Bom ponto de vista, mas trato aqui o Universo como o mensurável, o que posso como ser vivo consciente ver e tatear.
O ponto de vista sem religião é mais para acharmos um rumo lógico e imediato, não metafísico. Seria muito satisfatório saber a qual propósito servimos, apenas existir é uma situação muito vaga, aproveitar é muito egoísta. Exemplo: uma célula pode "saber" que é uma célula, mas é muito improvável que ela saiba que faz parte de um tecido, um órgão, um sistema, um corpo, um propósito muito maior. Porém também não sabemos se ela sabe de tudo isso e realiza sua "programação" com satisfação e plenitude. Eu ficaria muito feliz de saber que existo por um propósito muito maior, não apenas servir de comida de minhoca num planeta que, pela lógica do Universo, um dia vai deixar de existir. É daí que vem o "vale a pena?"
Mas é só isso mesmo. Volto a dizer, o "de onde viemos e pra onde iremos" é coisa só da nossa cabeça.
Usando a palavra de outra pessoa, um gato nasce gato e faz coisas que só um gato faria porque é de sua natureza.
O ser humano por ter capacidade de escolha, pode escolher a opção que achar melhor, inclusive mudar sua própria natureza.
Então, se me permite a intromissão, o seu questionamento não é sobre se a vida vale a pena, é sobre se suas escolhas valem a pena, e em cima delas, se sua vida se justifica.
Aqui vale a menção de 2 pontos: ou você justifica a sua vida pra si mesmo, e vive dentro dos seus valores, tomando decisões por meio desses valores, ou justifica sua vida para terceiros, usando os valores desses terceiros e agindo por meio desses valores.
Não há certo ou errado na escolha de qual desses meios você irá seguir, mas você deve ser capaz de se responsabilizar pelas escolhas advindas delas.
E aqui não há metafísica. A decisão representa quem você é, tanto os motivos que levaram a decisão em si quanto como você irá lidar com o resultado da decisão.
Dessa forma, se você será somente comida de minhoca, só depende de você e não da minhoca.