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'Vingadores: Ultimato' estréia em 80% das salas
Agência Nacional de Cinema (Ancine) diz que vai 'monitorar a questão'
25/04/2019 - 18:22 / Atualizado em 26/04/2019 - 10:25
Estreia do filme 'Vingadores: Ultimato' no Botafogo Praia Shopping. Foto: Marcelo Regua/Agência O Globo
SÃO PAULO - Lançado nesta quarta-feira, "Vingadores: Ultimato" ocupou mais de 2.700 das 3.300 salas do circuito cinematográfico e causou indignação de parte do setor audiovisual brasileiro. Para efeito de comparação, até a quarta-feira, " Shazam! " e " Capitã Marvel ", estavam sendo exibidos em 975 salas.
Segundo alguns cineastas, a superprodução da Marvel teria sido favorecida principalmente pela ausência da cota de tela para este ano, que espera para ser assinada pelo presidente Jair Bolsonaro, e por regras de controle do setor criadas pela Agência Nacional de Cinema (Ancine) que não estão mais em vigor.
Em sua coluna no GLOBO , o jornalista Ancelmo Gois aponta que, por causa da estreia massiva de "Vingadores: Ultimato", a comédia brasileira " De pernas pro ar 3 ", com mais de um milhão de ingressos vendidos em duas semanas, perdeu 300 salas do circuito. Mariza Leão, produtora do filme, argumenta ainda que o título ficou em 524 salas de 484 cinemas, dos quais apenas 132 colocam-no em salas com três a quatro sessões durante o dia:
Mariza enviou uma carta à diretoria colegiada da Ancine protestando justamente contra a falta de regras reguladoras do mercado cinematográfico. Além da ausência da cota de tela, ela menciona no texto a regra da "dobra", segundo a qual os exibidores eram obrigados a manter o filme em cartaz se ele atingisse uma média de público: "Filmes com performance acima de média saem de salas sem nenhuma explicação, sem nenhuma defesa. Tal fato gera prejuízos incalculáveis a investimentos tanto públicos quanto privados".
Outra regra da Ancine, derrubada pela Justiça Federal em novembro do ano passado, limitava a ocupação de 30% de um complexo por um único título. Em seu perfil no Facebook, o cineasta pernambucano Kleber Mendonça Filho, cujo filme "Bacurau" foi selecionado para a mostra competitiva do Festival de Cannes, publicou um comentário em que faz menção à regulamentação agora extinta: "'De pernas pro ar 3' estava dando dinheiro. Quando o mercado corre sem lei, sua lógica é a de subtrair para ganhar, e não a de somar com diversidade. Os dois filmes poderiam ir bem, sem desequilíbrio".
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Realmente, um filme com tamanho conteúdo feito De Pernas pro Ar 3 merecia melhor tratamento e era OBRIGAÇÃO do governo do Bozo em FORÇAR os cinemas a passarem esta pujante obra da 7° arte.
Agência Nacional de Cinema (Ancine) diz que vai 'monitorar a questão'
25/04/2019 - 18:22 / Atualizado em 26/04/2019 - 10:25
SÃO PAULO - Lançado nesta quarta-feira, "Vingadores: Ultimato" ocupou mais de 2.700 das 3.300 salas do circuito cinematográfico e causou indignação de parte do setor audiovisual brasileiro. Para efeito de comparação, até a quarta-feira, " Shazam! " e " Capitã Marvel ", estavam sendo exibidos em 975 salas.
Segundo alguns cineastas, a superprodução da Marvel teria sido favorecida principalmente pela ausência da cota de tela para este ano, que espera para ser assinada pelo presidente Jair Bolsonaro, e por regras de controle do setor criadas pela Agência Nacional de Cinema (Ancine) que não estão mais em vigor.
Em sua coluna no GLOBO , o jornalista Ancelmo Gois aponta que, por causa da estreia massiva de "Vingadores: Ultimato", a comédia brasileira " De pernas pro ar 3 ", com mais de um milhão de ingressos vendidos em duas semanas, perdeu 300 salas do circuito. Mariza Leão, produtora do filme, argumenta ainda que o título ficou em 524 salas de 484 cinemas, dos quais apenas 132 colocam-no em salas com três a quatro sessões durante o dia:
Regra da 'dobra'“Em 153 cinemas, o filme é colocado em duas sessões diárias, e em 199 cinemas, fica em apenas uma sessão diária. Isto é uma perversidade do ponto de vista cultural e econômico”
Mariza Leão
Produtora de 'De pernas pro ar 3'
Mariza enviou uma carta à diretoria colegiada da Ancine protestando justamente contra a falta de regras reguladoras do mercado cinematográfico. Além da ausência da cota de tela, ela menciona no texto a regra da "dobra", segundo a qual os exibidores eram obrigados a manter o filme em cartaz se ele atingisse uma média de público: "Filmes com performance acima de média saem de salas sem nenhuma explicação, sem nenhuma defesa. Tal fato gera prejuízos incalculáveis a investimentos tanto públicos quanto privados".
Outra regra da Ancine, derrubada pela Justiça Federal em novembro do ano passado, limitava a ocupação de 30% de um complexo por um único título. Em seu perfil no Facebook, o cineasta pernambucano Kleber Mendonça Filho, cujo filme "Bacurau" foi selecionado para a mostra competitiva do Festival de Cannes, publicou um comentário em que faz menção à regulamentação agora extinta: "'De pernas pro ar 3' estava dando dinheiro. Quando o mercado corre sem lei, sua lógica é a de subtrair para ganhar, e não a de somar com diversidade. Os dois filmes poderiam ir bem, sem desequilíbrio".
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Realmente, um filme com tamanho conteúdo feito De Pernas pro Ar 3 merecia melhor tratamento e era OBRIGAÇÃO do governo do Bozo em FORÇAR os cinemas a passarem esta pujante obra da 7° arte.
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