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Após três anos de insistência, mãe consegue reviravolta e PM vira réu pelo assassinato do sobrinho em Porto Alegre

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Tratado como suicídio, episódio havia sido arquivado. Mãe do menino procurou autoridades para que apurassem o caso como homicídio
05/03/2020 - 08h18min


LUCAS ABATI
VITOR ROSA


Vitor Rosa / Agencia RBS

Cátia mostra imagem do filho, morto em 2016, na CapitalVitor Rosa / Agencia RBS

Mais de três anos foram necessários para a investigação concluir o que uma mãe sempre desconfiou e lutou para provar: Andrei Ronaldo Goulart Gonçalves, de apenas 12 anos, não cometeu suicídio dentro de casa na madrugada de 30 de novembro de 2016, em Porto Alegre. A morte, conforme a denúncia do Ministério Público, é decorrente de um assassinato cometido pelo tio do garoto, um oficial da reserva da Brigada Militar.

A colaboração da família da vítima, especialmente da mãe, a auxiliar de enfermagem Cátia Rosimary Lopes Goulart, 48 anos, foi determinante para a reviravolta no resultado da investigação contra o próprio irmão.


— Fui em busca de muita coisa, levei muito não pela cara. Pessoas que não acreditavam, mas acredito porque vi a cena e não tinha como ser suicídio — recorda a mãe.

A promotora do caso, Lúcia Helena Callegari, reconhece a importância da persistência dos parentes:
— Comecei a ouvir pessoas que a própria família me indicou. Eles quiseram saber, ir atrás, e descobriram comportamento anterior do acusado, que era tio da vítima.
Para a Promotoria, o tenente Jeverson Olmiro Lopes Goulart, 54, assassinou o sobrinho para ocultar abusos sexuais e, depois, forjou a cena de suicídio. O oficial virou réu pelo homicídio doloso — quando há a intenção de matar — em janeiro deste ano e responde em liberdade.
A denúncia do MP trouxe reviravolta para a morte do menino. Um ano após o crime, em 2017, a Polícia Civil remeteu inquérito sem responsabilizar ninguém pela morte. No documento, a delegada Elisa Souza declarava que ou Andrei tinha cometido suicídio ou se acidentado com a arma do seu tio. Somente indiciou o tenente por não armazenar a arma de forma correta, já que teria permitido o contato do garoto com a pistola.
Fui em busca de muita coisa, levei muito não pela cara.
CÁTIA ROSIMARY LOPES GOULART
Mãe de Andrei
O crime, segundo o MP
Conforme a denúncia, na noite de 29 de novembro de 2016, Andrei ficou sozinho em casa com o tio, quando a mãe e a irmã saíram para uma festa de aniversário. O tenente, que tem casa no Rio de Janeiro, estava morando provisoriamente no apartamento com a família e dividindo quarto com Andrei. Já na reserva da BM, havia assumido cargo em comissão no Ministério Público do Rio Grande do Sul três semanas antes.
Por volta das 23h20min, Cátia retornou para a moradia e conversou com Andrei e com o tenente. Ela declarou que seu filho já parecia estar "estranho e acuado, sem fazer as brincadeiras costumeiras". Jeverson teria dito que estava com muito sono.
Por volta das 2h, o tenente acordou Cátia no quarto ao lado, dizendo que uma tragédia havia acontecido. A mãe foi até o cômodo e encontrou seu filho morto com as duas mãos segurando a arma do tio pelo cano.

Peregrinação em busca de Justiça
Foram idas e vindas da mãe até a 6ª Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa e ao Ministério Público para pressionar as autoridades. Em abril de 2019, a mãe esteve na redação de GaúchaZH e detalhou os fatos. A reportagem procurou o MP, que já apurava a situação.
Cátia ponderava circunstâncias que achava estranhas da cena do crime e no comportamento do irmão, e queria que as autoridades as levassem em consideração. Para ela e para o advogado Marcos Vinicius Barrios —que hoje é assistente de acusação—, as perícias não condiziam com suicídio.
Um laudo produzido pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP) reforçou a indignação da família. No documento consta que as mãos do menino não tinham níveis compatíveis de pólvora para quem havia disparado. Outro ponto controverso era o de que a arma não apresentava nenhuma impressão digital — nem de Andrei nem do seu tio, que a manusearia diariamente no trabalho.
Outro laudo da perícia chamou a atenção da promotora Lúcia Helena Callegari, que tornou-se responsável pelo caso desde o dia em que substituía um colega. Era o que apontava a direção do tiro, incompatível com a posição da arma nas mãos do garoto.
— Para mim, esse tiro foi disparado pelo réu, durante a madrugada, na nuca da vítima — afirma a promotora.
Até hoje, é aguardada análise no conteúdo do celular de Andrei. Após a morte, o próprio tio apresentou à mãe o aparelho alegando que nele havia pesquisas sobre suicídio e como manusear armas. A intenção é apurar se as buscas foram realizadas após a morte, como garante a mãe.

O celular só chegou ao MP em junho de 2019. A Promotoria pediu uma análise das pesquisas feitas no aplicativo Youtube no celular do garoto a partir de 30 de novembro de 2016 — data da morte. A resposta veio com pesquisas a partir do mesmo dia, só que do ano seguinte, o que não ajudou a explicar se o menino havia feito buscas no celular.

O IGP afirma que terminou a perícia no celular e que elas foram acessadas pela autoridade policial em dezembro e no final de janeiro, e que não constam novos pedidos sobre o celular. Já o MP disse que ainda não acessou os laudos.

Bilhete de despedida
Um bilhete de despedida encontrado dias após o crime no bolso de uma das bermudas do filho também inquietou a mãe. Estava escrito "Mãe, eu te amo. Me enterre com a camisa do Grêmio", mas para ela a caligrafia era diferente da usada por seu filho e a assinatura estava errada. A folha usada para escrever o bilhete também não era do caderno de Andrei, afirma Cátia.
Reprodução / Arquivo Pessoal

Mãe em foto ao lado do filho na CapitalReprodução / Arquivo Pessoal

A perícia do IGP, ao qual GaúchaZH teve acesso, diz que a letra é compatível com a do menino:
"A perícia encontrou alguns óbices para a realização do exame, porém, embora tais empecilhos, concluíram que os manuscritos questionados são compatíveis com os padrões atribuídos a Andrei".
No mesmo dia em que o bilhete foi encontrado, enquanto a família dividia pertences e recordações do garoto, um pedido do tio incomodou a mãe. O tenente quis ficar com as cuecas do menino, alegando que os dois tinham tamanhos semelhantes. O fato — que inicialmente passou despercebido — futuramente acendeu alerta para a família sobre eventual abuso sexual.
Além de todos os fatos citados pela família, ainda na cena do crime, Jeverson se colocou à disposição para realizar o exame para verificar resíduos de pólvora. Em depoimento, disse que foi ao banheiro e lavou as mãos.
— O Andrei não se suicidou. Isso era uma questão de fundamental importância para a mãe. Estou convencida disso — reforça Lúcia Helena Callegari.
Para a mãe, no entanto, a reviravolta na investigação é um pequeno alento, mas não há uma recompensa:
— Pode ser que a Justiça venha a ser feita. Ainda assim, vai ser uma vitória sem o prêmio. O único que me satisfaria seria ter meu filho comigo.
O Andrei não se suicidou. Isso era uma questão de fundamental importância para a mãe. Estou convencida disso.
LÚCIA HELENA CALLEGARI
Promotora do caso
Homenagem dos colegas
Hoje, Andrei estaria com 15 anos. Apaixonado pelo Grêmio e descrito por familiares como uma criança alegre, comunicativa e brincalhona, deveria ter se formado no ensino fundamental em 2018.
A turma em que o menino estudava em uma escola particular da Zona Sul o homenageou durante a solenidade da formatura. A mãe do menino foi chamada e recebeu um cartaz, com os votos de cada um dos colegas do menino.
"Levaremos esse sentimento para sempre. Nos ensinou que um sorriso pode conquistar o mundo", dizia trecho da mensagem.
Vestindo a camiseta do Grêmio que pertencia a Andrei, Cátia agradeceu a homenagem dos amigos:
— Eu estou chorando, claro, de saudade dele, mas também de muita alegria. Vocês não têm noção o quão bem estão me fazendo ao receber todo esse carinho.

Contrapontos
O advogado Edson Perlin, que defende Jeverson Olmiro Lopes Goulart, afirmou que não vai se manifestar sobre o processo neste momento.
Reprodução / Divulgação

Tenente é réu por homicídio dolosoReprodução / Divulgação

GaúchaZH procurou a Polícia Civil para manifestação sobre a investigação que apontou para o suicídio. A delegada Elisa Souza, titular da 6ª Delegacia de Homicídios à época, está em licença.
O diretor do Departamento de Homicídios naquele ano, delegado Paulo Grillo, comentou que lembra do caso e que recebeu a família no seu gabinete, mas não recorda detalhes da apuração. A reportagem ainda consultou o atual titular da delegacia, Newton Martins, que pediu tempo para analisar o inquérito.
No inquérito policial, ao qual GaúchaZH teve acesso, a delegada Elisa Souza ponderou o depoimento de um familiar de Andrei. Mensagens trocadas entre eles, para a delegada, apontavam que "ele não vinha tão feliz quanto diziam os familiares". Elisa concluiu:
"De todo o exposto no presente inquérito policial, muito embora possa pairar dúvidas acerca da participação de terceiro no caso ora investigado, o fato é que, do conjunto probatório levantado nos autos, há fortes indícios de duas hipóteses: ou houve um acidente com a arma de fogo enquanto Andrei manuseava o instrumento, ou Andrei desejou tirar a própria vida".
O IGP respondeu aos questionamentos da reportagem informando que foram realizadas 17 perícias a pedido da polícia. O órgão também diz que existe apenas um laudo em aberto, na seção de balística. Justificou que a "demora no atendimento deve-se ao grande volume de demandas solicitadas e ao reduzido efetivo".

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Tiro na nuca e sem digitais na arma, hoje na rádio promotora rebolou pra explicar como que não teria erro dos investigadores com caso de tiro na nuca e sem digitais na arma.
 
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Xenoblade

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Inteligente o cara se ele realmente escreveu um bilhete de despedida. Nunca deve ter ouvido falar na existência de perícia grafotécnica.
 

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Imagina a tonelada de casos assim que temos. Obviamente muitas das vítimas devem ser marginais mesmo (o que não desmerece uma versão verdadeira pra ser levado a juri), mas imagina o tanto de gente que morreu e simplesmente abafaram o caso... isso sem contar o principal: os homicídios não solucionados, não lembro números exatos mas vi uma vez que no Brasil era surreal.

Achei: https://super.abril.com.br/mundo-es...e-crimes-solucionados-pela-policia-no-brasil/
6% dos homicídios no Brasil são solucionados :brbr
 


werner_hetifield

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TÁ NA CARA QUE TEM BOI NA LINHA NESSA HISTÓRIA AÍ!!!

PQP!!!

Um suicídio onde a vítima segura a arma pelo cano, dá um tiro na nuca, a arma fica sem NENHUMA digital e o "novo" principal suspeito pede as cuecas da vítima?

:ktrigger:ktrigger:ktrigger:ktrigger:ktrigger:ktrigger:ktrigger
 

Sengaya

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Essa história está muito mal contada.
Duas possibilidades:
1 - A polícia é extremamente incompetente a ponto de afirmar que a morte foi por suicídio com tiro na nuca, mesmo após 17 perícias.
ou
2 - A reportagem não revela outros detalhes do inquérito/perícias que corroborem a tese do suicídio.
 

Pauleira27

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Essa história está muito mal contada.
Duas possibilidades:
1 - A polícia é extremamente incompetente a ponto de afirmar que a morte foi por suicídio com tiro na nuca, mesmo após 17 perícias.
ou
2 - A reportagem não revela outros detalhes do inquérito/perícias que corroborem a tese do suicídio.


Incompetência ou omissão de informação na reportagem? Tá zoando né? Sério que você só consegue enxergar essas duas possibilidades? Observando que, curiosamente, nas hipóteses que você levantou nenhuma delas evidencia que a polícia possa estar envolvida de má fé. Quantos casos de misteriosos "suicídios" em celas de delegacia já vimos? A hipótese mais óbvia é Conluio dos investigadores com o acusado, visto ser Militar de alta patente.
 
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Cielo

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Mas não fizeram nenhuma pericia pra ver se o guri tinha sofrido abuso? Porque ali na reportagem falam de abuso, desse tio, não foi feito nenhum exame? Ninguem se perguntou como o guri tinha acesso a arma do tio?
 

Rickzinho

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Mas não fizeram nenhuma pericia pra ver se o guri tinha sofrido abuso? Porque ali na reportagem falam de abuso, desse tio, não foi feito nenhum exame? Ninguem se perguntou como o guri tinha acesso a arma do tio?

Quem fez a perícia foi lá para ocultar a verdade, você acha que todos envolvidos iriam falar a verdade sobre o caso?

Lembre do caso do Celso Daniel, ex-prefeito da cidade de Santo André. Tentou acabar com o esquema corrupto e morreu, junto com ele levou todos os envolvidos no inquérito sobre sua morte, legistas, policiais e até delegado.

O Huezil quando o caso é ocultar esquemas não brinca em serviço.
 

Ultima Weapon

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Incompetência e corporativismo, sabiamente não condizia com a cena do crime e a mãe foi pra cima e conseguiu a verdade.

Essa morte é fichinha perto dessa aqui ó

https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/n...eva-a-oea-provas-para-reabrir-inquerito.ghtml
O que me chamava a atenção nesse caso é que os depoimentos de colegas e da professora davam a entender que o garoto era um psicopata; além disso ele comprovadamente foi pra escola após os homicídios, quais assassinos autorizariam isso achando que daria certo?
É possível que tenha sido forjado mas não havia contra-provas contundentes como as desse menino assassinado pelo tio.

http://g1.globo.com/fantastico/noti...elo-pesseghini-contou-ter-matado-os-pais.html
 

Emperor

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Esse corporativismo é o que mais dá raiva.
Um colega faz m****, mas eles sempre precisam ocultar pois são os paladinos da justiça e nunca erram ou tiram benefícios próprios.
 

Rickzinho

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O que me chamava a atenção nesse caso é que os depoimentos de colegas e da professora davam a entender que o garoto era um psicopata; além disso ele comprovadamente foi pra escola após os homicídios, quais assassinos autorizariam isso achando que daria certo?
É possível que tenha sido forjado mas não havia contra-provas contundentes como as desse menino assassinado pelo tio.

http://g1.globo.com/fantastico/noti...elo-pesseghini-contou-ter-matado-os-pais.html

Mataram a família inteira do cara e ainda conseguiram incriminar o moleque, você acha que os colegas e a professora iriam dizer o contrário?

Se eu estivesse lá e pedissem para eu dizer que ele estava em Nárnia e acreditava em unicórnios eu ainda iria colaborar e dizer ele levou um casa.
 

Charrua

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Não consegui ler o post inicial por completo
Que horror, não sei de onde esta mãe tirou forças. Guerreira demais.
 
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Essa história está muito mal contada.
Duas possibilidades:
1 - A polícia é extremamente incompetente a ponto de afirmar que a morte foi por suicídio com tiro na nuca, mesmo após 17 perícias.
ou
2 - A reportagem não revela outros detalhes do inquérito/perícias que corroborem a tese do suicídio.

ou todo mundo tem dois neurônios menos você e estão acobertando porque f**a-se o garoto
 

Aldi

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O disparo foi na nuca e deram como suicidio? É isso mesmo?? Só nesse país de b*sta, kkkk!!
 

tortinhas10

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Incompetência ou omissão de informação na reportagem? Tá zoando né? Sério que você só consegue enxergar essas duas possibilidades? Observando que, curiosamente, nas hipóteses que você levantou nenhuma delas evidencia que a polícia possa estar envolvida de má fé. Quantos casos de misteriosos "suicídios" em celas de delegacia já vimos? A hipótese mais óbvia é Conluio dos investigadores com o acusado, visto ser Militar de alta patente.
Não defendendo, mas ele é da reserva, e o pessoal da reserva não tem tanta moral assim

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