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"Bolsonaro está fazendo um excelente governo. Mude a minha opinião."

Cafetão Chinês

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Na parte economica esta sendo excelente mas em outros pontos esta sendo pessimo (saude, educacao) e mediano. No geral é um governo regular, mas pode se dizer que ele é o pior presidente da historia recente quando vai falar, bate uma grande vergonha alheia.

Enviado de meu Moto C Plus usando o Tapatalk
Meio complicado ter melhora da Saúde e Educação sem retomada da economia.
O país está quebrado. Então esquerdista tem mais é que torcer para as reformas econômicas e a economia de deslanchar. Caso contrário, não tem welfare. There's no free lunch.

Mas que bom que tu foi honesto intelectualmente de reconhecer que economicamente tem ido bem.

Só acho estranho você reconhecer isso e ao mesmo tempo dizer que é o pior presidente.
Quem é que escolheu os ministros mesmo?
 

Baralho

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De início, sobre frases e declarações do presidente, é fato que o mesmo não manda bem nesse aspecto, é criticado com certa razão, mas por outro lado a mídia tem seu interesse em construir/reforçar essa imagem dele, o ideal claro, é falar menos.

Sobre governo mesmo, está bom (no mínimo), só nesse mês atual, que está na metade, o governo vêm honrando seu programa de campanha, que é (entre outras coisas) desonerar a folha de pagamento do emprego (PEC da liberdade econômica aprovada ontem) e de reduzir taxações de alguns bens de consumo importados (games e acordo com UE).

E, mesmo com a resistência do congresso, se tem além desses citados, um conjunto de avanços (extinção de 10 mil cargos comissionados e PEC da previdência, por exemplo) que há MUITO TEMPO não havia no Brasil e pode vir mais (o chamado pacote anti-crime e reformas tributária/fiscal) pela frente.
 
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Pokemon das antigas

Bam-bam-bam
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Realmente quando ele vai falar bate as vezes vergonha alheia huaa.
Ah mano. Eu votei nele, e sempre critiquei o que tinha que criticar e elogiei o que tem que elogiar.
Eu acho muito ruim o "ruido" que ele gera. Tipo, fala uma besteira, ai tira foco das coisas importantes para uma declaração dele pessoal. Uma opinião.
Mas eh politica né. Eh assim mesmo. Bela democracia.huhaa

Quanto a educação, saude etc. Eu acho que eles se tocaram que, não tem dinheiro. Ou primeiro, voce consegue dinheiro, ou voce não faz nada e quebra de vez.
Se conseguisse mudar sistema de escolas publicas para voucher seria uma absurda melhoria.
Imagina poder por os filhos em escolas particulares proximas de casa com custo menor do que atual.
Não sei se é viavel, mas seria uma melhoria.

Economicamente, falta MUITO, mas ...tão fazendo o que dá né.
Eu sinceramente não achei antes da eleição que conseguiriam emplacar muita coisa, mas até que tá indo.
Falta parar de fazer besteira que queima filme tipo querer por o filho como embaixador. Que mesmo que não tivesse problema nenhum. ainda daria uma má impressão.

Eu tava vendo um programa da Bobo news, que falaram algo que achei verdadeiro.
Bolsonaro em alguns apectos se assemelha a Dilma.
A dilma não sabia, mas achava que sabia, e como achava que sabia, mandava fazer e dane-se se der m****.
O bolso não sabe, mas ele pelo menos sabe que não sabe. Então delega.
O fato do bolsonaro saber q não sabe, na minha opinião, o transforma no melhor presidente na historia do br até agr
 

Don Toreno

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Eu votei no Bolso e, por enquanto, considero seu governo regular. É perceptível que o governo se esforça pra aprovar as reformas que o país precisa, mas a deficiência na articulação – muito em culpa do congresso, é verdade –, a falta de controle sobre a base e os membros do próprio partido, as inúmeras intrigas públicas entre os próprios integrantes do governo, além das inúmeras declarações totalmente desnecessárias do Bolsonaro me irritaram bastante.

Uma outra questão é que o Bolsonaro montou um quadro de ministros com base em critérios técnicos – o que é altamente positivo – e deu autonomia para os mesmos trabalharem e apresentarem projetos – o que também é bom – mas a falta de um projeto nacional prévio bem elaborado, com estudo aprofundado sobre os reais problemas do Brasil e soluções para os mesmos, além de metas e objetivos a serem alcançados, também se tornaram nítidas para a maioria das pastas, principalmente Educação.
Bolsonaro nunca teve um projeto de fato para qualquer área, apenas algumas vagas ideias que ele colocou como norte e a sua boa intenção característica de sempre. Então, delegou para seus ministros essa tarefa de elaborarem um projeto Brasil com o bonde já andando, acreditando na competência dos mesmos, mas isso demanda tempo e muito, atrasando as ações do governo, embora propostas boas já tenham surgido.

Até mesmo o projeto econômico parece vago, pois a proposta liberalizante por si só parece depender muito do investimento externo para que a economia saia da estagnação e volte a crescer. O que nos faz questionar o que acontecerá se esse investimento não acontecer no volume em que se espera.

No mais, as coisas ainda podem melhorar se tudo acontecer conforme o governo planeja e tomara que isso aconteça. Minha avaliação por ora é regular e resta esperar o tempo passar.
 
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Flame Vicious

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Só consigo lembrar do Trump.

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Isso dá à entender que a eleição do Bolsonaro, diferente da campanha amadora e barata que teve, teria sido arquitetada pelos EUA pra roubar o pré-sal e toda aquela ladainha que sites petistas criminosos (Brasil de Fato, Brasil247, Revista Fórum, etc) compartilham.
 

27th Racer

Ser evoluído
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Isso dá à entender que a eleição do Bolsonaro, diferente da campanha amadora e barata que teve, teria sido arquitetada pelos EUA pra roubar o pré-sal e toda aquela ladainha que sites petistas criminosos (Brasil de Fato, Brasil247, Revista Fórum, etc) compartilham.

Esses caras inventam cada narrativa... haja imaginação, viu...
 

terroso

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O carinha nunanivre ali já apareceu várias vezes nos videos do Arthur kkkkk
É um coitado que mal sabe falar.
 

Cafetão Chinês

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Eu votei no Bolso e, por enquanto, considero seu governo regular. É perceptível que o governo se esforça pra aprovar as reformas que o país precisa, mas a deficiência na articulação – muito em culpa do congresso, é verdade –, a falta de controle sobre a base e os membros do próprio partido, as inúmeras intrigas públicas entre os próprios integrantes do governo, além das inúmeras declarações totalmente desnecessárias do Bolsonaro me irritaram bastante.

Uma outra questão é que o Bolsonaro montou um quadro de ministros com base em critérios técnicos – o que é altamente positivo – e deu autonomia para os mesmos trabalharem e apresentarem projetos – o que também é bom – mas a falta de um projeto nacional prévio bem elaborado, com estudo aprofundado sobre os reais problemas do Brasil e soluções para os mesmos, além de metas e objetivos a serem alcançados, também se tornaram nítidas para a maioria das pastas, principalmente Educação.
Bolsonaro nunca teve um projeto de fato para qualquer área, apenas algumas vagas ideias que ele colocou como norte e a sua boa intenção característica de sempre. Então, delegou para seus ministros essa tarefa de elaborarem um projeto Brasil com o bonde já andando, acreditando na competência dos mesmos, mas isso demanda tempo e muito, atrasando as ações do governo, embora propostas boas já tenham surgido.

Até mesmo o projeto econômico parece vago, pois a proposta liberalizante por si só parece depender muito do investimento externo para que a economia saia da estagnação e volte a crescer. O que nos faz questionar o que acontecerá se esse investimento não acontecer no volume em que se espera.

No mais, as coisas ainda podem melhorar se tudo acontecer conforme o governo planeja e tomara que isso aconteça. Minha avaliação por ora é regular e resta esperar o tempo passar.
A proposta liberalizante também envolve corte de gastos e desburocratização. Depender de investimento externo é normal até para os países desenvolvidos.
O que é necessário, é criar o ambiente propício para esse investimento aparecer. Como? Desregulando, desburocratizando, abrindo o mercado, diminuindo o tamanho do estado.
Não tem outra forma. Não existe outro método de atingir prosperidade. Todos os países que se desenvolveram foi fortalecendo a moeda, melhorando o ambiente de negócios e empreendedorismo, e abrindo o mercado.
 

Lost Brother

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Meio complicado ter melhora da Saúde e Educação sem retomada da economia.
O país está quebrado. Então esquerdista tem mais é que torcer para as reformas econômicas e a economia de deslanchar. Caso contrário, não tem welfare. There's no free lunch.

Mas que bom que tu foi honesto intelectualmente de reconhecer que economicamente tem ido bem.

Só acho estranho você reconhecer isso e ao mesmo tempo dizer que é o pior presidente.
Quem é que escolheu os ministros mesmo?

Entenda é o pior presidente em falar bostas publicamente, aliás Sarney e Collor foram os piores presidentes da republica. Tem como melhorar a educacao e saude basta cortar a mamata, privilegios e parar de comprar deputados com bilhoes em emendas.

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Cafetão Chinês

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O governo Bolsonaro está indo bem até agora, na medida do possível. Pois infelizmente as reformas necessárias não dependem somente do governo, mas também do Congresso (e do STF deixar passar).
É um governo reformista, assim como foi o governo Temer (um bom governo, aliás). Temer pegou o país quebrado e fez importantes reformas, ainda que longes do ideal, como a PEC dos gastos e a reforma trabalhista.

O time de ministros do Bolsonaro é provavelmente o melhor de nossa história republicana tão bagunçada.

Em comparação a outros governos, é o primeiro de viés abertamente liberal/conservador na economia e costumes. Está mexendo em questões que se julgava impossível a tempos atrás. Talvez por isso pessoas que tenham a mentalidade mais estatista ou esquerdista achem que as coisas que ele diz é "bobagem".
Ora, é claro que se sentirão assim. São visões de mundo diferentes.
Quando o Bolsonaro fala em alterar a lei do trabalho escravo, tornando ela objetiva, esquerdistas e estatistas irão urrar. Liberais e Conservadores acharão que é certo.
Quando o Bolsonaro mostra o "Golden Shower", esquerdistas progressistas irão urrar. Libertários e Conservadores que abominam a esquerda progressista, baterão palmas.
Quando Bolsonaro dá uma resposta grotesca a ambientalistas, esquerdistas e estatistas irão urrar. Liberais e Conservadores acharão graça.
Quando Bolsonaro satiriza e ofende o presidente petista da OAB, esquerdistas e estatistas irão urrar. Conservadores e anti-petistas sorriem.

Então entendam que é questão de visão de mundo. Sendo que metade do país claramente torce para que o governo dê errado, e um esquerdista ou estatista "polido" assuma o cargo.
Só que isso está longe de ser motivo de sucesso. Macri respeitou a "liturgia" do cargo, e foi defenestrado pela esquerda. Existe uma guerra de narrativas em que muitos teimam ignorar que existe. E um presidente que respeite a liturgia do cargo, será engolido.

Como ponto negativo, temos o partido PSL que é uma bagunça e lotado de oportunistas que praticam fogo amigo contra o próprio governo. Algumas poucas declarações do presidente também me incomodaram, mas só quando o faz contra o próprio eleitorado que o apoiou. Como quando respondeu de forma ríspida a quem reclamou que o FGTS só liberaria 500 reais (ora, isso é dinheiro do cidadão, então tem direito a reclamar).
 

Cafetão Chinês

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Entenda é o pior presidente em falar bostas publicamente, aliás Sarney e Collor foram os piores presidentes da republica. Tem como melhorar a educacao e saude basta cortar a mamata, privilegios e parar de comprar deputados com bilhoes em emendas.

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Acho que você está confundindo com o governo petista e seus mensalões. Dizer que isso existe no governo Bolsonaro nessa intensidade é mentira das grandes.
Não tem dinheiro meu caro, mesmo se cortassem todos os privilégios hoje, também não teria.

O maior rombo de gastos vai para a previdência, funcionalismo e dívida. Previdência você verá resultado no longo prazo, funcionalismo não pode cortar (pois tem estabilidade), dívida só vai deixar de ser gasto quando começar a amortizar.

E a maioria dessas mamatas ainda dependeria do Congresso deixar passar reformas.
 

Túlio Veneno

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Ele é um fantoche de quem?

De fato ele poderia calar a boca.

Mas de quem ele seria fantoche?
Só consigo lembrar do Trump.

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Fantoche de qualquer pessoa que entende alguma coisa de política, economia ou qualquer m**** que seja para presidir o país, seja de boa forma, ou não.

Pq o Bolsonaro é claramente um analfabeto funcional.,
 

Hiperbrain

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Não vou opinar sobre o governo propriamente, mas sim sobre a postura do presidente.

Dados os nossos vícios administrativos e de predação estatal, vejo a postura geral de Bolsonaro como ótima.

Precisamente no sentido de desmistificar a classe política, sendo mais objetivo, direto e até falastrão.

É um ótimo exercício vindo do único político que teve e tem coragem de falar contra a própria classe e devolver poder de fala ao povo.

Ele se aproxima mais do povo quando fala mais na lata e mostra suas discordâncias e gosto disso.

Qualquer outro bandidão rasteiro como Maia ou Renan Calheiros vai fazer introduções pomposas do tipo "veja bem... no estado democrático de direito".. mas é só pra continuar roubando e jamais ser alcançado pelas investigações e ser punido.

Bolsonaro aumenta o ódio que sinto pela maioria dos outros políticos e acho isso benéfico.

Partido político tem que deixar de existir no Brasil. TODOS.

Estado mínimo e candidatura independente seria mais do que o suficiente. O que temos aí é um monte de quadrilha extorquindo cada indivíduo para financiar o próprio sistema criminoso com fundo partidário e fundo eleitoral. Nunca vou ver de outra forma.
 

Grand Rapids

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Não sei, não acompanho política. Mas até agora não causou nenhum impacto. Nem positivo, nem negativo.
 

Munn Rá

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Bolsonaro está fazendo um bom governo porém se congresso ajudasse então estaria fazendo um excelente governo

Mas é aquilo como bem exemplificado por Paulinho da Força : Estão tentando fazer de tudo para minar seu governo
 

Don Toreno

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A proposta liberalizante também envolve corte de gastos e desburocratização. Depender de investimento externo é normal até para os países desenvolvidos.
O que é necessário, é criar o ambiente propício para esse investimento aparecer. Como? Desregulando, desburocratizando, abrindo o mercado, diminuindo o tamanho do estado.
Não tem outra forma. Não existe outro método de atingir prosperidade. Todos os países que se desenvolveram foi fortalecendo a moeda, melhorando o ambiente de negócios e empreendedorismo, e abrindo o mercado.

Sim, eu entendo, e a proposta liberalizante do Guedes engloba tudo isso. Eu concordo com ela, mas ela parece vaga justamente no sentido de querer simplesmente abrir a economia e parecer apostar tudo no investimento externo, esperando que o volume seja alto o suficiente para alavancar a economia. E se não for? Ainda existe o fato do Brasil já ser um país totalmente dependente de investimento externo, quase um refém, bem diferente dos países desenvolvidos que investiram maciçamente em pesquisa, desenvolvimento, tecnologia e em suas próprias indústrias, antes de pura e simplesmente abrirem suas economias.

Não estou dizendo que o Brasil não deveria abrir sua economia e buscar investimento externo – pois deveria – mas sim que também deveria buscar simultaneamente outras maneiras de fortalecer sua economia e faze-la crescer, principalmente com o objetivo de ampliar e fortalecer sua indústria nacional e torna-la menos dependente de investimento e tecnologia externa. De repente, o próprio Paulo Guedes tem isso em mente para um segundo momento quando a economia se recuperar e o estado voltar a ter capacidade de investimento. Isso também é o mínimo para um país que almeja ser uma superpotência.
 

Cafetão Chinês

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Sim, eu entendo, e a proposta liberalizante do Guedes engloba tudo isso. Eu concordo com ela, mas ela parece vaga justamente no sentido de querer simplesmente abrir a economia e parecer apostar tudo no investimento externo, esperando que o volume seja alto o suficiente para alavancar a economia. E se não for? Ainda existe o fato do Brasil já ser um país totalmente dependente de investimento externo, quase um refém, bem diferente dos países desenvolvidos que investiram maciçamente em pesquisa, desenvolvimento, tecnologia e em suas próprias indústrias, antes de pura e simplesmente abrirem suas economias.

Não estou dizendo que o Brasil não deveria abrir sua economia e buscar investimento externo – pois deveria – mas sim que também deveria buscar simultaneamente outras maneiras de fortalecer sua economia e faze-la crescer, principalmente com o objetivo de ampliar e fortalecer sua indústria nacional e torna-la menos dependente de investimento e tecnologia externa. De repente, o próprio Paulo Guedes tem isso em mente para um segundo momento quando a economia se recuperar e o estado voltar a ter capacidade de investimento. Isso também é o mínimo para um país que almeja ser uma superpotência.
Todos os países que se desenvolveram, primeiro abriram sua economia. E só com a geração de riqueza e prosperidade puderam fazer investimentos em pesquisas e tecnologia. Não existe um contraprova na história.
E é fácil de entender o porquê, dado que é uma questão econômica. Primeiro é necessário acumular capital e produzir, para só então poder gastar.

Afinal nem teria como ser diferente. Tirariam dinheiro para gastar de onde? Da bunda? Impossível.

Os países pobres que tentam fazer isso, e não tem capital acumulado, terminam endividados e com a economia na bancarrota. Sem ter de onde tirar.

A lógica é clara, a riqueza precisa primeiro ser gerada e só a partir daí pode ser gasta.

Querer que o Brasil, um país pobre, faça diferente é insanidade. Aliás foi exatamente a mentalidade megalomaníaca de querer welfare antes de enriquecer que nos deixou no precipício.

A única forma de fortalecer a indústria nacional é abrindo o mercado, baixando impostos e desburocratizando. Assim se tornarão competitivas naturalmente.

Cingapura por exemplo. O país era uma favela a céu aberto. Extremamente pobre.
Abriu radicalmente sua economia para o mundo na década de 60. Rapidamente investimento do mundo todo fluiu no país. Com esse dinheiro melhoraram a renda, o capital bruto da indústria, puderam investir em educação tecnologia e tudo isso que você quer.
 
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Don Toreno

Bam-bam-bam
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Todos os países que se desenvolveram, primeiro abriram sua economia. E só com a geração de riqueza e prosperidade puderam fazer investimentos em pesquisas e tecnologia. Não existe um contraprova na história.
E é fácil de entender o porquê, dado que é uma questão econômica. Primeiro é necessário produzir e acumular capital, para só então poder gastar.

Afinal nem teria como ser diferente. Tirariam dinheiro para gastar de onde? Da bunda? Impossível.

Os países pobres que tentam fazer isso, e não tem capital acumulado. Terminam endividados e com a economia na bancarrota, sem ter de onde tirar.

A lógica é clara, a riqueza precisa primeiro ser gerada e só a partir daí pode ser gasta.

Querer que o Brasil, um país pobre, faça diferente é insanidade. Aliás foi exatamente a mentalidade megalomaníaca de querer welfare antes de enriquecer que nos deixou no precipício.

A única forma de fortalecer a indústria nacional é abrindo o mercado, baixando impostos e desburocratizando. Assim se tornarão competitivas naturalmente.

Isso não é bem verdade. A Coréia do Sul, por exemplo, passou de um país "sem solução" para uma potência econômica e referência mundial em desenvolvimento tecnológico e eletroeletrônico após uma pesada industrialização entre os anos 60 e 80 e só viria a abrir sua economia no início dos anos 90. Essa industrialização e consequentemente consolidação de sua indústria nacional, além de sua capacidade educacional e tecnológica foram conduzidas de forma planejada pelo estado.

"Entre os anos 1960 e 1980, embora o cenário externo tenha sido favorável para a Coreia do Sul, o que de fato determinou o sucesso da implementação dos planos quinquenais foi a condução de forma coesa das políticas relacionadas a estrutura de propriedade, organização industrial, centralização financeira e a estratégia de absorção de conhecimento tecnológico. Nos anos 1960 e 1970, a política de estrutura de propriedade impôs restrições ao investimento estrangeiro direto para defender as empresas nacionais, dando condições a essas empresas de se fortalecerem e ter poder de concorrência no mercado interno e externo. Essa política estava estreitamente associada a política de organização industrial, com a expansão dos grandes chaebols, em especial nos setores eletrônicos, automobilístico, naval, ferroviário e semicondutores. Essas empresas atuam com alto nível de concentração de mercado e, ao mesmo tempo, a estratégia de diversificação da sua atuação.

Para sustentar essa política de controle da entrada e atuação do investimento estrangeiro direto e suporte para as grandes empresas expandirem a sua atuação em direção a setores mais intensivos em tecnologia, foi fundamental a concessão de crédito subsidiado e de longo prazo. Isso foi feito através da política de centralização do capital, com os bancos estatais, juntamente com o Korea Development Korea (KDB) e o Bank Of Korea (BOK), entre outras instituições e ministérios, atuando de forma centralizada direcionada pelo Estado para conceder os créditos necessários para as empresas e setores selecionados para que os objetivos dos planos quinquenais fossem alcançados. Com o fortalecimento dessas empresas através da política de estrutura de propriedade e organização industrial em um cenário com elevada concessão de crédito, essas empresas foram essenciais no processo de absorção de conhecimento tecnológico através da imitação criativa, com o governo criando vários institutos de pesquisa, assim como ampliando os investimentos na educação e formação de mão-de-obra qualificada." (http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-06182017000300585)

"As políticas econômicas adotadas na Coreia do Sul são constatações do reconhecimento por parte do governo sul-coreano em entender que, em um país de industrialização tardia sem a presença do Estado, o avanço e o amadurecimento do parque industrial dificilmente seriam alcançados. A essencialidade do papel do Estado faz-se presente no modelo de desenvolvimento adotado, pelo desenvolvimento industrial voltado para o comércio exterior, que exigiu grande habilidade na condução da política econômica. Neste contexto, a indústria automobilística foi fundamental para o aprofundamento do parque industrial do país. A partir de 1962, com o início dos planos quinquenais, o governo passou a apoiar de forma intensa a indústria automobilística por meio da promulgação da Lei de Promoção do Setor Automotivo (1962) e o Plano de Promoção da Indústria Automobilística a Longo Prazo. O governo coreano, associado com o Ministério do Comércio e da Indústria, foram os principais responsáveis pelo desenvolvimento da indústria automobilística, propiciando o cenário para o surgimento de grandes empresas de automóveis coreanas como a Hyundai, Kia e Daewoo." (http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/5258/1/td_2112.pdf)



Novamente, não estou advogando pelo fechamento da economia nem nada do tipo. Gosto muito do Paulo Guedes e sempre fui um defensor dessas medidas, só não me agrada muito que o Brasil seja extremamente dependente de investimento e tecnologia externa e que não busque soluções para resolver isso. Querendo ou não, o estado tem papel importante nesse processo de independência.
 
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Dreamscape

Bam-bam-bam
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Quem está falando em laissez-faire?
Os aspectos que você citou são do laissez-faire.
Noz é vítima mesmo, tá ligado. Os político zoa com noz. Os patrão zoa com noz. E ainda vem intelectualóide fracassado querendo que noz faça revolução pra ele. E justo na hora do jogo do Timão!!! Sem tempo, irmão!
Desses políticos = Lula, Dilma. Esses sim manipularam a classe trabalhadora.
 

Cafetão Chinês

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Isso não é bem verdade. A Coréia do Sul, por exemplo, passou de um país "sem solução" para uma potência econômica e referência mundial em desenvolvimento tecnológico e eletroeletrônico após uma pesada industrialização entre os anos 60 e 80 e só viria a abrir sua economia no início dos anos 90. Essa industrialização e consequentemente consolidação de sua indústria nacional, além de sua capacidade educacional e tecnológica foram conduzidas de forma planejada pelo estado.

"Entre os anos 1960 e 1980, embora o cenário externo tenha sido favorável para a Coreia do Sul, o que de fato determinou o sucesso da implementação dos planos quinquenais foi a condução de forma coesa das políticas relacionadas a estrutura de propriedade, organização industrial, centralização financeira e a estratégia de absorção de conhecimento tecnológico. Nos anos 1960 e 1970, a política de estrutura de propriedade impôs restrições ao investimento estrangeiro direto para defender as empresas nacionais, dando condições a essas empresas de se fortalecerem e ter poder de concorrência no mercado interno e externo. Essa política estava estreitamente associada a política de organização industrial, com a expansão dos grandes chaebols, em especial nos setores eletrônicos, automobilístico, naval, ferroviário e semicondutores. Essas empresas atuam com alto nível de concentração de mercado e, ao mesmo tempo, a estratégia de diversificação da sua atuação.

Para sustentar essa política de controle da entrada e atuação do investimento estrangeiro direto e suporte para as grandes empresas expandirem a sua atuação em direção a setores mais intensivos em tecnologia, foi fundamental a concessão de crédito subsidiado e de longo prazo. Isso foi feito através da política de centralização do capital, com os bancos estatais, juntamente com o Korea Development Korea (KDB) e o Bank Of Korea (BOK), entre outras instituições e ministérios, atuando de forma centralizada direcionada pelo Estado para conceder os créditos necessários para as empresas e setores selecionados para que os objetivos dos planos quinquenais fossem alcançados. Com o fortalecimento dessas empresas através da política de estrutura de propriedade e organização industrial em um cenário com elevada concessão de crédito, essas empresas foram essenciais no processo de absorção de conhecimento tecnológico através da imitação criativa, com o governo criando vários institutos de pesquisa, assim como ampliando os investimentos na educação e formação de mão-de-obra qualificada." (http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-06182017000300585)

"As políticas econômicas adotadas na Coreia do Sul são constatações do reconhecimento por parte do governo sul-coreano em entender que, em um país de industrialização tardia sem a presença do Estado, o avanço e o amadurecimento do parque industrial dificilmente seriam alcançados. A essencialidade do papel do Estado faz-se presente no modelo de desenvolvimento adotado, pelo desenvolvimento industrial voltado para o comércio exterior, que exigiu grande habilidade na condução da política econômica. Neste contexto, a indústria automobilística foi fundamental para o aprofundamento do parque industrial do país. A partir de 1962, com o início dos planos quinquenais, o governo passou a apoiar de forma intensa a indústria automobilística por meio da promulgação da Lei de Promoção do Setor Automotivo (1962) e o Plano de Promoção da Indústria Automobilística a Longo Prazo. O governo coreano, associado com o Ministério do Comércio e da Indústria, foram os principais responsáveis pelo desenvolvimento da indústria automobilística, propiciando o cenário para o surgimento de grandes empresas de automóveis coreanas como a Hyundai, Kia e Daewoo." (http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/5258/1/td_2112.pdf)



Novamente, não estou advogando pelo fechamento da economia nem nada do tipo. Gosto muito do Paulo Guedes e sempre fui um defensor dessas medidas, só não me agrada muito que o Brasil seja extremamente dependente de investimento e tecnologia externa e que não busque soluções para resolver isso. Querendo ou não, o estado tem papel importante nesse processo de independência.
O mito do "desenvolvimentismo" da Coréia do Sul. Um dos países mais livres economicamente do mundo.
Vejamos a evolução dos gastos do governo daquele país nas décadas de 1960 a 1980, que foi quando ocorreu a explosão do crescimento. Já adianto, você irá se surpreender.

84421

Mais especificamente sobre a Coréia do Sul, não é verdade dizer que ela "era pobre e aí foram adotadas políticas intervencionistas e aí ela enriqueceu". Mesmo porque isso é econômica e logicamente impossível. O que o general Park fez foi adotar uma política extremamente favorável ao investimento estrangeiro (óbvio, pois a Coréia não tinha capital), principalmente de japoneses (com quem ele reatou relações diplomáticas) e americanos. Não fossem esses investimentos estrangeiros, o país continuaria estagnado.

Os japoneses investiram pesadamente em infraestrutura, em indústrias de transformação e em tecnologia, o que fez com que a economia coreana se tornasse uma economia altamente intensiva em capital e voltada para a exportação de produtos de alta qualidade (ao contrário do Brasil, que só exporta produtos sem valor agregado e cuja mão-de-obra é desqualificada). Esse fator, aliado à alta educação, disciplina e alta disposição para trabalhar (características inerentemente asiáticas), permitiu a rápida prosperidade da Coréia.

Era economicamente impossível a Coréia enriquecer por meio de intervencionismo simplesmente porque não havia capital nenhum no país. Intervencionismo é algo possível apenas em países ricos, que já têm capital acumulado e que, por isso, podem se dar ao luxo de consumi-lo em políticas populistas. Já países pobres não têm essa moleza (por isso o intervencionismo explícito em países como Bolívia e Venezuela apenas pioram as coisas).

Vale lembrar que a Coréia do Sul no início da década de 1960 era mais pobre do que a Coréia do Norte. E mesmo assim os japoneses investiram lá. E deu no que deu.

Caso domine o inglês: https://mises.org/library/can-trade-ever-harm-country

O interessante é que desenvolvimentistas (como Ciro Gomes) só usam a Coréia do Sul (de forma distorcida, claro). Já virou bode expiatório espantalhar a geração de riqueza desse país. É sempre a Coréia? Não tem outro exemplo?

http://mercadopopular.org/internacional/coreia-do-sul/
Não foi o protecionismo que desenvolveu a Coreia do Sul
Quem conhece a Coreia do Sul do terceiro vídeo mais assistido do YouTube, “Gangnam Style”, dos produtos Samsung e Hyundai ou dos campeões de League of Legends, conhece um país rico e desenvolvido. É difícil acreditar que o mesmo lugar e o mesmo povo estiveram entre os mais pobres do mundo, há poucas décadas.
Em 1960, quando se recuperava de uma guerra na década anterior, a renda média do sul-coreano era de 158 dólares (medido em preços atuais). Estava atrás de países como Gana e Libéria e superando por pouco a Costa do Marfim, segundo dados do Banco Mundial. Como um país antes tão pobre figura hoje entre as maiores economias mundiais, com um PIB per capita equivalente ao da Itália?
Para entender o espantoso desenvolvimento sul-coreano, podemos dividi-lo em 4 passos essenciais: as reformas econômicas do regime do general Park, a liberalização econômica sob o general Chun, o desenvolvimento educacional e a democratização.
A Coreia do Sul começou sua trajetória de desenvolvimento abandonando a estratégia dos desenvolvimentistas brasileiros
O início da guinada sul-coreana foi em 1961, quando o general Park Chung-hee assumiu o poder por meio de um golpe militar e logo iniciou uma série de reformas na economia. Uma delas foi o incentivo às exportações, que em menos de 20 anos cresceram de 2% para 30% do PIB.
Defensores de uma política industrial ativa e protecionista para o Brasil gostam de citar a Coreia como um caso de sucesso. Há alguns problema nesse raciocínio.
Até então, a Coreia do Sul já tinha uma política para a indústria nacional, conhecida como “substituição de importações”. O governo incentivava a produção local de produtos importados. Esse é um termo especialmente importante para o Brasil, pois foi colocada em prática durante grande parte da história brasileira e constava no receituário econômico da CEPAL, centro desenvolvimentista de onde saíram ícones como Celso Furtado.
A política de incentivo adotada pela Coreia do Sul a partir dos anos 1960 foi muito diferente. As tarifas de importação foram simplesmente eliminadas para os bens usados na produção de exportações, algo impensável por aqui. Apesar de buscarem o incentivo às exportações, as políticas passavam justamente por uma abertura ao comércio.
Um estudo de Connolly e Yi, economistas da Universidade Duke e do Federal Reserve, observou três períodos de redução nas tarifas coreanas e estimou sem impacto no crescimento do país. Até 32% da aproximação entre Coreia do Sul e o o G7 (clube das sete economias mais avançadas do mundo) é explicada pela abertura comercial.
O estudo também indica que a política de redução de impostos de importação para materiais usados na produção de bens de exportação não foi tão responsável por aumentar o PIB por trabalhador quanto as reduções gerais. Entre os anos 70 e 80, as tarifas caíram de 40% para 13%, o que foi três vezes mais efetivo para o crescimento, na comparação com a política específica para exportadores.
Outra lição interessante para o Brasil é que o efeito das três reduções de tarifas medidas, quando aplicadas juntas, é duas vezes maior do que se somássemos o efeito de cada uma agindo separadamente. Isso acontece porque essas políticas ficam mais efetivas quando as outras também ocorrem.
O protecionismo não é capaz de explicar o desenvolvimento coreano
As políticas de intervenção estatal parecem ter surtido pouco efeito no desenvolvimento sul-coreano. Em um relatório para a Asian Economic Policy Review Conference, o economista especialista em Ásia Marcus Noland fez um levantamento das políticas econômicas sul-coreanas e de seu efeito sobre o crescimento. Sua conclusão é de que “[e]mbora intervenções de política industrial podem ter tido um impacto positivo em alguns casos, quantitativamente elas não podem ter sido a principal explicação para o extraordinário desempenho de crescimento da Coreia do Sul”, em tradução livre.
Além disso, em uma apresentação ao Banco Mundial, Wonhyuk Lim, diretor do Korea Development Institute, ressalta a importância de condicionar o crédito subsidiado a metas, isto é, exigir que as empresas que recebem empréstimos baratos do governo exportem determinadas quantidades. Isso fazia com que essas empresas tivessem que provar sua importância à economia para continuar recebendo suporte do governo, com incentivos para continuarem produtivas, diferente do que ocorre em outros países com políticas parecidas.
Desregulamentação financeira, liberalização dos investimentos e austeridade fiscal foram cruciais para a Coreia do Sul
Em 1979, o assassinato do General Park não foi o fim das políticas econômicas acertadas. O grupo que tomou o poder, sob o comando do general Chun Doo-hwan, soube dar continuidade ao projeto de nação sul-coreano. Por essa razão, boa parte do que foi mencionado sobre as políticas adotadas no primeiro passo também se aplica ao regime de Chun. Foi justamente a capacidade da sociedade coreana de dar prosseguimento ao que vinha dando certo que produziu o fenômeno de crescimento singular. Uma das coisas que o estudo do desenvolvimento nos mostra é que a durabilidade é mais importante do que impactos fortes no curto prazo.
Ainda assim, o regime dos anos 80 destacou-se por iniciar um processo de liberalização econômica e desregulamentação financeira. O livro South Korea: a country study (Coreia do Sul: estudo de um país, em tradução livre), relata algumas das medidas adotadas.
Para aumentar o investimento no país, a Coreia deixou de ter uma lista de setores permitidos para investimento estrangeiro e passou a ter uma lista de setores proibidos(antes, tudo que não constava nas diretrizes oficiais estava proibido). Além disso, a lista negativa foi diminuindo ao longo dos anos: em 1984, 34% dos setores industriais não podiam receber investimento do exterior; três anos depois a parcela já tinha se reduzido a 21%. No mesmo ano, 1987, o governo aprovou políticas que diminuíam consideravelmente as restrições sobre o mercado doméstico de capitais.
O “milagre” sul-coreano também nos mostra que é possível crescer sem com isso sacrificar as contas públicas ou a inflação. A maior taxa de inflação da Coreia do Sul desde 1967 (quando começam os registros do Banco Mundial) foi de 28,7% – e depois da estabilização macroeconômica do governo Chun, nunca ultrapassou 10%.
A dívida do governo, em proporção ao PIB, era cinco vezes menor que a média dos países membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD, na sigla em inglês) em 1990. Outro ponto muito diferente do Brasil. O exemplo asiático ilustra a insensatez daqueles que defendem que só com grande endividamento e afrouxamento monetário podemos alcançar a prosperidade.
Outro dado relevante é o que o país está entre aqueles com menor gasto social entre os membros da OECD e ainda assim apresenta baixas taxas de pobreza e um coeficiente de Gini, que mede a desigualdade, menor que de países como o Canadá e a Holanda.
Educação é a alma do negócio
O investimento e a dedicação ao aprimoramento da educação foram peças essenciais para o estrondoso crescimento sul-coreano. Hoje, o país está entre as primeiras posições do ranking do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA, na sigla em inglês), que avalia estudantes do mundo todo.
Tendo como norte um ideal igualitário de que a educação deveria ser fornecida a todos, o governo começou na década de 60 uma forte expansão do ensino primário e secundário. A expansão do ensino terciário (ou ensino superior) só começou a partir do final dos anos 70 e só ganhou força de fato nos anos 90. Cronologicamente, é o contrário do que ocorreu no Brasil.
O entendimento acertado dos governantes sul-coreanos era de que não adiantava o governo gastar dinheiro em educação superior se não fosse capaz de dar o ensino básico à maior parte da população. Como nota um estudo do departamento econômico da OECD, “[a]lém do impacto no crescimento do produto, a ênfase em prover acesso universal a escolas primárias e secundárias promoveu a mobilidade social e a igualdade de renda”, em tradução livre. Até hoje, o gasto com educação primária e secundária é três vezes maior do que o com educação superior.
O dinheiro não explica totalmente, porém, os resultados educacionais. A Coreia do Sul gasta hoje, em proporção ao PIB, menos do que países como México e Brasil. A explicação para esse fenômeno tem de passar pelo desenho das políticas, mais do que pelo investimento.
Desde os anos 60, o zelo pela atualidade e aplicabilidade do ensino fizeram com que ciência e tecnologia tivessem especial importância; tecnologia começou a ser ensinada no ensino fundamental como disciplina à parte já nos anos 70.
Além disso, “[d]escoberta e investigação foram promovidas como métodos de ensino primordiais”, em tradução livre, de acordo com o estudo Education Policies and Reform in South Korea. Mais ainda, a Coreia enfatizou o ensino técnico e vocacional, permitindo que os alunos saíssem capacitados para o mercado profissional. Outro passo importante veio nos anos 90, quando a reforma do currículo reforçou o aprendizado centrado no aluno, respeitando as diferenças individuais.
Democracia
Defensores de regimes autoritários muitas vezes os exaltam pela capacidade que esses regimes têm de fazer reformas ao mesmo tempo com rapidez e com visão de longo prazo, e a Coreia do Sul costuma ser um dos exemplos usados para ilustrar a tese. Embora seja verdade que o regime sul-coreano tenha tido resultados positivos, as evidências são escassas para afirmar que isso seja uma vantagem das ditaduras em geral; a maioria dos economistas hoje acredita que instituições inclusivas são mais propícias ao desenvolvimento. Além disso, a corrosão do autoritarismo no país mostrou as fragilidades desse sistema e a incapacidade de perpetuar o crescimento.
Um dos efeitos perversos de anos de dirigismo estatal na economia foi o enraizamento de redes corruptas nas estruturas do Estado e a excessiva burocratização do sistema financeiro. Se você conhece a história do desenvolvimento sul-coreano, talvez esteja estranhando que eu não tenha falado até agora dos chaebols. Se não conhece, talvez uma pequena explicação seja necessária antes.
Os chaebols são conglomerados empresariais coreanos, geralmente controlados por famílias, que muito se beneficiaram das políticas de estímulo do governo, como é o caso da Samsung, da Hyundai e da LG. O motivo para só falar deles agora é que, apesar de terem sido motores do desenvolvimento, suas relações privilegiadas com o Estado fizeram com que se tornassem fontes de corrupção e concentração de poder, parecido com o que ocorreu em outros países em que o governo tinha a capacidade de privilegiar determinadas empresas, como no Brasil. Foram esses grupos que tinham o capital político para se opor a reformas que aumentassem a competição e melhorassem a governança corporativa, mesmo já sob governos democráticos na década de 90.
Foi preciso o choque da crise asiática de 1997 para que o país conseguisse promover reformas efetivas de melhora do ambiente institucional e combate à corrupção. Conforme o já mencionado economista Wonhyuk Lim, em sua apresentação sobre lições da experiência coreana, “a Coreia do Sul efetivamente usou a crise como uma oportunidade para redefinir os papéis respectivos dos mercados, do Estado e dos agentes não-estatais; e para fazer a transição para uma economia de mercado democrática”, em tradução livre. Ainda segundo o mesmo estudo, a “[d]emocracia agora provê a plataforma institucional para que a Coreia do Sul desenvolva a autonomia, a diversidade e a experimentação essenciais para o crescimento contínuo”.
Casos de sucesso como o da Coreia do Sul são eventos raros e singulares. Cada país tem suas idiossincrasias; e entender quais são os fatores fundamentais do desenvolvimento é uma das mais árduas tarefas da economia moderna. Ainda assim, muitas lições valiosas podem ser tiradas analisando a história dos países que triunfaram.
No caso coreano, a introdução de instituições públicas sólidas, que incluem a maior parte da população nas transações econômicas, foi um dos motores primordiais, assim como as reformas liberalizantes que encorajaram as trocas e o investimento, reduzindo tarifas e regulações. Também imprescindível ao “milagre” sul-coreano foram a continuidade do projeto de nação e a dedicação à melhoria educacional. Por fim, a democratização pôde consolidar a abertura por qual passou a sociedade coreana na segunda metade do século passado e pavimentar o caminho para o futuro. Talvez não viveremos para ver outros crescimentos “milagrosos” como o dos tigres asiáticos, mas somente se soubermos enxergar as políticas adequadas é que podemos tentar.
Dados: Banco Mundial e OECD
Connolly, M., & Yi, K. (2015). How Much of South Korea’s Growth Miracle Can Be Explained by Trade Policy?. American Economic Journal: Macroeconomics, 7(4), 188-221.
Noland, M. (2012). Korea’s Growth Performance: Past and Future. Asian Economic Policy Review, 7(1), 20-42.
Lim, W. (2011). Joint Discovery and Upgrading of Comparative Advantage: Lessons from Korea’s Development Experience. In S. Fardoust, Y. Kim, C. Sepulveda (Eds.) , Postcrisis Growth and Development: A Development Agenda for the G-20 (pp. 173-226). Washington, D.C.: World Bank.
Savada, A. M., & Shaw, W. (1990). South Korea: A Country Study. Washington, D.C. : Federal Research Division, Library of Congress.
Jones, R. S. (2013). Education Reform in Korea. OECD Economics Department Working Papers, No. 1067, OECD Publishing, Paris.
Gwang-jo, K. (2011). Education Policies and Reform in South Korea. Secondary education in Africa: Strategies for renewal, The World Bank.
Acemoglu, D., & Robinson, J. A. (2012). Why Nations Fail : The Origins of Power, Prosperity, and Poverty. New York: Crown Business.



Paulo Guedes está fazendo o que tem de ser feito. E nenhum país consegue criar capital por mágica, ainda mais um pais pobre como o Brasil. Não tem milagre, para gerar riqueza e renda, é necessário acumular capital, e para acumular capital, é necessário abrir o mercado e ao investimento externo.
 
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Dreamscape

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Claro que não. Laissez-faire é bem mais radical do que isso. Só encontra paralelo hoje em pouquíssimos países.
Cortar impostos e desburocratizar é basicamente a receita de todos os países em desenvolvimento.
Tem a ver com o capitalismo liberal, que pro Brasil é algo distante. São aspectos também da mão-invisível do Adam Smith.
 

Dreamscape

Bam-bam-bam
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Não, isso é salto lógico seu. laissez-faire é um capitalismo radical, sem interferências (ou desprezíveis). Não é apenas uma desburocratização e corte de impostos.

E não é distante para o Brasil o que eu falei. Países como Chile e Peru liberalizaram suas economias, e hoje colhem os frutos.
Se tem interferência não é capitalismo liberal, mas sim keynesianismo (que é o capitalismo sem laissez-faire). Se não há interferência na propriedade privada e livre mercado, como nos EUA, logo é laissez-faire sim.

https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=188
 

Cafetão Chinês

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Se tem interferência não é capitalismo liberal, mas sim keynesianismo (que é o capitalismo sem laissez-faire). Se não há interferência na propriedade privada e livre mercado, como nos EUA, logo é laissez-faire sim.

https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=188
Não existe isso de "se tem interferência, não é capitalismo liberal". Falou b*sta. Todos os países tem interferência na economia. Mesmo Suíça e Cingapura. Alguns mais, outros menos. EUA está longe de ter laissez-faire.
Liberais clássicos defendiam certas doses de interferência. Milton Friedman por exemplo. E nem por isso era keynesiano. Keynesianismo é outra coisa, defende o aumento de gastos do governo para a contenção de crises. Você saberia disso se tivesse lido dois parágrafos e não estivesse desvirtuando o tópico aqui.

Laissez-faire é expressão escrita em francês que simboliza o liberalismo econômico, na versão mais pura de capitalismo de que o mercado deve funcionar livremente, sem interferência, taxas nem subsídios, apenas com regulamentos suficientes para proteger os direitos de propriedade.
 

Dreamscape

Bam-bam-bam
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Não existe isso de "se tem interferência, não é capitalismo liberal". Falou b*sta. Todos os países tem interferência na economia. Mesmo Suíça e Cingapura. Alguns mais, outros menos.
Liberais clássicos defendiam certas doses de interferência. Milton Friedman por exemplo. E nem por isso era keynesiano. Keynesianismo é outra coisa, defende o aumento de gastos do governo para a contenção de crises. Você saberia disso se tivesse lido dois parágrafos e não estivesse desvirtuando o tópico aqui.
Não use espantalhos, eu falei interferência na propriedade privada e livre mercado, com regulamentações e tributações, tal como ocorre no Brasil.
Laissez-faire é expressão escrita em francês que simboliza o liberalismo econômico, na versão mais pura de capitalismo de que o mercado deve funcionar livremente, sem interferência, taxas nem subsídios, apenas com regulamentos suficientes para proteger os direitos de propriedade.
capitalismo liberal = laissez-faire
A forma pura do capitalismo. Enquanto o keynesianismo é a forma modificada sem laissez-faire.

Você tá confundindo laissez-faire com anarcocapitalismo.
 

Dreamscape

Bam-bam-bam
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Eu parafraseei sua frase. Tá com dificuldade de lembrar do que escreveu? :facepalm

Interferência na propriedade privada ocorre em todos os países do mundo. Basta ver que o ranking da heritage não tem nenhum país 100/100.
A questão é que em alguns ocorrem mais outros menos.

Claro que não. Capitalismo liberal não é a forma mais pura que é o laissez-faire. Capitalismo liberal existe nos países mais livres economicamente. Onde há respeito a propriedade privada e liberdade econômica. Mas isso não equivale a dizer que não há intervenções na economia e regulações. Mesmo em Hong Kong e Cingapura elas existem.
Sua definição de que "Se tem interferência não é capitalismo liberal, mas sim keynesianismo" é uma imbecilidade. Keynesianismo não se define simplesmente por interferência, mas sim por aumento de gastos para conter crises.

E eu não tô confundindo laissez-faire com anarcocapitalismo. Eu sei muito mais sobre esse assunto do que você porque eu li. Laissez-faire era uma expressão usada no Liberalismo do séc. 19, donde se almejava um capitalismo mais livre.

Baixar impostos, desburocratizar somente, está longe de ser um "laissez-faire". Só para um ignorante no assunto mesmo.
Características do laissez-faire
"Para poder atingir esse objetivo, os defensores do laissez-faire propunham a abolição de todas as leis e regulamentações que arbitrariamente impedissem os indivíduos mais esforçados e mais eficientes de superar seus concorrentes menos esforçados e menos eficientes (desburocratização), os quais só se mantinham no mercado por serem protegidos por tarifas, subsídios e regulamentações criadas pelo governo exatamente para blindá-los da concorrência."
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2363
Características do capitalismo
Propriedade privada: consiste no sistema produtivo vinculado à propriedade individual. (se há intervenção do Estado, deixa de ser individual e torna-se social)

Economia de mercado: livre iniciativa da regulação do mercado, sem ou pouca intervenção do estado. Esse processo ocorre por meio da oferta e da procura, que regula os preços e os estoques das mercadorias. O Estado tem a responsabilidade de intervir somente em casos delicados e também na implantação de medidas que garantem estabilidade econômica.


https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/algumas-caracteristicas-capitalismo.htm

Estas também são as características do capitalismo. Exatamente por este fator o Brasil não pode ser considerado capitalista, pois há intervenção do Estado na propriedade privada e no livre mercado.
Laissez-faire existe em países como EUA e existiu em países como a Suécia.

laissez-faire = liberalismo econômico = capitalismo usado nos EUA, Japão, etc...

capitalismo sem laissez-faire era o usado no Reino Unido e EUA antes da década de 60.
 
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