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Bolsonaro um populista de direita?

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arthur the king

Bam-bam-bam
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Me desculpem, mas a maioria das pessoas que pretendem votar no Bolsonaro o acham, sim, um salvador da pátria, uma espécie de Messias que vai magicamente resolver os problemas do país. Só que ele tá longe disso.
Ele parece ser uma pessoa honesta e que tem um pouco mais de vergonha na cara, mas pra governar um país na situação que estamos é muito pouco. Por isso ele não é minha opção de voto.


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Acho erro dizer maioria,pode ser só uma minoria barulhenta da internet que faz parecer mais do que é

Mas e uma quantidade considerável,isso é inegável

Also,acho foda que tem uma galera que eu conheço (minha mãe inclusa) que fala que se o Lula concorrer vota nele,se não concorrer vota no Bolsonaro :klol :klol :klol



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Paerish

Bam-bam-bam
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Engraçado pensar que os eleitores do Bolsonaro não acham isso, mas você sabe mais sobre eles que eles mesmos?

De repente é apenas uma impressão sua, será que não?

Eu mesmo vou votar no Bolsonaro e sei que ele não vai poder salvar o país, só de o país parar de afundar com ele já é bom pra mim. E todos que conheço que vao votar nele parecem pensar parecido. Você está confundindo a gente fazer piadas com "O Mito" com a gente acreditar nessas piadas.
A maioria das pessoas que eu conheço que pensa em votar no Bolsonaro pensam da forma que eu disse. Aqui é um dos únicos lugares onde encontro pessoas favoráveis a ele que possuem um embasamento maior. Talvez seja uma impressão minha mesmo.
Qual é sua opção de voto?
Hoje eu votaria no Amoedo por conta do plano de governo e as ideias dele baterem com as minhas, apesar de achar que falta firmeza da parte dele, entende. Mas se até outubro o Bolsonaro ou outro candidato que não seja da esquerda apresentar propostas interessantes pro país, posso mudar de ideia.

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NÃOMEQUESTIONE

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A onda da esquerda agora é criar um exército de clone isentões e aparecer nos tópicos ofendendo os eleitores de Bolsa de adolescente virjão, baixa escolaridade, pau pequeno, corno, burro e coisas do tipo...aí você pergunta em quem o cara vai votar e ele diz cof cof Ciro Gomes cof cof Boulos. :lolwtf

A medida que a eleição vai se aproximando e eles não tem um podre sequer do cara pra explorar, e óbvio tão partindo pro desespero, fiquem atentos!:kclassic
 
Ultima Edição:

Pingu77

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O Bolsonaro é populista de direita, sim. Vive de bravatas e frases simples, idiotas para problemas complexos. Aderiu (há controvérsias...) à política econômica mais voltada ao liberalismo (porque a filosofia política do liberalismo ele descarta) apenas para abocanhar uma tendência crescente na mentalidade do eleitor, quando outrora era defensor da ditadura dos militares - não apenas na parte repressiva e autoritária, que ele ainda defende, como também - na política econômica nacionalista, estatal.

É ignorante e burro sobre quase todo assunto que conversa, sempre em nível superficial e estúpido, mas agrada o eleitor na base da frase de efeito e do combate ao inimigo (é apenas um Lula com o sinal trocado; aliás, o Bolsonaro é cria do antagonismo que os petistas semeavam usando significantes para marcá-los: "fascista", "coxinha", etc., dessa forma é normal que sejam um fenômeno muito parecido, Lula e Bolsonaro). O remédio? Devemos descartar os dois lixos, os comunistas (Lula) e os fascistas (Bolsonaro). Porque a direita é apenas a esquerda com o sinal trocado. A direita no poder já destruiu tanto o país como a esquerda, vide a crise econômica e o deserto intelectual que a ditadura (1964 - 1985) nos legou.
 

Eldward Elric

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O Bolsonaro é populista de direita, sim. Vive de bravatas e frases simples, idiotas para problemas complexos. Aderiu (há controvérsias...) à política econômica mais voltada ao liberalismo (porque a filosofia política do liberalismo ele descarta) apenas para abocanhar uma tendência crescente na mentalidade do eleitor, quando outrora era defensor da ditadura dos militares - não apenas na parte repressiva e autoritária, que ele ainda defende, como também - na política econômica nacionalista, estatal.

É ignorante e burro sobre quase todo assunto que conversa, sempre em nível superficial e estúpido, mas agrada o eleitor na base da frase de efeito e do combate ao inimigo (é apenas um Lula com o sinal trocado; aliás, o Bolsonaro é cria do antagonismo que os petistas semeavam usando significantes para marcá-los: "fascista", "coxinha", etc., dessa forma é normal que sejam um fenômeno muito parecido, Lula e Bolsonaro). O remédio? Devemos descartar os dois lixos, os comunistas (Lula) e os fascistas (Bolsonaro). Porque a direita é apenas a esquerda com o sinal trocado. A direita no poder já destruiu tanto o país como a esquerda, vide a crise econômica e o deserto intelectual que a ditadura (1964 - 1985) nos legou.

adoro gente burra por isso vou votar nele.
 

Lost Brother

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Ele é populista e não demonstra ter nenhuma segurança quando se fala de economia. Aparenta querer dar pitaco sobre o trabalho do ministro da fazenda e o desautorizando a todo instante como a dilma fazia com o levy.

Não existe nenhum partido socialista de verdade com possibilidade de ganhar as eleiçoes, isso se você acreditar naquela generalização de que toda a esquerda se resume ao comunismo, ai não tem conversa mesmo.

O país está mal financeiramente devido as cagadas de um partido de esquerda, socialismo (apesar de ser uma grande m****) nunca foi aplicado aqui.
 


Lost Brother

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Sempre foi populista vive de polemicas, frases de efeito sem nenhum plano de governo. No passado quando a ditadura militar tinha terminado fazia pouco tempo era um ferrenho defensor do desenvolvimentismo, agora com a nova modinha de retomada ao pensamento liberal sem nenhum conhecimento. Toda hora muda de assunto conforme a plateia que o escuta. Populista é aquele que fala o que querem ouvir mesmo que não seja o melhor ou o mais correto.
 

Eldward Elric

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Ele é populista e não demonstra ter nenhuma segurança quando se fala de economia. Aparenta querer dar pitaco sobre o trabalho do ministro da fazenda e o desautorizando a todo instante como a dilma fazia com o levy.

Não existe nenhum partido socialista de verdade com possibilidade de ganhar as eleiçoes, isso se você acreditar naquela generalização de que toda a esquerda se resume ao comunismo, ai não tem conversa mesmo.

O país está mal financeiramente devido as cagadas de um partido de esquerda, socialismo (apesar de ser uma grande m****) nunca foi aplicado aqui.

Sempre foi populista vive de polemicas, frases de efeito sem nenhum plano de governo. No passado quando a ditadura militar tinha terminado fazia pouco tempo era um ferrenho defensor do desenvolvimentismo, agora com a nova modinha de retomada ao pensamento liberal sem nenhum conhecimento. Toda hora muda de assunto conforme a plateia que o escuta. Populista é aquele que fala o que querem ouvir mesmo que não seja o melhor ou o mais correto.

pessoas q dão pitaco e são polêmica tem meu voto tb,
 

xDoom

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A melhor parte é ver a galera que elegeu a quadrilha mesmo depois do mensalão e petrolão querer botar defeito KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

Caras, saber que o desespero de vocês só está crescendo a cada dia é só mais motivo pra apoiá-lo. Vocês merecem coisa muito pior ainda.
 

NÃOMEQUESTIONE

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Nem quis comentar.

Populista de direita se aproveita da ignorância popular pra angariar votos blá blá blá blá blá blá blá blá blá

morta.jpg

:lolwtf
 

neil young

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Não vou votar no Bolsonaro mas eu entendo que todo mundo que vá votar nele já está cansado das politicas de esquerda malucas e esquizofrênicas.
 

neil young

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Foi mal meio que desvirtuar seu tópico. Mas vou deixar isso aqui:

Educação fraca favorece populismo de direita, diz professor de Harvard

https://www.valor.com.br/politica/5...populismo-de-direita-diz-professor-de-harvard
Então é culpa dos partidos de esquerda que tiveram a oportunidade de melhorar a educação dos países na qual governaram mas fizeram o inverso, faliram as instituições.

Agora não adianta chorar pelo leite derramado.

Se quem vota no Trump e Bolsonaro são burros e se são a maioria então agradeçam a esquerda por tornar esse cenario favorável.

Tiveram a chance de melhorar as coisas mas só pioraram.
 

Zefiris

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Bem, a educação no Brasil só piorou na era petista. Com nossas universidades se tornando centros de masturbação ideológica e caindo nos ranking internacionais enquanto isso. Também reduzindo a geração de uma mão-de-obra especializada.

De todo modo, acho descabido essa ânsia de nivelar o Bolsonaro ao nível do Lula e Ciro Gomes.
 

Beren_

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Populista de direita se aproveita da ignorância popular pra angariar votos blá blá blá blá blá blá blá blá blá

morta.jpg

:lolwtf

Não entendi bem seu post.

Populista seja de direita ou esquerda, ou centro, ou dentro, ou fora, enfim não importa. Se aproveita na verdade do que as pessoa "QUEREM" ouvir no momento historico pelo qual passam. Seja elas ignorantes ou instruidas, todos ignoram "alguma coisa", ninguem sabe tudo, então sempre existe algo a se explorar nesse sentido.
Um populista pode usar um discurso economico, ou o discurso socialista, ou o discurso "law and order", enfim. Tudo depende do contexto da época.
E na historia temos varios populistas eleitos. O que em si já mostra o quão frágil é a ideia de democracia.

Bem, a educação no Brasil só piorou na era petista. Com nossas universidades se tornando centros de masturbação ideológica e caindo nos ranking internacionais enquanto isso. Também reduzindo a geração de uma mão-de-obra especializada.

De todo modo, acho descabido essa ânsia de nivelar o Bolsonaro ao nível do Lula e Ciro Gomes.

Bolsonaro nem de longe chega perto do nivel de desonestidade de Ciro e Lula. Nossa, nem chega no dedinho.
Mas pelo que entendi, a questão do topico não é essa. E sim se é populista ou não.
Mesmo que o Bolsonaro seja populista, ser populista não define o carater dele, apenas mostra que usa um discurso que muitos querem ouvir para se eleger. Apenas isso. E isso na politica eh basicamente a regra.

Falar que por ser populista bolsonaro esta no mesmo nivel do Lula, é semelhante a dizer que um ladrão e um pedreiro estão "no mesmo nivel" pois ambos moram na favela. Não, não estão. Um é criminoso, outro trabalha para viver.
É que nego tenta relativar e colocar tudo de forma negativa.
 

NÃOMEQUESTIONE

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Não entendi bem seu post.

Populista seja de direita ou esquerda, ou centro, ou dentro, ou fora, enfim não importa. Se aproveita na verdade do que as pessoa "QUEREM" ouvir no momento historico pelo qual passam. Seja elas ignorantes ou instruidas, todos ignoram "alguma coisa", ninguem sabe tudo, então sempre existe algo a se explorar nesse sentido.
Um populista pode usar um discurso economico, ou o discurso socialista, ou o discurso "law and order", enfim. Tudo depende do contexto da época.
E na historia temos varios populistas eleitos. O que em si já mostra o quão frágil é a ideia de democracia.

Eu concordo em tudo com vc! Só queria mesmo era expor a seletividade dos argumentos de uns!
 

Deus-da-Destruição

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c***lho,
Nem na porra da tua empresa o seu chefe sabe de tudo, imagina um chefe teu tendo que saber 100% de todo o trabalho que acontece, no minimo ele sabe um pouco em uma coisa e muito em outra, o negócio é saber gerir.
Agora o Bolsonaro é burro, muito burro, não vai saber ser presidente e não serve. Burro e populista ainda por cima.
O cara é humilde, humilde o suficiente para dizer: " eu não entendo isso" humilde pra falar " olha, não posso divulgar plano de governo ainda" humilde pra dizer " vou falar com quem sabe para dar uma opinião melhor".
Outros candidatos não estão sendo exigidos todo esse currículo que forçam ae, só com o Bolsonaro.
 

arthur the king

Bam-bam-bam
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c***lho,
Nem na porra da tua empresa o seu chefe sabe de tudo, imagina um chefe teu tendo que saber 100% de todo o trabalho que acontece, no minimo ele sabe um pouco em uma coisa e muito em outra, o negócio é saber gerir.
Agora o Bolsonaro é burro, muito burro, não vai saber ser presidente e não serve. Burro e populista ainda por cima.
O cara é humilde, humilde o suficiente para dizer: " eu não entendo isso" humilde pra falar " olha, não posso divulgar plano de governo ainda" humilde pra dizer " vou falar com quem sabe para dar uma opinião melhor".
Outros candidatos não estão sendo exigidos todo esse currículo que forçam ae, só com o Bolsonaro.

True

Certamente é até melhor ele não sair por aí bancando o sabichão,único medo aqui e que e ele que manda,e já deu dicas que vai puxar as rédeas dos ministros dele,nada de anormal nisso,o presidente e quem manda mesmo,mas eu acho que justamente por ser menos conhecedor dos assuntos ele barre medidas necessárias por ignorância


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xDoom

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“A jogada que pode mudar as chances de Bolsonaro”
salvar Brasil 05.07.18 10:36


Jair Bolsonaro quer que o PR, antes de aderir à sua campanha, revogue os acordos estaduais com o PT, em particular na Bahia e em Minas Gerais.

Segundo a Folha de S. Paulo, essa é “a jogada que pode mudar as chances de Jair Bolsonaro”, garantindo-lhe uma base parlamentar e tempo de TV.



---
Ué, se ele fosse populista por que ele simplesmente não aceitava o apoio sem contrapartida? Afinal, o benefício seria o mesmo...
 

Razzoriel

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“A jogada que pode mudar as chances de Bolsonaro”
salvar Brasil 05.07.18 10:36


Jair Bolsonaro quer que o PR, antes de aderir à sua campanha, revogue os acordos estaduais com o PT, em particular na Bahia e em Minas Gerais.

Segundo a Folha de S. Paulo, essa é “a jogada que pode mudar as chances de Jair Bolsonaro”, garantindo-lhe uma base parlamentar e tempo de TV.



---
Ué, se ele fosse populista por que ele simplesmente não aceitava o apoio sem contrapartida? Afinal, o benefício seria o mesmo...
Se ele fosse REALMENTE populista, não teria saído nem do PP, nem do PSC. Impressionante como esse pessoal q tacha de populista o cara que justamente se fode pra não fazer populismo barato.
 

BESS4

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O mais engraçado nesse tópico é ver nego que lacrou mula e gilma - e que se pudesse lacraria mula mais uma vez ; se for mineiro, vai lacar gilma DE NOVO (não enganam ninguém) - vir querer cagar regra e apontar o dedinho sujo de m**** pra quem vai votar em Bolsonaro. :klol
 

Darkx1

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Ja que o pessoal simplesmente mostra não saber pataquas do que é populismo, vamos deixar uma opinião de especialista.



Ai deixo em seguida isso aqui(podem ignorar o titulo, o conteudo do video é o que importa).





O populismo de direita é filho das mentiras que a esquerda populista inventou sobre a globalização
E os dados empíricos refutam os discursos de ambos
2596.png

O populismo de esquerda e o populismo de direita mantêm retóricas divergentes: o de esquerda insufla o conflito entre ricos e pobres; o de direita estimula o conflito entre nacionais e estrangeiros (e não só os imigrantes, mas principalmente os produtores de outros países).

Ambos, no entanto, possuem um inimigo em comum: a globalização econômica.

Para o populismo de esquerda, a globalização gera uma oligarquia internacional que acumula "mais-valia" à custa da exploração do Terceiro Mundo. Para o populismo de direita, a globalização empobrece a cultura e a economia nacional ao abri-la à interação com o resto do planeta.

No domingo passado, Alberto Garzón, um dos expoentes mundiais da esquerda populista e principal membro da liga formada por partidos de extrema-esquerda espanhóis, a Unidos Podemos, publicou no portal Eldiario.es um artigo intitulado "A extrema-direita é filha da globalização".

Seu artigo traz uma confissão bastante interessante e inusitada: ele afirma que o processo de globalização econômica vivenciado durante as três últimas décadas beneficiou a maior parte da população do Terceiro Mundo. E beneficiou também os "super-ricos". Já a classe média do primeiro mundo viu sua renda se estancar. E é esse estancamento da renda das classes médias dos países ricos que está alimentando seu rancor à globalização, empurrando essa fatia do eleitorado para a "extrema-direita" nacionalista e protecionista.

Para ilustrar essa tese, Garzón recorre ao mundialmente recém-famoso "gráfico do elefante", elaborado pelo economista sérvio Branko Milanovic. Este gráfico, em forma de elefante, mostra o crescimento da renda per capita durante os últimos 30 anos de todos os percentis de renda. Como se pode observar, todas aquelas pessoas que estão entre os percentis 5 e 65 da distribuição global da renda (ou seja, as pessoas mais pobres do planeta) viram sua renda per capita aumentar entre 60% e 80%. Já as pessoas a partir do 95º percentil da distribuição global da renda (ou seja, os "super-ricos", segundo a esquerda) viram sua renda per capita aumentar de 20% a 60%. Por outro lado, a renda per capita dos cidadãos entre os percentis 75 e 90 (as classes médias do Primeiro Mundo) viram sua renda se estancar radicalmente.

97448d6b0b49441493d0d853929f1475.jpg

Gráfico 1: crescimento da renda per capital real entre todos os percentis da distribuição global da renda entre 1988 e 2008 (em dólares com poder de compra de 2005)

Segundo Garzón, o erro da "esquerda anticapitalista" perante a globalização econômica das últimas décadas foi o de não saber capitalizar o descontentamento dos perdedores da globalização — as classes médias do Ocidente rico — contra o sistema capitalista. Tal espaço eleitoral, diz ele, acabou sendo ocupado pela extrema-direita.

Mas esse diagnóstico é profundamente errado. O líder da Izquierda Unida está comprando a propaganda falsa capitaneada pela direita populista (ou "extrema-direita", como a esquerda gosta de dizer) porque tal propaganda lhe é também bastante útil: ambas as correntes ideológicas têm o objetivo de desacreditar os benefícios econômicos da liberdade econômica em escala global, pois isso lhes é eleitoralmente interessante.

Como será demonstrado abaixo, o gráfico do elefante de Milanovic não permite subscrever à tese de que os perdedores da globalização foram as classes médias dos países ocidentais ricos. Ao contrário: o gráfico, quando corretamente analisado, mostra que essas classes médias foram notavelmente beneficiadas pela globalização econômica.

Os ganhadores: o Terceiro Mundo e as classes médias ocidentais

Ao analisarmos o gráfico de Milanovic, fica claro que os maiores ganhadores da globalização durante as últimas décadas foram os cidadãos mais pobres do planeta, ou seja, aqueles que estão entre os percentis 5 e 65.

Estamos falando de pessoas que, em 1988, usufruíam uma renda per capita de algo entre 200 e 1.300 dólares anuais, e que, vinte anos depois, viram essa renda aumentar para algo entre 250 e 2.100 dólares (com valores já corrigidos pela inflação). Tal aumento real pode até não parecer nada espetacular, mas o fato é que, em termos relativos, isso representou a maior redução da pobreza absoluta na história da humanidade. Tenha em mente que, quando se vive com um nível de renda tão baixo, qualquer aumento pode representar a diferença entre comer e não comer, entre usufruir ou não água potável, e entre ter ou não acesso a itens essenciais.

Este acelerado progresso no nível de vida de mais de 4 bilhões de pessoas já deveria, por si só, servir de argumento para a defesa da globalização econômica. Mais ainda: tais dados empíricos, por si sós, já deveriam fazer com que a esquerda, que sempre se disse muito preocupada com a situação dos mais pobres, abraçasse a globalização econômica.

Afinal, se os movimentos de esquerda estão essencialmente preocupados com a situação dos mais pobres, e, como reconhece o próprio líder da Izquierda Unida, a globalização contribuiu para melhorar substantivamente o nível de vida dos mais pobres, então a esquerda deveria ver com bons olhos o processo de globalização econômica.

Com efeito, os últimos 30 anos foram o único período da história, desde o começo do século XIX, em que ocorreu uma redução das desigualdades globais.

b69f84ad6b484dac9809bd36b1ff0816.jpg

Gráfico 2: evolução do índice de Gini em escala mundial

No entanto, a honestidade intelectual não é exatamente algo muito presente nos debates e embates ideológicos. Para a extrema-esquerda — da qual Garzón é um dos porta-vozes —, a globalização econômica tem de ser combatida por aquele motivo de sempre: os super-ricos formam uma pequena oligarquia que se aproveitou da globalização para se enriquecer de maneira muito mais intensa do que as classes médias.

Mas há dois detalhes que são ignorados: primeiro, de acordo com o próprio gráfico de Milanovic, as pessoas que estão no top 5% da distribuição global da renda enriqueceram quase tanto quanto os cidadãos mais pobres do planeta.

Segundo, o top 5% da população adulta mundial em 2008 representava 250 milhões de pessoas (hoje seriam 275 milhões). Isso é muita gente para tão pouca oligarquia. Com efeito, a renda per capita média dos percentis 95 a 99 era, em 2008, de 26.850 dólares. [À época, algo em torno de R$ 49 mil]. Isso significa que, para a extrema-esquerda, todos aqueles cidadãos que tiveram uma renda anual igual ou maior que 26 mil dólares [49 mil reais] integram a plutocracia global que lucrou com a globalização. Sendo assim, e contrariamente ao que diz Garzón, quase todos os cidadãos do Ocidente rico pertencem a essa categoria.

Os verdadeiros perdedores: os filhotes do socialismo real e o Japão

Portanto, se a imensa maioria dos cidadãos do Ocidente rico está entre os "ganhadores da globalização" dentro do próprio gráfico de Milanovic, quem afinal foram os perdedores? Isto é, quem integra os percentis de 80 a 90, e que viu sua renda se estancar ou mesmo diminuir ao longo do processo globalizador das últimas décadas?

Não foram as classes médias do Ocidente rico, mas sim o grosso da população dos países ex-socialistas e também a fatia mais pobre da população do Japão.

O think tank Resolution Foundation se dedicou a desagregar os dados utilizados por Milanovic para elaborar seu famoso gráfico do elefante e o resultado foi, para dizer o mínimo, bastante chamativo. Se excluirmos o Japão e as economias satélites da URSS, a renda per capita do Ocidente cresceu entre 45% e 70% durante as últimas décadas para todas as faixas de renda. O gráfico abaixo agrupa as rendas mundiais por vintis (e não por percentis), o que significa que ele divide a renda em 20 faixas.

2d225ef42e7c4fafa5755ee068703577.jpg

Gráfico 3: no eixo horizontal, as 20 faixas de renda (quanto mais à direita, mais rico é o vintil); no eixo vertical, o crescimento da renda de cada vintil no período 1988-2008; a linha azul mostra o comportamento das 20 faixas de renda nos países avançados excluindo Japão e os satélites bálticos da URSS; a linha laranja mostra o comportamento para o resto do mundo excluindo a China; e a linha vermelha mostra o comportamento do Japão e dos satélites bálticos soviéticos.

O gráfico deixa claro que:

1) absolutamente todas as faixas de renda das economias avançadas (linha azul) e das economias em desenvolvimento (linha laranja) enriqueceram com a globalização.

2) no caso das economias em desenvolvimento, os pobres e a classe média ganharam ainda mais que os ricos (como reconhece a própria extrema-esquerda européia e a direita populista do países desenvolvidos);

3) a população mais pobre do Japão e dos satélites bálticos soviéticos foi a única perdedora.

Consequentemente, o estancamento da renda visto nos percentis de 80 a 90 no gráfico do elefante se deve, acima de tudo, ao fato de que a renda de metade do grupo formado pelas populações de Japão e ex-repúblicas socialistas bálticas entra em queda a partir de 1988, e isso empurra para toda a média para baixo.

Milanovic apresentou os dados agregados. A desagregação destes dados mostra novas realidades.

A questão, logo, passa ser: qual foi a culpa da globalização na débâcle das ex-repúblicas bálticas socialistas e do Japão? Absolutamente nenhuma. O PIB dos antigos países socialistas caiu porque as estatísticas econômicas destes países eram desavergonhadamente manipuladas e superestimadas, o que sobredimensinou sua queda quando esses países se abriram e passaram a divulgar dados mais realistas. Já o PIB do Japão se estancou em decorrência do estouro de uma gigantesca bolha de crédito financiada essencialmente por capitais internos e pela péssima política econômica implantada subsequentemente pelo governo japonês. (Veja todos os detalhes sobre o que aconteceu no Japão neste artigo).

Ou seja, a causa do estancamento de uma faixa da distribuição global da renda durante o período 1988-2008 se deveu exatamente ao torpe e exacerbado intervencionismo estatal, que é justamente a bandeira da extrema-esquerda. Se essa fatia da população representa os "perdedores da globalização" não é porque a globalização os empobreceu, mas sim porque a inépcia de seus políticos e o desastre de suas intervenções econômicas impediram que essas pessoas tirassem todo o proveito possível da globalização.

Conclusão: a esquerda populista fornece o combustível ideológico para a direita populista

Em definitivo, os principais beneficiários da globalização durante as três últimas décadas foram as camadas mais pobres da população mundial. Nas economias em desenvolvimento, todas as classes sociais enriqueceram. Nas economias ricas, a renda da classe média não apenas não se estancou, como também cresceu mais de 45% (quando descontada a influência estatística distorciva dos países bálticos ex-socialistas e do Japão).

https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2596
Ainda assim, há quem possa dizer que os gráficos acima não dizem muito, pois vão apenas até o ano de 2008, exatamente antes da crise econômica. Porém, se atualizarmos o gráfico até 2011 (momento em que o pior da crise já havia sido superado), o que observamos é que os resultados são ainda mais espetaculares para os mais pobres. Mais ainda: os percentis 80 a 90 ficam ainda melhores do que no gráfico anterior.

fc973ca8a9534f14b5cc2c6fdfed2fed.jpg

Gráfico 4: crescimento da renda per capital real entre todos os percentis da distribuição global da renda entre 1988 e 2011 (em dólares com poder de compra de 2011)

Em ambos os gráficos, o resultado evidente é que os ganhadores da globalização foram os mais pobres do planeta, cuja renda mais do que duplicou durante as últimas décadas. Por sua vez, os cidadãos do Ocidente rico não foram prejudicados em termos gerais, ainda que uma minoria deles — ligada àquelas indústrias mais defasadas e que foram afetadas pela nova concorrência global — de fato possa ter sido.

O ressurgimento do populismo de esquerda e de direita observado durante os últimos anos está muito mais vinculado ao empobrecimento derivado da crise econômica de 2008 (causada pela expansão artificial do crédito comandada pelos Bancos Centrais), à imigração muçulmana e a uma reação à cultura do politicamente correto do que ao processo de globalização econômica das últimas décadas. (Qual era a força desses movimentos populistas em 2007, quando o gráfico do elefante de Milanovic já havia computado todos os efeitos da globalização?).

Por fim, vale apontar uma incoerência da esquerda populista dos países ricos: segundo ela, o processo globalizador, não obstante tenha tirado mais de 4 bilhões de pessoas da pobreza, é algo negativo e deve ser interrompido apenas porque prejudica os ganhos de alguns industriais da classe média dos países ricos.

Felizmente, e como acabamos de demonstrar, nem mesmo este raciocínio procede, uma vez que a renda da classe média dos países ricos ocidentais não apenas não se estancou durante os últimos 30 anos de globalização, como ainda cresceu mais de 40% (gráfico 3).

Era de se esperar que a esquerda defendesse com vigor um processo que, como ela própria reconhece, retirou 4 bilhões de pessoas da pobreza.

Infelizmente, o mundo está ficando cada vez mais dividido entre o socialismo nacionalista e o nacionalismo mercantilista. A direita populista não é filha da globalização: em parte, ela é filha das mentiras que a esquerda populista inventou sobre a globalização.
 

xDoom

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Ja que o pessoal simplesmente mostra não saber pataquas do que é populismo, vamos deixar uma opinião de especialista.



Ai deixo em seguida isso aqui(podem ignorar o titulo, o conteudo do video é o que importa).





O populismo de direita é filho das mentiras que a esquerda populista inventou sobre a globalização
E os dados empíricos refutam os discursos de ambos
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O populismo de esquerda e o populismo de direita mantêm retóricas divergentes: o de esquerda insufla o conflito entre ricos e pobres; o de direita estimula o conflito entre nacionais e estrangeiros (e não só os imigrantes, mas principalmente os produtores de outros países).

Ambos, no entanto, possuem um inimigo em comum: a globalização econômica.

Para o populismo de esquerda, a globalização gera uma oligarquia internacional que acumula "mais-valia" à custa da exploração do Terceiro Mundo. Para o populismo de direita, a globalização empobrece a cultura e a economia nacional ao abri-la à interação com o resto do planeta.

No domingo passado, Alberto Garzón, um dos expoentes mundiais da esquerda populista e principal membro da liga formada por partidos de extrema-esquerda espanhóis, a Unidos Podemos, publicou no portal Eldiario.es um artigo intitulado "A extrema-direita é filha da globalização".

Seu artigo traz uma confissão bastante interessante e inusitada: ele afirma que o processo de globalização econômica vivenciado durante as três últimas décadas beneficiou a maior parte da população do Terceiro Mundo. E beneficiou também os "super-ricos". Já a classe média do primeiro mundo viu sua renda se estancar. E é esse estancamento da renda das classes médias dos países ricos que está alimentando seu rancor à globalização, empurrando essa fatia do eleitorado para a "extrema-direita" nacionalista e protecionista.

Para ilustrar essa tese, Garzón recorre ao mundialmente recém-famoso "gráfico do elefante", elaborado pelo economista sérvio Branko Milanovic. Este gráfico, em forma de elefante, mostra o crescimento da renda per capita durante os últimos 30 anos de todos os percentis de renda. Como se pode observar, todas aquelas pessoas que estão entre os percentis 5 e 65 da distribuição global da renda (ou seja, as pessoas mais pobres do planeta) viram sua renda per capita aumentar entre 60% e 80%. Já as pessoas a partir do 95º percentil da distribuição global da renda (ou seja, os "super-ricos", segundo a esquerda) viram sua renda per capita aumentar de 20% a 60%. Por outro lado, a renda per capita dos cidadãos entre os percentis 75 e 90 (as classes médias do Primeiro Mundo) viram sua renda se estancar radicalmente.

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Gráfico 1: crescimento da renda per capital real entre todos os percentis da distribuição global da renda entre 1988 e 2008 (em dólares com poder de compra de 2005)

Segundo Garzón, o erro da "esquerda anticapitalista" perante a globalização econômica das últimas décadas foi o de não saber capitalizar o descontentamento dos perdedores da globalização — as classes médias do Ocidente rico — contra o sistema capitalista. Tal espaço eleitoral, diz ele, acabou sendo ocupado pela extrema-direita.

Mas esse diagnóstico é profundamente errado. O líder da Izquierda Unida está comprando a propaganda falsa capitaneada pela direita populista (ou "extrema-direita", como a esquerda gosta de dizer) porque tal propaganda lhe é também bastante útil: ambas as correntes ideológicas têm o objetivo de desacreditar os benefícios econômicos da liberdade econômica em escala global, pois isso lhes é eleitoralmente interessante.

Como será demonstrado abaixo, o gráfico do elefante de Milanovic não permite subscrever à tese de que os perdedores da globalização foram as classes médias dos países ocidentais ricos. Ao contrário: o gráfico, quando corretamente analisado, mostra que essas classes médias foram notavelmente beneficiadas pela globalização econômica.

Os ganhadores: o Terceiro Mundo e as classes médias ocidentais

Ao analisarmos o gráfico de Milanovic, fica claro que os maiores ganhadores da globalização durante as últimas décadas foram os cidadãos mais pobres do planeta, ou seja, aqueles que estão entre os percentis 5 e 65.

Estamos falando de pessoas que, em 1988, usufruíam uma renda per capita de algo entre 200 e 1.300 dólares anuais, e que, vinte anos depois, viram essa renda aumentar para algo entre 250 e 2.100 dólares (com valores já corrigidos pela inflação). Tal aumento real pode até não parecer nada espetacular, mas o fato é que, em termos relativos, isso representou a maior redução da pobreza absoluta na história da humanidade. Tenha em mente que, quando se vive com um nível de renda tão baixo, qualquer aumento pode representar a diferença entre comer e não comer, entre usufruir ou não água potável, e entre ter ou não acesso a itens essenciais.

Este acelerado progresso no nível de vida de mais de 4 bilhões de pessoas já deveria, por si só, servir de argumento para a defesa da globalização econômica. Mais ainda: tais dados empíricos, por si sós, já deveriam fazer com que a esquerda, que sempre se disse muito preocupada com a situação dos mais pobres, abraçasse a globalização econômica.

Afinal, se os movimentos de esquerda estão essencialmente preocupados com a situação dos mais pobres, e, como reconhece o próprio líder da Izquierda Unida, a globalização contribuiu para melhorar substantivamente o nível de vida dos mais pobres, então a esquerda deveria ver com bons olhos o processo de globalização econômica.

Com efeito, os últimos 30 anos foram o único período da história, desde o começo do século XIX, em que ocorreu uma redução das desigualdades globais.

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Gráfico 2: evolução do índice de Gini em escala mundial

No entanto, a honestidade intelectual não é exatamente algo muito presente nos debates e embates ideológicos. Para a extrema-esquerda — da qual Garzón é um dos porta-vozes —, a globalização econômica tem de ser combatida por aquele motivo de sempre: os super-ricos formam uma pequena oligarquia que se aproveitou da globalização para se enriquecer de maneira muito mais intensa do que as classes médias.

Mas há dois detalhes que são ignorados: primeiro, de acordo com o próprio gráfico de Milanovic, as pessoas que estão no top 5% da distribuição global da renda enriqueceram quase tanto quanto os cidadãos mais pobres do planeta.

Segundo, o top 5% da população adulta mundial em 2008 representava 250 milhões de pessoas (hoje seriam 275 milhões). Isso é muita gente para tão pouca oligarquia. Com efeito, a renda per capita média dos percentis 95 a 99 era, em 2008, de 26.850 dólares. [À época, algo em torno de R$ 49 mil]. Isso significa que, para a extrema-esquerda, todos aqueles cidadãos que tiveram uma renda anual igual ou maior que 26 mil dólares [49 mil reais] integram a plutocracia global que lucrou com a globalização. Sendo assim, e contrariamente ao que diz Garzón, quase todos os cidadãos do Ocidente rico pertencem a essa categoria.

Os verdadeiros perdedores: os filhotes do socialismo real e o Japão

Portanto, se a imensa maioria dos cidadãos do Ocidente rico está entre os "ganhadores da globalização" dentro do próprio gráfico de Milanovic, quem afinal foram os perdedores? Isto é, quem integra os percentis de 80 a 90, e que viu sua renda se estancar ou mesmo diminuir ao longo do processo globalizador das últimas décadas?

Não foram as classes médias do Ocidente rico, mas sim o grosso da população dos países ex-socialistas e também a fatia mais pobre da população do Japão.

O think tank Resolution Foundation se dedicou a desagregar os dados utilizados por Milanovic para elaborar seu famoso gráfico do elefante e o resultado foi, para dizer o mínimo, bastante chamativo. Se excluirmos o Japão e as economias satélites da URSS, a renda per capita do Ocidente cresceu entre 45% e 70% durante as últimas décadas para todas as faixas de renda. O gráfico abaixo agrupa as rendas mundiais por vintis (e não por percentis), o que significa que ele divide a renda em 20 faixas.

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Gráfico 3: no eixo horizontal, as 20 faixas de renda (quanto mais à direita, mais rico é o vintil); no eixo vertical, o crescimento da renda de cada vintil no período 1988-2008; a linha azul mostra o comportamento das 20 faixas de renda nos países avançados excluindo Japão e os satélites bálticos da URSS; a linha laranja mostra o comportamento para o resto do mundo excluindo a China; e a linha vermelha mostra o comportamento do Japão e dos satélites bálticos soviéticos.

O gráfico deixa claro que:

1) absolutamente todas as faixas de renda das economias avançadas (linha azul) e das economias em desenvolvimento (linha laranja) enriqueceram com a globalização.

2) no caso das economias em desenvolvimento, os pobres e a classe média ganharam ainda mais que os ricos (como reconhece a própria extrema-esquerda européia e a direita populista do países desenvolvidos);

3) a população mais pobre do Japão e dos satélites bálticos soviéticos foi a única perdedora.

Consequentemente, o estancamento da renda visto nos percentis de 80 a 90 no gráfico do elefante se deve, acima de tudo, ao fato de que a renda de metade do grupo formado pelas populações de Japão e ex-repúblicas socialistas bálticas entra em queda a partir de 1988, e isso empurra para toda a média para baixo.

Milanovic apresentou os dados agregados. A desagregação destes dados mostra novas realidades.

A questão, logo, passa ser: qual foi a culpa da globalização na débâcle das ex-repúblicas bálticas socialistas e do Japão? Absolutamente nenhuma. O PIB dos antigos países socialistas caiu porque as estatísticas econômicas destes países eram desavergonhadamente manipuladas e superestimadas, o que sobredimensinou sua queda quando esses países se abriram e passaram a divulgar dados mais realistas. Já o PIB do Japão se estancou em decorrência do estouro de uma gigantesca bolha de crédito financiada essencialmente por capitais internos e pela péssima política econômica implantada subsequentemente pelo governo japonês. (Veja todos os detalhes sobre o que aconteceu no Japão neste artigo).

Ou seja, a causa do estancamento de uma faixa da distribuição global da renda durante o período 1988-2008 se deveu exatamente ao torpe e exacerbado intervencionismo estatal, que é justamente a bandeira da extrema-esquerda. Se essa fatia da população representa os "perdedores da globalização" não é porque a globalização os empobreceu, mas sim porque a inépcia de seus políticos e o desastre de suas intervenções econômicas impediram que essas pessoas tirassem todo o proveito possível da globalização.

Conclusão: a esquerda populista fornece o combustível ideológico para a direita populista

Em definitivo, os principais beneficiários da globalização durante as três últimas décadas foram as camadas mais pobres da população mundial. Nas economias em desenvolvimento, todas as classes sociais enriqueceram. Nas economias ricas, a renda da classe média não apenas não se estancou, como também cresceu mais de 45% (quando descontada a influência estatística distorciva dos países bálticos ex-socialistas e do Japão).

https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2596
Ainda assim, há quem possa dizer que os gráficos acima não dizem muito, pois vão apenas até o ano de 2008, exatamente antes da crise econômica. Porém, se atualizarmos o gráfico até 2011 (momento em que o pior da crise já havia sido superado), o que observamos é que os resultados são ainda mais espetaculares para os mais pobres. Mais ainda: os percentis 80 a 90 ficam ainda melhores do que no gráfico anterior.

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Gráfico 4: crescimento da renda per capital real entre todos os percentis da distribuição global da renda entre 1988 e 2011 (em dólares com poder de compra de 2011)

Em ambos os gráficos, o resultado evidente é que os ganhadores da globalização foram os mais pobres do planeta, cuja renda mais do que duplicou durante as últimas décadas. Por sua vez, os cidadãos do Ocidente rico não foram prejudicados em termos gerais, ainda que uma minoria deles — ligada àquelas indústrias mais defasadas e que foram afetadas pela nova concorrência global — de fato possa ter sido.

O ressurgimento do populismo de esquerda e de direita observado durante os últimos anos está muito mais vinculado ao empobrecimento derivado da crise econômica de 2008 (causada pela expansão artificial do crédito comandada pelos Bancos Centrais), à imigração muçulmana e a uma reação à cultura do politicamente correto do que ao processo de globalização econômica das últimas décadas. (Qual era a força desses movimentos populistas em 2007, quando o gráfico do elefante de Milanovic já havia computado todos os efeitos da globalização?).

Por fim, vale apontar uma incoerência da esquerda populista dos países ricos: segundo ela, o processo globalizador, não obstante tenha tirado mais de 4 bilhões de pessoas da pobreza, é algo negativo e deve ser interrompido apenas porque prejudica os ganhos de alguns industriais da classe média dos países ricos.

Felizmente, e como acabamos de demonstrar, nem mesmo este raciocínio procede, uma vez que a renda da classe média dos países ricos ocidentais não apenas não se estancou durante os últimos 30 anos de globalização, como ainda cresceu mais de 40% (gráfico 3).

Era de se esperar que a esquerda defendesse com vigor um processo que, como ela própria reconhece, retirou 4 bilhões de pessoas da pobreza.

Infelizmente, o mundo está ficando cada vez mais dividido entre o socialismo nacionalista e o nacionalismo mercantilista. A direita populista não é filha da globalização: em parte, ela é filha das mentiras que a esquerda populista inventou sobre a globalização.


Você continua negando o fato que uma solução para um problema é chamada de populismo simplesmente porque algum oportunista poderia fazer o mesmo discurso sem a intenção de resolve-lo. O que não é o caso.

Sério, é bem simples. Você acha que a vida do bolsonaro vai melhorar ou piorar na eleição? Pra mim vai piorar, porque ele está fazendo isso pra ajudar o povo e não a si mesmo. Se ele ganhar tudo que der errado (mesmo que seja por culpa dos governos anteriores) será jogado no colo dele.

Ele poderia tranquilamente ser reeleito deputado, continuar com esse discurso de muitos aí de só falar e não fazer nada, ganhando rios de dinheiro e vivendo no conforto. Mas não, o sujeito vai pra linha de frente da guerra, é atacado diariamente e tudo isso pra tentar ser o primeiro passo do país pra fora desse mar de m****.
 

♈he Øne

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Uma única coisa que tenho certeza é que o pessoal mais intelectual da esquerda vai tentar jogar Bolsonaro no mesmo barco que o Lula. Já tinha dito isso tempos atrás, mas é só acompanhar cada vez vai aumentar.
 

Paerish

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c***lho,
Nem na porra da tua empresa o seu chefe sabe de tudo, imagina um chefe teu tendo que saber 100% de todo o trabalho que acontece, no minimo ele sabe um pouco em uma coisa e muito em outra, o negócio é saber gerir.
Agora o Bolsonaro é burro, muito burro, não vai saber ser presidente e não serve. Burro e populista ainda por cima.
O cara é humilde, humilde o suficiente para dizer: " eu não entendo isso" humilde pra falar " olha, não posso divulgar plano de governo ainda" humilde pra dizer " vou falar com quem sabe para dar uma opinião melhor".
Outros candidatos não estão sendo exigidos todo esse currículo que forçam ae, só com o Bolsonaro.
O "xis da questão" é se ele, sabendo da ignorância dele a determinados assuntos como economia e etc, não vai fazer que nem a Dilma e vai ouvir os ministros e conselheiros dele em um eventual governo.

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Mestre Chinelada

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Desculpa, os deputados ali são boa gente mesmo. Erro meu contradizer o mito.
Já é um começo, você já está se referindo a ele como "o mito", apesar de não gostar muito dessa alcunha. Aos poucos você vai se desintoxicando de quase duas décadas de marxismo.
 

arthur the king

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Já é um começo, você já está se referindo a ele como "o mito", apesar de não gostar muito dessa alcunha. Aos poucos você vai se desintoxicando de quase duas décadas de marxismo.
Vc tá falando que ele é marxista pq vc já leu posts dele defendendo essa ideologia,ou só pq ele está falando que Bolsonaro e populista?

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Mestre Chinelada

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Vc tá falando que ele é marxista pq vc já leu posts dele defendendo essa ideologia,ou só pq ele está falando que Bolsonaro e populista?

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Até porque duas décadas de marxismo e Paulo Freire não te fez absorver nada disso e criar antipatia com qualquer candidato do outro lado não é mesmo abiguinho. Se você foi uma criança iluminada que aos 12 anos já lia Mises enquanto teu professor maconheiro com a camisa do chê guevara enchia a sua cabeça de estrume, então parabéns.
 

Darkx1

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Voce pega fonte de especialistas, matéria explicando dado a dado sobre o assunto, video que prova o assunto e máximo que recebe é "voce é socialista, marxista"(sendo que eu só fui ouvir falar no nome de Karl Marx na Faculdade numa das matérias mais xaropes do curso de ADMINISTRAÇÃO, sim, materia de exatas).

Na boa, lacra 17 que ta pouco.
Deleitem-se com essa maravilha de 50 minutos de pura sabedoria...
 
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