TSE nega pedido de Lula para apagar post de Bolsonaro
Presidente associou o PT à facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital); partido afirma que informação é falsa
Em seu perfil no Twitter, Bolsonaro usou reportagem da RecordTV para associar Lula (foto) à facção criminosa PCC ...
A ministra do
TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Maria Claudia Bucchianeri negou pedido do ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para tirar do ar o post do perfil do Twitter do presidente
Jair Bolsonaro (PL) em que associa Lula e o PT à facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). Eis a
íntegra (8 MB).
Bolsonaro usou um vídeo de reportagem da
RecordTV com um áudio de interceptação da Polícia Federal em que um líder do PCC diz que um
“diálogo cabuloso” com a facção criminosa.
No
post, de julho de 2022, Bolsonaro não cita o nome de Lula nem o PCC, mas faz uso de um jogo de palavras para dar a entender que se trata do ex-presidente e da facção. Leia as mensagens abaixo:
Maria Claudia Bucchianeri diz não ter analisado o conteúdo apresentado na reportagem, mas que a interceptação telefônica é verídica.
“Sem exercer qualquer juízo de valor sobre o conteúdo da conversa interceptada, se verdadeira ou não, o fato é o de que a interceptação telefônica trazida na matéria jornalística compartilhada e comentada pelo representado é real, ocorreu no contexto de determinada operação coordenada pela Polícia Federal, de sorte que a gravação respectiva é autêntica, o que não implica, volto a dizer, qualquer análise de mérito sobre a procedência, ou não, daquilo o quanto dito pelas pessoas cujas conversas estavam sendo monitoradas”, informou a ministra.
O PT alega no processo que a campanha de Bolsonaro usa de uma estratégia falsa para criar uma associação do partido com a organização criminosa. O
Poder360 apurou que os advogados do partido irão recorrer da decisão monocrática para buscar a reforma da decisão no plenário do Tribunal. A expectativa é que a decisão seja revertida porque o presidente do TSE já proferiu decisão similar ao que será exposto no recurso da defesa.
O filho do presidente Jair Bolsonaro, deputado
Eduardo Bolsonaro (PL-SP), comemorou a decisão nas redes.
“Quando bandidos se incomodam é sinal que é aí que devemos apertar”, disse o filho 03 no Twitter.
Presidente associou o PT à facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital); partido afirma que informação é falsa. Leia no Poder360.
www.poder360.com.br
Para o PT, postagem do presidente faz parte de uma estratégia da campanha para criar uma narrativa falsa de associação do partido e de Lula à facção criminosa
www.cnnbrasil.com.br
PT deu o azar nessa vez mas basta pedir de novo e torcer para que o juiz certo analise o caso para derrubar a postagem, fazer com que Bolsonaro responda por isso no TSE.
Ciro Gomes pede ao TSE para barrar candidatura de Bolsonaro
Pedetista acusa o presidente de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação ao atacar urnas em reunião com embaixadores[/HEADING][/SIZE]
A campanha do candidato do PDT ao Palácio do Planalto, Ciro Gomes, entrou nesta sexta-feira (19) com uma ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para barrar a candidatura à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) e de seu vice, Braga Netto.
Estacionado em terceiro lugar nas pesquisas, o pedetista contesta a postura de Bolsonaro durante a polêmica reunião com embaixadores em que o chefe do Executivo atacou o processo eleitoral, sem mostrar nenhuma prova.
A equipe jurídica de Ciro Gomes pediu ao TSE a cassação do registro de Bolsonaro e Braga Netto ou do diploma (se o presidente for reeleito), pela prática de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação com o objetivo de "desequilibrar a disputa eleitoral".
O caso foi enviado ao corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Mauro Campbell. Um integrante do TSE ouvido pela equipe da coluna considerou a ação "temerária".
Ciro entrou com uma ação de investigação judicial eleitoral (Aije), que tem por objetivo impedir e apurar a prática de atos que possam afetar a igualdade dos candidatos em uma eleição.
"É inegável que Bolsonaro aproveitou-se do evento (a reunião com embaixadores) para difundir a gravação do discurso com finalidade eleitoral, indissociável ao pleito de 2022", alega a campanha de Ciro.
"Isso porque o ataque à Justiça Eleitoral e ao sistema eletrônico de votação faz parte da sua estratégia de campanha eleitoral, de modo que há nítida veiculação de atos abusivos em desfavor da integridade do sistema eleitoral, através de fake news, o que consubstancia-se em um fato de extrema gravidade, apto a ser apurado na ambiência desta ação", sustentam os advogados do pedetista.
Na reunião com embaixadores, Bolsonaro afirmou que as urnas completaram automaticamente o voto no PT nas eleições 2018, que não possuem sistemas que permitem auditoria e que não é possível acompanhar a apuração dos votos -- o que não é verdade.
A campanha do PDT acusa o atual ocupante do Palácio do Planalto de utilizar "todo aparato estatal para estruturar o ato", já que a reunião foi realizada nas instalações do Palácio da Alvorada, em Brasília, e exibida ao vivo pela TV Brasil, emissora pública.
Para o PDT, Bolsonaro agiu de má-fé, ao veicular fatos inverídicos na TV estatal e em suas redes sociais, o que "gerou dividendos políticos que abalam a normalidade e a legitimidade do pleito".
O encontro com os embaixadores também foi transmitido nos perfis de Bolsonaro no Instagram e no Facebook. Só no Facebook, a transmissão da reunião obteve 72 mil curtidas, 55 mil comentários e 589 mil visualizações. O YouTube tirou o vídeo do ar.
Na avaliação da campanha de Ciro Gomes, Bolsonaro ultrapassou qualquer limite aceitável ao "conduzir a referida reunião para um viés eleitoral, com a finalidade política de assacar a integridade da Justiça Eleitoral para, logo após, difundir esse tipo de conteúdo através das redes sociais, que possuem alcance incomensurável".
Em razão do mesmo episódio, a Procuradoria-Geral Eleitoral (PGE) entrou na semana passada com uma representação contra Bolsonaro no TSE,
pedindo que seja aplicada multa contra o mandatário por propaganda eleitoral antecipada.
O plenário do TSE cassou em outubro do ano passado o deputado estadual bolsonarista Fernando Francischini (União Brasil-PR) por disseminar fake news contra as urnas.
Esse precedente é considerado perigoso por aliados de Bolsonaro, que temem que o mesmo entendimento seja aplicado agora contra o atual ocupante do Palácio do Planalto.
Francischini propagou desinformação sobre o sistema eletrônico de votação em uma live transmitida no dia do primeiro turno das eleições de 2018, quando as seções eleitorais ainda estavam abertas.
Procurado pela equipe da coluna, o advogado Tarcísio Vieira, que comanda a defesa de Bolsonaro, disse que a ação do PDT "não reúne condições de êxito".
"As eventuais discordâncias com o conteúdo da fala, fruto de retórica política legítima, não ensejam, a meu sentir, a abertura de campo fértil para a aplicação das graves sanções requeridas pelo PDT. Questões políticas devem ser rebatidas com discursos políticos e não com ações judiciais que tais", afirmou Vieira.
"É lamentável que, em desvio de finalidade tático, se faça uso de uma nobre ação eleitoral para, em seara imprópria, reverter o insucesso eleitoral revelado nas pesquisas mais recentes de intenção de votos", acrescentou o advogado, que já atuou como ministro do TSE.
As urnas eletrônicas são usadas pelos eleitores brasileiros desde 1996, e até hoje nenhuma acusação de fraude foi comprovada.
Pedetista acusa o presidente de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação ao atacar urnas em reunião com embaixadores
oglobo.globo.com
Alegação? Fake News, mas ex-presidiário salvo aos 45 do segundo tempo por uma decisão esdrúxula de ridícula, de boa, nada de objeções por parte dele.