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Por Philipe Santos
27/10/2020 14:30
Reprodução - Dono de sanduicheria diz que cliente proibiu entrada de entregador em condomínio de luxo por ele ser negro
Uma mulher rejeitou a entrada do motoboy de um aplicativo de comida no condomínio onde ela mora por ele ser negro.
A denúncia foi feita por uma hamburgueria de Goiânia, no final da noite dessa segunda-feira (26/10).
Foi registrado em boletim de ocorrência nesta terça-feira (27/10).
A responsável pelo estabelecimento contou o ocorrido nas redes sociais.
Ela relata que entrou em contato com a cliente para liberação do entregador na portaria. “Esse preto não vai entrar no meu condomínio”, respondeu a mulher. “Manda outro motoboy que seja branco”, prosseguiu.
A proprietária disse que não faria isso. “Eu não vou permitir esse macaco”, rebateu a cliente.
A dona da hamburgueria conta que ficou sem acreditar.
“Como o entregador não teve nenhum tipo de contato com ela, eu acredito que ela ligou na portaria para perguntar se ele havia chegado e aí ficou sabendo sobre a cor da pele”, pensa.
“Me indigna o fato que isso realmente aconteceu”, desabafa.
Na hora, ela falava com o motoboy e explicava o endereço da cliente. “Ele, percebendo que eu tinha me calado, perguntou o que havia acontecido. Eu, ali, parada e atônita, tive que contar pelo telefone que um crime de ódio tinha sido cometido contra ele, devido à cor de sua pele”, lembra.
“Ele chegou aqui sem reação, tendo que fazer mais duas entregas aqui no Goiânia 2 mesmo”, conta.
“Fui embora pra casa chorando, conversando com o entregador para que ele relatasse ao meu irmão o que havia acontecido, uma vez que ele representa a loja, então eu vou na polícia como testemunha. meu medo é a pessoa ficar impune devido ao dinheiro”, teme.
Procurado pelo Correio, o iFood identificou a usuária agressora da plataforma e a baniu imediatamente.
“A empresa presta solidariedade ao entregador e está em contato para oferecer apoio psicológico”, diz, em nota. “O iFood reitera que repudia qualquer ato de discriminação racial e preza pelo respeito à diversidade em todas ações que realiza”
A empresa ressaltou a importância de se fazer o boletim de ocorrência (BO) e de entrar em contato com a ela pelos canais oficiais de atendimento via aplicativo.
“Ao receber qualquer tipo de relato como este, o iFood apura as ocorrências e, quando comprovado o descumprimento dos termos e condições de uso, desativa o cadastro dos envolvidos.
A empresa está à disposição para colaborar com a investigação do caso”, conclui.
27/10/2020 14:30
Reprodução - Dono de sanduicheria diz que cliente proibiu entrada de entregador em condomínio de luxo por ele ser negro
Uma mulher rejeitou a entrada do motoboy de um aplicativo de comida no condomínio onde ela mora por ele ser negro.
A denúncia foi feita por uma hamburgueria de Goiânia, no final da noite dessa segunda-feira (26/10).
Foi registrado em boletim de ocorrência nesta terça-feira (27/10).
A responsável pelo estabelecimento contou o ocorrido nas redes sociais.
Ela relata que entrou em contato com a cliente para liberação do entregador na portaria. “Esse preto não vai entrar no meu condomínio”, respondeu a mulher. “Manda outro motoboy que seja branco”, prosseguiu.
A proprietária disse que não faria isso. “Eu não vou permitir esse macaco”, rebateu a cliente.
A dona da hamburgueria conta que ficou sem acreditar.
“Como o entregador não teve nenhum tipo de contato com ela, eu acredito que ela ligou na portaria para perguntar se ele havia chegado e aí ficou sabendo sobre a cor da pele”, pensa.
“Me indigna o fato que isso realmente aconteceu”, desabafa.
Na hora, ela falava com o motoboy e explicava o endereço da cliente. “Ele, percebendo que eu tinha me calado, perguntou o que havia acontecido. Eu, ali, parada e atônita, tive que contar pelo telefone que um crime de ódio tinha sido cometido contra ele, devido à cor de sua pele”, lembra.
“Ele chegou aqui sem reação, tendo que fazer mais duas entregas aqui no Goiânia 2 mesmo”, conta.
“Fui embora pra casa chorando, conversando com o entregador para que ele relatasse ao meu irmão o que havia acontecido, uma vez que ele representa a loja, então eu vou na polícia como testemunha. meu medo é a pessoa ficar impune devido ao dinheiro”, teme.
Procurado pelo Correio, o iFood identificou a usuária agressora da plataforma e a baniu imediatamente.
“A empresa presta solidariedade ao entregador e está em contato para oferecer apoio psicológico”, diz, em nota. “O iFood reitera que repudia qualquer ato de discriminação racial e preza pelo respeito à diversidade em todas ações que realiza”
A empresa ressaltou a importância de se fazer o boletim de ocorrência (BO) e de entrar em contato com a ela pelos canais oficiais de atendimento via aplicativo.
“Ao receber qualquer tipo de relato como este, o iFood apura as ocorrências e, quando comprovado o descumprimento dos termos e condições de uso, desativa o cadastro dos envolvidos.
A empresa está à disposição para colaborar com a investigação do caso”, conclui.
Cliente barra entrada de entregador em condomínio por ele ser negro
Moradora pediu, por mensagem, que o estabelecimento enviasse um motoboy que fosse branco: 'Não vou permitir esse macaco'
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