Barão de Pau Barbado
Novato
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Tive meu primeiro contato com a internet aos 10 anos de idade quando ganhei o meu primeiro computador. Era um mundo novo, perfeito para um garoto entediado que mal saía de casa explorar. Gastava cerca de oito horas quase todos os dias, do final da infância à adolescência, me divertindo em comunidades do Orkut, grupos do MSN, jogando RPGs simples como Naruto Game, Guerra Khan, The West e outros que já nem consigo me lembrar mais. Ganhei meu primeiro smartphone aos 14 anos. Era incrível poder passar todo o tempo que eu quisesse conectado, independente do lugar que estivesse. Com o tempo, minhas costas perderam a resistência que possuíam das horas sentado em frente ao computador, pois isso já não era mais necessário. Eu poderia me submeter a horas de conteúdo deitado no sofá de casa. Meu modus operandi era sempre o mesmo, eu usava redes sociais como Facebook, Instagram, Youtube e Twitter, seguia canais e pessoas que falassem dos assuntos que eu mais gostava e aproveitava minhas horas vagas me entorpecendo com o consumo de toda aquela informação. Essa foi minha vida até que eu começasse efetivamente a trabalhar aos 22 anos.
Meu trabalho como professor exige muitas vezes que eu busque textos sobre temas diversos para uso durante a aula. Creio que foi nesse ponto que me deparei com a primeira matéria sobre o consumo desenfreado de internet, smartphones e redes sociais. Lia os relatos de pessoas que se descobriram viciadas e como uma ficha caindo, me identifiquei com boa parte de suas queixas. Eu mal conseguia dar atenção ao que era importante pra mim, meus estudos, minha família, minhas atividades físicas... não somente por não lhes dar a atenção merecida, mas muitas vezes por de fato me sentir incapaz de prestar atenção sem ser distraído por qualquer coisa. Eu vivia todos os dias um loop de consumir e acumular informações sobre tudo que me interessava, mas mal conseguia ter contato com aquilo fora do Instagram ou Youtube. Só para dar um exemplo, eu saberia descrever a história de um anime que amava cronologicamente, em detalhes, não por ter assistido mas sim por ter visto todos os spoilers e acompanhado discussões e comentários sobre o tema. O mesmo com qualquer outra coisa.
A partir daí, comecei a tentar reverter o estrago que os anos tinham feito ao meu cérebro, me desliguei da maioria das redes sociais, mantendo somente o Youtube (agora de maneira bem restrita) e o Whatsapp (por causa do meu trabalho). Estou usando um smartphone Multilaser Elite 2, sem navegador, sem Play Store, somente com Whatsapp, enquanto não encontro uma maneira de usar um dumbphone de novo. Hoje consigo passar tempo de qualidade com aqueles que são importantes pra mim e me dedicar ao que de fato é importante na minha vida. Ainda não estou como quero e ainda sinto falta das injeções de dopamina diárias que tinha, mas creio que estou no caminho certo. E para vocês? Como é hoje a sua relação com a tecnologia? Pra vocês, atualmente seria possível viver sem internet ou redes sociais?
Meu trabalho como professor exige muitas vezes que eu busque textos sobre temas diversos para uso durante a aula. Creio que foi nesse ponto que me deparei com a primeira matéria sobre o consumo desenfreado de internet, smartphones e redes sociais. Lia os relatos de pessoas que se descobriram viciadas e como uma ficha caindo, me identifiquei com boa parte de suas queixas. Eu mal conseguia dar atenção ao que era importante pra mim, meus estudos, minha família, minhas atividades físicas... não somente por não lhes dar a atenção merecida, mas muitas vezes por de fato me sentir incapaz de prestar atenção sem ser distraído por qualquer coisa. Eu vivia todos os dias um loop de consumir e acumular informações sobre tudo que me interessava, mas mal conseguia ter contato com aquilo fora do Instagram ou Youtube. Só para dar um exemplo, eu saberia descrever a história de um anime que amava cronologicamente, em detalhes, não por ter assistido mas sim por ter visto todos os spoilers e acompanhado discussões e comentários sobre o tema. O mesmo com qualquer outra coisa.
A partir daí, comecei a tentar reverter o estrago que os anos tinham feito ao meu cérebro, me desliguei da maioria das redes sociais, mantendo somente o Youtube (agora de maneira bem restrita) e o Whatsapp (por causa do meu trabalho). Estou usando um smartphone Multilaser Elite 2, sem navegador, sem Play Store, somente com Whatsapp, enquanto não encontro uma maneira de usar um dumbphone de novo. Hoje consigo passar tempo de qualidade com aqueles que são importantes pra mim e me dedicar ao que de fato é importante na minha vida. Ainda não estou como quero e ainda sinto falta das injeções de dopamina diárias que tinha, mas creio que estou no caminho certo. E para vocês? Como é hoje a sua relação com a tecnologia? Pra vocês, atualmente seria possível viver sem internet ou redes sociais?
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