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Curta sobre racismo: Cores e Botas

geist

Lenda da internet
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Recomendo muito que assistam. Aborda o tema do racismo de forma bem interessante. Eu mesmo era um que não pensava muito por esse ângulo, achando haver mais ligação do racismo com a condição socioeconômica do indivíduo. Esse curta mostra uma família negra de classe média do início dos anos 90 e a barreira que a filha deles enfrentou ante uma situação.

Nem sempre dá pra conseguir o que quer na base do esforço, dedicação e sorte. Tem barreiras que não são transponíveis.
Devemos aprender a sonhar só com aquilo que podemos ter? Fica a reflexão.
 

Quilava

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Muito bacana o vídeo e sua colocação.

Interessante pontuar que quando levantam a questão das cotas raciais os dois argumentos contra sempre são esses: "racismo não existe", "tem branco que mora na favela também". Racismo existe. Branco na favela também existe; mas ainda assim vai ter muito mais oportunidades do que um negro.
 

Baralho

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Tem outro aspecto pouco comentado no Brasil, que é a falta de ''q. i.'' ou ''networking'', para melhorar a representatividade dos afro-brasileiros no mercado.

Tal fenômeno rendeu uma matéria da BBC há poucos anos, segue em spoiler.

Falta de Q.I.? Como 'quem indica' baixo trava ascensão de negros
por Noemia Colonna
De Brasília para a BBC Brasil

Gerente de comunicação de uma agência governamental em Brasília, Marisa Bastos Teixeira costuma participar de reuniões de diretoria da empresa e ser a única executiva negra entre seus pares. Para ela, foi assim desde o início da carreira, nos anos 1990.

"Como executiva no Brasil tenho a impressão de estar trabalhando na Suécia ou Dinamarca. Nas empresas, os chefes e diretores costumam ser brancos, e diversidade, quando há, você só vê em escalões mais baixos", afirma.

Marisa é uma das exceções que compõem as estatísticas do mundo corporativo no Brasil. Pesquisa do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e do Instituto Ethos lançada em 2016 aponta que somente 4,7% dos cargos executivos são ocupados por profissionais negros, contra 94,2% de brancos.

A disparidade existe em outros escalões. Entre funcionários acima apenas de estagiários e trainees, o número de brancos é de 62,8% e de negros, 35,7%. Já 72,2% dos cargos de supervisão são ocupados por profissionais brancosos, e 25,9% por negros.

Esses números estão distantes da realidade da sociedade brasileira, em que 55,4% das pessoas (ou 113 milhões de brasileiros) se declararam pretos ou pardos, segundo a mais recente Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad).

Muito se fala do papel do racismo ou da desigualdade na educação para justificar essa disparidade. Porém, especialistas apontam que a ausência de uma rede de contatos - formada principalmente por conhecidos em posição de influência - pode ser determinante para que uma pessoa negra consiga do primeiro emprego a uma promoção.

É o tio que indica para um estágio, o amigo da escola que hoje é chefe e ajuda seu filho ou a informação sobre uma vaga de diretor da multinacional que só chegou a você naquele bate-papo com um ex-colega de MBA. São relações de ajuda mútua que podem beneficiar gerações.

"Os negros têm menos acesso a redes de contato ou a um capital social influente para subirem na carreira. E em uma sociedade como a nossa isso é fundamental para uma indicação a um posto de comando", afirma Emerson Rocha, doutor em Sociologia pela Universidade de Brasília (UnB).

Na prática, significa dizer que negros e brancos com a mesma experiência podem ter desempenhos diferentes na hora de subir na carreira. Quem tem um bom capital social consegue mais rápido.

Foi assim com a gerente Marisa. Ela lembra que começou ainda na infância sua rede de contatos com pessoas que poderiam influenciar sua carreira de forma positiva.

Filha de mãe costureira e pai pintor de carros, ela cresceu entre Humaitá e Glória, bairros de classe média do Rio de Janeiro. Os pais optaram em morar na zona sul, em uma quitinete, para ficarem mais perto dos clientes.

Marisa passou a ter crianças de classe média como vizinhos e colegas de escola. "Sempre convivi com pessoas de nível social mais alto do que o meu. E o curioso é que eu tinha a exata dimensão do fosso que separava pessoas brancas de negras. Na zona sul, eu habitava um mundo branco. Mas ao subir o morro para os ensaios da escola de samba São Clemente, pertinho dali, eu me encontrava com muitas pessoas como eu", relembra. "E a realidade delas era muito diferente."

Formada em uma universidade privada em Botafogo, Marisa conseguiu o primeiro emprego como jornalista graças a uma tia costureira que tinha entre seus clientes pessoas influentes da alta sociedade carioca.

Um dia, a tia chamou Marisa para ir ao lançamento de um livro. Foi a contragosto, mas lá foi apresentada a várias personalidades, e disso surgiu a vaga de estágio em uma rádio. Marisa saiu de lá 13 anos depois, como repórter especial e coordenadora de cobertura de eventos especiais, como o carnaval na Sapucaí.

"Depois dessa experiência, saí com um networking poderoso. Fui indicada para trabalhar como jornalista e apresentadora de TV, dividi bancada com comunicadores famosos, fui gerente em várias empresas públicas e privadas, tive uma empresa de comunicação com uma vasta carteira de clientes, trabalhei no comitê de candidatura dos Jogos Olímpicos de 2016 no Rio e lá conheci o executivo que viria a me indicar para a vaga que ocupo hoje", conta.

"Com isso, já são vários anos como coordenadora, gestora ou gerente. Além de minha capacidade técnica, acredito que estar perto das pessoas certas e ser indicada por elas foi fundamental para que eu chegasse aqui."

Capital social
O sociólogo Emerson Rocha afirma que para ser bem-sucedido na carreira, o indivíduo depende de capitais pessoais, como o econômico, o cultural e o social.

"O econômico refere-se ao dinheiro que você dispõe para custear sua sobrevivência e educação. O cultural vem da origem da família e o quanto ela influencia o próprio indivíduo - por exemplo, o fato de os pais terem curso superior aumenta a chance de seu filho também vir a ter", diz.

"Conviver com colegas e parentes na mesma situação também favorece. Agora, quando se é pobre, é bem provável que você conheça mais pessoas pobres, fazendo seu capital social ficar restrito a esse grupo. Assim, ao não ter uma rede social de recursos para acessar, você acaba ficando distante de boas oportunidades, como ocupar um cargo de gerência."

Para incrementar o capital social, existem meios democráticos, como o ingresso em universidades públicas, onde é possível "travar contato e conhecimento com uma série de pessoas de classe média, média alta e até alta, e isso é uma boa oportunidade para formar capital social através dessas interações", afirma Rocha.

Capital social escasso afeta negros e brancos. A diferença, para Rocha, é que, em primeiro lugar, há muito mais negros entre os pobres. Numericamente, esses são mais afetados, pois representam três quartos da população menos favorecida, segundo o Instituto Econômico de Pesquisa Aplicada (Ipea). Ou seja, em cada quatro pobres, três são negros.

"Razões históricas como a escravidão explicam esse fosso. Os negros de hoje têm como antepassados gerações de pessoas que foram legal e institucionalmente discriminadas. Como se pode competir com o capital social de um branco que não passou por isso?", questiona.

Outro motivo, segundo o pesquisador, é que há fatores subjetivos cruciais para a formação de uma rede de capital social. Por exemplo, quando uma pessoa se aproxima de alguém, muitas vezes especula quais são as amizades - e oportunidades - que ela pode obter ao se conectar àquela pessoa.

"É a base da lógica do networking. E, por já chegar ao mercado de trabalho com pouco capital social, o negro fica em grande desvantagem para fortalecer sua rede. O preconceito sugere que, com um negro, se está diante de alguém com baixo capital social", afirma Rocha.

Inclusão
Para aumentar o número de executivos negros em seus quadros e, por consequência, ampliar o capital social de seus funcionários, cabe às empresas ficarem mais atentas à falta de diversidade, implantando políticas de maior inclusão de profissionais negros.

A pesquisa do BID e do Ethos mostra que as organizações entrevistadas buscam promover a inclusão de diversos grupos em desvantagem. Porém, enquanto 41% têm políticas para pessoas com deficiência, 28% incluem as mulheres e apenas 8% têm ações afirmativas para negros.

"A grande desculpa das empresas é dizer que não conseguem equilibrar a diversidade porque não se acha negros no LinkedIn formados nas melhores universidades do país ou que falem inglês", afirma Alexandra Loras, ex-consulesa da França e hoje CEO da Protagonizo, empresa de headhunting especializada em colocar no mercado profissionais negros com altas aptidões.

A Protagonizo reúne o cadastro de mais de 2 mil profissionais negros com nível superior e pós-graduação, formados nas melhores universidades do país e no exterior, e que falam até quatro idiomas.

"Percebi que esses talentos negros com alto potencial sempre existiram. Só que as empresas não conseguem acessá-los porque dentro de seus quadros de RH têm pessoas brancas que não conhecem as ações e movimentos de pessoas negras. E mais: as pesquisas mostram que é muito natural e visceral que um branco escolha outro branco que, por exemplo, tenha estudado na mesma universidade de prestígio. Daí a ideia de me tornar headhunter para aumentar a presença da participação de negros no mercado de trabalho no Brasil", afirma Loras.

"Até hoje as empresas só tiveram homens brancos vindos de universidades de elite exercendo cargos de executivos. É claro que eles não conseguem falar com o verdadeiro público brasileiro, que é formado em sua maioria por negros e mulheres. E isso é uma grande perda de dinheiro", explica.

A jornalista soteropolitana Monique Evelle, que aos 22 anos já foi eleita como uma das 25 mulheres negras mais influentes da internet, é outra empreendedora que viu na diversidade a chance de aumentar o número de profissionais negros altamente qualificados no mercado de trabalho.

Idealizadora do projeto Desabafo e dona da Evelle Consultoria, ela ajuda empresas que desejam não só diversificar seus quadros, como também implantar a cultura de direitos humanos. Para ela, é preciso desconstruir o imaginário social que acredita que apenas uma única vaga ocupada por um negro em algum lugar de destaque prova que o racismo no Brasil não existe.

"A gente não está no mercado apenas para brigar por inclusão, porque, ao falar só disso, a gente continuará exercendo cargos subalternos", opina.

"Nossa tentativa é fazer com que pessoas negras exerçam cargos de liderança e de gestão de forma proporcional às pessoas brancas. Não é porque uma organização tem entre seus executivos um único negro ou gay ou mulher que significa que esteja fazendo diversidade ou sendo amiga das minorias. É preciso haver proporcionalidade. Isso, sim, faz a grande diferença."

Emerson Rocha vai além. "É claro que abrir-se para a diversidade não é uma questão de contratar uma pessoa desqualificada só porque é negra. Não é isso. É você contratar uma pessoa negra qualificada para aquele cargo. Com certeza, ela virá com gana de vencer, de agregar e, melhor, de produzir novos capitais sociais que podem ajudar na entrada de mais profissionais negros entre cargos de gerência no Brasil."


P.S.: O parágrafo sob o título ''capital social'' meio que resume a ideia do texto, vale conferir.
 

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Interessante pontuar que quando levantam a questão das cotas raciais os dois argumentos contra sempre são esses: "racismo não existe", "tem branco que mora na favela também". Racismo existe. Branco na favela também existe; mas ainda assim vai ter muito mais oportunidades do que um negro.

É um assunto complicado... quem é beneficiado com as cotas pode se sentir "menor" por esse subsídio. Dependendo do meio pode até segregar ainda mais a pessoa.
Eu acredito que com o tempo os negros nivelarão as coisas, considerando ainda a taxa de natalidade. Aí quem sabe poderão ser vistos com naturalidade jantando no Fasano e dirigindo sua Mercedes.
Claro que isso não vai acabar totalmente com o racismo. É intrínseco do ser humano explorar as diferenças, sejam elas quais forem.

Tem outro aspecto pouco comentado no Brasil, que é a falta de ''q. i.'' ou ''networking'', para melhorar a representatividade dos afro-brasileiros no mercado.

Tal fenômeno rendeu uma matéria da BBC há poucos anos, segue em spoiler.

Falta de Q.I.? Como 'quem indica' baixo trava ascensão de negros
por Noemia Colonna
De Brasília para a BBC Brasil

Gerente de comunicação de uma agência governamental em Brasília, Marisa Bastos Teixeira costuma participar de reuniões de diretoria da empresa e ser a única executiva negra entre seus pares. Para ela, foi assim desde o início da carreira, nos anos 1990.

"Como executiva no Brasil tenho a impressão de estar trabalhando na Suécia ou Dinamarca. Nas empresas, os chefes e diretores costumam ser brancos, e diversidade, quando há, você só vê em escalões mais baixos", afirma.

Marisa é uma das exceções que compõem as estatísticas do mundo corporativo no Brasil. Pesquisa do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e do Instituto Ethos lançada em 2016 aponta que somente 4,7% dos cargos executivos são ocupados por profissionais negros, contra 94,2% de brancos.

A disparidade existe em outros escalões. Entre funcionários acima apenas de estagiários e trainees, o número de brancos é de 62,8% e de negros, 35,7%. Já 72,2% dos cargos de supervisão são ocupados por profissionais brancosos, e 25,9% por negros.

Esses números estão distantes da realidade da sociedade brasileira, em que 55,4% das pessoas (ou 113 milhões de brasileiros) se declararam pretos ou pardos, segundo a mais recente Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad).

Muito se fala do papel do racismo ou da desigualdade na educação para justificar essa disparidade. Porém, especialistas apontam que a ausência de uma rede de contatos - formada principalmente por conhecidos em posição de influência - pode ser determinante para que uma pessoa negra consiga do primeiro emprego a uma promoção.

É o tio que indica para um estágio, o amigo da escola que hoje é chefe e ajuda seu filho ou a informação sobre uma vaga de diretor da multinacional que só chegou a você naquele bate-papo com um ex-colega de MBA. São relações de ajuda mútua que podem beneficiar gerações.

"Os negros têm menos acesso a redes de contato ou a um capital social influente para subirem na carreira. E em uma sociedade como a nossa isso é fundamental para uma indicação a um posto de comando", afirma Emerson Rocha, doutor em Sociologia pela Universidade de Brasília (UnB).

Na prática, significa dizer que negros e brancos com a mesma experiência podem ter desempenhos diferentes na hora de subir na carreira. Quem tem um bom capital social consegue mais rápido.

Foi assim com a gerente Marisa. Ela lembra que começou ainda na infância sua rede de contatos com pessoas que poderiam influenciar sua carreira de forma positiva.

Filha de mãe costureira e pai pintor de carros, ela cresceu entre Humaitá e Glória, bairros de classe média do Rio de Janeiro. Os pais optaram em morar na zona sul, em uma quitinete, para ficarem mais perto dos clientes.

Marisa passou a ter crianças de classe média como vizinhos e colegas de escola. "Sempre convivi com pessoas de nível social mais alto do que o meu. E o curioso é que eu tinha a exata dimensão do fosso que separava pessoas brancas de negras. Na zona sul, eu habitava um mundo branco. Mas ao subir o morro para os ensaios da escola de samba São Clemente, pertinho dali, eu me encontrava com muitas pessoas como eu", relembra. "E a realidade delas era muito diferente."

Formada em uma universidade privada em Botafogo, Marisa conseguiu o primeiro emprego como jornalista graças a uma tia costureira que tinha entre seus clientes pessoas influentes da alta sociedade carioca.

Um dia, a tia chamou Marisa para ir ao lançamento de um livro. Foi a contragosto, mas lá foi apresentada a várias personalidades, e disso surgiu a vaga de estágio em uma rádio. Marisa saiu de lá 13 anos depois, como repórter especial e coordenadora de cobertura de eventos especiais, como o carnaval na Sapucaí.

"Depois dessa experiência, saí com um networking poderoso. Fui indicada para trabalhar como jornalista e apresentadora de TV, dividi bancada com comunicadores famosos, fui gerente em várias empresas públicas e privadas, tive uma empresa de comunicação com uma vasta carteira de clientes, trabalhei no comitê de candidatura dos Jogos Olímpicos de 2016 no Rio e lá conheci o executivo que viria a me indicar para a vaga que ocupo hoje", conta.

"Com isso, já são vários anos como coordenadora, gestora ou gerente. Além de minha capacidade técnica, acredito que estar perto das pessoas certas e ser indicada por elas foi fundamental para que eu chegasse aqui."

Capital social
O sociólogo Emerson Rocha afirma que para ser bem-sucedido na carreira, o indivíduo depende de capitais pessoais, como o econômico, o cultural e o social.

"O econômico refere-se ao dinheiro que você dispõe para custear sua sobrevivência e educação. O cultural vem da origem da família e o quanto ela influencia o próprio indivíduo - por exemplo, o fato de os pais terem curso superior aumenta a chance de seu filho também vir a ter", diz.

"Conviver com colegas e parentes na mesma situação também favorece. Agora, quando se é pobre, é bem provável que você conheça mais pessoas pobres, fazendo seu capital social ficar restrito a esse grupo. Assim, ao não ter uma rede social de recursos para acessar, você acaba ficando distante de boas oportunidades, como ocupar um cargo de gerência."

Para incrementar o capital social, existem meios democráticos, como o ingresso em universidades públicas, onde é possível "travar contato e conhecimento com uma série de pessoas de classe média, média alta e até alta, e isso é uma boa oportunidade para formar capital social através dessas interações", afirma Rocha.

Capital social escasso afeta negros e brancos. A diferença, para Rocha, é que, em primeiro lugar, há muito mais negros entre os pobres. Numericamente, esses são mais afetados, pois representam três quartos da população menos favorecida, segundo o Instituto Econômico de Pesquisa Aplicada (Ipea). Ou seja, em cada quatro pobres, três são negros.

"Razões históricas como a escravidão explicam esse fosso. Os negros de hoje têm como antepassados gerações de pessoas que foram legal e institucionalmente discriminadas. Como se pode competir com o capital social de um branco que não passou por isso?", questiona.

Outro motivo, segundo o pesquisador, é que há fatores subjetivos cruciais para a formação de uma rede de capital social. Por exemplo, quando uma pessoa se aproxima de alguém, muitas vezes especula quais são as amizades - e oportunidades - que ela pode obter ao se conectar àquela pessoa.

"É a base da lógica do networking. E, por já chegar ao mercado de trabalho com pouco capital social, o negro fica em grande desvantagem para fortalecer sua rede. O preconceito sugere que, com um negro, se está diante de alguém com baixo capital social", afirma Rocha.

Inclusão
Para aumentar o número de executivos negros em seus quadros e, por consequência, ampliar o capital social de seus funcionários, cabe às empresas ficarem mais atentas à falta de diversidade, implantando políticas de maior inclusão de profissionais negros.

A pesquisa do BID e do Ethos mostra que as organizações entrevistadas buscam promover a inclusão de diversos grupos em desvantagem. Porém, enquanto 41% têm políticas para pessoas com deficiência, 28% incluem as mulheres e apenas 8% têm ações afirmativas para negros.

"A grande desculpa das empresas é dizer que não conseguem equilibrar a diversidade porque não se acha negros no LinkedIn formados nas melhores universidades do país ou que falem inglês", afirma Alexandra Loras, ex-consulesa da França e hoje CEO da Protagonizo, empresa de headhunting especializada em colocar no mercado profissionais negros com altas aptidões.

A Protagonizo reúne o cadastro de mais de 2 mil profissionais negros com nível superior e pós-graduação, formados nas melhores universidades do país e no exterior, e que falam até quatro idiomas.

"Percebi que esses talentos negros com alto potencial sempre existiram. Só que as empresas não conseguem acessá-los porque dentro de seus quadros de RH têm pessoas brancas que não conhecem as ações e movimentos de pessoas negras. E mais: as pesquisas mostram que é muito natural e visceral que um branco escolha outro branco que, por exemplo, tenha estudado na mesma universidade de prestígio. Daí a ideia de me tornar headhunter para aumentar a presença da participação de negros no mercado de trabalho no Brasil", afirma Loras.

"Até hoje as empresas só tiveram homens brancos vindos de universidades de elite exercendo cargos de executivos. É claro que eles não conseguem falar com o verdadeiro público brasileiro, que é formado em sua maioria por negros e mulheres. E isso é uma grande perda de dinheiro", explica.

A jornalista soteropolitana Monique Evelle, que aos 22 anos já foi eleita como uma das 25 mulheres negras mais influentes da internet, é outra empreendedora que viu na diversidade a chance de aumentar o número de profissionais negros altamente qualificados no mercado de trabalho.

Idealizadora do projeto Desabafo e dona da Evelle Consultoria, ela ajuda empresas que desejam não só diversificar seus quadros, como também implantar a cultura de direitos humanos. Para ela, é preciso desconstruir o imaginário social que acredita que apenas uma única vaga ocupada por um negro em algum lugar de destaque prova que o racismo no Brasil não existe.

"A gente não está no mercado apenas para brigar por inclusão, porque, ao falar só disso, a gente continuará exercendo cargos subalternos", opina.

"Nossa tentativa é fazer com que pessoas negras exerçam cargos de liderança e de gestão de forma proporcional às pessoas brancas. Não é porque uma organização tem entre seus executivos um único negro ou gay ou mulher que significa que esteja fazendo diversidade ou sendo amiga das minorias. É preciso haver proporcionalidade. Isso, sim, faz a grande diferença."

Emerson Rocha vai além. "É claro que abrir-se para a diversidade não é uma questão de contratar uma pessoa desqualificada só porque é negra. Não é isso. É você contratar uma pessoa negra qualificada para aquele cargo. Com certeza, ela virá com gana de vencer, de agregar e, melhor, de produzir novos capitais sociais que podem ajudar na entrada de mais profissionais negros entre cargos de gerência no Brasil."


P.S.: O parágrafo sob o título ''capital social'' meio que resume a ideia do texto, vale conferir.

É complicado isso. Já tem mulher defendendo QI só pra mulheres, contra a sociedade patriarcal. Acho que as coisas moldadas dessa maneira não levam a um bom caminho. O ideal seria a competência, mas isso infelizmente está cada vez mais sendo relegado a segundo plano.
 

Cafetão Chinês

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Interessante pontuar que quando levantam a questão das cotas raciais os dois argumentos contra sempre são esses: "racismo não existe", "tem branco que mora na favela também". Racismo existe. Branco na favela também existe; mas ainda assim vai ter muito mais oportunidades do que um negro.
Não me lembro de ninguém falando que racismo "não existe" para ser contrário a cotas. E sim porque as cotas elas próprias são uma política racista.

Fora as implicações eugenistas dessa prática. Como você define alguém da raça negra numa população tão miscigenada? É pelo fenótipo? Pelo genótipo? E os pardos? São negros ou brancos? E os índios tem direito a cotas também? E os ciganos? e os bolivianos? e as pessoas de pele branca com genes africanos?
Vai colocar um tribunal para julgar quem é de certa raça e quem não é? hmm, acho que me lembro desse tipo de política eu um certo país europeu da década de 30...
As cotas só contribuem para aumentar ainda mais estigmas racistas que ainda existem na sociedade.

Ou seja, se é para defender cotas, que seja somente pela condição financeira. Nunca, JAMAIS pela raça.

E sabe porque negros mais pobres tem pouca oportunidade? Porque não há capitalismo e livre-mercado no Brasil. Porque o estado brasileiro é e sempre foi uma máquina que impede a ascensão social, e que mantém o status quo daqueles que se beneficiam do seu gigantismo.

As próprias universidades "públicas", o que você acha que elas são? No fundo uma grande máquina que reverte dinheiro dos mais pobres para os mais ricos.
Quantos pobres você já viu frequentando cursos de elite dessas universidades? Praticamente inexistem, e quem custeia isso são os pobres através dos seus impostos.
Quem frequenta os cursos de elite serão sempre aqueles que podem arcar com cursinhos mais caros e escolas privadas de boa qualidade. Você vai em cursos de medicina e só vê aqueles carrões último ano. E quem custeia esse curso é o pobre favelado (que jamais chegará perto de um curso desses) através dos impostos federais e estaduais que paga num simples pãozinho.

Ou seja, ao invés de ser a favor de "cotas", seja contra a universidade "pública" (que de pública não tem nada).

Os economistas Thomas Sowell e Walter Williams (dois dos mais brilhantes vivos) mostram como políticas de cotas não surtiram efeito que pretendiam, e só contribuíram para aumentar conflitos raciais. E que o capitalismo e o livre-mercado contribuíram muito mais para ascender os negros socialmente:



 
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É um assunto complicado... quem é beneficiado com as cotas pode se sentir "menor" por esse subsídio. Dependendo do meio pode até segregar ainda mais a pessoa.
Eu acredito que com o tempo os negros nivelarão as coisas, considerando ainda a taxa de natalidade. Aí quem sabe poderão ser vistos com naturalidade jantando no Fasano e dirigindo sua Mercedes.
Claro que isso não vai acabar totalmente com o racismo. É intrínseco do ser humano explorar as diferenças, sejam elas quais forem.

Esse tempo que você cita pode demorar décadas no Brasil. A cota tá aí justamente como um mecanismo para que não demore tanto assim. E sobre a pessoa se sentir "menor", acho bem difícil. Pelo menos do que eu observo, a grande maioria dos negros são a favor.
 


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Teve um programa do roda-viva com o escritor do livro ''escravidão''.
Nesse link tem uma matéria do correio braziliense com outros pontos defendidos pelo mesmo.

Que evocam esse assunto de que o tempo de 'compensação' ou 'reparação' sem cotas, demoraria ainda cerca de 130 a 150 anos (isso foi até uma conclusão de um dos inquiridores no roda-viva citado).

Se for parar pra pensar... são 132 anos desde a lei áurea e mais 150 anos, daria algo como 280 anos mais ou menos.

O tempo que durou o tráfico transatlântico e posterior trabalho escravizado no Br, foi mais ou menos igual, de 1580 até 1888 (308 anos, o tempo que levou para o afro-brasileiro ser encontrar no fundo do poço da pirâmide social do país).

Edit:
Foi mencionado no roda-viva a estimativa de tempo para se atingir a tal ''igualdade'' ou melhor, equivalência salarial no Brasil.

Mas tem outro estudo, da oxfam, que saiu no noticias.uol que o tempo é até menos, daqui a 69 anos, ou seja, em 2089 (isso são 200 anos após a lei áurea, melhor que os 280 citados no início do post).

Novamente, lembrando, não entrando no mérito de se ter as ações de cotas étnicas.

Se o objeto é acelerar o processo, pode-se colocar cotas por renda, tal como se está fazendo nesse auxílio emergencial de R$ 600,00, onde a maioria naturalmente, vai ser afro-descendente, ou seja, são tão (ou melhor) beneficiados nesse critério.

E sem criar tensões étnicas (entre euro-brasileiros contra indígenas e afro-brasileiros, por exemplo) que só interessam a grupos políticos de esquerda pra serem usados como exército de militância para cooptação de cargos de poder.

O Brasil vêm melhorando nesse sentido, o que se precisa é orientar-se corretamente, sem servir de ''NPC'' em prol de interesses partidários.
 
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Quilava

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E vamos de discussões longas com o @Cafetão Chinês.

Não me lembro de ninguém falando que racismo "não existe" para ser contrário a cotas. E sim porque as cotas elas próprias são uma política racista.

Eu vou explicar sobre o "racismo não existe" adiante. Quanto as cotas serem racistas, isso não faz sentido algum.

Fora as implicações eugenistas dessa prática. Como você define alguém da raça negra numa população tão miscigenada? É pelo fenótipo? Pelo genótipo? E os pardos? São negros ou brancos? E os índios tem direito a cotas também? E os ciganos? e os bolivianos? e as pessoas de pele branca com genes africanos?
Vai colocar um tribunal para julgar quem é de certa raça e quem não é? hmm, acho que me lembro desse tipo de política eu um certo país europeu da década de 30...

De fato esse é um dos problemas que persistem nas cotas ainda. É muito delicado dizer até que ponto uma pessoa é negra ou não. E só piora quando pessoas tentam fraudar. Esse é um ponto que deve ser melhorado.

Ou seja, se é para defender cotas, que seja somente pela condição financeira. Nunca, JAMAIS pela raça.

Então cara, a partir do momento que você diz essa frase, você está dizendo: "racismo não existe". Porque se você mesmo concorda que racismo existe, é óbvio que deve separar por raça, porque é isso que racista faz, separa por raça. Se existe essa diferenciação por raça na sociedade, deve existir essa diferenciação por raça também nas cotas.

E sabe porque negros mais pobres tem pouca oportunidade? Porque não há capitalismo e livre-mercado no Brasil. Porque o estado brasileiro é e sempre foi uma máquina que impede a ascensão social, e que mantém o status quo daqueles que se beneficiam do seu gigantismo.

Aí você está querendo partir para uma discussão política e econômica, quando na verdade a cota racial existe por conta de um problema social: racismo.

As próprias universidades "públicas", o que você acha que elas são? No fundo uma grande máquina que reverte dinheiro dos mais pobres para os mais ricos.
Quantos pobres você já viu frequentando cursos de elite dessas universidades? Praticamente inexistem, e quem custeia isso são os pobres através dos seus impostos.
Quem frequenta os cursos de elite serão sempre aqueles que podem arcar com cursinhos mais caros e escolas privadas de boa qualidade. Você vai em cursos de medicina e só vê aqueles carrões último ano. E quem custeia esse curso é o pobre favelado (que jamais chegará perto de um curso desses) através dos impostos federais e estaduais que paga num simples pãozinho.

Aqui você tá defendendo as cotas ou sendo contra? Porque você apontou justamente um ponto importante: mesmo com as cotas raciais e socias existindo já há algum tempo, a desigualdade ainda continua. Mas felizmente, isso está mudando aos poucos. Eu sou formado em universidade pública e felizmente pude ver de perto muitos negros se formando. Não só meu curso, mas em vários outros também, inclusive em medicina. Demora, mas as cotas estão aí para que isso que você disse mude, e está mudando.

Ou seja, ao invés de ser a favor de "cotas", seja contra a universidade "pública" (que de pública não tem nada).

Jamais. Mesmo com todo o sucateamento que existe, a universidade pública continua sendo o que de melhor em ciência o país tem a oferecer. Imagina se investissem mais nelas, o quanto de avanço em ciência teríamos.

Os economistas Thomas Sowell e Walter Williams (dois dos mais brilhantes vivos) mostram como políticas de cotas não surtiram efeito que pretendiam, e só contribuíram para aumentar conflitos raciais. E que o capitalismo e o livre-mercado contribuíram muito mais para ascender os negros socialmente:

Você esqueceu do vídeo do Morgan Freeman cara. Um (ou alguns) negros se posicionarem contra as cotas, não diz nada. Você pode ter certeza que a maioria dos negros, pelo menos aqui no Brasil, são a favor das cotas, por motivos muito plausíveis.
 
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Eu fui cordial na resposta a você, mas já que subiu o tom e começou com a palhaçada (inclusive insinuando que sou racista apenas por ser contrário a cotas), então terá a resposta a altura:

De fato esse é um dos problemas que persistem nas cotas ainda. É muito delicado dizer até que ponto uma pessoa é negra ou não. E só piora quando pessoas tentam fraudar. Esse é um ponto que deve ser melhorado.
Mas tentam "fraudar" como?
Como é que você define quem tem direito a cota? Como você define alguém da raça negra numa população tão miscigenada? É pelo fenótipo? Pelo genótipo? E os pardos? São negros ou brancos? E os índios tem direito a cotas também? E os ciganos? e os bolivianos? e as pessoas de pele branca com genes africanos?
Vai colocar um tribunal para julgar quem é de certa raça e quem não é? hmm, acho que me lembro desse tipo de política eu um certo país europeu da década de 30...

Sim, as cotas são racistas, e eu estou demonstrando o motivo.
Então cara, a partir do momento que você diz essa frase, você está dizendo: "racismo não existe". Porque se você mesmo concorda que racismo existe, é óbvio que deve separar por raça, porque é isso que racista faz, separa por raça. Se existe essa diferenciação por raça na sociedade, deve existir essa diferenciação por raça também nas cotas.
Onde foi que eu disse que racismo não existe? Tá doido?
O que eu disse, é que os critérios adotados pelas cotas são racistas. E não haveria como ser distinto. Afinal , separar pessoas por raças é um critério racista e eugenista.

E as cotas que você defende fazem isso, separam as pessoas por raça por critérios eugenistas.
Aí você está querendo partir para uma discussão política e econômica, quando na verdade a cota racial existe por conta de um problema social: racismo.
Ora, mas a implicação das cotas É política e econômica. Afinal você quer cotas porque? Não é para fazer com que pessoas de certo grupo racial ascendam economicamente?

Pois então, as ideias econômicas esquerdistas fracassadas e imorais que você defende nunca contribuíram para isso. Ao contrário, elas só contribuíram para aumentar ainda mais a distância.
Aqui você tá defendendo as cotas ou sendo contra? Porque você apontou justamente um ponto importante: mesmo com as cotas raciais e socias existindo já há algum tempo, a desigualdade ainda continua. Mas felizmente, isso está mudando aos poucos. Eu sou formado em universidade pública e felizmente pude ver de perto muitos negros se formando. Não só meu curso, mas em vários outros também, inclusive em medicina. Demora, mas as cotas estão aí para que isso que você disse mude, e está mudando.
Óbvio que sou contra. E só se preocupa com "desigualdade" pessoas de mentalidade esquerdista e socialista. O problema é e sempre foi a miséria.
E para mudar esse cenário e prosperar as pessoas, só com capitalismo e livre-mercado.

Agora, se quer defender cotas, que seja somente por critério de renda. Ao invés de defender as cotas raciais que são políticas absolutamente racistas.

Afinal, qualquer um que tenha um pouquinho de neurônios funcionando, vai chegar a conclusão que uma criança chegaria: se você diz que a maioria dos negros é pobre, então a maioria das cotas sociais automaticamente os credenciaria.

Mas claro, eu não vou fazer esse tipo de exigência a você porque sei o quanto é difícil.
Jamais. Mesmo com todo o sucateamento que existe, a universidade pública continua sendo o que de melhor em ciência o país tem a oferecer. Imagina se investissem mais nelas, o quanto de avanço em ciência teríamos.
"Investissem" mais? hahaha
Se com todos os impostos que são arrecadados, as universidades já são sucateadas desse jeito devido a ineficiência e burocracia do estado brasileiro no setor educacional, e não há uma mísera universidade brasileira entre as 250 mundiais, você quer ainda mais dinheiro para essa máquina de desperdício?

No ranking mundial de universidades, a melhor brasileira não fica nem em 250º lugar
https://epocanegocios.globo.com/Mun...hor-brasileira-nao-fica-nem-em-250-lugar.html

Brasileiro trabalha mais de 5 meses do ano para pagar imposto, diz estudo
economia.uol.com.br/noticias/redacao/2019/06/03/dias-trabalhados-ano-para-pagar-imposto.htm

Eu expliquei a você que as universidades públicas são uma máquina de criação de privilégios. Você já viu um pobre favelado cursando medicina?
Dica: não venha usar exceção número 2178171.

Quem custeia a elite da universidade são exatamente os pobres. E você defende isso e ainda se diz contrário a "desigualdade" (essa sim injusta), piada.
Você esqueceu do vídeo do Morgan Freeman cara. Um (ou alguns) negros se posicionarem contra as cotas, não diz nada. Você pode ter certeza que a maioria dos negros, pelo menos aqui no Brasil, são a favor das cotas, por motivos muito plausíveis.
Você nem assistiu o vídeo. Deixa de ser bobão. Como você quer criticar algo que você nem assistiu?
Os dois são economistas brilhantes, e explicam os motivos com dados, números e conceitos econômicos do porque as cotas falham e ainda criam mais cizanias raciais entre as pessoas.

E perceba que eu nenhum momento citei o fato de que os dois são negros, mas sim os citei porque são estudiosos respeitados no assunto e economistas de prestígio.

Mas veja só quem imediatamente se importou com a raça dos especialistas citados...
 
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Se o objeto é acelerar o processo, pode-se colocar cotas por renda, tal como se está fazendo nesse auxílio emergencial de R$ 600,00, onde a maioria naturalmente, vai ser afro-descendente, ou seja, são tão (ou melhor) beneficiados nesse critério.

E sem criar tensões étnicas (entre euro-brasileiros contra indígenas e afro-brasileiros, por exemplo) que só interessam a grupos políticos de esquerda pra serem usados como exército de militância para cooptação de cargos de poder.
Essa parte é crucial.

Se a premissa é a de que as pessoas de certa etnia são mais pobres (sejam elas negros, índios, ciganos ou seja lá qual for). Não faz nenhum sentido utilitário ou lógico defender cotas pelo critério racial em contraposto ao critério de renda.

A consequência é unicamente a cizania racial entre as pessoas, da qual se intui extinguir.
 

Quilava

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Eu fui cordial na resposta a você, mas já que subiu o tom e começou com a palhaçada (inclusive insinuando que sou racista apenas por ser contrário a cotas), então terá a resposta a altura:

Em nenhum momento subi o tom, nem comecei palhaçada, e nem te chamei de machista. Disse que uma frase que você citou, no contexto da discussão, pode ser substituída pela frase: "racismo não existe". É só voltar e ler.

Mas tentam "fraudar" como?
Como é que você define quem tem direito a cota? Como você define alguém da raça negra numa população tão miscigenada? É pelo fenótipo? Pelo genótipo? E os pardos? São negros ou brancos? E os índios tem direito a cotas também? E os ciganos? e os bolivianos? e as pessoas de pele branca com genes africanos?
Vai colocar um tribunal para julgar quem é de certa raça e quem não é? hmm, acho que me lembro desse tipo de política eu um certo país europeu da década de 30...

Não entendi porque você repetiu uma frase que eu já respondi, mas respondendo de novo: esse é um ponto delicado que deve sim ser melhorado. Mas não é motivo suficiente para acabar com as cotas, mas sim aprimorá-las. Quanto às fraudes, estava me referindo a pessoas claramente brancas que se passam por negras.

Sim, as cotas são racistas, e eu estou demonstrando o motivo.

E eu te expliquei o motivo de não fazer sentido. Racismo é definido como: "preconceito e discriminação direcionados a quem possui uma raça ou etnia diferente ". As cotas raciais combatem isso. A frase "cotas são racistas" é só uma frase genérica e sem sentido que as pessoas que são contra replicam para querer jogar uma frase de efeito. Comigo não cola não.

Onde foi que eu disse que racismo não existe? Tá doido?
O que eu disse, é que os critérios adotados pelas cotas são racistas. E não haveria como ser distinto. Afinal , separar pessoas por raças é um critério racista e eugenista.

E as cotas que você defende fazem isso, separam as pessoas por raça por critérios eugenistas.

Cara, mas se o objetivo da cota racial é combater o racismo, você quer que isso seja feito como? Separando a pessoa por constelação? Que ideia cara.

Ora, mas a implicação das cotas É política e econômica. Afinal você quer cotas porque? Não é para fazer com que pessoas de certo grupo racial ascendam economicamente?

Com certeza um dos objetivos é esse, ocorre que existe um problema social que faz com que pessoas negras tenham mais dificuldades para alcançarem esse objetivo.

Pois então, as ideias econômicas esquerdistas fracassadas e imorais que você defende nunca contribuíram para isso. Ao contrário, elas só contribuíram para aumentar ainda mais a distância.

Nossa, caramba hein. Ideias econômicas esquerdistas fracassadas e imorais. Você quer um biscoito? Porque eu não entendi. Você tenta mudar o rumo da discussão toda hora. E ainda tenta fazer isso com conversa meme. Tem que se esforçar mais cara.

"Investissem" mais? hahaha
Se com todos os impostos que são arrecadados, as universidades já são sucateadas desse jeito devido a ineficiência e burocracia do estado brasileiro no setor educacional, e não há uma mísera universidade brasileira entre as 250 mundiais, você quer ainda mais dinheiro para essa máquina de desperdício?

No ranking mundial de universidades, a melhor brasileira não fica nem em 250º lugar
https://epocanegocios.globo.com/Mun...hor-brasileira-nao-fica-nem-em-250-lugar.html

Entendi, então vamos raciocinar de acordo com você está dizendo. As universidades públicas estão longe de serem as melhores do mundo, aí ao invés de melhorar elas, você quer acabar? Isso não tem sentido nem lógico.

Mas entrando nessa brincadeira, já que você se preocupa tanto com a ciência do Brasil, deixe eu te falar um negócio: faculdade particular é muito pior.


Então se a sua preocupação com a educação e ciência no Brasil são verdadeiras, começa a defender a universidade pública, porque se depender das faculdades particulares, a ciência no país acabou.

Brasileiro trabalha mais de 5 meses do ano para pagar imposto, diz estudo
economia.uol.com.br/noticias/redacao/2019/06/03/dias-trabalhados-ano-para-pagar-imposto.htm

Hahaha claro, porque com toda certeza, todos os impostos vão para as universidades públicas hahahaha. Fala sério cara, é muito meme hahaha. Pra cima de mim po hahahaha. Essa ginástica mental aí não cola comigo não, foi mal.

Eu expliquei a você que as universidades públicas são uma máquina de criação de privilégios. Você já viu um pobre favelado cursando medicina?
Dica: não venha usar exceção número 2178171.

Novamente não tem nem sentido lógico. Se com cotas já é difícil ver pobre favelado cursando medicina, aí tua solução é acabar? Aí deixa impossível de vez? Fala sério né cara. E a exceção número 2178171 tá começando a aumentar e deixando de ser exceção, felizmente não é mesmo?

Você nem assistiu o vídeo. Deixa de ser bobão. Como você quer criticar algo que você nem assistiu?

Não assisti cara. Que ideia. Aí eu te mando outros dois vídeos de alguém defendendo e a gente fica nisso? Mandando vídeo? Eu tô discutindo com você. Você pega o você absorveu do vídeo e utiliza como argumento para a discussão.

E perceba que eu nenhum momento citei o fato de que os dois são negros, mas sim os citei porque são estudiosos respeitados no assunto e economistas de prestígio.

Mas veja só quem imediatamente se importou com a raça dos especialistas citados...

Nossa cara, caramba hein, de novo a ginástica mental? Costuma colar com pessoal? Deve colar né hahahaha.

Se a premissa é a de que as pessoas de certa etnia são mais pobres (sejam elas negros, índios, ciganos ou seja lá qual for). Não faz nenhum sentido utilitário ou lógico defender cotas pelo critério racial em contraposto ao critério de renda.

Cotas sociais são sim muito importantes, inclusive nem sabia que você era a favor delas, fico feliz de saber. Mas cotas raciais também são importantes, porque racismo existe. E o racismo é sobre cor, não é sobre renda. Isso não é difícil de entender.
 
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Não entendi porque você repetiu uma frase que eu já respondi, mas respondendo de novo: esse é um ponto delicado que deve sim ser melhorado. Mas não é motivo suficiente para acabar com as cotas, mas sim aprimorá-las. Quanto às fraudes, estava me referindo a pessoas claramente brancas que se passam por negras.
Mas que "fraude" ô gênio iluminado, se você nem mesmo definiu qual o critério será o escolhido para definir se a pessoa atende ao critério racial, como você quer dizer que há fraude? hahahahaha

Vou repetir novamente para você não se fazer de sonso:

Como é que você define quem tem direito a cota? Como você define alguém da raça negra numa população tão miscigenada? É pelo fenótipo? Pelo genótipo? E os pardos? São negros ou brancos? E os índios tem direito a cotas também? E os ciganos? e os bolivianos? e as pessoas de pele branca com genes africanos?
Vai colocar um tribunal para julgar quem é de certa raça e quem não é? hmm, acho que me lembro desse tipo de política eu um certo país europeu da década de 30...
E eu te expliquei o motivo de não fazer sentido. Racismo é definido como: "preconceito e discriminação direcionados a quem possui uma raça ou etnia diferente ". As cotas raciais combatem isso. A frase "cotas são racistas" é só uma frase genérica e sem sentido que as pessoas que são contra replicam para querer jogar uma frase de efeito. Comigo não cola não.
Você é um iluminado, quer acabar com racismo defendendo medidas racistas como as cotas (que separam as pessoas por raças).
Já pensou em se candidatar ao Nobel?
Entendi, então vamos raciocinar de acordo com você está dizendo. As universidades estão longes de serem as melhores do mundo, aí ao invés de melhorar elas, você quer acabar? Isso não tem sentido nem lógico.

Mas entrando nessa brincadeira, já que você se preocupa tanto com a ciência do Brasil, deixe eu te falar um negócio: faculdade particular é 10x pior.
Melhorar como gênio? Se com todos os impostos elas são ineficientes e estão entre as melhores, você quer tirar recurso de onde para elas? De Nárnia?
De onde vem o dinheiro do governo, hein iluminado?

E olha que interessante. Os mais ricos cursam a universidade pública paga pelos pobres. Enquanto os pobres são obrigados a pagar pelos ricos e ainda cursar em universidades particulares. E você defende isso e se diz contra a desigualdade.
Mas é realmente um iluminado...
Então se a sua preocupação com a educação e ciência no Brasil são verdadeiras, começa a defende a universidade pública, porque se depender das faculdades particulares, a ciência no país acabou.
Mas é claro que a produção científica é toda estatal. O estado toma 40% da renda do país em impostos e você quer pesquisa privada como?
A questão é a qualidade dessa pesquisa científica, que é uma porcaria. Muito abaixo em comparação aos outros países.
Além disso, esquerdistas imbecis gritam que "não pode existir investimento privado na educação, educação não é negócio". E com isso conseguiram deixar o investimento privado nas universidades quase que proibitivo no país, ´pois é proibitivo por leis e burocracia que impedem de acontecer:
https://www.gazetadopovo.com.br/edu...-abrem-as-empresas-5dyzuqc02hagn7plv17xnxt92/

Nos EUA, onde a participação da iniciativa privada é muito maior. Estão no topo do ranking de produção científica. E as melhores universidades são todas privadas.
https://www.scimagojr.com/countryrank.php

Aliás, o Chile que gasta muito menos per capita com educação, tem bem mais pesquisas relevantes do que o Brasil. E as universidades são privadas.
Nature: investimento anual do Brasil em pesquisa científica é superior a duas Copas
https://veja.abril.com.br/ciencia/n...-pesquisa-cientifica-e-superior-a-duas-copas/

Gasto brasileiro com ciência é muito pouco eficiente, diz ‘Nature’
https://www.ufrgs.br/blogdabc/gasto-brasileiro-com-ciencia-e-muito/

Em 2013, segundo a Nature, o Brasil publicou 670 artigos nessas revistas. Seu gasto com ciência e desenvolvimento é da ordem de US$ 30 bilhões ao ano.

Em comparação, o Chile publicou mais que o Brasil (717 artigos), gastando menos de US$ 2 bilhões, um desempenho muito bom. Israel publicou 1.008 artigos gastando cerca de US$ 9 bilhões.

Cotas sociais são sim muito importante, inclusive nem sabia que você era a favor delas, fico feliz de saber. Mas cotas raciais também são importantes, porque racismo existe. E o racismo é sobre cor, não é sobre renda. Isso não é difícil de entender.
Cotas raciais só servem para criar conflitos raciais e mais racismo. Não se combate racismo com uma política racista.

Agora se é para defender cotas, se você tivesse o mínimo de coerência, perceberia que se o argumento é o de que existem poucos negros na universidade porque são pobres, então as cotas sociais automaticamente serviriam para esse contexto.

Mas isso claro, se você tivesse coerência e substância, coisa que você não tem.
 
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Mas que "fraude" ô gênio iluminado, se você nem mesmo definiu qual o critério será o escolhido para definir se a pessoa atende ao critério racial, como você quer dizer que há fraude? hahahahaha

Vou repetir novamente para você não se fazer de sonso:

Como é que você define quem tem direito a cota? Como você define alguém da raça negra numa população tão miscigenada? É pelo fenótipo? Pelo genótipo? E os pardos? São negros ou brancos? E os índios tem direito a cotas também? E os ciganos? e os bolivianos? e as pessoas de pele branca com genes africanos?
Vai colocar um tribunal para julgar quem é de certa raça e quem não é? hmm, acho que me lembro desse tipo de política eu um certo país europeu da década de 30...

Eu vou responder novamente, é a terceira vez: eu concordo que é uma questão delicada. Agora, quanto ao processo, ao mecanismo, aos detalhes, eu não posso dizer, porque com certeza tem pessoas muito mais competentes do que eu para fazer isso.

Você é um iluminado, quer acabar com racismo defendendo medidas racistas como as cotas (que separam as pessoas por raças).
Já pensou em se candidatar ao Nobel?

Então cara, de novo, você tá repetindo coisas que eu já respondi. Tá com algum bug aí no seu computador? Porque eu já respondi. Vou citar aqui de novo:
Racismo é definido como: "preconceito e discriminação direcionados a quem possui uma raça ou etnia diferente ". As cotas raciais combatem isso. A frase "cotas são racistas" é só uma frase genérica e sem sentido que as pessoas que são contra replicam para querer jogar uma frase de efeito. Comigo não cola não.

Agora eu te pergunto, se o objetivo da cota racial é combater o racismo, você quer que isso seja feito como? Separando a pessoa por constelação? Eu gostaria que você me explicasse.

Melhorar como gênio? Se com todos os impostos elas são ineficientes e estão entre as melhores, você quer tirar recurso de onde para elas? De Nárnia?
De onde vem o dinheiro do governo, hein iluminado?

Ineficiente? A universidade pública representa 95% da produção científica do país e você diz ser ineficiente? Você tá de sacanagem? Só pode ser.

E olha que interessante. Os mais ricos cursam a universidade pública paga pelos pobres. Enquanto os pobres são obrigados a pagar pelos ricos e ainda cursar em universidades particulares. E você defende isso e se diz contra a desigualdade.
Mas é realmente um iluminado...

Eu adoro esse seu raciocínio. Algo deveria estar melhor, e aí a sua solução é acabar de vez. Não tem nem sentido cara. Você tá usando um monte de frase genérica sem pé nem cabeça. Como você mesmo disse, a universidade pública é paga também com o dinheiro dos pobres, nada mais justo que eles terem acesso à universidade.

Mas é claro que a produção científica é toda estatal. O estado toma 40% da renda do país em impostos e você quer pesquisa privada como?
A questão é a qualidade dessa pesquisa científica, que é uma porcaria. Muito abaixo em comparação aos outros países.
Além disso, esquerdistas imbecis gritam que "não pode existir investimento privado na educação, educação não é negócio". E com isso conseguiram deixar o investimento privado nas universidades quase que proibitivo no país.

Nos EUA, onde a participação da iniciativa privada é muito maior. Estão no topo do ranking de produção científica. E as melhores universidades são todas privadas.
https://www.scimagojr.com/countryrank.php

Aliás, o Chile que gasta muito menos per capita com educação, tem bem mais pesquisas relevantes do que o Brasil. E as universidades são privadas.

Nature: investimento anual do Brasil em pesquisa científica é superior a duas Copas
https://veja.abril.com.br/ciencia/n...-pesquisa-cientifica-e-superior-a-duas-copas/

Gasto brasileiro com ciência é muito pouco eficiente, diz ‘Nature’
https://www.ufrgs.br/blogdabc/gasto-brasileiro-com-ciencia-e-muito/

Em 2013, segundo a Nature, o Brasil publicou 670 artigos nessas revistas. Seu gasto com ciência e desenvolvimento é da ordem de US$ 30 bilhões ao ano.

Em comparação, o Chile publicou mais que o Brasil (717 artigos), gastando menos de US$ 2 bilhões, um desempenho muito bom. Israel publicou 1.008 artigos gastando cerca de US$ 9 bilhões.

Essa é uma discussão bastante interessante, sobre a qualidade da pesquisa científica brasileira, mas não dá para simplesmente resumir dessa maneira. É preciso avaliar e analisar diversos pontos diferentes. A gente vive em um país que nunca valorizou a educação como deveria. Você pode tirar isso pelo exato momento em que vivemos e pelo seu próprio comentário. Nós podemos voltar a discutir sobre o assunto, mas vai ter que ser uma discussão muito mais científica do que propriamente ideológica. E me conhecendo, eu iria querer pesquisar mil coisas, e com todo respeito, no momento eu não acho que vale a pena.

Cotas raciais só servem para criar conflitos sociais e mais racismo. Não se combate racismo com uma política racista.

Eu já respondi sobre isso. Qual seria sua solução então? Fingir o que racismo não existe? Esperar décadas para a sociedade tratar alguém de cor diferente igual? As cotas são soluções imperfeitas para uma realidade imperfeita. Racismo existe. Esse é o motivo principal para existir cotas raciais. E sim, devem existir cotas sociais também.

Mas isso claro, se você tivesse coerência e substância, coisa que você não tem.

Você responde várias cosias sem sentido, repete pergunta, foge do assunto, e manda essa. Tá ok cara.
 

Quilava

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Parei no "Dizem que racismo não existe".

Algo se salva depois disso?

Goris, você nunca viu alguém dizer que racismo não existe? Nunca viu ninguém debochando sobre o assunto? Fazendo piada, etc? Nem aqui no fórum?

De qualquer jeito, que tal você pegar o contexto da frase?

Pra mim, quando uma pessoa diz que é a favor de cotas sociais, mas diz que não há necessidade de cotas raciais, essa pessoa está pressupondo que racismo não existe. Porque se racismo existe, como se combate ele se não for através de ações em prol da questão racial?
 

Goris

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Goris, você nunca viu alguém dizer que racismo não existe? Nunca viu ninguém debochando sobre o assunto? Fazendo piada, etc? Nem aqui no fórum?
Não, não de fontes confiáveis. E, nem aqui no fórum.

Demorei pra responder porque entre uma postagem e outra tava lendo muitos tópicos.

Resultado de "Não Existe Racismo" + Fórum Outerspace
[Racismo] Quase toda pressoa branca é racista, mesmo que não queira
Quem diz "Não existe racismo" é um pai negro, segundo pesquisadora. Na página 4 o Darren Reyes (esquerdista) diz que não existe e, na página 5, vários usuários tarimbados da pasta (direitistas) dizem que não existe racismo... Reverso. No que estão corretos, racismo é racismo.

Racismo em DB muda a cor do Sr Popo
Na página 2, falam em termo de ironia que não existe racismo.

[Racismo] Campanha do SUS atribui a racismo contra negros doença causada por genética
Sendo honesto, a pesquisa me mandou pra este tópico, na página 5, mas nem a 4 nem a 6 tem nada.

[Racismo] Preconceito Racial nos Jogos
Esse eu tive que caçar... Só na página 6 dizem que não existe racismo e... tbm é ironia.

[Epic] Morgan Freeman fala sobre racismo
Falta eu ler pra encontrar.

[Não existe Racismo]Aluno da FGV é acusado de racismo
Basicamente, só pessoas ironizando o título.

[Racismo reverso das maiorias] Patroa branca registra queixa de injúria racial contra doméstica
Só a frase "Racismo Reverso Não Existe!"


De repente com você pesquisando, encontra algo aqui no fórum pra confirmar sua idéia. Eu não achei.

PS: Vale a pena ler o tópico da campanha do SUS. Eu vou voltar e ler do começo. Mas parece que muita gente que pensa como você tá criticando a OS por dizer algo que não encontrei sendo dita na OS. É aquele lance, quem vê racismo em tudo, enxerga até onde naoi exste.
 

Aloeh

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E vamos de discussões longas com o @Cafetão Chinês.


Então cara, a partir do momento que você diz essa frase, você está dizendo: "racismo não existe". Porque se você mesmo concorda que racismo existe, é óbvio que deve separar por raça, porque é isso que racista faz, separa por raça. Se existe essa diferenciação por raça na sociedade, deve existir essa diferenciação por raça também nas cotas.

Tô falando na boa, não me interprete mal. Mas o que você disse é simplesmente legitimar o racismo. Essa atitude de "Se o racista faz então eu faço também" é racismo, por mais que a intenção seja boa.

Esse Quote do Morgan Freeman
Stop talking about it. I'm going to stop calling you a white man, and I'm going to ask you to stop calling me a black man. I know you as Mike Wallace. You know me as Morgan Freeman. You want to say, `Well, I know this white guy named Mike Wallace.' You know what I'm saying?

Eu acho maravilhoso devemos nos chamar um ao outro apenas do que somos (pessoas), e não a raça.

Não vou entrar nessa discussão pela simples falta de tempo, infelizmente não tô tendo tempo nem pra almoçar.

Abs.
 

Goris

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Quilava disse:
Pra mim, quando uma pessoa diz que é a favor de cotas sociais, mas diz que não há necessidade de cotas raciais, essa pessoa está pressupondo que racismo não existe.

Porque se racismo existe, como se combate ele se não for através de ações em prol da questão racial?
Antes de ficar ofendido, leia até o fim:

O QUE É UMA FALÁCIA?
Na lógica e na retórica, uma falácia é um argumento logicamente inconsistente, sem fundamento, inválido ou falho na capacidade de provar eficazmente o que alega. Argumentos que se destinam à persuasão podem parecer convincentes para grande parte do público apesar de conterem falácias, mas não deixam de ser falsos por causa disso.

Reconhecer as falácias é por vezes difícil. Os argumentos falaciosos podem ter validade emocional, íntima, psicológica, mas não validade lógica.


Ou seja, falácias são argumentos que tem peso lógico zero (ou quase) mas tem grande apelo emocional, o que faz com que muitas pessoas defendam como se fosse racional.

Falácias geralmente são usadas por pessoas desonestas que querem vencer uma discussão, mas pode acontecer de uma pessoa realmente honesta ser convencida por ela e a defender. Já que acredita estar defendendo algo lógico.

=>Se você não defende que bandido seja morto =>Você é defensor de bandido

Veja que o argumento acima (que pode literalmente ser trocado pelo seu) tem zero valor logico.

Eu posso ser contra o crime, mas achar que matar bandido vai manter o número de bandidos iguais (porque se vc mata alguém, tbm vc se torna assassino).

Eu posso defender que melhor que matar bandido é o fazer pagar à sociedade (quebrando pedras, asfaltando ruas, trabalhando para o Estado).

Eu posso defender que melhor que matar bandido é o recuperar, porque o matar não trará a vítima de volta.

E eu posso, inclusive, defender que melhor que matar bandido é deixar ele sofrendo durante 35 anos numa cadeia, sem sair, com comida ruim, brigas, estupros ...

Ou seja, eu posso ser contra matar bandido por n razões, que não por eu ser defensor de bandido.

Dizer que é a favor de cotas sociais, mas não de cotas raciais é a mesmíssima coisa.

Seu pensamento é emotivo, não lógico.

Espero que dê pra rever.
 

geist

Lenda da internet
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Então cara, a partir do momento que você diz essa frase, você está dizendo: "racismo não existe". Porque se você mesmo concorda que racismo existe, é óbvio que deve separar por raça, porque é isso que racista faz, separa por raça. Se existe essa diferenciação por raça na sociedade, deve existir essa diferenciação por raça também nas cotas.


Isso não faz sentido algum meu caro. Racismo existe, logo vamos separar por raças. Isso é aprofundar ainda mais o racismo e não suavizá-lo.

E o foco do vídeo é outro pessoal. Não é no aspecto econômico e sim no racial. A família mostrada é abastada, em posição muito melhor que muitas famílias brancas da época e de hoje em dia. O objetivo foi mostrar que mesmo com ascenção social, o negro ainda sofre racismo.

Vou repetir o que disse no primeiro post:

Eu mesmo era um que não pensava muito por esse ângulo, achando haver mais ligação do racismo com a condição socioeconômica do indivíduo. Esse curta mostra uma família negra de classe média do início dos anos 90 e a barreira que a filha deles enfrentou ante uma situação.

Nem sempre dá pra conseguir o que quer na base do esforço, dedicação e sorte. Tem barreiras que não são transponíveis.
Devemos aprender a sonhar só com aquilo que podemos ter? Fica a reflexão.
 

Quilava

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Não, não de fontes confiáveis. E, nem aqui no fórum.

Demorei pra responder porque entre uma postagem e outra tava lendo muitos tópicos.

Resultado de "Não Existe Racismo" + Fórum Outerspace
[Racismo] Quase toda pressoa branca é racista, mesmo que não queira
Quem diz "Não existe racismo" é um pai negro, segundo pesquisadora. Na página 4 o Darren Reyes (esquerdista) diz que não existe e, na página 5, vários usuários tarimbados da pasta (direitistas) dizem que não existe racismo... Reverso. No que estão corretos, racismo é racismo.

Racismo em DB muda a cor do Sr Popo
Na página 2, falam em termo de ironia que não existe racismo.

[Racismo] Campanha do SUS atribui a racismo contra negros doença causada por genética
Sendo honesto, a pesquisa me mandou pra este tópico, na página 5, mas nem a 4 nem a 6 tem nada.

[Racismo] Preconceito Racial nos Jogos
Esse eu tive que caçar... Só na página 6 dizem que não existe racismo e... tbm é ironia.

[Epic] Morgan Freeman fala sobre racismo
Falta eu ler pra encontrar.

[Não existe Racismo]Aluno da FGV é acusado de racismo
Basicamente, só pessoas ironizando o título.

[Racismo reverso das maiorias] Patroa branca registra queixa de injúria racial contra doméstica
Só a frase "Racismo Reverso Não Existe!"


De repente com você pesquisando, encontra algo aqui no fórum pra confirmar sua idéia. Eu não achei.

PS: Vale a pena ler o tópico da campanha do SUS. Eu vou voltar e ler do começo. Mas parece que muita gente que pensa como você tá criticando a OS por dizer algo que não encontrei sendo dita na OS. É aquele lance, quem vê racismo em tudo, enxerga até onde naoi exste.

Goris, como eu disse antes, se você não pegar o contexto, e interpretar o contexto, vai ficar difícil. Quando eu digo que pessoas dizem "racismo não existe", não é, necessariamente, a pessoa dizer essa frase com essas mesmas palavras, mas sim dar a entender isso. Por exemplo, quando a pessoa age como se o racismo não existisse. E se a pessoa age como se o racismo não existisse, subentende-se que para essa pessoa, racismo não existe.

Ou então, quando a pessoa diz sim, ter consciência que o racismo existe, mas que para ela, o racismo não é um problema "grande o suficiente" para justificar a existência de ações afirmativas que combatem o racismo, essa pessoa está partindo do pressuposto que o racismo não é um problema. E se não é um problema, então não existe.

O meu ponto é: não adianta a pessoa dizer que racismo existe, mas agir como se ele não existisse. E aqui nesse tópico você tem exemplo disso. E em outros tópicos você tem outros exemplos. E, infelizmente, tem exemplo de pessoas que fazem piadas, debocham, ri, mas eu não vou dar nem biscoito para essas pessoas.

Resumindo, quando eu falei que um dos maiores argumentos contra é "racismo não existe", eu me referi aos argumentos que pressupõem de que o racismo não existe ou de que ele não é um problema grave, e não a frase em si.

Antes de ficar ofendido, leia até o fim:

O QUE É UMA FALÁCIA?
Na lógica e na retórica, uma falácia é um argumento logicamente inconsistente, sem fundamento, inválido ou falho na capacidade de provar eficazmente o que alega. Argumentos que se destinam à persuasão podem parecer convincentes para grande parte do público apesar de conterem falácias, mas não deixam de ser falsos por causa disso.

Reconhecer as falácias é por vezes difícil. Os argumentos falaciosos podem ter validade emocional, íntima, psicológica, mas não validade lógica.


Ou seja, falácias são argumentos que tem peso lógico zero (ou quase) mas tem grande apelo emocional, o que faz com que muitas pessoas defendam como se fosse racional.

Falácias geralmente são usadas por pessoas desonestas que querem vencer uma discussão, mas pode acontecer de uma pessoa realmente honesta ser convencida por ela e a defender. Já que acredita estar defendendo algo lógico.

=>Se você não defende que bandido seja morto =>Você é defensor de bandido

Veja que o argumento acima (que pode literalmente ser trocado pelo seu) tem zero valor logico.

Eu posso ser contra o crime, mas achar que matar bandido vai manter o número de bandidos iguais (porque se vc mata alguém, tbm vc se torna assassino).

Eu posso defender que melhor que matar bandido é o fazer pagar à sociedade (quebrando pedras, asfaltando ruas, trabalhando para o Estado).

Eu posso defender que melhor que matar bandido é o recuperar, porque o matar não trará a vítima de volta.

E eu posso, inclusive, defender que melhor que matar bandido é deixar ele sofrendo durante 35 anos numa cadeia, sem sair, com comida ruim, brigas, estupros ...

Ou seja, eu posso ser contra matar bandido por n razões, que não por eu ser defensor de bandido.

Dizer que é a favor de cotas sociais, mas não de cotas raciais é a mesmíssima coisa.

Seu pensamento é emotivo, não lógico.

Espero que dê pra rever.

Então cara, acontece que você simplesmente interpretou errado. Em nenhum momento eu disse que se a pessoa se posicionar como se o racismo não existisse, ela é a favor do racismo. São coisas completamente diferentes. Eu nem entendi direito o que você quis dizer. Sinceramente o seu comentário que me pareceu uma falácia.
 
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Quilava

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Tô falando na boa, não me interprete mal. Mas o que você disse é simplesmente legitimar o racismo. Essa atitude de "Se o racista faz então eu faço também" é racismo, por mais que a intenção seja boa.

Esse Quote do Morgan Freeman

Eu acho maravilhoso devemos nos chamar um ao outro apenas do que somos (pessoas), e não a raça.

Não vou entrar nessa discussão pela simples falta de tempo, infelizmente não tô tendo tempo nem pra almoçar.

Abs.

Então cara, esse meme do Morgan Freeman, o grande problema é: racismo existe. O que ele disse faz sentido em um mundo em que o racismo não exista, mas infelizmente existe. Se uma doença existe, você precisa combater ela. É só você trocar o racismo por qualquer outra doença.

Repórter: "Como nós vamos acabar com o coronavírus?"

Morgan Freeman: "Stop talking about it!"
 

Quilava

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Isso não faz sentido algum meu caro. Racismo existe, logo vamos separar por raças. Isso é aprofundar ainda mais o racismo e não suavizá-lo.

E o foco do vídeo é outro pessoal. Não é no aspecto econômico e sim no racial. A família mostrada é abastada, em posição muito melhor que muitas famílias brancas da época e de hoje em dia. O objetivo foi mostrar que mesmo com ascenção social, o negro ainda sofre racismo.

Vou repetir o que disse no primeiro post:

Eu mesmo era um que não pensava muito por esse ângulo, achando haver mais ligação do racismo com a condição socioeconômica do indivíduo. Esse curta mostra uma família negra de classe média do início dos anos 90 e a barreira que a filha deles enfrentou ante uma situação.

Nem sempre dá pra conseguir o que quer na base do esforço, dedicação e sorte. Tem barreiras que não são transponíveis.
Devemos aprender a sonhar só com aquilo que podemos ter? Fica a reflexão.

As cotas raciais existem para combater o racismo. Não tem sentido chamar cota racial de racista só porque ela separa por raça. Racismo não é, unicamente, o ato de distinguir por raça. Se as pessoas distinguissem por raça, mas se isso não implicasse em nada na vida das pessoas, não teria problema algum. O racismo é você distinguir por raça e, por conta disso, discriminar, humilhar, etc. Apenas o ato de separar por raça, não é racismo. Existem diversos estudos científicos no âmbito da medicina, por exemplo, que por questão de saúde, distinguem brancos e negros. Esses estudos são racistas também?
 
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Goris

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Esse tempo que você cita pode demorar décadas no Brasil. A cota tá aí justamente como um mecanismo para que não demore tanto assim. E sobre a pessoa se sentir "menor", acho bem difícil. Pelo menos do que eu observo, a grande maioria dos negros são a favor.
Cotas existem, se não estou enganado, há mais de 20 anos.

Melhorou?
 

Goris

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Deixando a discussão social de lado, adorei a fotografia do filme, e conseguiram recriar perfeitamente o clima de 1989
Esse video é muito bom neste quesito.
Até mesmo a mensagem histórica é interessante.

Eu tinha uma tia, já falecida, que tinha a idade da mãe da menina nos anos 80 e ela usava quase que exatamente a mesma maquiagem da mãe, apesar de ser de um tom beeem mais claro.

Muito bom.
 

geist

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As cotas raciais existem para combater o racismo. Não tem sentido chamar cota racial de racista só porque ela separa por raça. Racismo não é, unicamente, o ato de distinguir por raça. Se as pessoas distinguissem por raça, mas se isso não implicasse em nada na vida das pessoas, não teria problema algum. O racismo é você distinguir por raça e, por conta disso, discriminar, humilhar, etc. Apenas o ato de separar por raça, não é racismo. Existem diversos estudos científicos no âmbito da medicina, por exemplo, que por questão de saúde, distinguem brancos e negros. Esses estudos são racistas também?

Então discordamos nisso. Os critérios para tal são muito subjetivos, bem como os efeitos sobre as pessoas afetadas.
 

Goris

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Sobre raças, cores, Brasil e igualdade:

Peço que assistam a estes dois pequenos vídeos.


Machado de Assis: Branco



Machado de Assis: Negro


Fazem 9 fucking anos deste causo tristemente lúdico.

Machado de Assis, um dos fundadores da Caixa era negro/pardo. Ao fazer um vídeo retratando ele, a produtora pegou um ator com o perfil parecido com as imagens de autor, político e pensador e fez um vídeo dele... Branco. Isso gerou grande (e válida) indignação. E também mais de um tópico do Góris sobre isso.

O fato é que há duas visões histórias da coisa.

A primeira e mais óbvia, o racismo existe (ao contrário do que dizem que não dizem) e é secular. Houve época em que se tentou embranquecer o país e, grandes nomes de nossa história foram embranquecidos no processo. Mas igualmente óbvio é que a elite intelectual brasileira atual (de esquerda) simplesmente não tem a menor intenção de corrigir esse erro, porque ela ganha muito com episódios como o do Machado de Assis branco. Ao mesmo tempo, mostrar que havia negros ricos, negros bem sucedidos, negros ascendendo socialmente no odiado império brasileiro é algo muito ruim, porque vai contra a narrativa de uma monarquia racista. E, claro, de uma história racista.

A segunda, menos óbvia é (mas igualmente sendo interessante esquecer) é que negros ascendem e ascenderam socialmente aos milhões em nossa história. Só que a teoria do embranquecimento como algo positivo funciona. Negro que ascende social e economicamente se miscigena com brancos (nunca criei este tópico, mas será uma estratégia até mesmo animal, de buscar ter filhos com características que melhorem a chance de sobreviver?) e seus filhos são menos negros. Os mais bem sucedidos entre estes filhos novamente se miscigenam com brancos e novamente há uma nova geração mais branca e menos negra, mas são negros ali. Até o momento em que não só a própria pessoa sequer imagina ter sangue negro como ignora o mecanismo étnico de miscigenação e ascensão social.

Pra quem não sabe, os descendentes de Machado de Assis (brancos e ruivos) entraram na Justiça para retirar a propaganda da Caixa e a lei atendeu. Todos empurraram pra debaixo do tapete a discussão (aqui mesmo, só ficaram na superfície de "Ain, os brancos são racistas" e qualquer comentário meu sobre o tema, miscigenação/ascensão ignorado).

O fato é que até os anos 00, era comum jogadores de futebol, negros, casarem-se com lindas loiras de olhos azuis. O próprio Pelé é acusado de racismo por não reconhecer a filha negra, enquanto vivia mundo afora com esposa e filhas loiras. Yep. Um negro acusado de racismo contra negros também não é motivo de discussão (a menos que vc use isso param mostrar como os brancos são opressores e obrigam os negros a isso).

Então, uma cota racial é justa em que sentido? Antepassados de negros sofreram com a escravidão, logo tem direito? Tem loiro ruivo que tem sangue negro, logo seu antepassado tbm sofreu. Negros sofrem racismo até hoje? Enfiar cotas vai eliminar o racismo? Imagina você num hospital, tem dois médicos para você escolher, um branco que pode ser bom ou não, mas vc imagina que passou na universidade por mérito próprio ou um médico negro que vc imagina que passou na universidade por cota? Percebe que, ao invés de eliminar o racismo, tá apenas gastando dinheiro para elevar o nível do racismo?

Mais ainda, um negro 100% negro é raríssimo e tem a chance de um cara com a pele negra como piche ter mais DNA branco que outro negro cor de chocolate ou café com leite (os genes que cuidam da cor da pele são uma minúscula porcentagem do nosso DNA) e qual deles merece mais a cota? Se for pela cor da pele, é injusto, se for pelo DNA tbm é injusto. E não dá pra ter cota pra todos.

Nunca é tão simples e nunca ninguém quer ir até o fundo pra discutir. Até porque é chato.
 

Xaropinho

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Acho que o problema não é dizer que racismo não existe.
Até por que ninguém é idiota a ponto de dizer isso.
O problema é que a maioria não diz isso abertamente, ele diz isso aqui:
  • Com coisa que só existe negro pobre.
  • Branco também sofre.
E mais outras bizarrices.

Quem diz isso nega que o racismo existe, já que o mesmo pelo ponto de vista desse pode ser justificado pelo sofrimento ou pobreza e não pela questão culturo racial.

E tipo o que os esquerdistas falam, ele merece um melhor tratamento ele também é gente.
Mais ai o pessoal fala, bandido bom é bandido morto.
Existe uma relativização do estado quo do individuo, o ignorando como pessoa e o colocando como um meliante.
Esse tipo de comparação racial, ignora o fenótipo humano e o coloca com se todos fossem igualmente tratados, o que não existe, logo esse tipo de pensamento relativiza o racismo, o ignorando, escancarando o pensamento desse que não diz abertamente que o racismo não existe, mais acredita nisso lá no fundo...
 

Quilava

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Cotas existem, se não estou enganado, há mais de 20 anos.

Melhorou?

Iniciou no ano de 2000. A lei só foi sancionada em 2012. Se formos contar a partir da lei, são apenas 8 anos, o que é muito pouco. Ainda assim, já é possível perceber os efeitos da lei.


Inclusive essa matéria é bem legal, caso alguém tenha interesse de ler.

Então, uma cota racial é justa em que sentido? Antepassados de negros sofreram com a escravidão, logo tem direito? Tem loiro ruivo que tem sangue negro, logo seu antepassado tbm sofreu. Negros sofrem racismo até hoje? Enfiar cotas vai eliminar o racismo? Imagina você num hospital, tem dois médicos para você escolher, um branco que pode ser bom ou não, mas vc imagina que passou na universidade por mérito próprio ou um médico negro que vc imagina que passou na universidade por cota? Percebe que, ao invés de eliminar o racismo, tá apenas gastando dinheiro para elevar o nível do racismo?

Nossa Goris, que comentário infeliz cara. Principalmente a parte em destaque.

Eu peguei esse trecho porque sintetiza tudo que você disse no seu post.

Respondendo só alguns pontos, porque esse comentário me desanimou pra caramba, a intenção das cotas é combater o racismo através da diminuição da desigualdade.

E o racismo praticado hoje é majoritariamente por conta da cor, e não pelo histórico da pessoa. E é praticado de maneira estrutural. Um branco filho de negros dificilmente encontrará obstáculos tão severos na sociedade quanto um negro.

E sobre o meme do racismo reverso, eu nem vou comentar.
 

Quilava

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Então discordamos nisso. Os critérios para tal são muito subjetivos, bem como os efeitos sobre as pessoas afetadas.

Sem problemas você discordar comigo. Mas eu gostaria de ouvir sua opinião, se for possível. Porque a sua frase foi muito profunda:

"Nem sempre dá pra conseguir o que quer na base do esforço, dedicação e sorte. Tem barreiras que não são transponíveis. Devemos aprender a sonhar só com aquilo que podemos ter?"

Não é todo dia que a gente lê uma frase dessas no fórum.
 

geist

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Sobre raças, cores, Brasil e igualdade:

Peço que assistam a estes dois pequenos vídeos.


Machado de Assis: Branco



Machado de Assis: Negro


Fazem 9 fucking anos deste causo tristemente lúdico.

Machado de Assis, um dos fundadores da Caixa era negro/pardo. Ao fazer um vídeo retratando ele, a produtora pegou um ator com o perfil parecido com as imagens de autor, político e pensador e fez um vídeo dele... Branco. Isso gerou grande (e válida) indignação. E também mais de um tópico do Góris sobre isso.

O fato é que há duas visões histórias da coisa.

A primeira e mais óbvia, o racismo existe (ao contrário do que dizem que não dizem) e é secular. Houve época em que se tentou embranquecer o país e, grandes nomes de nossa história foram embranquecidos no processo. Mas igualmente óbvio é que a elite intelectual brasileira atual (de esquerda) simplesmente não tem a menor intenção de corrigir esse erro, porque ela ganha muito com episódios como o do Machado de Assis branco. Ao mesmo tempo, mostrar que havia negros ricos, negros bem sucedidos, negros ascendendo socialmente no odiado império brasileiro é algo muito ruim, porque vai contra a narrativa de uma monarquia racista. E, claro, de uma história racista.

A segunda, menos óbvia é (mas igualmente sendo interessante esquecer) é que negros ascendem e ascenderam socialmente aos milhões em nossa história. Só que a teoria do embranquecimento como algo positivo funciona. Negro que ascende social e economicamente se miscigena com brancos (nunca criei este tópico, mas será uma estratégia até mesmo animal, de buscar ter filhos com características que melhorem a chance de sobreviver?) e seus filhos são menos negros. Os mais bem sucedidos entre estes filhos novamente se miscigenam com brancos e novamente há uma nova geração mais branca e menos negra, mas são negros ali. Até o momento em que não só a própria pessoa sequer imagina ter sangue negro como ignora o mecanismo étnico de miscigenação e ascensão social.

Pra quem não sabe, os descendentes de Machado de Assis (brancos e ruivos) entraram na Justiça para retirar a propaganda da Caixa e a lei atendeu. Todos empurraram pra debaixo do tapete a discussão (aqui mesmo, só ficaram na superfície de "Ain, os brancos são racistas" e qualquer comentário meu sobre o tema, miscigenação/ascensão ignorado).

O fato é que até os anos 00, era comum jogadores de futebol, negros, casarem-se com lindas loiras de olhos azuis. O próprio Pelé é acusado de racismo por não reconhecer a filha negra, enquanto vivia mundo afora com esposa e filhas loiras. Yep. Um negro acusado de racismo contra negros também não é motivo de discussão (a menos que vc use isso param mostrar como os brancos são opressores e obrigam os negros a isso).

Então, uma cota racial é justa em que sentido? Antepassados de negros sofreram com a escravidão, logo tem direito? Tem loiro ruivo que tem sangue negro, logo seu antepassado tbm sofreu. Negros sofrem racismo até hoje? Enfiar cotas vai eliminar o racismo? Imagina você num hospital, tem dois médicos para você escolher, um branco que pode ser bom ou não, mas vc imagina que passou na universidade por mérito próprio ou um médico negro que vc imagina que passou na universidade por cota? Percebe que, ao invés de eliminar o racismo, tá apenas gastando dinheiro para elevar o nível do racismo?

Mais ainda, um negro 100% negro é raríssimo e tem a chance de um cara com a pele negra como piche ter mais DNA branco que outro negro cor de chocolate ou café com leite (os genes que cuidam da cor da pele são uma minúscula porcentagem do nosso DNA) e qual deles merece mais a cota? Se for pela cor da pele, é injusto, se for pelo DNA tbm é injusto. E não dá pra ter cota pra todos.

Nunca é tão simples e nunca ninguém quer ir até o fundo pra discutir. Até porque é chato.


Muito bom. Enriqueceu bastante a discussão.
O embranquecimento é uma verdade, mas não foi suficiente para reduzir substancialmente o racismo. É comum ouvirmos "cabelo de preto", "nariz de preto" em pessoas mestiças. Além é claro do pedigree familiar que alguns círculos levam em consideração.

Como eu disse: SEMPRE haverá motivo para ofensa, não só contra negros, mas contra qualquer pessoa. O ser humano procura isso para se sobressair.
 

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Mas o problema do Brasil não é desigualdade, mas a replicação da pobreza, a demonização da geração de riquezas, do empreendedorismo, é a insegurança jurídica para os direitos de propriedade, liberdades econômicas e individuais.

Um mind-set estatista que distribui renda de baixo pra cima da pirâmide.

Que é mantido pela mesma elite que derrubou a monarquia depois de 1888 e que repete que o ''Estado Democrático de Direito da CF-1988'' é o lado certo, por quê é um papel escrito dizendo que é lei.
 
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