Caras, minha crítica pra ubisoft nem é pelos gráficos, pelo tal "Open World genarator" e tudo mais. O que eu odeio é eles terem prostituído a franquia.
Vi agora o Gameplay e não consigo ver isso como um AC.
Cadê aquela sutileza de jogar com um assassino? Cadê o Stealth? Cadê a trilha sonora fenomenal que tinha na saga Ezio? Cadê o Parkour? Os caras focaram o tempo todo em luta desenfreada. Cara, AC nem combina com temática Viking pra falar a verdade.
Óbvio que vai ter, assim como todos os outros, você com certeza terá árvore de habilidades de stealth e um sistema que, com certeza, será mais evoluído que os primeiros, uma vez que esta é uma mecanica que melhorou bastante com a renovação da franquia (assim como o combate), deixando de ser um botão auto-win para ser uma estratégia que você tem que investir de fato para ficar bom.
Só que AC nunca foi só isso, já tivemos tower defense, já tivemos batalhas épicas com navios, já tivemos posições importantes dentro de guerras e tudo isso antes de Origins. A questão é que todos os personagens da saga não deixaram de ter sua própria história por serem assassinos, é justamente o que faz com que sejam algo além do genérico. O que dá personalidade a Syndicate é as lutas de gangue que tem tudo a ver com aquele período, contrastando com a posição mais sutil proposta pela Evie, da mesma forma que em Odyssey os caras não ignoram a guerra do Peloponeso que é o que marca aquele período histórico, por mais que você faça a limpa em um punhado de fortes no stealth e assassine mais de uma dúzia de cultistas proto-templários.
O que caracteriza AC sempre foi seu metaplot, mais do que um cenário histórico, ele é um mundo moldado pelo disputa de uma super tecnologia do passado e por duas visões de mundo: aqueles que querem usar este poder para criar a ordem e aqueles que lutam para impedir que isso aconteça, fora disso o legal é que não há padrão, não há um copiar/colar como sugerem aqui, você tem assassinos que são vilões na história, pessoas defendendo que ambos trabalhem juntos , pessoas que estão cagando para isso e cairam na história de para-quedas, em suma, cada um com sua história e que não se resume a repetir credo a torto e a direito. Uma das partes mais legais é ver onde personagens históricos se encaixam nisso, a mesma expectativa que tive com DaVinci e Platão, aguardo de Alfredo, que é personagem tarimbado de quem curte literatura de "fantasia histórica" de Cornwell.
Eu curto bastante o metaplot do jogo, já joguei todos os games e vejo que cada um, por mais que mudem (aliás, é muito bizarro no mesmo tópico criticarem os caras por serem iguais e mudarem demais), a essência não só está lá como a wiki fica cada vez mais encaixada e robusta.