se porque agora que vou tentar falar um pouco da história. Eu acho que o jogo foi realmente divisivo e tirando os abestalhados que estão dando rage apenas por pirraça, concordo que algumas pessoas podem não gostar do rumo da história dependendo da sua interpretação do primeiro jogo... Felizmente eu tô do outro lado nesse debate e acho que foi uma experiência DO c***lho. Mas foi legal conversar também com um amigo que é fanático pelo primeiro jogo e não gostou do segundo, foi um debate enriquecedor que eu vou tentar abordar enquanto elaboro as minhas impressões.

Vamos ao debate com spoilers, puxa a cadeira e pegar uma bebida porque vai ser longo...

Bom, essa é uma história totalmente agridoce e que não é para o paladar de todo mundo. Eu sei, o pessoal aqui odeia essa frase de "esse jogo não é para todo mundo", mas essa é a pura verdade. Para algumas pessoas, o enredo vai dar o clique, para outras não vai... E pior, para algumas outras vai despertar o sentimento de mais profunda repulsa e no fundo sabemos o motivo, mas não pretendo me alongar nisso.

Conversando com esse meu amigo que é fã do primeiro jogo, ele me disse a seguinte frase: "Mano, eu odiei odiar este jogo". Eu entendi o que ele quis dizer, porque ele gostou de todos, mas todos os elementos do jogo, desde a jogabilidade, gráficos e até a narrativa - que segundo palavras dele mesmo, "é do c***lho". Mas como ele mesmo se auto-intitula, ele é "uma Joelzete" e simplesmente não conseguiu aceitar o que aconteceu com o Joel. E quando isso, não é no fato do Joel ter morrido, ele achou isso bem foda até, mas para ele o jogo peca em te dar uma "recompensa" pela perda do personagem e para ele o jogo sem isso, a jornada da Ellie fica sem propósito.

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Para alguns, os belos Flashbacks com Joel não foram suficientes para honrar o seu legado​

Conversamos bastante sobre isso, porque em determinado momento eu também senti um pouco isso, a jornada da Ellie parecia uma jornada desenfreada de vingança e eu estava com mais de 30h de jogo e parei para colocar os acontecimentos de história no papel e... Parecia que não tinha acontecido nada ainda. Eu saí de Seattle com a Dina, explorei coisa para cacete, matei um monte de gente e parecia ter um vazio ali... Aí imediatamente a cabeça foi fazer a comparação com o primeiro jogo, que tem lá suas 13, 15 horas de duração e foi inevitável pensar em QUANTA coisa acontece na história durante esse período de tempo no primeiro jogo. Agora no segundo jogo eu estava com o dobro do tempo e só existia um vazio... Existia... um vazio.

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Ellie, totalmente em pedaços a essa altura do campeonato.​

Bum, foi aí que o clique veio. c***lho, era exatamente isso. Apesar de aparentar ser uma história sobre vingança, todas as mortes, todas as coisas que eu estava fazendo, não estavam me levando a lugar nenhum. Fiquei pensando se essa era a sensação que os escritores queriam que eu sentisse ou se foi apenas uma intrepretação minha, mas tanto para mim, quanto as expressões que a Ellie faziam no jogo pareciam me dizer que "cara, isso aqui não está levando a nada, só sinto o vazio". Tirando os belos segmentos de Flashback com o Joel, pouco se aborda de história nesta parte do jogo.

Logo depois dessa epifania, fui brindado com a surpresa de começar a jogar com a Abby, Seattle Dia 1. Sem upgrades, sem armas, sem nada. O jogo recomeçou e eu fiquei realmente espantado com a ousadia. Não só por colocar você no controle da Abby que tinha matado o Joel (e eu sabia que ia deixar muita gente put*), mas também pelo fato deles estarem sendo corajosos o suficiente de tentar fazer um The Last of Us, com uma nova personagem.

Devo confessar que eu JURAVA que a motivação da Abby para matar o Joel seria alguma parada um pouco mais obscura e sombria por parte do Joel... Não que não tenha sido já uma put* motivação o Joel ter matado todo mundo no hospital, inclusive o pai dela... Mas é que eu pensei que isso seria reflexo de algo que o Joel fez mais no passado, na época em que o Joel e o Tommy eram caçadores. Eu jurava que seria aquela "uma coisa" que o Joel fez que até o Tommy decidiu se separar dele e seguir com os vaga-lumes, mas não foi.

Outra coisa que me surpreendeu é que eu achava que essa campanha dela iria ficar remoendo essa questão do Joel, mas não. Foi uma coisa que foi resolvida ali na primeira hora de jogo e depois de jogar um tempo com ela isso foi ficando tão no meu subconsciente que eu já tinha "deixado para lá" enquanto ia ficando cada vez mais imerso neste lado da história.

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The Last of Us - Part II: Part II. Um outro jogo começa aqui...​

É curioso, porque aqui do lado da Abby sim, há uma história progredindo, diferente do lado da Ellie onde você parecia estar parado no mesmo lugar sem avançar. No arco da Abby você vai conhecendo novos personagens, vai conhecendo mais sobre o mundo do jogo, algo mais parecido com o primeiro The Last of Us. O contraste entre essa campanha e a da Ellie me parece mostrar que a Ellie está presa na sua vingança, enquanto que o mundo da Abby está seguindo em frente visto que ela resolveu sua questão com o Joel. (Acho que a maioria das melhores seções do jogo estão desde lado do jogo, como o hotel infectado e principalmente o hospital e a luta com o Rat King)

A grande sacada vem aos poucos, você vai conhecendo cada um dos amigos da Abby, até a cachorra... E em paralelo você vai lembrando que você já matou cada um deles com a Ellie. De repente a história da Ellie já não parecia tão vazia para mim e na verdade me vez me sentir mal por ter dado cabo de tantas pessoas que eram importantes para alguém e eu estar achando que "nada aconteceu na campanha da Ellie". put* m****, outro soco no estômago.

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Quando eu rejogar essa seção (que achei muito foda) com certeza vou ter outro sentimento.​

Mas outra vez, a história vai seguindo e você conhece Lev e Yara e entra nesse arco dentro dos Serafitas, minha cabeça foi levada dos sentimentos sobre a campanha da Ellie novamente. Achei legal que eles conseguiram criar todo esse arco aqui, que serve tanto para humanizar uma Abby que estava buscando um novo propósito de vida após ter conseguido sua vingança contra o Joel, quanto para mostrar que até dentro dos Serafitas, existiam pessoas boas e que só queriam seguir a palavra da profetiza em paz e viver em sua comunidade alternativa.

Vale ressaltar porém, que ele não te deixa esquecer totalmente do outro lado. A inclusão do Tommy como o sniper na seção do pier foi DE EXPLODIR CABEÇAS... Literalmente. Acho excelente como eles fazem as coisas de maneira sutil, pois na campanha da Ellie você tem aquela seção com o Tommy e a arma dele e aquele truque de atirar no metal para atrair os infectados... Depois eles colocam um spiner fodaralho no seu caminho fazendo o mesmo e você descobre que é o próprio Tommy. Aliás, é foda ver a expressão facial da Abby mudar totalmente ao ver que o Sniper era o Tommy e que todos os seus amigos estavam morrendo devido ao fato dela ter matado o Joel.

Exceto por esse lapso que você sente na parte do Tommy, você mergulha tão fundo nesse arco dos Serafitas que nos dias 2 e 3 da Abby foram passando e eu já tinha "esquecido" totalmente o que me esperava. Foi quando a Abby desceu em frente ao áquario naquela noite chuvosa que de repente um turbilhão de emoções voltou... Eu pensei... c***lho, É MESMO... A Abby vai entrar aqui e vai encontrar todo mundo morto.

Eu juro para vocês, eu fiquei desconfortável pra cacete, como se alguém estivesse prestes a descobrir um grande crime que eu tinha cometido. Fui avançando com o corpo tão tenso que eu quase pensei em parar e desligar o console. Entrei e encontrei a Alice morta no chão... que para a Ellie era um mero cachorro que a havia atacado, mas para a Abby era um prenuncio de coisa muito pior estava por vir.

Foi quando cheguei naquele corredor e tinha aquela poça de sangue enorme passando por debaixo da porta, carregada pela água. clho, que cena bem construída. Fiquei atônito ali, porque logo depois pensei: put m**, ela vai atrás da Ellie agora, clho, o final do dia 3 da Ellie, clho, o Jesse tomou um balaço na cara, Tommy tá imobilizado e a Abby tá MUITO put*.

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FUDEU.​

É, chegamos ao teatro com a Abby. A essa altura do campeonato meu corpo estava tão tenso que meu pescoço tava todo duro. Foi pior do que eu pensava, porque de repente o Tommy toma um tiro na cabeça e eu tava tendo que correr e lutar com a Ellie. c***lho, QUE ISSO MANO. Não tava preparado. Não estava preparado mesmo, desliguei o console. Eu tinha ficado tão imerso que eu tinha até esquecido que eu tinha tomado um spoiler já, de que a Ellie não matava a Abby no final, logo eu não mataria a Ellie de fato ali.

Depois de desligar e pensar um pouco de como o jogo era foda por ter fazer sentir coisas que você nunca tinha sentido antes jogando videogame, já tinha me decidido: Esse jogo cumpriu o seu objetivo, independente do que aconteça daqui para frente. Aí eu lembrei do spoiler e lamentei um pouco, porque sabia que muita coisa dali para frente não teria mais o mesmo impacto porque eu sabia o destino das personagens, mas segui em frente porque sabia que ainda assim a narrativa valeria a pena.

Bom, eu voltei e encarei a luta com a Ellie, fiquei muito surpreso com a IA dela, achei muito bem feita e pensei que se todos os inimigos do jogo estivessem naquele nível a gente estaria muito fodido. Derrotei a Ellie e a cena se desdobrou em uma sequência com a Dina que eu fiquei todo tenso de novo, porque eu sabia o destino da Ellie e da Abby, mas tinha esquecido completamente da Dina. A Ellie suplicou dizendo que ela estava grávida e quando a Abby disse algo como "melhor ainda" (lembrando que a Ellie matou a Mel grávida) eu pensei F O D E U. Por sorte o Lev estava ali para ser o peso moral da Abby e pude respirar aliviado.

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put* m**** Abby.​

Depois de toda essa adrenalina vem a seção da Ellie com o JJ na fazenda e que coias linda da porra. Como já citei algumas vezes, acabei de tornar pai e foi muito foda ver a Ellie colocando o JJ na frente do espelho e falando exatamente a mesma coisa que falo para o meu filho, e também aquela linda cena deles no trator e ela prometendo que iria ensiná-lo a tocar violão. Achei que o jogo da Ellie acabaria ali e que depois teríamos só alguma seção da Abby buscando informações sobre os Vaga-lumes e que ela que a "cura estava viva" para abrir brecha para um terceiro jogo, sei lá...

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Sobe os créditos Naughty Dog...​

Mas não, eis que aparece o fucking Tommy (que eu jurava por todos os santos que tava mortinho da silva) com uma informação sobre a Abby e demandando que a Ellie fosse caçá-lo, assim como a Ellie fez com ele no passado. Nesse momento eu lamentei muito por o jogo não ser ousado ao ponto de colocar um momento de escolha ali porque eu juro de pé junto que eu JAMAIS, NUNQUINHA NA VIDA ia querer tirar a Ellie dali, do final perfeito, da poesia daquele momento.
Mas, não temos escolhas e a cena da separação da Ellie e Dina partiu realmente meu coração, me sentia como a Dina ali, não querendo que a Ellie embarcasse nessa.

Voltamos ao controle da Abby em um cenário totalmente novo, de repente me senti jogando já o The Last of Us: Part III. Um ambiente totalmente novo, novamente sem todas as minhas armas, pistas de uma nova facção, a descoberta do esconderijo dos Vaga-Lumes... E QUE ELES ESTÃO VIVOS SIM... Enfim... Mano, como assim?! Sério, eu fiquei muito impressionado por terem entregue tudo isso ainda neste jogo. A Abby é capturada e vamos para a seção final do jogo com a Ellie.

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Vaga-Lumes estão vivos e são um grupo enorme. The Last of Us: Part III confirmado.​

Uma Ellie bronzeada, cenário paradisíaco e para mim ainda a sensação de que isso poderia já ser o próximo The Last of Us. Devo confessar porém que foi uma delícia poder voltar a controlar a Ellie em combate, ela tem um quê de agilidade melhor que o da Abby que dá um put* tesão de controlar ela. Os cenários também são fantásticamente lindos e uma bela surpresa porque não recebi nenhum spoiler quanto a esta localidade.

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O clima ensolarado e a explosão de cores nos cenário faz parecer outro jogo.​

Bom... de qualquer forma temos toda essa seção com os Cascavéis que eu achei muito poderia ter ficado para um próximo jogo ou para uma DLC de ligação entre o Part II e um futuro Part III, porque acabou não sendo tão bem aprofundado o lore desse grupo. Chegamos então ao final na praia... O clima ensolarado, as cores, tudo se foi... O jogo volta a ser cinza como em Seattle...

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Nesta seção parece que Ellie está entrando em um purgatório de almas atormentadas...​

clho, que agonia da porra. Eu sabia que no fim elas não iam se matar, mas ainda assim é uma luta pesada da porra... Você cortando a Abby toda e a essa altura do campeonato não era mais o que eu queria... E nem a Ellie. Dava para sentir que desde o momento que ela cortou a corda e salvou a Abby do tronco, ela tava muito em dúvida do que diabos ela estava fazendo ali. Assim como o jogador birrento que pensou, clho, FIZ ISSO TUDO E NÃO VOU MATAR A ABBY?! A Ellie tentou lutar e seguir em frente com a vingança, mas não conseguiu terminar.

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As duas personagens estão completamente destruídas.​

A Abby arrancou os dedos dela e ela lembrou do Joel e parou. Essa parte, assim como o final do primeiro jogo é aberta a interpretação. Porque a Ellie parou? O que a motivou ali? Foi remorso? Foi culpa por não ter perdoado o Joel a tempo e saber que mesmo que a Abby morra isso não vai mudar? Foi pensar que ela estaria fazendo com o Lev, o mesmo que fizeram com ela? Ainda não cheguei a uma resposta concreta quanto a isso.

O que eu fiquei realmente triste foi que a Ellie perdeu tudo. A cena final dela tentando tocar a música e dá tudo errado e é de pegar o coração na mão e rasgar em pedaços. O elo que ela tinha com o Joel através da música estava arruinado. Fiquei realmente triste e puto, achei que eles poderiam explorar mais essa questão da música em um próximo jogo, mas não, a Ellie perdeu tudo.

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Ellie perdeu tudo, até sua vontade de seguir em frente com a vingança.​

Essa foi a única coisa que me decepcionou um pouco no final, mas debatendo com aquele mesmo amigo que citei, ele me abriu uma possibilidade para refletir... É altamente provável que vamos ter um terceiro jogo e provavelmente ele terá a ver com os vaga-lumes e a busca da cura novamente... Se a Ellie ainda tivesse algo a que dar valor, talvez ela hesitasse em se sacrificar por essa cura. A vida confortável com a Dina e o JJ a fariam pensar duas vezes antes de tomar essa decisão.

Agora a Ellie perdeu TUDO, inclusive a Dina e o JJ como fica claro com a casa vazia e abandonada, após a Dina ter dito que "não passaria por isso outra vez". Agora que a Ellie não tem nada, talvez ela esteja disposta a ir atrás dos Vaga-Lumes, mas dessa vez para se sacrificar em prol da cura e dar algum significado a sua vida, já que a vingança não lhe serviu com esse objetivo.

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Depois de perder absolutamente tudo, Ellie precisa de um novo objetivo na vida.​

Fica aí a bola na mão da Naughty Dog, fazer um The Last of Us: Part III, com a Ellie indo atrás dos Vaga-lumes e quem sabe até se reencontrando com a Abby, mas dessa vez com ambas lutando por um objetivo em comum que seria achar uma forma de encontrar alguém que pudesse criar a vacina.

Repetindo a Ellie do primeiro jogo: "Depois de tudo o que passamos... De tudo que eu fiz... Não pode ser em vão."

É isso pessoal, desculpem PELO LIVRO. Se alguém leu até aqui, obrigado... Porque eu demorei algumas horas para escrever essa jornada inteira, e olha que ainda deixei muita coisa de fora...
perfeita a analise, parabens!
tem 2 coisas q nao concordo com a historia:
acho q relação da abby com o lev e a outra q morre la muito exagerada, quando ocorre o encontro com o Isaac. Achei o tempo curto demais entre eles se conhecerem e rolar esse conflito, ao ponto deles criarem essa relação profunda. Mas ok, foi uma falha leve na minha opiniao. Mas o jogo podia se estender mais nessa parte pra passar essa sensação pro jogador.

Quanto a ter um TLOU3, acho q nao deveria (apesar de eu querer muito um novo jogo nesse universo). O apocalispse, o fungo e tal, é um pano de fundo da historia e nunca foi o foco. O foco sempre foi nas relações entre os personagens e seus conflitos. o mundo ja era, nao tem volta e tentar explorar a salvação dele nao faz muito sentido. Na real, as pessoas ja se organizaram ao ponto de evitar serem contagiadas. Elas tem seus grupos, suas fortalezas e seus esuqemas definidos de sociedade e comunidade. Só quando algum personagem precisa se aventurar no mundo, que eles correm o risco de se contaminar. Uma vacina nao curaria os infectados, dado q o cerebro deles ja ta dilacerado pelo fungo. Um TLOU3 seria só pra Ellie finalmente se sentir util e se sacrificar pela humanidade, o que parece cliche só de pensar. Sem contar que: ou ela morre no começo e vc controla outro personagem o jogo todo ( e dessa vez alguem que a galera nao vai tem empatia, até pq o 2 só foi possivel pq a Ellie era uma personagem querida pelo publico) ou entao vai ser uma jornada toda com a Ellie até um final meio brochante: ela se sacrifica ou da errado e ambos seriam ruins. Vai ser dificil a ND criar algo bom pra uma sequencia ai
 

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Bom, vamos lá... Vou tentar colocar em palavras um pouco dessa experiência que foi The Last of Us: Part II.

Assim como a grande parte do pessoal, vou começar falando da parte técnica e deixar a parte da história em spoiler.

Bom, o que dizer? Acho que é uma das maiores evoluções que eu já pude presenciar de um primeiro jogo para a sua sequência. Muita gente rasga elogios ao jogo apenas pela sua parte visual mas é impressionante como se você fizer uma lista de pontos, o segundo melhorou o primeiro em praticamente tudo. A qualidade das animações é absurda, e não serve apenas para deixar "o jogo mais bonito" mas também aumenta profundamente a imersão e aperfeiçoa ainda mais os sentimentos que o jogo quer te passar. Quando você vê a Ellie passando o canivete na jugular de um inimigo, o sangue jorrando, a expressão de desespero do inimigo e ele caindo estrebuchando no chão, aquela animação não serve apenas como um elemento de gameplay, mas também de narrativa.

Mas como eu jurei que ia me ater apenas a parte técnica nesse primeiro bloco, acho que é impossível deixar de destacar como a jogabilidade desse jogo é fenomenal. Há quem ouse dizer que é exatamente igual a do primeiro, mas essa pessoa só pode ter tropeçado e batido com a cabeça no chão quando criança. Tudo no segundo jogo funciona bem melhor que no primeiro, a movimentação ágil da personagem, as esquivas (nossa, que delícia de adição), a sensação das armas... Eu não consigo nem escolher uma arma favorita, creio que todas tem seus momentos e importância, além de proporcionarem satisfação no uso. A adição dos novos movimentos como a já citada esquiva, a opção de rastejar e o pulo, adicionam demais ao jogo. Os dois últimos principalmente ao level design que é absurdamente mais bem bolado que o primeiro.

A verticalidade aqui é incrível, e por vezes eu me surpreendia explorando o cenário atrás de colecionáveis (depois de matar todos os inimigos), observando que ali no cantinho tinha uma rota alternativa para aquele mesmo lugar, um lugar que dava para escalar, um buraco para passar rastejando... Diversas rotas diferentes que eu poderia ter tomado para dar cabo dos inimigos e que você consegue ver que os caras perderam muito tempo para bolar aqueles caminhos sem parecer uma coisa forçada... Estão tão bem integrados aos cenários que parece natural. Além da verticalidade que aumentou muito, os cenários também são enormes, mas sabem te conduzir para onde você tem que ir.

Outra coisa fantástica aqui é o design de som... É um pecado não jogar este game com um bom headset, tudo tem um som de perfeita qualidade atrelada a ele... Até quando você passa por uma mera cortina de plástico, o som está lá presente em alta fidelidade. Chega a ser um tesão fazer o upgrade das armas, todos os sons, o cuidado nas animações... Parece até que você está vendo aqueles vídeos de ASMR do Youtube. O som das armas, inimigos, explosões, coisas quebrando, é tudo um orgasmo auditivo.

A única coisa que eu ainda fico um pouco dúvida se superou o primeiro é a trilha sonora do Gustavo Santaolalla... E longe de mim dizer que o trabalho dele está ruim nesse jogo, mas acho que a trilha do primeiro jogo é muito, mas muito marcante para mim. Pode ser que daqui a alguns anos eu tenha o mesmo sentimento pela trilha do segundo, só o tempo dirá. Outra coisa fantástica que esse jogo faz muito bem são os momentos de silêncio, tem diálogos incríveis em que tá tudo acontecendo só na expressão dos personagens, deixando o uso de palavras totalmente subjetivo.

Enfim, se você leu até aqui, prepare-se porque agora que vou tentar falar um pouco da história. Eu acho que o jogo foi realmente divisivo e tirando os abestalhados que estão dando rage apenas por pirraça, concordo que algumas pessoas podem não gostar do rumo da história dependendo da sua interpretação do primeiro jogo... Felizmente eu tô do outro lado nesse debate e acho que foi uma experiência DO c***lho. Mas foi legal conversar também com um amigo que é fanático pelo primeiro jogo e não gostou do segundo, foi um debate enriquecedor que eu vou tentar abordar enquanto elaboro as minhas impressões.

Vamos ao debate com spoilers, puxa a cadeira e pegar uma bebida porque vai ser longo...

Bom, essa é uma história totalmente agridoce e que não é para o paladar de todo mundo. Eu sei, o pessoal aqui odeia essa frase de "esse jogo não é para todo mundo", mas essa é a pura verdade. Para algumas pessoas, o enredo vai dar o clique, para outras não vai... E pior, para algumas outras vai despertar o sentimento de mais profunda repulsa e no fundo sabemos o motivo, mas não pretendo me alongar nisso.

Conversando com esse meu amigo que é fã do primeiro jogo, ele me disse a seguinte frase: "Mano, eu odiei odiar este jogo". Eu entendi o que ele quis dizer, porque ele gostou de todos, mas todos os elementos do jogo, desde a jogabilidade, gráficos e até a narrativa - que segundo palavras dele mesmo, "é do c***lho". Mas como ele mesmo se auto-intitula, ele é "uma Joelzete" e simplesmente não conseguiu aceitar o que aconteceu com o Joel. E quando isso, não é no fato do Joel ter morrido, ele achou isso bem foda até, mas para ele o jogo peca em te dar uma "recompensa" pela perda do personagem e para ele o jogo sem isso, a jornada da Ellie fica sem propósito.

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Para alguns, os belos Flashbacks com Joel não foram suficientes para honrar o seu legado​

Conversamos bastante sobre isso, porque em determinado momento eu também senti um pouco isso, a jornada da Ellie parecia uma jornada desenfreada de vingança e eu estava com mais de 30h de jogo e parei para colocar os acontecimentos de história no papel e... Parecia que não tinha acontecido nada ainda. Eu saí de Seattle com a Dina, explorei coisa para cacete, matei um monte de gente e parecia ter um vazio ali... Aí imediatamente a cabeça foi fazer a comparação com o primeiro jogo, que tem lá suas 13, 15 horas de duração e foi inevitável pensar em QUANTA coisa acontece na história durante esse período de tempo no primeiro jogo. Agora no segundo jogo eu estava com o dobro do tempo e só existia um vazio... Existia... um vazio.

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Ellie, totalmente em pedaços a essa altura do campeonato.​

Bum, foi aí que o clique veio. c***lho, era exatamente isso. Apesar de aparentar ser uma história sobre vingança, todas as mortes, todas as coisas que eu estava fazendo, não estavam me levando a lugar nenhum. Fiquei pensando se essa era a sensação que os escritores queriam que eu sentisse ou se foi apenas uma intrepretação minha, mas tanto para mim, quanto as expressões que a Ellie faziam no jogo pareciam me dizer que "cara, isso aqui não está levando a nada, só sinto o vazio". Tirando os belos segmentos de Flashback com o Joel, pouco se aborda de história nesta parte do jogo.

Logo depois dessa epifania, fui brindado com a surpresa de começar a jogar com a Abby, Seattle Dia 1. Sem upgrades, sem armas, sem nada. O jogo recomeçou e eu fiquei realmente espantado com a ousadia. Não só por colocar você no controle da Abby que tinha matado o Joel (e eu sabia que ia deixar muita gente put*), mas também pelo fato deles estarem sendo corajosos o suficiente de tentar fazer um The Last of Us, com uma nova personagem.

Devo confessar que eu JURAVA que a motivação da Abby para matar o Joel seria alguma parada um pouco mais obscura e sombria por parte do Joel... Não que não tenha sido já uma put* motivação o Joel ter matado todo mundo no hospital, inclusive o pai dela... Mas é que eu pensei que isso seria reflexo de algo que o Joel fez mais no passado, na época em que o Joel e o Tommy eram caçadores. Eu jurava que seria aquela "uma coisa" que o Joel fez que até o Tommy decidiu se separar dele e seguir com os vaga-lumes, mas não foi.

Outra coisa que me surpreendeu é que eu achava que essa campanha dela iria ficar remoendo essa questão do Joel, mas não. Foi uma coisa que foi resolvida ali na primeira hora de jogo e depois de jogar um tempo com ela isso foi ficando tão no meu subconsciente que eu já tinha "deixado para lá" enquanto ia ficando cada vez mais imerso neste lado da história.

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The Last of Us - Part II: Part II. Um outro jogo começa aqui...​

É curioso, porque aqui do lado da Abby sim, há uma história progredindo, diferente do lado da Ellie onde você parecia estar parado no mesmo lugar sem avançar. No arco da Abby você vai conhecendo novos personagens, vai conhecendo mais sobre o mundo do jogo, algo mais parecido com o primeiro The Last of Us. O contraste entre essa campanha e a da Ellie me parece mostrar que a Ellie está presa na sua vingança, enquanto que o mundo da Abby está seguindo em frente visto que ela resolveu sua questão com o Joel. (Acho que a maioria das melhores seções do jogo estão desde lado do jogo, como o hotel infectado e principalmente o hospital e a luta com o Rat King)

A grande sacada vem aos poucos, você vai conhecendo cada um dos amigos da Abby, até a cachorra... E em paralelo você vai lembrando que você já matou cada um deles com a Ellie. De repente a história da Ellie já não parecia tão vazia para mim e na verdade me vez me sentir mal por ter dado cabo de tantas pessoas que eram importantes para alguém e eu estar achando que "nada aconteceu na campanha da Ellie". put* m****, outro soco no estômago.

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Quando eu rejogar essa seção (que achei muito foda) com certeza vou ter outro sentimento.​

Mas outra vez, a história vai seguindo e você conhece Lev e Yara e entra nesse arco dentro dos Serafitas, minha cabeça foi levada dos sentimentos sobre a campanha da Ellie novamente. Achei legal que eles conseguiram criar todo esse arco aqui, que serve tanto para humanizar uma Abby que estava buscando um novo propósito de vida após ter conseguido sua vingança contra o Joel, quanto para mostrar que até dentro dos Serafitas, existiam pessoas boas e que só queriam seguir a palavra da profetiza em paz e viver em sua comunidade alternativa.

Vale ressaltar porém, que ele não te deixa esquecer totalmente do outro lado. A inclusão do Tommy como o sniper na seção do pier foi DE EXPLODIR CABEÇAS... Literalmente. Acho excelente como eles fazem as coisas de maneira sutil, pois na campanha da Ellie você tem aquela seção com o Tommy e a arma dele e aquele truque de atirar no metal para atrair os infectados... Depois eles colocam um spiner fodaralho no seu caminho fazendo o mesmo e você descobre que é o próprio Tommy. Aliás, é foda ver a expressão facial da Abby mudar totalmente ao ver que o Sniper era o Tommy e que todos os seus amigos estavam morrendo devido ao fato dela ter matado o Joel.

Exceto por esse lapso que você sente na parte do Tommy, você mergulha tão fundo nesse arco dos Serafitas que nos dias 2 e 3 da Abby foram passando e eu já tinha "esquecido" totalmente o que me esperava. Foi quando a Abby desceu em frente ao áquario naquela noite chuvosa que de repente um turbilhão de emoções voltou... Eu pensei... c***lho, É MESMO... A Abby vai entrar aqui e vai encontrar todo mundo morto.

Eu juro para vocês, eu fiquei desconfortável pra cacete, como se alguém estivesse prestes a descobrir um grande crime que eu tinha cometido. Fui avançando com o corpo tão tenso que eu quase pensei em parar e desligar o console. Entrei e encontrei a Alice morta no chão... que para a Ellie era um mero cachorro que a havia atacado, mas para a Abby era um prenuncio de coisa muito pior estava por vir.

Foi quando cheguei naquele corredor e tinha aquela poça de sangue enorme passando por debaixo da porta, carregada pela água. clho, que cena bem construída. Fiquei atônito ali, porque logo depois pensei: put m**, ela vai atrás da Ellie agora, clho, o final do dia 3 da Ellie, clho, o Jesse tomou um balaço na cara, Tommy tá imobilizado e a Abby tá MUITO put*.

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FUDEU.​

É, chegamos ao teatro com a Abby. A essa altura do campeonato meu corpo estava tão tenso que meu pescoço tava todo duro. Foi pior do que eu pensava, porque de repente o Tommy toma um tiro na cabeça e eu tava tendo que correr e lutar com a Ellie. c***lho, QUE ISSO MANO. Não tava preparado. Não estava preparado mesmo, desliguei o console. Eu tinha ficado tão imerso que eu tinha até esquecido que eu tinha tomado um spoiler já, de que a Ellie não matava a Abby no final, logo eu não mataria a Ellie de fato ali.

Depois de desligar e pensar um pouco de como o jogo era foda por ter fazer sentir coisas que você nunca tinha sentido antes jogando videogame, já tinha me decidido: Esse jogo cumpriu o seu objetivo, independente do que aconteça daqui para frente. Aí eu lembrei do spoiler e lamentei um pouco, porque sabia que muita coisa dali para frente não teria mais o mesmo impacto porque eu sabia o destino das personagens, mas segui em frente porque sabia que ainda assim a narrativa valeria a pena.

Bom, eu voltei e encarei a luta com a Ellie, fiquei muito surpreso com a IA dela, achei muito bem feita e pensei que se todos os inimigos do jogo estivessem naquele nível a gente estaria muito fodido. Derrotei a Ellie e a cena se desdobrou em uma sequência com a Dina que eu fiquei todo tenso de novo, porque eu sabia o destino da Ellie e da Abby, mas tinha esquecido completamente da Dina. A Ellie suplicou dizendo que ela estava grávida e quando a Abby disse algo como "melhor ainda" (lembrando que a Ellie matou a Mel grávida) eu pensei F O D E U. Por sorte o Lev estava ali para ser o peso moral da Abby e pude respirar aliviado.

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put* m**** Abby.​

Depois de toda essa adrenalina vem a seção da Ellie com o JJ na fazenda e que coias linda da porra. Como já citei algumas vezes, acabei de tornar pai e foi muito foda ver a Ellie colocando o JJ na frente do espelho e falando exatamente a mesma coisa que falo para o meu filho, e também aquela linda cena deles no trator e ela prometendo que iria ensiná-lo a tocar violão. Achei que o jogo da Ellie acabaria ali e que depois teríamos só alguma seção da Abby buscando informações sobre os Vaga-lumes e que ela que a "cura estava viva" para abrir brecha para um terceiro jogo, sei lá...

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Sobe os créditos Naughty Dog...​

Mas não, eis que aparece o fucking Tommy (que eu jurava por todos os santos que tava mortinho da silva) com uma informação sobre a Abby e demandando que a Ellie fosse caçá-lo, assim como a Ellie fez com ele no passado. Nesse momento eu lamentei muito por o jogo não ser ousado ao ponto de colocar um momento de escolha ali porque eu juro de pé junto que eu JAMAIS, NUNQUINHA NA VIDA ia querer tirar a Ellie dali, do final perfeito, da poesia daquele momento.
Mas, não temos escolhas e a cena da separação da Ellie e Dina partiu realmente meu coração, me sentia como a Dina ali, não querendo que a Ellie embarcasse nessa.

Voltamos ao controle da Abby em um cenário totalmente novo, de repente me senti jogando já o The Last of Us: Part III. Um ambiente totalmente novo, novamente sem todas as minhas armas, pistas de uma nova facção, a descoberta do esconderijo dos Vaga-Lumes... E QUE ELES ESTÃO VIVOS SIM... Enfim... Mano, como assim?! Sério, eu fiquei muito impressionado por terem entregue tudo isso ainda neste jogo. A Abby é capturada e vamos para a seção final do jogo com a Ellie.

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Vaga-Lumes estão vivos e são um grupo enorme. The Last of Us: Part III confirmado.​

Uma Ellie bronzeada, cenário paradisíaco e para mim ainda a sensação de que isso poderia já ser o próximo The Last of Us. Devo confessar porém que foi uma delícia poder voltar a controlar a Ellie em combate, ela tem um quê de agilidade melhor que o da Abby que dá um put* tesão de controlar ela. Os cenários também são fantásticamente lindos e uma bela surpresa porque não recebi nenhum spoiler quanto a esta localidade.

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O clima ensolarado e a explosão de cores nos cenário faz parecer outro jogo.​

Bom... de qualquer forma temos toda essa seção com os Cascavéis que eu achei muito poderia ter ficado para um próximo jogo ou para uma DLC de ligação entre o Part II e um futuro Part III, porque acabou não sendo tão bem aprofundado o lore desse grupo. Chegamos então ao final na praia... O clima ensolarado, as cores, tudo se foi... O jogo volta a ser cinza como em Seattle...

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Nesta seção parece que Ellie está entrando em um purgatório de almas atormentadas...​

clho, que agonia da porra. Eu sabia que no fim elas não iam se matar, mas ainda assim é uma luta pesada da porra... Você cortando a Abby toda e a essa altura do campeonato não era mais o que eu queria... E nem a Ellie. Dava para sentir que desde o momento que ela cortou a corda e salvou a Abby do tronco, ela tava muito em dúvida do que diabos ela estava fazendo ali. Assim como o jogador birrento que pensou, clho, FIZ ISSO TUDO E NÃO VOU MATAR A ABBY?! A Ellie tentou lutar e seguir em frente com a vingança, mas não conseguiu terminar.

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As duas personagens estão completamente destruídas.​

A Abby arrancou os dedos dela e ela lembrou do Joel e parou. Essa parte, assim como o final do primeiro jogo é aberta a interpretação. Porque a Ellie parou? O que a motivou ali? Foi remorso? Foi culpa por não ter perdoado o Joel a tempo e saber que mesmo que a Abby morra isso não vai mudar? Foi pensar que ela estaria fazendo com o Lev, o mesmo que fizeram com ela? Ainda não cheguei a uma resposta concreta quanto a isso.

O que eu fiquei realmente triste foi que a Ellie perdeu tudo. A cena final dela tentando tocar a música e dá tudo errado e é de pegar o coração na mão e rasgar em pedaços. O elo que ela tinha com o Joel através da música estava arruinado. Fiquei realmente triste e puto, achei que eles poderiam explorar mais essa questão da música em um próximo jogo, mas não, a Ellie perdeu tudo.

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Ellie perdeu tudo, até sua vontade de seguir em frente com a vingança.​

Essa foi a única coisa que me decepcionou um pouco no final, mas debatendo com aquele mesmo amigo que citei, ele me abriu uma possibilidade para refletir... É altamente provável que vamos ter um terceiro jogo e provavelmente ele terá a ver com os vaga-lumes e a busca da cura novamente... Se a Ellie ainda tivesse algo a que dar valor, talvez ela hesitasse em se sacrificar por essa cura. A vida confortável com a Dina e o JJ a fariam pensar duas vezes antes de tomar essa decisão.

Agora a Ellie perdeu TUDO, inclusive a Dina e o JJ como fica claro com a casa vazia e abandonada, após a Dina ter dito que "não passaria por isso outra vez". Agora que a Ellie não tem nada, talvez ela esteja disposta a ir atrás dos Vaga-Lumes, mas dessa vez para se sacrificar em prol da cura e dar algum significado a sua vida, já que a vingança não lhe serviu com esse objetivo.

RISI62P.png

Depois de perder absolutamente tudo, Ellie precisa de um novo objetivo na vida.​

Fica aí a bola na mão da Naughty Dog, fazer um The Last of Us: Part III, com a Ellie indo atrás dos Vaga-lumes e quem sabe até se reencontrando com a Abby, mas dessa vez com ambas lutando por um objetivo em comum que seria achar uma forma de encontrar alguém que pudesse criar a vacina.

Repetindo a Ellie do primeiro jogo: "Depois de tudo o que passamos... De tudo que eu fiz... Não pode ser em vão."

É isso pessoal, desculpem PELO LIVRO. Se alguém leu até aqui, obrigado... Porque eu demorei algumas horas para escrever essa jornada inteira, e olha que ainda deixei muita coisa de fora...

Que análise! Parabéns!!

Aplausos-2.gif
 

leonardo__cruz

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perfeita a analise, parabens!
tem 2 coisas q nao concordo com a historia:
acho q relação da abby com o lev e a outra q morre la muito exagerada, quando ocorre o encontro com o Isaac. Achei o tempo curto demais entre eles se conhecerem e rolar esse conflito, ao ponto deles criarem essa relação profunda. Mas ok, foi uma falha leve na minha opiniao. Mas o jogo podia se estender mais nessa parte pra passar essa sensação pro jogador.

Quanto a ter um TLOU3, acho q nao deveria (apesar de eu querer muito um novo jogo nesse universo). O apocalispse, o fungo e tal, é um pano de fundo da historia e nunca foi o foco. O foco sempre foi nas relações entre os personagens e seus conflitos. o mundo ja era, nao tem volta e tentar explorar a salvação dele nao faz muito sentido. Na real, as pessoas ja se organizaram ao ponto de evitar serem contagiadas. Elas tem seus grupos, suas fortalezas e seus esuqemas definidos de sociedade e comunidade. Só quando algum personagem precisa se aventurar no mundo, que eles correm o risco de se contaminar. Uma vacina nao curaria os infectados, dado q o cerebro deles ja ta dilacerado pelo fungo. Um TLOU3 seria só pra Ellie finalmente se sentir util e se sacrificar pela humanidade, o que parece cliche só de pensar. Sem contar que: ou ela morre no começo e vc controla outro personagem o jogo todo ( e dessa vez alguem que a galera nao vai tem empatia, até pq o 2 só foi possivel pq a Ellie era uma personagem querida pelo publico) ou entao vai ser uma jornada toda com a Ellie até um final meio brochante: ela se sacrifica ou da errado e ambos seriam ruins. Vai ser dificil a ND criar algo bom pra uma sequencia ai
Opa, valeu!

Vou responder seus questionamentos em spoiler também...

Sobre a questão da Abby x Yara e Lev, eu já tinha lido alguém falando que também achou muito rápido e abrupto esses laços que foram criados... Eu já penso que na verdade isso acontece através de uma série de desdobramentos anteriores. Pra mim tudo começa com o Owen matando o Danny por causa de um Cicatriz que ele não quis matar. Você vai atrás dele com a Abby e eles tem uma conversa, o Owen diz que já está cansado e que precisava de um objetivo na vida, que é quando ele começa a encasquetar com a ideia de achar os vaga-lumes. Aquilo ficou ressoando na cabeça da Abby e creio que quando ela encontrou o Lev e a Yara, ela pensou que eles poderiam ser esse objetivo na vida dela... Visto que ela não estava disposta a seguir o Owen no caminho atrás dos vaga-lumes.

A partir daí, eles vivenciam coisas bem intensas e compartilham seus medos, receios e forjam uma parceria. Falam que o primeiro TLOU tem um jogo inteiro sobre isso e aqui eles tentaram replicar isso de forma mais "rápida", mas a real é que o Joel também também já importava com a Ellie depois de pouco tempo - ele só não demonstrava. As coisas aqui foram "aceleradas" porque a Abby precisava de um objetivo na vida e estava aberta a isso, ela não tinha mais o desejo de vingar o pai e também estava prestes a perder o Owen... Já no caso do primeiro jogo, existiam uma série de paredes do Joel a serem derrubadas antes desse vinculo se tornar completo.

Já sobre o "The Last of Us: Part III", essa coisa que escrevi seria apenas a "motivação", aquilo que faz a roda começar a girar. A partir daí eles poderiam fazer muita coisa, não sabemos quem a Ellie encontraria no caminho, as coisas que teria que fazer, os locais que ela teria que atravessar, até concluir seu objetivo. Seria só o "pitch" da idéia, assim como falavam que esse aqui era sobre ódio e o primeiro sobre amor... Duas idéias que podem ser bem vagas. O terceiro então seria algo como "Redenção", com a Ellie procurando um propósito de vida, que no fim pode acabar sendo outra coisa ao invés de se sacrificar pela cura.
 

Bridges

Bam-bam-bam
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Terminei também, agorinha. Estou em frangalhos...
...nunca tinha chorado segurando o joystick, lutando contra um(a) finalboss. Nunca (nem num souls da vida) quis tanto parar de lutar, como agora há pouco.

Vou catar meus cacos e também compartilhar uma reflexão minha sobre a jornada - e que jornada - em algum momento posterior. Por enquanto, é digerir e correr atrás das coisas atrasadas da vida, haha.

@leonardo__cruz, li seu texto e quero poder ter uma conversa longa contigo e com todos que terminaram esse jogo de coração aberto. Mas, desde já, tenho umas reflexões em relação ao seu texto que eu quero compartilhar:
Um comentário rápido, antes da questão: uma coisa muito doida, que a nossa jornada como jogadores não seja a mesma da Ellie. Ela não conhece a humanidade da Abby como nós conhecemos. Enfim, preciso digerir um pouco mais pra entender melhor essa relação jogador-protagonistas, mas tento responder aqui tomando cuidado para não confundir essa diferença de pontos de vista entre a gente e elas.

Falando da Ellie:

No final de TLOU parte I, Ellie ganhou um pai, uma comunidade, mas perdeu o propósito de vida, coisa que o Joel mesmo reconhece já no prólogo ("Eu disse que a imunidade dela não significava nada", ele diz pro Tommy) desta parte II. Coisa que é confirmada quando a Ellie aperta ele pela verdade, no flashback do hospital de Salt Lake. A impressão é que essa mágoa ficou ali sendo alimentada alguns anos e, justo na noite do baile - no dia anterior à morte do Joel - ela percebeu que estava disposta a tentar superar isso e seguir em frente. Aí veio a Abby, bagunçou com tudo e deixou ela com essa questão não resolvida e esse vazio que você menciona. Até o fim do arco de Seattle, tudo só piora, pra Ellie. O vazio, a frustração de não ter conseguido a vingança no teatro e a perda da humanidade... é foda. Não a toa, ela desenvolve PTSD.

Na cena da luta final, duas imagens de Joel cortam o pensamento da Ellie. A primeira, dele morto, desfigurado, motiva a luta. A segunda, dele tocando violão (depois vamos saber que se trata do epílogo), faz ela parar. Imagino que estas duas dimensões do Joel se confundam na cabeça da Ellie.

A Abby tirou a chance que a ela tinha para perdoar o Joel (ou "tentar", como ela diz), como ela mesmo diz pra ele no epílogo. Tirou também o poder que ela tinha para machucar ele (não com o taco de golfe, mas com as palavras e gestos). Naquela mesma conversa do epílogo, as palavras duras (dela) parecem deixar bem claro que, no entendimento dela, a jornada do primeiro jogo foi sim, em vão. Mesmo depois de tudo o que eles passaram. Pra ela, a culpa é dele, o pai que ela adotou e aprendeu a amar. É uma relação de amor e ódio.

A fixação da Ellie pela Abby e pela vingança é também a fixação por essa questão que ela tinha que resolver com o Joel, coisa que ficou interrompida com a morte dele. A vingança é um propósito momentâneo que ela achou para preencher o vazio e "adiar" a escolha de um caminho pra si mesma, no meio dessa confusão entre o amor e o ódio. Acho que ela percebe isso lá na praia, lutando. Não acho que seja por compaixão pela Abby, nem por entender que Joel mereceu o destino que teve. Ao contrário, acho que aquele é o momento em que ela perdoa o Joel, resolve o não resolvido e decide seguir em frente.

Ellie perdeu muita coisa, mas não tudo. Na verdade, acho que ela também ganhou muito, depois de tudo. O principal é a chance de ter um propósito de vida novo. Eu torço para que aquele caminho que ela toma, na última imagem do final, seja de volta pra Jackson, pra família dela.
 

Skyloft

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Poxa, esperei ansiosamente pelo meu pedido chegar, do DS4 TLOU 2, agora a minha esposa me manda a foto do pacote, os caras simplesmente me mandaram em uma fucking sacola plástica, sério. A caixa obviamente veio toda destruída.. Magazine Luíza, sem comentários.

Abri reclamação no app e solicitei a troca, já posso ver a dor de cabeça chegando. Pior que hoje mesmo eu comprei o fone, do mesmo tema, mas só que nas lojas americanas. Espero muito mesmo não ter esse problema.

Na amazon TUDO vem muito bem embalado, pode comprar chumbo. Não consigo entender esses caras da luíza, sério.
 

Falken

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Poxa, esperei ansiosamente pelo meu pedido chegar, do DS4 TLOU 2, agora a minha esposa me manda a foto do pacote, os caras simplesmente me mandaram em uma fucking sacola plástica, sério. A caixa obviamente veio toda destruída.. Magazine Luíza, sem comentários.

Abri reclamação no app e solicitei a troca, já posso ver a dor de cabeça chegando. Pior que hoje mesmo eu comprei o fone, do mesmo tema, mas só que nas lojas americanas. Espero muito mesmo não ter esse problema.

Na amazon TUDO vem muito bem embalado, pode comprar chumbo. Não consigo entender esses caras da luíza, sério.

Mandaram a caixa do controle numa sacola? Não colocaram numa caixinha, é isso? Isso é muito sério, poderia ter danificado o controle. Uma pena, essa caixinha que vem o controle é um item a parte, deixei até de decoração aqui no cantinho. Entra em contato com eles.
 

Spunck

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Galera, essa é pra quem platinou, faltou poucos colecionáveis, isso eu faria na seleção de capítulos, agora o trofeu de todas as melhorias de armas e melhorias do jogador é só da Ellie ou são com as duas? Tem que jogar o jogo inteiro novamente?
 

Skyloft

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Mandaram a caixa do controle numa sacola? Não colocaram numa caixinha, é isso? Isso é muito sério, poderia ter danificado o controle. Uma pena, essa caixinha que vem o controle é um item a parte, deixei até de decoração aqui no cantinho. Entra em contato com eles.

Eu entrei em contato pensando em trocar, já tinha até solicitado no app, mas quando liguei o atendente (que inclusive me disse que havia jogado o game e tinha achado o melhor da geração rs) me disse que é muito provável que eles me mandariam outro desse mesmo jeito, já que eles não têm essa sensibilidade, eles vêem que o produto está em uma caixa e acham que não há necessidade de colocar em outra.. aff
Cancelei a compra em vez de trocar, vou esperar o estorno e comprar na Amazon. Pagar mais caro, paciência.

Nessa loja nunca mais.
 
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Falken

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@Falken

Olha esse saco plástico que mandaram.. não tem nem plástico bolha por dentro, como aquele dos correios..

VEM SER FELIZ

Tô bastante mesmo.

Que b*sta hein. Como eu disse, vai mto alem da caixinha esteticamente falando (o que é importante tbm, afinal vc não comprou o item usado pra vir nesse aspecto), o controle poderia ter sido danificado no transporte, vai saber como foi o caminho... E sem plástico bolha ainda, pqp, zuado demais. Eu comprei pela amazon, enviarem tudo certinho, na caixa, com plástico, etc... Vc tá certo em devolver, e deixa uma reclamação no reclame aqui.
 

Skyloft

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Que b*sta hein. Como eu disse, vai mto alem da caixinha esteticamente falando (o que é importante tbm, afinal vc não comprou o item usado pra vir nesse aspecto), o controle poderia ter sido danificado no transporte, vai saber como foi o caminho... E sem plástico bolha ainda, pqp, zuado demais. Eu comprei pela amazon, enviarem tudo certinho, na caixa, com plástico, etc... Vc tá certo em devolver, e deixa uma reclamação no reclame aqui.

Vou fazer exatamente isso, reclame aqui. Fiquei dias esperando, agora mais esse transtorno todo de ter que levar o produto aos correios pra devolver e esperar o estorno.
 

Tacrovy

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Bom, vamos lá... Vou tentar colocar em palavras um pouco dessa experiência que foi The Last of Us: Part II.

Assim como a grande parte do pessoal, vou começar falando da parte técnica e deixar a parte da história em spoiler.

Bom, o que dizer? Acho que é uma das maiores evoluções que eu já pude presenciar de um primeiro jogo para a sua sequência. Muita gente rasga elogios ao jogo apenas pela sua parte visual mas é impressionante como se você fizer uma lista de pontos, o segundo melhorou o primeiro em praticamente tudo. A qualidade das animações é absurda, e não serve apenas para deixar "o jogo mais bonito" mas também aumenta profundamente a imersão e aperfeiçoa ainda mais os sentimentos que o jogo quer te passar. Quando você vê a Ellie passando o canivete na jugular de um inimigo, o sangue jorrando, a expressão de desespero do inimigo e ele caindo estrebuchando no chão, aquela animação não serve apenas como um elemento de gameplay, mas também de narrativa.

Mas como eu jurei que ia me ater apenas a parte técnica nesse primeiro bloco, acho que é impossível deixar de destacar como a jogabilidade desse jogo é fenomenal. Há quem ouse dizer que é exatamente igual a do primeiro, mas essa pessoa só pode ter tropeçado e batido com a cabeça no chão quando criança. Tudo no segundo jogo funciona bem melhor que no primeiro, a movimentação ágil da personagem, as esquivas (nossa, que delícia de adição), a sensação das armas... Eu não consigo nem escolher uma arma favorita, creio que todas tem seus momentos e importância, além de proporcionarem satisfação no uso. A adição dos novos movimentos como a já citada esquiva, a opção de rastejar e o pulo, adicionam demais ao jogo. Os dois últimos principalmente ao level design que é absurdamente mais bem bolado que o primeiro.

A verticalidade aqui é incrível, e por vezes eu me surpreendia explorando o cenário atrás de colecionáveis (depois de matar todos os inimigos), observando que ali no cantinho tinha uma rota alternativa para aquele mesmo lugar, um lugar que dava para escalar, um buraco para passar rastejando... Diversas rotas diferentes que eu poderia ter tomado para dar cabo dos inimigos e que você consegue ver que os caras perderam muito tempo para bolar aqueles caminhos sem parecer uma coisa forçada... Estão tão bem integrados aos cenários que parece natural. Além da verticalidade que aumentou muito, os cenários também são enormes, mas sabem te conduzir para onde você tem que ir.

Outra coisa fantástica aqui é o design de som... É um pecado não jogar este game com um bom headset, tudo tem um som de perfeita qualidade atrelada a ele... Até quando você passa por uma mera cortina de plástico, o som está lá presente em alta fidelidade. Chega a ser um tesão fazer o upgrade das armas, todos os sons, o cuidado nas animações... Parece até que você está vendo aqueles vídeos de ASMR do Youtube. O som das armas, inimigos, explosões, coisas quebrando, é tudo um orgasmo auditivo.

A única coisa que eu ainda fico um pouco dúvida se superou o primeiro é a trilha sonora do Gustavo Santaolalla... E longe de mim dizer que o trabalho dele está ruim nesse jogo, mas acho que a trilha do primeiro jogo é muito, mas muito marcante para mim. Pode ser que daqui a alguns anos eu tenha o mesmo sentimento pela trilha do segundo, só o tempo dirá. Outra coisa fantástica que esse jogo faz muito bem são os momentos de silêncio, tem diálogos incríveis em que tá tudo acontecendo só na expressão dos personagens, deixando o uso de palavras totalmente subjetivo.

Enfim, se você leu até aqui, prepare-se porque agora que vou tentar falar um pouco da história. Eu acho que o jogo foi realmente divisivo e tirando os abestalhados que estão dando rage apenas por pirraça, concordo que algumas pessoas podem não gostar do rumo da história dependendo da sua interpretação do primeiro jogo... Felizmente eu tô do outro lado nesse debate e acho que foi uma experiência DO c***lho. Mas foi legal conversar também com um amigo que é fanático pelo primeiro jogo e não gostou do segundo, foi um debate enriquecedor que eu vou tentar abordar enquanto elaboro as minhas impressões.

Vamos ao debate com spoilers, puxa a cadeira e pegar uma bebida porque vai ser longo...

Bom, essa é uma história totalmente agridoce e que não é para o paladar de todo mundo. Eu sei, o pessoal aqui odeia essa frase de "esse jogo não é para todo mundo", mas essa é a pura verdade. Para algumas pessoas, o enredo vai dar o clique, para outras não vai... E pior, para algumas outras vai despertar o sentimento de mais profunda repulsa e no fundo sabemos o motivo, mas não pretendo me alongar nisso.

Conversando com esse meu amigo que é fã do primeiro jogo, ele me disse a seguinte frase: "Mano, eu odiei odiar este jogo". Eu entendi o que ele quis dizer, porque ele gostou de todos, mas todos os elementos do jogo, desde a jogabilidade, gráficos e até a narrativa - que segundo palavras dele mesmo, "é do c***lho". Mas como ele mesmo se auto-intitula, ele é "uma Joelzete" e simplesmente não conseguiu aceitar o que aconteceu com o Joel. E quando isso, não é no fato do Joel ter morrido, ele achou isso bem foda até, mas para ele o jogo peca em te dar uma "recompensa" pela perda do personagem e para ele o jogo sem isso, a jornada da Ellie fica sem propósito.

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Para alguns, os belos Flashbacks com Joel não foram suficientes para honrar o seu legado​

Conversamos bastante sobre isso, porque em determinado momento eu também senti um pouco isso, a jornada da Ellie parecia uma jornada desenfreada de vingança e eu estava com mais de 30h de jogo e parei para colocar os acontecimentos de história no papel e... Parecia que não tinha acontecido nada ainda. Eu saí de Seattle com a Dina, explorei coisa para cacete, matei um monte de gente e parecia ter um vazio ali... Aí imediatamente a cabeça foi fazer a comparação com o primeiro jogo, que tem lá suas 13, 15 horas de duração e foi inevitável pensar em QUANTA coisa acontece na história durante esse período de tempo no primeiro jogo. Agora no segundo jogo eu estava com o dobro do tempo e só existia um vazio... Existia... um vazio.

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Ellie, totalmente em pedaços a essa altura do campeonato.​

Bum, foi aí que o clique veio. c***lho, era exatamente isso. Apesar de aparentar ser uma história sobre vingança, todas as mortes, todas as coisas que eu estava fazendo, não estavam me levando a lugar nenhum. Fiquei pensando se essa era a sensação que os escritores queriam que eu sentisse ou se foi apenas uma intrepretação minha, mas tanto para mim, quanto as expressões que a Ellie faziam no jogo pareciam me dizer que "cara, isso aqui não está levando a nada, só sinto o vazio". Tirando os belos segmentos de Flashback com o Joel, pouco se aborda de história nesta parte do jogo.

Logo depois dessa epifania, fui brindado com a surpresa de começar a jogar com a Abby, Seattle Dia 1. Sem upgrades, sem armas, sem nada. O jogo recomeçou e eu fiquei realmente espantado com a ousadia. Não só por colocar você no controle da Abby que tinha matado o Joel (e eu sabia que ia deixar muita gente put*), mas também pelo fato deles estarem sendo corajosos o suficiente de tentar fazer um The Last of Us, com uma nova personagem.

Devo confessar que eu JURAVA que a motivação da Abby para matar o Joel seria alguma parada um pouco mais obscura e sombria por parte do Joel... Não que não tenha sido já uma put* motivação o Joel ter matado todo mundo no hospital, inclusive o pai dela... Mas é que eu pensei que isso seria reflexo de algo que o Joel fez mais no passado, na época em que o Joel e o Tommy eram caçadores. Eu jurava que seria aquela "uma coisa" que o Joel fez que até o Tommy decidiu se separar dele e seguir com os vaga-lumes, mas não foi.

Outra coisa que me surpreendeu é que eu achava que essa campanha dela iria ficar remoendo essa questão do Joel, mas não. Foi uma coisa que foi resolvida ali na primeira hora de jogo e depois de jogar um tempo com ela isso foi ficando tão no meu subconsciente que eu já tinha "deixado para lá" enquanto ia ficando cada vez mais imerso neste lado da história.

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The Last of Us - Part II: Part II. Um outro jogo começa aqui...​

É curioso, porque aqui do lado da Abby sim, há uma história progredindo, diferente do lado da Ellie onde você parecia estar parado no mesmo lugar sem avançar. No arco da Abby você vai conhecendo novos personagens, vai conhecendo mais sobre o mundo do jogo, algo mais parecido com o primeiro The Last of Us. O contraste entre essa campanha e a da Ellie me parece mostrar que a Ellie está presa na sua vingança, enquanto que o mundo da Abby está seguindo em frente visto que ela resolveu sua questão com o Joel. (Acho que a maioria das melhores seções do jogo estão desde lado do jogo, como o hotel infectado e principalmente o hospital e a luta com o Rat King)

A grande sacada vem aos poucos, você vai conhecendo cada um dos amigos da Abby, até a cachorra... E em paralelo você vai lembrando que você já matou cada um deles com a Ellie. De repente a história da Ellie já não parecia tão vazia para mim e na verdade me vez me sentir mal por ter dado cabo de tantas pessoas que eram importantes para alguém e eu estar achando que "nada aconteceu na campanha da Ellie". put* m****, outro soco no estômago.

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Quando eu rejogar essa seção (que achei muito foda) com certeza vou ter outro sentimento.​

Mas outra vez, a história vai seguindo e você conhece Lev e Yara e entra nesse arco dentro dos Serafitas, minha cabeça foi levada dos sentimentos sobre a campanha da Ellie novamente. Achei legal que eles conseguiram criar todo esse arco aqui, que serve tanto para humanizar uma Abby que estava buscando um novo propósito de vida após ter conseguido sua vingança contra o Joel, quanto para mostrar que até dentro dos Serafitas, existiam pessoas boas e que só queriam seguir a palavra da profetiza em paz e viver em sua comunidade alternativa.

Vale ressaltar porém, que ele não te deixa esquecer totalmente do outro lado. A inclusão do Tommy como o sniper na seção do pier foi DE EXPLODIR CABEÇAS... Literalmente. Acho excelente como eles fazem as coisas de maneira sutil, pois na campanha da Ellie você tem aquela seção com o Tommy e a arma dele e aquele truque de atirar no metal para atrair os infectados... Depois eles colocam um spiner fodaralho no seu caminho fazendo o mesmo e você descobre que é o próprio Tommy. Aliás, é foda ver a expressão facial da Abby mudar totalmente ao ver que o Sniper era o Tommy e que todos os seus amigos estavam morrendo devido ao fato dela ter matado o Joel.

Exceto por esse lapso que você sente na parte do Tommy, você mergulha tão fundo nesse arco dos Serafitas que nos dias 2 e 3 da Abby foram passando e eu já tinha "esquecido" totalmente o que me esperava. Foi quando a Abby desceu em frente ao áquario naquela noite chuvosa que de repente um turbilhão de emoções voltou... Eu pensei... c***lho, É MESMO... A Abby vai entrar aqui e vai encontrar todo mundo morto.

Eu juro para vocês, eu fiquei desconfortável pra cacete, como se alguém estivesse prestes a descobrir um grande crime que eu tinha cometido. Fui avançando com o corpo tão tenso que eu quase pensei em parar e desligar o console. Entrei e encontrei a Alice morta no chão... que para a Ellie era um mero cachorro que a havia atacado, mas para a Abby era um prenuncio de coisa muito pior estava por vir.

Foi quando cheguei naquele corredor e tinha aquela poça de sangue enorme passando por debaixo da porta, carregada pela água. clho, que cena bem construída. Fiquei atônito ali, porque logo depois pensei: put m**, ela vai atrás da Ellie agora, clho, o final do dia 3 da Ellie, clho, o Jesse tomou um balaço na cara, Tommy tá imobilizado e a Abby tá MUITO put*.

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FUDEU.​

É, chegamos ao teatro com a Abby. A essa altura do campeonato meu corpo estava tão tenso que meu pescoço tava todo duro. Foi pior do que eu pensava, porque de repente o Tommy toma um tiro na cabeça e eu tava tendo que correr e lutar com a Ellie. c***lho, QUE ISSO MANO. Não tava preparado. Não estava preparado mesmo, desliguei o console. Eu tinha ficado tão imerso que eu tinha até esquecido que eu tinha tomado um spoiler já, de que a Ellie não matava a Abby no final, logo eu não mataria a Ellie de fato ali.

Depois de desligar e pensar um pouco de como o jogo era foda por ter fazer sentir coisas que você nunca tinha sentido antes jogando videogame, já tinha me decidido: Esse jogo cumpriu o seu objetivo, independente do que aconteça daqui para frente. Aí eu lembrei do spoiler e lamentei um pouco, porque sabia que muita coisa dali para frente não teria mais o mesmo impacto porque eu sabia o destino das personagens, mas segui em frente porque sabia que ainda assim a narrativa valeria a pena.

Bom, eu voltei e encarei a luta com a Ellie, fiquei muito surpreso com a IA dela, achei muito bem feita e pensei que se todos os inimigos do jogo estivessem naquele nível a gente estaria muito fodido. Derrotei a Ellie e a cena se desdobrou em uma sequência com a Dina que eu fiquei todo tenso de novo, porque eu sabia o destino da Ellie e da Abby, mas tinha esquecido completamente da Dina. A Ellie suplicou dizendo que ela estava grávida e quando a Abby disse algo como "melhor ainda" (lembrando que a Ellie matou a Mel grávida) eu pensei F O D E U. Por sorte o Lev estava ali para ser o peso moral da Abby e pude respirar aliviado.

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put* m**** Abby.​

Depois de toda essa adrenalina vem a seção da Ellie com o JJ na fazenda e que coias linda da porra. Como já citei algumas vezes, acabei de tornar pai e foi muito foda ver a Ellie colocando o JJ na frente do espelho e falando exatamente a mesma coisa que falo para o meu filho, e também aquela linda cena deles no trator e ela prometendo que iria ensiná-lo a tocar violão. Achei que o jogo da Ellie acabaria ali e que depois teríamos só alguma seção da Abby buscando informações sobre os Vaga-lumes e que ela sabia que a "cura estava viva" para abrir brecha para um terceiro jogo, sei lá...

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Sobe os créditos Naughty Dog...​

Mas não, eis que aparece o fucking Tommy (que eu jurava por todos os santos que tava mortinho da silva) com uma informação sobre a Abby e demandando que a Ellie fosse caçá-lo, assim como a Ellie fez com ele no passado. Nesse momento eu lamentei muito por o jogo não ser ousado ao ponto de colocar um momento de escolha ali porque eu juro de pé junto que eu JAMAIS, NUNQUINHA NA VIDA ia querer tirar a Ellie dali, do final perfeito, da poesia daquele momento.
Mas, não temos escolhas e a cena da separação da Ellie e Dina partiu realmente meu coração, me sentia como a Dina ali, não querendo que a Ellie embarcasse nessa.

Voltamos ao controle da Abby em um cenário totalmente novo, de repente me senti jogando já o The Last of Us: Part III. Um ambiente totalmente novo, novamente sem todas as minhas armas, pistas de uma nova facção, a descoberta do esconderijo dos Vaga-Lumes... E QUE ELES ESTÃO VIVOS SIM... Enfim... Mano, como assim?! Sério, eu fiquei muito impressionado por terem entregue tudo isso ainda neste jogo. A Abby é capturada e vamos para a seção final do jogo com a Ellie.

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Vaga-Lumes estão vivos e são um grupo enorme. The Last of Us: Part III confirmado.​

Uma Ellie bronzeada, cenário paradisíaco e para mim ainda a sensação de que isso poderia já ser o próximo The Last of Us. Devo confessar porém que foi uma delícia poder voltar a controlar a Ellie em combate, ela tem um quê de agilidade melhor que o da Abby que dá um put* tesão de controlar ela. Os cenários também são fantásticamente lindos e uma bela surpresa porque não recebi nenhum spoiler quanto a esta localidade.

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O clima ensolarado e a explosão de cores nos cenário faz parecer outro jogo.​

Bom... de qualquer forma temos toda essa seção com os Cascavéis que eu achei muito poderia ter ficado para um próximo jogo ou para uma DLC de ligação entre o Part II e um futuro Part III, porque acabou não sendo tão bem aprofundado o lore desse grupo. Chegamos então ao final na praia... O clima ensolarado, as cores, tudo se foi... O jogo volta a ser cinza como em Seattle...

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Nesta seção parece que Ellie está entrando em um purgatório de almas atormentadas...​

clho, que agonia da porra. Eu sabia que no fim elas não iam se matar, mas ainda assim é uma luta pesada da porra... Você cortando a Abby toda e a essa altura do campeonato não era mais o que eu queria... E nem a Ellie. Dava para sentir que desde o momento que ela cortou a corda e salvou a Abby do tronco, ela tava muito em dúvida do que diabos ela estava fazendo ali. Assim como o jogador birrento que pensou, clho, FIZ ISSO TUDO E NÃO VOU MATAR A ABBY?! A Ellie tentou lutar e seguir em frente com a vingança, mas não conseguiu terminar.

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As duas personagens estão completamente destruídas.​

A Abby arrancou os dedos dela e ela lembrou do Joel e parou. Essa parte, assim como o final do primeiro jogo é aberta a interpretação. Porque a Ellie parou? O que a motivou ali? Foi remorso? Foi culpa por não ter perdoado o Joel a tempo e saber que mesmo que a Abby morra isso não vai mudar? Foi pensar que ela estaria fazendo com o Lev, o mesmo que fizeram com ela? Ainda não cheguei a uma resposta concreta quanto a isso.

O que eu fiquei realmente triste foi que a Ellie perdeu tudo. A cena final dela tentando tocar a música e dá tudo errado e é de pegar o coração na mão e rasgar em pedaços. O elo que ela tinha com o Joel através da música estava arruinado. Fiquei realmente triste e puto, achei que eles poderiam explorar mais essa questão da música em um próximo jogo, mas não, a Ellie perdeu tudo.

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Ellie perdeu tudo, até sua vontade de seguir em frente com a vingança.​

Essa foi a única coisa que me decepcionou um pouco no final, mas debatendo com aquele mesmo amigo que citei, ele me abriu uma possibilidade para refletir... É altamente provável que vamos ter um terceiro jogo e provavelmente ele terá a ver com os vaga-lumes e a busca da cura novamente... Se a Ellie ainda tivesse algo a que dar valor, talvez ela hesitasse em se sacrificar por essa cura. A vida confortável com a Dina e o JJ a fariam pensar duas vezes antes de tomar essa decisão.

Agora a Ellie perdeu TUDO, inclusive a Dina e o JJ como fica claro com a casa vazia e abandonada, após a Dina ter dito que "não passaria por isso outra vez". Agora que a Ellie não tem nada, talvez ela esteja disposta a ir atrás dos Vaga-Lumes, mas dessa vez para se sacrificar em prol da cura e dar algum significado a sua vida, já que a vingança não lhe serviu com esse objetivo.

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Depois de perder absolutamente tudo, Ellie precisa de um novo objetivo na vida.​

Fica aí a bola na mão da Naughty Dog, fazer um The Last of Us: Part III, com a Ellie indo atrás dos Vaga-lumes e quem sabe até se reencontrando com a Abby, mas dessa vez com ambas lutando por um objetivo em comum que seria achar uma forma de encontrar alguém que pudesse criar a vacina.

Repetindo a Ellie do primeiro jogo: "Depois de tudo o que passamos... De tudo que eu fiz... Não pode ser em vão."

É isso pessoal, desculpem PELO LIVRO. Se alguém leu até aqui, obrigado... Porque eu demorei algumas horas para escrever essa jornada inteira, e olha que ainda deixei muita coisa de fora...
Muy Bueno sobre o final:

O cenário do final já mostra muito o quê aconteceu com a Ellie, sobrou o quê? somente o vazio quê é exatamente o cenário ali. Quando vc chega no lugar, pode perceber o barco da Abby está pra frente (seguir em frente) o da Ellie está pra trás (ela ainda não completou o ciclo de ódio dela naquele momento)É um do finais mais filhos da put* que eu ja vi, lembra do primeiro jogo? "Tenho medo de ficar sozinha" Esse simbolismo usado no final do jogo achei genial os caras são fodas, pqp
 

Falken

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Bom, vamos lá... Vou tentar colocar em palavras um pouco dessa experiência que foi The Last of Us: Part II.

Assim como a grande parte do pessoal, vou começar falando da parte técnica e deixar a parte da história em spoiler.

Bom, o que dizer? Acho que é uma das maiores evoluções que eu já pude presenciar de um primeiro jogo para a sua sequência. Muita gente rasga elogios ao jogo apenas pela sua parte visual mas é impressionante como se você fizer uma lista de pontos, o segundo melhorou o primeiro em praticamente tudo. A qualidade das animações é absurda, e não serve apenas para deixar "o jogo mais bonito" mas também aumenta profundamente a imersão e aperfeiçoa ainda mais os sentimentos que o jogo quer te passar. Quando você vê a Ellie passando o canivete na jugular de um inimigo, o sangue jorrando, a expressão de desespero do inimigo e ele caindo estrebuchando no chão, aquela animação não serve apenas como um elemento de gameplay, mas também de narrativa.

Mas como eu jurei que ia me ater apenas a parte técnica nesse primeiro bloco, acho que é impossível deixar de destacar como a jogabilidade desse jogo é fenomenal. Há quem ouse dizer que é exatamente igual a do primeiro, mas essa pessoa só pode ter tropeçado e batido com a cabeça no chão quando criança. Tudo no segundo jogo funciona bem melhor que no primeiro, a movimentação ágil da personagem, as esquivas (nossa, que delícia de adição), a sensação das armas... Eu não consigo nem escolher uma arma favorita, creio que todas tem seus momentos e importância, além de proporcionarem satisfação no uso. A adição dos novos movimentos como a já citada esquiva, a opção de rastejar e o pulo, adicionam demais ao jogo. Os dois últimos principalmente ao level design que é absurdamente mais bem bolado que o primeiro.

A verticalidade aqui é incrível, e por vezes eu me surpreendia explorando o cenário atrás de colecionáveis (depois de matar todos os inimigos), observando que ali no cantinho tinha uma rota alternativa para aquele mesmo lugar, um lugar que dava para escalar, um buraco para passar rastejando... Diversas rotas diferentes que eu poderia ter tomado para dar cabo dos inimigos e que você consegue ver que os caras perderam muito tempo para bolar aqueles caminhos sem parecer uma coisa forçada... Estão tão bem integrados aos cenários que parece natural. Além da verticalidade que aumentou muito, os cenários também são enormes, mas sabem te conduzir para onde você tem que ir.

Outra coisa fantástica aqui é o design de som... É um pecado não jogar este game com um bom headset, tudo tem um som de perfeita qualidade atrelada a ele... Até quando você passa por uma mera cortina de plástico, o som está lá presente em alta fidelidade. Chega a ser um tesão fazer o upgrade das armas, todos os sons, o cuidado nas animações... Parece até que você está vendo aqueles vídeos de ASMR do Youtube. O som das armas, inimigos, explosões, coisas quebrando, é tudo um orgasmo auditivo.

A única coisa que eu ainda fico um pouco dúvida se superou o primeiro é a trilha sonora do Gustavo Santaolalla... E longe de mim dizer que o trabalho dele está ruim nesse jogo, mas acho que a trilha do primeiro jogo é muito, mas muito marcante para mim. Pode ser que daqui a alguns anos eu tenha o mesmo sentimento pela trilha do segundo, só o tempo dirá. Outra coisa fantástica que esse jogo faz muito bem são os momentos de silêncio, tem diálogos incríveis em que tá tudo acontecendo só na expressão dos personagens, deixando o uso de palavras totalmente subjetivo.

Enfim, se você leu até aqui, prepare-se porque agora que vou tentar falar um pouco da história. Eu acho que o jogo foi realmente divisivo e tirando os abestalhados que estão dando rage apenas por pirraça, concordo que algumas pessoas podem não gostar do rumo da história dependendo da sua interpretação do primeiro jogo... Felizmente eu tô do outro lado nesse debate e acho que foi uma experiência DO c***lho. Mas foi legal conversar também com um amigo que é fanático pelo primeiro jogo e não gostou do segundo, foi um debate enriquecedor que eu vou tentar abordar enquanto elaboro as minhas impressões.

Vamos ao debate com spoilers, puxa a cadeira e pegar uma bebida porque vai ser longo...

Bom, essa é uma história totalmente agridoce e que não é para o paladar de todo mundo. Eu sei, o pessoal aqui odeia essa frase de "esse jogo não é para todo mundo", mas essa é a pura verdade. Para algumas pessoas, o enredo vai dar o clique, para outras não vai... E pior, para algumas outras vai despertar o sentimento de mais profunda repulsa e no fundo sabemos o motivo, mas não pretendo me alongar nisso.

Conversando com esse meu amigo que é fã do primeiro jogo, ele me disse a seguinte frase: "Mano, eu odiei odiar este jogo". Eu entendi o que ele quis dizer, porque ele gostou de todos, mas todos os elementos do jogo, desde a jogabilidade, gráficos e até a narrativa - que segundo palavras dele mesmo, "é do c***lho". Mas como ele mesmo se auto-intitula, ele é "uma Joelzete" e simplesmente não conseguiu aceitar o que aconteceu com o Joel. E quando isso, não é no fato do Joel ter morrido, ele achou isso bem foda até, mas para ele o jogo peca em te dar uma "recompensa" pela perda do personagem e para ele o jogo sem isso, a jornada da Ellie fica sem propósito.

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Para alguns, os belos Flashbacks com Joel não foram suficientes para honrar o seu legado​

Conversamos bastante sobre isso, porque em determinado momento eu também senti um pouco isso, a jornada da Ellie parecia uma jornada desenfreada de vingança e eu estava com mais de 30h de jogo e parei para colocar os acontecimentos de história no papel e... Parecia que não tinha acontecido nada ainda. Eu saí de Seattle com a Dina, explorei coisa para cacete, matei um monte de gente e parecia ter um vazio ali... Aí imediatamente a cabeça foi fazer a comparação com o primeiro jogo, que tem lá suas 13, 15 horas de duração e foi inevitável pensar em QUANTA coisa acontece na história durante esse período de tempo no primeiro jogo. Agora no segundo jogo eu estava com o dobro do tempo e só existia um vazio... Existia... um vazio.

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Ellie, totalmente em pedaços a essa altura do campeonato.​

Bum, foi aí que o clique veio. c***lho, era exatamente isso. Apesar de aparentar ser uma história sobre vingança, todas as mortes, todas as coisas que eu estava fazendo, não estavam me levando a lugar nenhum. Fiquei pensando se essa era a sensação que os escritores queriam que eu sentisse ou se foi apenas uma intrepretação minha, mas tanto para mim, quanto as expressões que a Ellie faziam no jogo pareciam me dizer que "cara, isso aqui não está levando a nada, só sinto o vazio". Tirando os belos segmentos de Flashback com o Joel, pouco se aborda de história nesta parte do jogo.

Logo depois dessa epifania, fui brindado com a surpresa de começar a jogar com a Abby, Seattle Dia 1. Sem upgrades, sem armas, sem nada. O jogo recomeçou e eu fiquei realmente espantado com a ousadia. Não só por colocar você no controle da Abby que tinha matado o Joel (e eu sabia que ia deixar muita gente put*), mas também pelo fato deles estarem sendo corajosos o suficiente de tentar fazer um The Last of Us, com uma nova personagem.

Devo confessar que eu JURAVA que a motivação da Abby para matar o Joel seria alguma parada um pouco mais obscura e sombria por parte do Joel... Não que não tenha sido já uma put* motivação o Joel ter matado todo mundo no hospital, inclusive o pai dela... Mas é que eu pensei que isso seria reflexo de algo que o Joel fez mais no passado, na época em que o Joel e o Tommy eram caçadores. Eu jurava que seria aquela "uma coisa" que o Joel fez que até o Tommy decidiu se separar dele e seguir com os vaga-lumes, mas não foi.

Outra coisa que me surpreendeu é que eu achava que essa campanha dela iria ficar remoendo essa questão do Joel, mas não. Foi uma coisa que foi resolvida ali na primeira hora de jogo e depois de jogar um tempo com ela isso foi ficando tão no meu subconsciente que eu já tinha "deixado para lá" enquanto ia ficando cada vez mais imerso neste lado da história.

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The Last of Us - Part II: Part II. Um outro jogo começa aqui...​

É curioso, porque aqui do lado da Abby sim, há uma história progredindo, diferente do lado da Ellie onde você parecia estar parado no mesmo lugar sem avançar. No arco da Abby você vai conhecendo novos personagens, vai conhecendo mais sobre o mundo do jogo, algo mais parecido com o primeiro The Last of Us. O contraste entre essa campanha e a da Ellie me parece mostrar que a Ellie está presa na sua vingança, enquanto que o mundo da Abby está seguindo em frente visto que ela resolveu sua questão com o Joel. (Acho que a maioria das melhores seções do jogo estão desde lado do jogo, como o hotel infectado e principalmente o hospital e a luta com o Rat King)

A grande sacada vem aos poucos, você vai conhecendo cada um dos amigos da Abby, até a cachorra... E em paralelo você vai lembrando que você já matou cada um deles com a Ellie. De repente a história da Ellie já não parecia tão vazia para mim e na verdade me vez me sentir mal por ter dado cabo de tantas pessoas que eram importantes para alguém e eu estar achando que "nada aconteceu na campanha da Ellie". put* m****, outro soco no estômago.

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Quando eu rejogar essa seção (que achei muito foda) com certeza vou ter outro sentimento.​

Mas outra vez, a história vai seguindo e você conhece Lev e Yara e entra nesse arco dentro dos Serafitas, minha cabeça foi levada dos sentimentos sobre a campanha da Ellie novamente. Achei legal que eles conseguiram criar todo esse arco aqui, que serve tanto para humanizar uma Abby que estava buscando um novo propósito de vida após ter conseguido sua vingança contra o Joel, quanto para mostrar que até dentro dos Serafitas, existiam pessoas boas e que só queriam seguir a palavra da profetiza em paz e viver em sua comunidade alternativa.

Vale ressaltar porém, que ele não te deixa esquecer totalmente do outro lado. A inclusão do Tommy como o sniper na seção do pier foi DE EXPLODIR CABEÇAS... Literalmente. Acho excelente como eles fazem as coisas de maneira sutil, pois na campanha da Ellie você tem aquela seção com o Tommy e a arma dele e aquele truque de atirar no metal para atrair os infectados... Depois eles colocam um spiner fodaralho no seu caminho fazendo o mesmo e você descobre que é o próprio Tommy. Aliás, é foda ver a expressão facial da Abby mudar totalmente ao ver que o Sniper era o Tommy e que todos os seus amigos estavam morrendo devido ao fato dela ter matado o Joel.

Exceto por esse lapso que você sente na parte do Tommy, você mergulha tão fundo nesse arco dos Serafitas que nos dias 2 e 3 da Abby foram passando e eu já tinha "esquecido" totalmente o que me esperava. Foi quando a Abby desceu em frente ao áquario naquela noite chuvosa que de repente um turbilhão de emoções voltou... Eu pensei... c***lho, É MESMO... A Abby vai entrar aqui e vai encontrar todo mundo morto.

Eu juro para vocês, eu fiquei desconfortável pra cacete, como se alguém estivesse prestes a descobrir um grande crime que eu tinha cometido. Fui avançando com o corpo tão tenso que eu quase pensei em parar e desligar o console. Entrei e encontrei a Alice morta no chão... que para a Ellie era um mero cachorro que a havia atacado, mas para a Abby era um prenuncio de coisa muito pior estava por vir.

Foi quando cheguei naquele corredor e tinha aquela poça de sangue enorme passando por debaixo da porta, carregada pela água. clho, que cena bem construída. Fiquei atônito ali, porque logo depois pensei: put m*, ela vai atrás da Ellie agora, clho, o final do dia 3 da Ellie, clho, o Jesse tomou um balaço na cara, Tommy tá imobilizado e a Abby tá MUITO put.

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FUDEU.​

É, chegamos ao teatro com a Abby. A essa altura do campeonato meu corpo estava tão tenso que meu pescoço tava todo duro. Foi pior do que eu pensava, porque de repente o Tommy toma um tiro na cabeça e eu tava tendo que correr e lutar com a Ellie. c***lho, QUE ISSO MANO. Não tava preparado. Não estava preparado mesmo, desliguei o console. Eu tinha ficado tão imerso que eu tinha até esquecido que eu tinha tomado um spoiler já, de que a Ellie não matava a Abby no final, logo eu não mataria a Ellie de fato ali.

Depois de desligar e pensar um pouco de como o jogo era foda por ter fazer sentir coisas que você nunca tinha sentido antes jogando videogame, já tinha me decidido: Esse jogo cumpriu o seu objetivo, independente do que aconteça daqui para frente. Aí eu lembrei do spoiler e lamentei um pouco, porque sabia que muita coisa dali para frente não teria mais o mesmo impacto porque eu sabia o destino das personagens, mas segui em frente porque sabia que ainda assim a narrativa valeria a pena.

Bom, eu voltei e encarei a luta com a Ellie, fiquei muito surpreso com a IA dela, achei muito bem feita e pensei que se todos os inimigos do jogo estivessem naquele nível a gente estaria muito fodido. Derrotei a Ellie e a cena se desdobrou em uma sequência com a Dina que eu fiquei todo tenso de novo, porque eu sabia o destino da Ellie e da Abby, mas tinha esquecido completamente da Dina. A Ellie suplicou dizendo que ela estava grávida e quando a Abby disse algo como "melhor ainda" (lembrando que a Ellie matou a Mel grávida) eu pensei F O D E U. Por sorte o Lev estava ali para ser o peso moral da Abby e pude respirar aliviado.

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put* m**** Abby.​

Depois de toda essa adrenalina vem a seção da Ellie com o JJ na fazenda e que coias linda da porra. Como já citei algumas vezes, acabei de tornar pai e foi muito foda ver a Ellie colocando o JJ na frente do espelho e falando exatamente a mesma coisa que falo para o meu filho, e também aquela linda cena deles no trator e ela prometendo que iria ensiná-lo a tocar violão. Achei que o jogo da Ellie acabaria ali e que depois teríamos só alguma seção da Abby buscando informações sobre os Vaga-lumes e que ela sabia que a "cura estava viva" para abrir brecha para um terceiro jogo, sei lá...

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Sobe os créditos Naughty Dog...​

Mas não, eis que aparece o fucking Tommy (que eu jurava por todos os santos que tava mortinho da silva) com uma informação sobre a Abby e demandando que a Ellie fosse caçá-lo, assim como a Ellie fez com ele no passado. Nesse momento eu lamentei muito por o jogo não ser ousado ao ponto de colocar um momento de escolha ali porque eu juro de pé junto que eu JAMAIS, NUNQUINHA NA VIDA ia querer tirar a Ellie dali, do final perfeito, da poesia daquele momento.
Mas, não temos escolhas e a cena da separação da Ellie e Dina partiu realmente meu coração, me sentia como a Dina ali, não querendo que a Ellie embarcasse nessa.

Voltamos ao controle da Abby em um cenário totalmente novo, de repente me senti jogando já o The Last of Us: Part III. Um ambiente totalmente novo, novamente sem todas as minhas armas, pistas de uma nova facção, a descoberta do esconderijo dos Vaga-Lumes... E QUE ELES ESTÃO VIVOS SIM... Enfim... Mano, como assim?! Sério, eu fiquei muito impressionado por terem entregue tudo isso ainda neste jogo. A Abby é capturada e vamos para a seção final do jogo com a Ellie.

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Vaga-Lumes estão vivos e são um grupo enorme. The Last of Us: Part III confirmado.​

Uma Ellie bronzeada, cenário paradisíaco e para mim ainda a sensação de que isso poderia já ser o próximo The Last of Us. Devo confessar porém que foi uma delícia poder voltar a controlar a Ellie em combate, ela tem um quê de agilidade melhor que o da Abby que dá um put* tesão de controlar ela. Os cenários também são fantásticamente lindos e uma bela surpresa porque não recebi nenhum spoiler quanto a esta localidade.

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O clima ensolarado e a explosão de cores nos cenário faz parecer outro jogo.​

Bom... de qualquer forma temos toda essa seção com os Cascavéis que eu achei muito poderia ter ficado para um próximo jogo ou para uma DLC de ligação entre o Part II e um futuro Part III, porque acabou não sendo tão bem aprofundado o lore desse grupo. Chegamos então ao final na praia... O clima ensolarado, as cores, tudo se foi... O jogo volta a ser cinza como em Seattle...

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Nesta seção parece que Ellie está entrando em um purgatório de almas atormentadas...​

clho, que agonia da porra. Eu sabia que no fim elas não iam se matar, mas ainda assim é uma luta pesada da porra... Você cortando a Abby toda e a essa altura do campeonato não era mais o que eu queria... E nem a Ellie. Dava para sentir que desde o momento que ela cortou a corda e salvou a Abby do tronco, ela tava muito em dúvida do que diabos ela estava fazendo ali. Assim como o jogador birrento que pensou, clho, FIZ ISSO TUDO E NÃO VOU MATAR A ABBY?! A Ellie tentou lutar e seguir em frente com a vingança, mas não conseguiu terminar.

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As duas personagens estão completamente destruídas.​

A Abby arrancou os dedos dela e ela lembrou do Joel e parou. Essa parte, assim como o final do primeiro jogo é aberta a interpretação. Porque a Ellie parou? O que a motivou ali? Foi remorso? Foi culpa por não ter perdoado o Joel a tempo e saber que mesmo que a Abby morra isso não vai mudar? Foi pensar que ela estaria fazendo com o Lev, o mesmo que fizeram com ela? Ainda não cheguei a uma resposta concreta quanto a isso.

O que eu fiquei realmente triste foi que a Ellie perdeu tudo. A cena final dela tentando tocar a música e dá tudo errado e é de pegar o coração na mão e rasgar em pedaços. O elo que ela tinha com o Joel através da música estava arruinado. Fiquei realmente triste e puto, achei que eles poderiam explorar mais essa questão da música em um próximo jogo, mas não, a Ellie perdeu tudo.

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Ellie perdeu tudo, até sua vontade de seguir em frente com a vingança.​

Essa foi a única coisa que me decepcionou um pouco no final, mas debatendo com aquele mesmo amigo que citei, ele me abriu uma possibilidade para refletir... É altamente provável que vamos ter um terceiro jogo e provavelmente ele terá a ver com os vaga-lumes e a busca da cura novamente... Se a Ellie ainda tivesse algo a que dar valor, talvez ela hesitasse em se sacrificar por essa cura. A vida confortável com a Dina e o JJ a fariam pensar duas vezes antes de tomar essa decisão.

Agora a Ellie perdeu TUDO, inclusive a Dina e o JJ como fica claro com a casa vazia e abandonada, após a Dina ter dito que "não passaria por isso outra vez". Agora que a Ellie não tem nada, talvez ela esteja disposta a ir atrás dos Vaga-Lumes, mas dessa vez para se sacrificar em prol da cura e dar algum significado a sua vida, já que a vingança não lhe serviu com esse objetivo.

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Depois de perder absolutamente tudo, Ellie precisa de um novo objetivo na vida.​

Fica aí a bola na mão da Naughty Dog, fazer um The Last of Us: Part III, com a Ellie indo atrás dos Vaga-lumes e quem sabe até se reencontrando com a Abby, mas dessa vez com ambas lutando por um objetivo em comum que seria achar uma forma de encontrar alguém que pudesse criar a vacina.

Repetindo a Ellie do primeiro jogo: "Depois de tudo o que passamos... De tudo que eu fiz... Não pode ser em vão."

É isso pessoal, desculpem PELO LIVRO. Se alguém leu até aqui, obrigado... Porque eu demorei algumas horas para escrever essa jornada inteira, e olha que ainda deixei muita coisa de fora...

Achei muito legal ler sua experiência com o jogo.

Sobre a jogabilidade, se eu fosse resumir, eu diria que é a realização concreta dos famosos trailers scriptados, coisa que até então nunca aconteceu. As animações incríveis, a agilidade dos controles e a dinâmica dos encontros com os inimigos fazem tudo parecer natural e realista como é nos trailers, mantendo o puro gameplay. Os cenários grandes não é um trunfo só na hora de explorar, mas nos combates tbm, e é como vc falou, sempre tem uma rotaq diferente, uma opção de confronto, um improviso aqui e ali que pode ser feito... É absurdo. Tenho certeza que se reunirmos uma galera aqui e perguntar como cada um passou Hillcrest por exemplo, cada um vai falar uma coisa.

Outro ponto que vc destacou e que eu assino embaixo é o som... Joguei com um 7.1 da Sony e put* QUE PARIU. Quando vc quebra o vidro, o barulho dos cacos caindo e se estilhaçando no chão, é absurdo, a cada reloading da arma eu gozava, cada detalhe é incrível, parece que se dedicaram ao máximo em cada detalhe mínimo. Vale muito à pena jogar com um headset, quem puder. É outra experiência. E sobre a trilha sonora, eu concordo que a do primeiro é mais icônica... Mas acho que o tempo influencia aqui como vc bem observou, de qualquer forma, está fantástica e o Gustavo é o cara, manja demais, ele sabe dar o tom perfeito em cada momento.

Alguns pontos da sua análise da história que gostaria de dar meu ponto de vista:

"Devo confessar que eu JURAVA que a motivação da Abby para matar o Joel seria alguma parada um pouco mais obscura e sombria por parte do Joel... Não que não tenha sido já uma put* motivação o Joel ter matado todo mundo no hospital, inclusive o pai dela... Mas é que eu pensei que isso seria reflexo de algo que o Joel fez mais no passado, na época em que o Joel e o Tommy eram caçadores. Eu jurava que seria aquela "uma coisa" que o Joel fez que até o Tommy decidiu se separar dele e seguir com os vaga-lumes, mas não foi."

Cara, eu pensei A MESMA COISA. Eu logo lembrei daquele diálogo que ele tem com a Ellie onde ele diz que já foi um daqueles caçadores e dá a entender que já fez coisas horríveis. Tanto que durante o começo do jogo ali com a Dina, eu ficava tentando imaginar o que teria sido. Mas fiquei feliz que o jogo tenha apresentado as consequências dos acontecimentos do final do primeiro, foi duro mas extremamente realista.

"O contraste entre essa campanha e a da Ellie me parece mostrar que a Ellie está presa na sua vingança, enquanto que o mundo da Abby está seguindo em frente visto que ela resolveu sua questão com o Joel."

Eu discordo. Acho que a Abby tbm ficou presa em sua vingança por um bom tempo mesmo após a morte do Joel, mas de um jeito e em um tempo diferente do da Ellie, pois enquanto a última buscava sua vingança, a Abby era assombrada por essa vingança no sentido de que a ter completado nunca trouxe a paz que ela imaginou que teria ao matar o Joel, e isso se vê através do conflito moral que ela tem com ela mesma, com os pesadelos e, claro, as consequências que vieram da obsessão que ela alimentou por tanto tempo. Não que ela se arrependa, acho que longe disso, mas serviu pra mostrar pra ela que não é o caminho pra superar seus fantasmas, e pra se fazer questionar: "Eu sou uma má pessoa? Consegui matar ele, e agora?"
Ela só segue verdadeiramente em frente quando ela conhece as crianças, e se desconecta dos WLF e de todo aquele ciclo de violência e ódio. Um momento bacana é quando ela tá conversando com o Owen sobre as crianças e sobre o episódio do Danny, e ela diz pra ele: "O que nos tornamos?". Depois, ela quase comete o mesmo erro que a Ellie cometeu no final, de voltar a entrar no mesmo ciclo de ódio lá no teatro, mas o Lev, que é seu contraponto, dá a ela o estalo que ela precisava pra acordar.

"A Abby arrancou os dedos dela e ela lembrou do Joel e parou. Essa parte, assim como o final do primeiro jogo é aberta a interpretação. Porque a Ellie parou? O que a motivou ali? Foi remorso? Foi culpa por não ter perdoado o Joel a tempo e saber que mesmo que a Abby morra isso não vai mudar? Foi pensar que ela estaria fazendo com o Lev, o mesmo que fizeram com ela? Ainda não cheguei a uma resposta concreta quanto a isso."

Eu acho que antes tentar entender o pq ela parou é importante frisar:

A Ellie não é uma assassina sanguinária, ela nunca teve que torturar pessoas como o Joel torturou, ela nunca viveu 20 anos no apocalipse, como o Joel. Ela não é o Joel, ela não é uma sobrevivente capaz de tudo pq ela nunca precisou ser, exceto nos acontecimentos do 1. Sim, ela mata muita gente, sim, ela tortura a Nora e sim, ela mata uma grávida, mas nós vimos as consequências disso na cabeça dela. Depois de viver 1 ano em paz, ela vai atrás da Abby, mas dessa vez não vai com aquele ódio que ela estava no começo do jogo, ela não vai convicta e pronta pra colocar a cabeça da Abby numa estaca de madeira, dessa vez ela vai com o intuito de fazer aquele sofrimento parar, ela acha que matar a Abby é a única solução viável pra todo aquele stress pós traumático que ela viveu naquele 1 ano com a Dina, ela não consegue comer, ela não dormia direito e se vc for ver ela tá até bem mais magra.
Quando ela chega e vê a Abby presa naquele poste, ela tá completamente perdida. Se fosse a Ellie do começo do jogo, ela tiraria a Abby dali e desceria a porrada até matar, mas ali não, pode ver que ela quer até dar uma chance de lutar pra Abby, A Ellie tá claramente perdida, vazia, confusa e fora de si, chegando ao ponto de ameaçar uma criança. Quando finalmente ela tá quase matando a Abby, a expressão dela é de sofrimento e não de ódio (como quando ela tava descendo a porrada na Nora, por exemplo), e aí ela volta a lembrar do Joel, mas agora uma lembrança doce e isso doi o estalo pra ela perceber que matar a Abby não vai trazer ele de volta, foi o estalo que a Abby teve quando olhou o Lev antes de matar a Dina, por exemplo. Ali, a Ellie percebe que tem uma criança ali que depende da Abby tanto quanto a Ellie dependeu do joel um dia (ela diz: "vai, pega ele e vai"), ali finalmente o ciclo dela tbm tem um fim, mas tarde demais. Ela perde sua última conexão com o Joel que é a música e perde sua família. Aí chegamos nesse seu outro ponto:

"O que eu fiquei realmente triste foi que a Ellie perdeu tudo. A cena final dela tentando tocar a música e dá tudo errado e é de pegar o coração na mão e rasgar em pedaços. O elo que ela tinha com o Joel através da música estava arruinado. Fiquei realmente triste e puto, achei que eles poderiam explorar mais essa questão da música em um próximo jogo, mas não, a Ellie perdeu tudo."

Ela perdeu tudo, mas ganhou sua humanidade de volta e ganhou a chance de recomeçar e seguir em frente.
 

Falken

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Terminei também, agorinha. Estou em frangalhos...
...nunca tinha chorado segurando o joystick, lutando contra um(a) finalboss. Nunca (nem num souls da vida) quis tanto parar de lutar, como agora há pouco.

Vou catar meus cacos e também compartilhar uma reflexão minha sobre a jornada - e que jornada - em algum momento posterior. Por enquanto, é digerir e correr atrás das coisas atrasadas da vida, haha.

@leonardo__cruz, li seu texto e quero poder ter uma conversa longa contigo e com todos que terminaram esse jogo de coração aberto. Mas, desde já, tenho umas reflexões em relação ao seu texto que eu quero compartilhar:
Um comentário rápido, antes da questão: uma coisa muito doida, que a nossa jornada como jogadores não seja a mesma da Ellie. Ela não conhece a humanidade da Abby como nós conhecemos. Enfim, preciso digerir um pouco mais pra entender melhor essa relação jogador-protagonistas, mas tento responder aqui tomando cuidado para não confundir essa diferença de pontos de vista entre a gente e elas.

Falando da Ellie:

No final de TLOU parte I, Ellie ganhou um pai, uma comunidade, mas perdeu o propósito de vida, coisa que o Joel mesmo reconhece já no prólogo ("Eu disse que a imunidade dela não significava nada", ele diz pro Tommy) desta parte II. Coisa que é confirmada quando a Ellie aperta ele pela verdade, no flashback do hospital de Salt Lake. A impressão é que essa mágoa ficou ali sendo alimentada alguns anos e, justo na noite do baile - no dia anterior à morte do Joel - ela percebeu que estava disposta a tentar superar isso e seguir em frente. Aí veio a Abby, bagunçou com tudo e deixou ela com essa questão não resolvida e esse vazio que você menciona. Até o fim do arco de Seattle, tudo só piora, pra Ellie. O vazio, a frustração de não ter conseguido a vingança no teatro e a perda da humanidade... é foda. Não a toa, ela desenvolve PTSD.

Na cena da luta final, duas imagens de Joel cortam o pensamento da Ellie. A primeira, dele morto, desfigurado, motiva a luta. A segunda, dele tocando violão (depois vamos saber que se trata do epílogo), faz ela parar. Imagino que estas duas dimensões do Joel se confundam na cabeça da Ellie.

A Abby tirou a chance que a ela tinha para perdoar o Joel (ou "tentar", como ela diz), como ela mesmo diz pra ele no epílogo. Tirou também o poder que ela tinha para machucar ele (não com o taco de golfe, mas com as palavras e gestos). Naquela mesma conversa do epílogo, as palavras duras (dela) parecem deixar bem claro que, no entendimento dela, a jornada do primeiro jogo foi sim, em vão. Mesmo depois de tudo o que eles passaram. Pra ela, a culpa é dele, o pai que ela adotou e aprendeu a amar. É uma relação de amor e ódio.

A fixação da Ellie pela Abby e pela vingança é também a fixação por essa questão que ela tinha que resolver com o Joel, coisa que ficou interrompida com a morte dele. A vingança é um propósito momentâneo que ela achou para preencher o vazio e "adiar" a escolha de um caminho pra si mesma, no meio dessa confusão entre o amor e o ódio. Acho que ela percebe isso lá na praia, lutando. Não acho que seja por compaixão pela Abby, nem por entender que Joel mereceu o destino que teve. Ao contrário, acho que aquele é o momento em que ela perdoa o Joel, resolve o não resolvido e decide seguir em frente.

Ellie perdeu muita coisa, mas não tudo. Na verdade, acho que ela também ganhou muito, depois de tudo. O principal é a chance de ter um propósito de vida novo. Eu torço para que aquele caminho que ela toma, na última imagem do final, seja de volta pra Jackson, pra família dela.

Quando for postar suas reflexões me marque, adoro ver o ponto de vista da galera e suas interpretações. Tente ler alguns posts meu e da galera umas páginas atrás, tem bastante coisa legal.

Eu mesmo to escrevendo uma análise que vou postar lá no tópico das análises essa semana. Não consigo tirar o jogo da cabeça, os sentimentos e as reflexões que ele causa é algo sem precedentes.
 

esp_40

Ei mãe, 500 pontos!
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Bom, depois de ver todos os leaks, vídeos e a porra toda que falaram do jogo, obviamente eu meti o pau no jogo e perdi minhas esperanças de que esse game pudesse de alguma forma me agradar. Mas apesar dos pesares, joguei no lançamento e depois de platinar o game, posso dizer que ele me agradOu.

Vejo vcs discutindo e criticando a galera do outro tópico, mas em partes é direito da galera não gostar tb. Eu fiquei indignado com tudo até jogar e entender a ideia que o cara quis passar. Claro que eu queria que a história tivesse outro rumo, mas não dá pra desmerecer o jogo ao ponto de chamar de lixo.

No início achei tudo muito bobinho e teve sim agenda progressista,mas depois fui abrindo minha mente e deixando o jogo me levar, pois decidi que só julgaria no final.

hoje depois de mais de 50 horas, posso dizer que o jogo vale a compra. Claro que se a pessoa não comprou até agora, o ideal é esperar promoções ou comprar usado da galera . Mas o jogo é ousado e tem cenas que são muito bem feitas, Em alguns momentos da vontade de aplaudir. Porém, em outros eu quase morri de desgosto de tamanha forçação de barra. O jogo não precisava tentar nos convencer a todo momento sobre a motivação de cada personagem. É complicado falar por aqui pq tem muita gente zerando o game , mas no fim daria um 8/10 pra esse game e para o primeiro um 9,5/10

todo dono de ps4 deveria dar uma chance ao jogo, pq tem leak que realmente é falso. O final eu não tinha assistido por completo no leak e no fim eu senti um baque. Foi uma das melhores partes (recomendo em inglês, pq Apesar da dublagem brasileira ser muito boa, na original vc sente mais.)

O outro tópico apesar da zuera, é melhor pra dar a opinião final.

aliás, tem muito meme engraçado , não fiquem irritados com a galera.

E pqp, a dubladora brasileira cantou bem pra caralhos a música take on me . Dava pra ter colocado essa Versão aí de boa.
 

Falken

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Eu amei a parte 2, porém, como já comentei aqui, acho o mundo de TLOU gigantesco e que poderia ter sido melhor aproveitado, uma sequencia agora não parece interessante...

A morte do Joel foi triste, a forma como a ELLIE trata o Joel é totalmente contrária do 1, no final do jogo, poderia ter mostrado ela perdoando ele, não acredito que TLOU seja apenas sobre perda, mas também sobre amor, ainda mais se tratando de ELLIE e JOEL...
Em todo o mundo tudo depende do ponto de vista, ainda mais no mundo em que se passa o jogo, esse tipo de abordagem não deve ser nada interessante p/ qm é fã da Ellie e do Joel (eu mesmo fiquei put* quando comecei a jogar com a Abby)...
Tipo Batman e Coringa, quando vou assistir o Batman, não quero ver o Coringa sendo o pricipal no filme, quero ver o Batman metendo porrada em todos, se quisesse o contrário, veria o filme do Coringa, ele tbm tem o lado dele...
Talves se esse jogo fosse um spin off, não teria o rage que algumas pessoas estão dando..
Sim, é,
mas poderia ser que justo quando ela perdoa, ele é morto
Sim, eu entendo, mas como comentei,
no fim, podia ter perdoado, a vontade de vingança ia ser a mesma, imagina, justo quando você perdoa, matam a pessoa...
Eu falo isso,pq muito do rage de quem não gostou do jogo. é por conta disso, muito do que teve no 1, não teve aqui...

E alias, será que vai chegar modo multiplayer? Tomara

Meio que já te respondera aí, mas só pra completar de uma maneira geral

The Last of Us nunca foi sobre herói ou vilão, nunca apresentou estereótipos e nunca foi sobre salvar o mundo. Ele apresentou personagens humanos que tomam decisões humanas, ou seja, moralmente questionáveis, diferente do seu exemplo de herói, por exemplo. The Last of Us nunca se preocupou com o que os fãs iriam pensar, não é um jogo que serve pra cumprir suas expectativas pq se fosse, teriam feito o Joel um cara bonzinho e herói, mas ele ão é, pelo o contrário, durante boa parte do jogo ele se mostra um put* egoísta, quase que uma má pessoa eu diria, e os jogadores amarem ele como personagem não muda esse fato. A parte 2 é uma extensão desse conceito. É um mundo duro, são persongaens humanos lidando com consequências de suas ações, e em um mundo como esse, as coisas não acontecem como vc quer, as mortes não são sempre heróicas e bonitas. Vc queria que ela tivesse abraçado o joel e o perdoado de vez? Eu tbm queria, mas o mundo não funciona assim, a morte na vida real normalmente vem carregada de culpa dos que ficam justamente por não terem feito o que a Ellie fez, por exemplo. "Ah mas é um video game", ok, mas ele transcende videogame nesse sentido, pois quer nos apresentar e nos causar sentimentos duros e típicos da vida real, e consegue. Isso é fantático e autoral, embora alguns não consigam lidar e entender e por isso tenham odiado, e tudo bem, faz parte.

E só pra finalizar sobre o Joel: Cara, eles respeitam demais o personagem pq embora ele tenha morrido no começo e de forma feia, ele dita e está presente em todos os acontecimentos da historia. Os flashbacks são lindos, as consequências de suas ações nem tanto, mas ele tá lá, sempre presente, e encarou sua morte de cabeça erguida, sendo o Joel corajoso e forte que sempre foi.
 

Falken

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O outro tópico apesar da zuera, é melhor pra dar a opinião final.

Só se a opinião for negativa, do contrário pra eles vc tá justificando o dinheiro que gastou e recebe uns memes.

Bom, depois de ver todos os leaks, vídeos e a porra toda que falaram do jogo, obviamente eu meti o pau no jogo e perdi minhas esperanças de que esse game pudesse de alguma forma me agradar. Mas apesar dos pesares, joguei no lançamento e depois de platinar o game, posso dizer que ele me agradOu.

Vejo vcs discutindo e criticando a galera do outro tópico, mas em partes é direito da galera não gostar tb. Eu fiquei indignado com tudo até jogar e entender a ideia que o cara quis passar. Claro que eu queria que a história tivesse outro rumo, mas não dá pra desmerecer o jogo ao ponto de chamar de lixo.

No início achei tudo muito bobinho e teve sim agenda progressista,mas depois fui abrindo minha mente e deixando o jogo me levar, pois decidi que só julgaria no final.

hoje depois de mais de 50 horas, posso dizer que o jogo vale a compra. Claro que se a pessoa não comprou até agora, o ideal é esperar promoções ou comprar usado da galera . Mas o jogo é ousado e tem cenas que são muito bem feitas, Em alguns momentos da vontade de aplaudir. Porém, em outros eu quase morri de desgosto de tamanha forçação de barra. O jogo não precisava tentar nos convencer a todo momento sobre a motivação de cada personagem. É complicado falar por aqui pq tem muita gente zerando o game , mas no fim daria um 8/10 pra esse game e para o primeiro um 9,5/10

todo dono de ps4 deveria dar uma chance ao jogo, pq tem leak que realmente é falso. O final eu não tinha assistido por completo no leak e no fim eu senti um baque. Foi uma das melhores partes (recomendo em inglês, pq Apesar da dublagem brasileira ser muito boa, na original vc sente mais.)

O outro tópico apesar da zuera, é melhor pra dar a opinião final.

aliás, tem muito meme engraçado , não fiquem irritados com a galera.

E pqp, a dubladora brasileira cantou bem pra caralhos a música take on me . Dava pra ter colocado essa Versão aí de boa.

Legal ter a opinião de alguém que viu os leaks e a princípio estava com má vontade. É um ponto de vista diferente. Seja bem vindo ao tópico.

Sobre a dublagem original ser melhor, concordo 100%. Eu acho a dublagem brasileira de The Last of Us fantástica, mas a original é muito melhor pelo simples fato dos caras não só terem dublado, mas atuado mesmo, com motion cap e tals, isso faz muita diferença. E se vc for ver entrevistas, os caras são realmente apaixonados pelos personagens que eles dão vida, dá pra perceber nitidamente pois eles até se emocionam nas entrevistas ao falar da produção e tals.
 

Falken

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Só pra reforçar pra quem de repente comprou o jogo agora e tá passando por aqui. Dica minha, e acrescento: Desliguem a mira automática e joguem com um headset.

A dificuldade é customizável, aí eu recomendei jogar de uma determinada forma. Vou detalhar pra vc e quem mais se interessar nesse post:

- NÃO USE o botão de escuta. Isso tira o realismo e boa parte da tensão e imprevisibilidade do jogo.

Customize assim sua dificuldade

- Player: Difícil.
Assim vc não fica mto resistente, deixando o jogo mto fácil, nem parecendo um papel seda, aumentando artificialmente a dificuldade do jogo.

- Inimigos: No difícil ou no sobrevivente.
Ambos deixam os inimigos com um comportamento crível, como se espera deles, especialmente dos infectados.

- Aliados: Moderado
Acima disso eles parecem um poste, o que tira o realismo e a imersão do jogo, afinal são adultos armados te ajudando e não uma criança, como no primeiro. Eles vão te ajudar, mas tbm não vou deixar o jogo mamão com açúcar fazendo a maioria do serviço pra vc (imagino q nas dificuldades mais baixas seja assim).

Furtividade: Difícil
Fica bem balanceado, os inimigos olham embaixo dos carros às vezes, viram do nada, enfim, ficam mais imprevisíveis. Não recomendo o sobrevivente pq o fato de vc não usar o modo de escuta vai deixar difícil demais.

Suprimentos: Por favor, deixem no sobrevivente.
Diferente do primeiro onde isso aumentava artificialmente a dificuldade obrigando a vc abusar de tijolos, aqui ele deixa o jogo realmente realista. Te força a explorar os enormes ambientes do jogo e tornam essa exploração imensamente gratificante (vc vibra ao abrir o cofre. Tudo fica muito bem balanceado e a dificuldade fica apertada, mas extremamente justa.

É isso, joguei assim e recomendo demais. O jogo fica ainda mais tenso, imprevisível, imersivo e gostoso de jogar.
 

esp_40

Ei mãe, 500 pontos!
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Segue o que achei do game....

vou tentar falar sobre o enredo e o que eu achei do jogo.
pra começar eu tinha lido tudo que vazou, isso foi ruim pq quem não leu foi surpreendido, mas como a m**** já estava feita, só me restou aquela imagem fudida dos leaks. Até jogar, o jogo parecia que ia vomitar agenda por todo lado, mas não foi bem assim.

mas vamos la... a morte do Joel foi estranha, pq quem cagou lá foi o tommy Ao ser boca aberta , mas mesmo assim, tem muita gente que não vai engolir fácil tudo oq rolou até o fatídico fim de um Dos melhores personagens já criados.

Passado essa parte que engoli puto de raiva, chegamos ao Primeiro dia, logo no início eu já achei o casal Ellie e dina bem bobo, mas da pra entender, pq elas são jovens e romance adolescente nunca me agradou tanto em filmes quanto em séries, então eu relevei os diálogos chatinhos, mas isso é gosto pessoal.

Depois fui avançando, e vemos uma coisa que me desagrada nos filmes e séries recentes onde temos mulheres protagonistas, que é a necessidade de deixar as mulheres com aquela pegada de sujas, com jeitão de homem e com cara de homem....ao meu ver, não precisa colocar a mina de shortinho e decote lá, mas acabar com a delicadeza feminina é desnecessário, acho muito forçado. Não curti muito essas coisas, tipo o romance simples, maconha e o raiva da ellie com o Joel. Mas continuei, passei pela biblioteca gay, os discursos do Torá e a sensação de a ellie não estar com o coração cheio de ódio, como já era de se esperar. Mas blz, a exploração incrível do primeiro dia e o cuidado dos caras com os detalhes me mantiveram firme e forte, principalmente a cena que a ellie canta, rapaz...que coisa linda.

Passadas as horas seguintes, cessaram com essas coisas de agenda e o jogo parece que ficou mais sério. Nisso a ellie parecia focada na missão e largou a dina no teatro. O jogo melhorou muito pqp, ali eu já estava começando a curtir o jogo.

Obviamente eu queria a cabeça da Abby desde quando vazaram os leaks, e quando acabou a parte que jogamos com a ellie E não julgamos nada do que ela faz até aquele momento, Pensei, agora vem a pior parte pqp, 10 horas de abby (20 no meu caso, pq não tive pressa alguma kkk)
Eis que é apresentado o lado da abby E aí vemos o pai dela, o owen, seus amigos e etc.

eu achei que forçaram a barra pra gostarmos dela e ao meu ver não precisava de tanto. É óbvio que ela é um ser humano como a ellie, não precisavam dar a impressão que ela seria mais bondosa. Achei zuado o corpo dela também , aquilo lá não tem lógica nenhuma naquele mundo. Ela poderia ser um pouco forte, mas mano, botaram ela com 50 cm de braço

Depois ela ficou focada em encontrar o Joel e isso eu entendo, mas ela ser bondosa com animais e matar mais infectados na campanha, enquanto a ellie parecia o demônio matando a Todo foi forçado.

mas por incrível que pareça, ela é um bom personagem, inclusive gostei da parte que o pai dela é questionado sobre se faria o sacrifício da própria filha, se no caso ela fosse a pessoa imune. Pensei que o médico responderia Algo que Deixaria o Joel ainda mais queimado, mas o cara não responde
,mostrando que a vida da filha sempre estará em primeiro lugar, dane-se se for egoísmo. Ele agiria igual ao Joel.

A abby por não saber de porra nenhuma, aliás, todas testemunhas foram mortas, obviamente ela e a galera dela guardaram um ódio monstruoso pelo Joel.

o jogo tem essa muleta, ela é vítima e por não saber de nada, tem a visão de que o Joel é um monstro...ela estaria cega até que o matasse.

depois de conhecer a personagem, e ver que ela não é perfeita e tem inúmeros defeitos tb, nos damos conta de que ela nem imagina que está sendo caçada, pq apesar de aparecer inúmeros mortos, ela acredita que isso é consequência da guerra contra os scars e que o líder deles está escondendo algo. Esse cara tb é tomado por ódio, e é bem louco.

Então depois de algumas horas, ela conhece as crianças e aí achei muito zuado.... eu acho que Em um mundo real e naquela situação, ela ajudaria as crianças, mas não ao ponto de voltar atrás deles e ter uma preocupação gigante por pessoas que ela acabou de conhecer. Isso foi algo feito pra vermos o lado humano dela, mas é inegável que vez nos forcem a ver ela como uma pessoa boa.

o problema é quando ela se vira contra o povo dela.... oloco, difícil convencer em tão poucas horas de gameplay.

mas blz, depois de um tempo ajudando os meninos ela se dá conta de que está sendo caçada e então com a morte de seus amigos ela retorna com um ódio ferrado e está feita a divisão, time abby e ellie.

depois da burrice do time ellie deixar o mapa ao lado do corpo dos amigos, eles voltam pra encontrar a dina. Meu Deus, o tommy jamais deixaria aquilo lá, a ellie tb não. Pensem no seguinte, o ódio deixa as pessoas cegas, mas naquela situação, eles não sairiam de lá deixando uma brecha daquelas, ainda mais por serem tão experientes. Se tivesse rolado um tiroteiro entre mais pessoas eu até ia relevar, mas achei muito cagada essa parte.

A consequência vemos depois... enfim

depois da treta Toda no teatro e o moleque convencendo a abby a perdoar, eu nao acredito que ela deixaria a ellie viva, pq porra.... já estava declarada a guerra e o lev seria vítima se qualquer um ali ficasse vivo. Mas a piedade que é necessária para o jogo prosseguir, foi dada. É por essas e outras que acredito que o jogo pegou um rumo muito complicado é que muita gente não engoliria.

mas eu deixei rolar pq estavam contando a história de forma complicada, mas era algo novo. Depois vemos Santa Barbara e a ellie na fazenda.

Eu gostei bastante , pq depois de tanto trauma é óbvio que ninguém sairia ileso. Mas querendo ou não, a abby ainda estava mais de boa.

nisso o tommy aparece e achei bizarro tb, pq ele considerava a ellie como uma sobrinha e duvido que alguém de bem como ele, chegaria naquela situação e perderia a cabeça como ele fez.

mas blz, a ellie por fim volta a vingança e manos, deu pena da abby pendurada lá. Ao ser libertada, a primeira coisa que ela faz é ir até o lev , aí vemos a a ellie lembrando do Joel ao ver a abby pegando o moleque(trans) no colo, e pensar por um breve momento “que porra que eu to fazendo?”

Outra coisa que não se pode deixar passar, é que o personagem que eu achei que seria uma frescura do c***lho por ser trans, foi muito bem colocado na trama e é assim que se faz as coisas sem forçar a barra porra....não tenho reclamações quanto a isso.

mas voltando, a partir do momento dessa lembrança,a ellie já amoleceu...ali ela já estava perdida e a abby se tornou o Joel no sentido de proteção. Foi forçado devido a tudo que falei antes, mas vamos jogar isso na nota final.

Depois da luta e a piedade da ellie, temos o final que se fosse de outra forma seria pior, e vemos uma cena da última lembrança do Joel, que pqp, ali a gente perde um pouco da raiva que ficamos pelo jeitão que os produtores deixaram a ellie. Essa foi pra mim foi uma das melhores partes do jogo. Porra , me deu tristeza saber que mataram o Joele confesso que voltei a ter raiva da abby .

devido a tudo que falei, vou dar um 8/10 pro jogo, sendo 5 pela parte técnica e 3 para o enredo.
Preferi fazer assim pq esse jogo gira em torno do seu enredo, assim como seu antecessor. Então não dá pra ignorar o enredo e dar nota altíssima só pela parte técnica.

achei muito errado a mídia dar 10/10... ainda mais pra um jogo que estava claro que dividiria opiniões. Mas de qualquer forma, é um jogo que todos devem jogar pq raramente vemos algo desse calibre no mercado.
 

esp_40

Ei mãe, 500 pontos!
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Estou tentando ler algumas analises da galera e estou impressionado com a forma como cada um vê o game. Tem gente ai que escreve muito bem e claramente se entregou ao game, mas tem muita coisinha ai que eu vi de forma completamente diferente hahahaha.

Mais tarde podemos debater melhor pq preciso dormir agora, mas conforme for rolando os comentários tentarei expressar meus pensamentos de forma mais clara.
 

sr_doutor

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Sobre o modo de escuta, eu particularmente acho um CRIME usar isso, em especial na luta da Abby contra a Ellie, no teatro. Pra mim, o desafio e a recompensa ao terminar o jogo sem esse modo são muito maiores.
 
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