ok, folks:
1) Eu trabalho numa distribuidora de equipamentos industriais, e temos um contrato de fornecimento de um tipo de adesivo para uma outra empresa local. Eles nos pagam, e todo o mês eles tem o adesivo. Se eu começar a enviar a eles BANANAS, eles vao reclamar, e eu vou dizer "ué, sou uma empresa privada, faço o que quero
". Claro que não, as bases do capitalismo são a propriedade privada e o respeito a contratos.
Essas redes sociais tem contratos com seus usuários. E existem cláusulas específicas para o término do contrato. Claro, pode ser que no contrato tenha "a Rede Social tem o direito de terminar o contrato arbitrariamente quando desejar", seria uma coisa, mas se o contrato estipula que o usuário deve primeiro cometer infrações previstas em contrato entao essas infrações precisam ser demonstradas. No caso do MBL, nao foram. No caso do Alex Jones até onde sei tambem nao, tem q ver se essas conspirações q ele fala se categorizam como infração. Tanto que as redes sociais disseram que terminaram as contas por "hate speech" e ofensas a grupos etnicos, transsexuais e etc, mas precisam demonstrar que isso ocorreu de forma objetiva.
2) Também nao se pode enganar o consumidor. Se eu rotulo meu produto como sendo um Panetone, voce compra e dentro dele tem pão francês, eu estou cometendo infração. Da mesma forma, essas plataformas se vendem como plataformas neutras, e neutras deveriam ser. E sendo neutras, nao podem dar tratamento diferenciado a diferentes correntes políticas, e isso obviamente nao ocorre nem nos EUA e nem aqui, pois qualquer mensagem minimamente dúbia já é interpretada como hate speech quando está numa pagina "de direita", enquanto que paginas de vies de esquerda podem ser racistas sem consequencias. Para quem nao sabe, uma jornalista americana postou no twitter mensagens totalmente racistas contra os brancos, comparando-os com goblins e cachorros; ela nao só nao teve nenhum tipo de punição, como foi contratada para a editoria do New York Times; uma outra mulher copiou e colou os tweets dessa jornalista, trocando a palavra "branco" por "judeu", e foi suspensa. Logo, as redes sociais nao sao neutras e estao enganando o seu público ao negarem isso. Isso é mais grave do que aparenta porque as pessoas usam as redes sociais para saber o que outras pessoas pensam, e quando a rede social nao é neutra os consumidores tem informações distorcidas.
3) Ou você é responsável pelo que é publicado, ou você nao é. Nao da pra ser responsável por conveniência. Se o Facebook, Twitter e etc vao começar a determinar o que é e o que nao é possível de ser publicado, entao eles sao responsáveis pelo que é publicado na rede deles. Se eles sao responsáveis, entao entram sob as mesmas leis de outras editorias. Agora, se eles nao querem ser processados por declarações feitas por terceiros nas suas redes, entao precisam argumentar que nao sao responsáveis pelo q é publicado, e se nao sao responsáveis, nao tem que ficar determinando o q é e o q nao é divulgável.
4) O fato de todas essas redes sociais agirem dentro de um intervalo de tempo de apenas 12 horas demonstra uma coordenação em nível superior. Nao houve uma mesma postagem em todas as redes que levou cada monitor subalterno de cada empresa a, de forma independente, terminar contas. Ou houve uma coordenação a nivel gerencial ou superior, ou intervenção governamental, ou os dois. No primeiro caso há óbvia quebra da neutralidade q citei no item 2 e 3, e no segundo há censura governamental.