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Vídeo antigo sobre o Metal Gear Solid 2, bem interessante:
O MGS 2 talvez seja o mais criticado da série e é considerado por muito o pior.
Os principais motivos geral são:
- substituição do Snake pelo Raiden na maior parte do jogo;
- história bagunçada, com reviravoltas demais e perto do final vira um salseiro.
Quando joguei, lá pelo início de 2002, tive as mesmas impressões, apesar de ser fã incondicional da série.
Agora, se for parar pra analisar, Kojima criou um jogo com uma história, no mínimo, visionária, quase profética.
Quem jogou sabe que no fim, fala-se nos "Patriots", sem se definir ao claro quem ou o quê são eles. E também no fim, fica aquela dúvida de fato o Solidus era ou não o vilão da história, um terrorista louco ou um libertador (no MGS, as coisas não são preto e branco).
Hoje me inclino a dizer o que ele não era tão vilão assim. Na luta final e nos diálogos anteriores, via CODEC, isso fica claro. Um dos temas abordados era quanto ao uso da informação e seu fluxo para fins de manipulação da sociedade. Basicamente, um pequeno grupo ou ente, ou seja lá o que for (os Patriots) controlavam quais as informações, como eram disponibilizadas, quando e para quem, isso em escala gigantesca.
E por meio desse controle, mentes, corações e a sociedade seria moldada e manipulada conforme interesses de poucos. Tanto é assim que para romper o ciclo maldito, Solidus queria interromper à força o fluxo de informação.
Se for ver, por mais que o Kojima tenha usado premissas fictícias (nanomachines, patriots, etc.), ele tratou de coisas reais e o jogo não foi bem compreendido. Hoje somos dependentes de mecanismos de comunicação em excesso e valores são moldados por meios de distribuição de informação, tal como TV, jornal e principalmente internet.
Por um lado, não se vive mais sem internet, é como o telefone a uns bons anos atrás. Por outro, ela, por ser um meio de transmissão de informações e dados por excelência, pode e é utilizada para moldar a sociedade, criar e destruir conceitos, etc. Quantas modinhas, aparentemente, são lançadas via redes sociais e se espalham que nem praga? E os memes, que são criados, não se sabe a origem e se transmitem com velocidade espantosa?
Definitivamente, uma ferramenta perigosa e algo pra se pensar. Vemos e temos acesso ao que queremos ou aquilo que querem que vejamos?
Lembrei de um texto famoso na deep web, vou colar aqui já traduzido:
"A Matrix é a estrutura social que subordina a humanidade à sua vontade. É a máquina da sociedade que existe unicamente para perpetuar a sua influência e o seu poder independente de qualquer necessidade humana.
Ela nos isola uns dos outros e de nós mesmos através do engano e, essencialmente, nos transforma em máquinas servis de produção econômica e política (poder). As máquinas que vivem fora deste poder são instituições: as grandes corporações, governos, escolas, instituições religiosas, e até mesmo organizações sem fins lucrativos. Cada instituição vai chegar a um ponto em sua existência, onde sua principal função torna-se auto-preservação e perpetuação, em vez de servir as necessidades humanas. Neste ponto, torna-se uma máquina da Matrix. Por exemplo, quando eles se tornam máquinas, os governos deixam de servir as pessoas e, em vez procurar estender seu poder sobre eles, as empresas priorizam aumentar o valor do acionista sobre a produção de produtos de qualidade ou de outra forma de servir o bem público; escolas veem alunos como um meio e não um fim; organizações religiosas equiparam associação com a salvação (e se opõem ativamente outros ensinamentos e práticas, mesmo independente), e organizações sem fins lucrativos e instituições de caridade gastar mais do orçamento em atividades de angariação de fundos em seu foco original. Inevitavelmente, todas as grandes instituições eventualmente tornam-se máquinas Matrix. Elas tornam-se demasiadamente grandes para a humanidade.
Além das máquinas de auto-perpetuação independentes que escrevem a maioria dos nossos contracheques, a Matrix tem várias grandes cooperativas e os grupos mais ativamente sinistros de máquinas subsistindo fora do seu poder e contribuindo diretamente para a estrutura da própria Matrix. Estes grupos são o Complexo Militar Industrial, o Complexo Industrial político, o Complexo Industrial de Prisão, o Complexo Industrial de Vigilância, o Complexo Industrial de mídia, o Complexo Industrial Acadêmico, o Complexo Industrial Agrícola, o Complexo Industrial de Medicina e as principais organizações religiosas (não ser confundida com as religiões atuais, muitas organizações religiosas abandonaram os princípios fundamentais das religiões que dizem representar). Todas as máquinas nestes grupos querem oprimir ativamente a humanidade, ou permitir que a opressão persista. É através de seus esforços combinados que a Matrix assume algumas de suas qualidades mais desagradáveis".
Acho que tem bastante pertinência com a discussão. E lembrei do tópico em que um usuário foi banido por trazer conteúdo da deep web e até agora não se sabe o que foi exposto lá. É de se refletir até ponto estruturas invisíveis exercem controle sobre a sociedade, filtrando o que pode ou não ser trazido a tona...
Aliás, parece que a própria deep web, por privilegiar o anonimato, surgiu como uma reação contra esse tipo de controle. Mas, infelizmente, tem sido utilizada para todo o tipo de aberração e, pior ainda, por determinados grupos ou entidades que, a todo custo e sem nenhuma ética ou moral, buscam o poder e controle, de modo sutil ou não, manipulando muitos que nem tem noção disso.
Enfim, o tema e discussão propostos por MGS2 parecem bem atuais.
Fica aí a reflexão e uma dica. Só colei o texto acima porque já está na surface e porque não tem nada demais, não tentem trazer coisa diretamente da deep web pra cá, isso dá m****.
O MGS 2 talvez seja o mais criticado da série e é considerado por muito o pior.
Os principais motivos geral são:
- substituição do Snake pelo Raiden na maior parte do jogo;
- história bagunçada, com reviravoltas demais e perto do final vira um salseiro.
Quando joguei, lá pelo início de 2002, tive as mesmas impressões, apesar de ser fã incondicional da série.
Agora, se for parar pra analisar, Kojima criou um jogo com uma história, no mínimo, visionária, quase profética.
Quem jogou sabe que no fim, fala-se nos "Patriots", sem se definir ao claro quem ou o quê são eles. E também no fim, fica aquela dúvida de fato o Solidus era ou não o vilão da história, um terrorista louco ou um libertador (no MGS, as coisas não são preto e branco).
Hoje me inclino a dizer o que ele não era tão vilão assim. Na luta final e nos diálogos anteriores, via CODEC, isso fica claro. Um dos temas abordados era quanto ao uso da informação e seu fluxo para fins de manipulação da sociedade. Basicamente, um pequeno grupo ou ente, ou seja lá o que for (os Patriots) controlavam quais as informações, como eram disponibilizadas, quando e para quem, isso em escala gigantesca.
E por meio desse controle, mentes, corações e a sociedade seria moldada e manipulada conforme interesses de poucos. Tanto é assim que para romper o ciclo maldito, Solidus queria interromper à força o fluxo de informação.
Se for ver, por mais que o Kojima tenha usado premissas fictícias (nanomachines, patriots, etc.), ele tratou de coisas reais e o jogo não foi bem compreendido. Hoje somos dependentes de mecanismos de comunicação em excesso e valores são moldados por meios de distribuição de informação, tal como TV, jornal e principalmente internet.
Por um lado, não se vive mais sem internet, é como o telefone a uns bons anos atrás. Por outro, ela, por ser um meio de transmissão de informações e dados por excelência, pode e é utilizada para moldar a sociedade, criar e destruir conceitos, etc. Quantas modinhas, aparentemente, são lançadas via redes sociais e se espalham que nem praga? E os memes, que são criados, não se sabe a origem e se transmitem com velocidade espantosa?
Definitivamente, uma ferramenta perigosa e algo pra se pensar. Vemos e temos acesso ao que queremos ou aquilo que querem que vejamos?
Lembrei de um texto famoso na deep web, vou colar aqui já traduzido:
"A Matrix é a estrutura social que subordina a humanidade à sua vontade. É a máquina da sociedade que existe unicamente para perpetuar a sua influência e o seu poder independente de qualquer necessidade humana.
Ela nos isola uns dos outros e de nós mesmos através do engano e, essencialmente, nos transforma em máquinas servis de produção econômica e política (poder). As máquinas que vivem fora deste poder são instituições: as grandes corporações, governos, escolas, instituições religiosas, e até mesmo organizações sem fins lucrativos. Cada instituição vai chegar a um ponto em sua existência, onde sua principal função torna-se auto-preservação e perpetuação, em vez de servir as necessidades humanas. Neste ponto, torna-se uma máquina da Matrix. Por exemplo, quando eles se tornam máquinas, os governos deixam de servir as pessoas e, em vez procurar estender seu poder sobre eles, as empresas priorizam aumentar o valor do acionista sobre a produção de produtos de qualidade ou de outra forma de servir o bem público; escolas veem alunos como um meio e não um fim; organizações religiosas equiparam associação com a salvação (e se opõem ativamente outros ensinamentos e práticas, mesmo independente), e organizações sem fins lucrativos e instituições de caridade gastar mais do orçamento em atividades de angariação de fundos em seu foco original. Inevitavelmente, todas as grandes instituições eventualmente tornam-se máquinas Matrix. Elas tornam-se demasiadamente grandes para a humanidade.
Além das máquinas de auto-perpetuação independentes que escrevem a maioria dos nossos contracheques, a Matrix tem várias grandes cooperativas e os grupos mais ativamente sinistros de máquinas subsistindo fora do seu poder e contribuindo diretamente para a estrutura da própria Matrix. Estes grupos são o Complexo Militar Industrial, o Complexo Industrial político, o Complexo Industrial de Prisão, o Complexo Industrial de Vigilância, o Complexo Industrial de mídia, o Complexo Industrial Acadêmico, o Complexo Industrial Agrícola, o Complexo Industrial de Medicina e as principais organizações religiosas (não ser confundida com as religiões atuais, muitas organizações religiosas abandonaram os princípios fundamentais das religiões que dizem representar). Todas as máquinas nestes grupos querem oprimir ativamente a humanidade, ou permitir que a opressão persista. É através de seus esforços combinados que a Matrix assume algumas de suas qualidades mais desagradáveis".
Acho que tem bastante pertinência com a discussão. E lembrei do tópico em que um usuário foi banido por trazer conteúdo da deep web e até agora não se sabe o que foi exposto lá. É de se refletir até ponto estruturas invisíveis exercem controle sobre a sociedade, filtrando o que pode ou não ser trazido a tona...
Aliás, parece que a própria deep web, por privilegiar o anonimato, surgiu como uma reação contra esse tipo de controle. Mas, infelizmente, tem sido utilizada para todo o tipo de aberração e, pior ainda, por determinados grupos ou entidades que, a todo custo e sem nenhuma ética ou moral, buscam o poder e controle, de modo sutil ou não, manipulando muitos que nem tem noção disso.
Enfim, o tema e discussão propostos por MGS2 parecem bem atuais.
Fica aí a reflexão e uma dica. Só colei o texto acima porque já está na surface e porque não tem nada demais, não tentem trazer coisa diretamente da deep web pra cá, isso dá m****.