Executioner
Bam-bam-bam
- Mensagens
- 6.585
- Reações
- 335
- Pontos
- 269
Publisher: RedOctane
Developer: Neversoft
Gênero: Ritmo / Música
Data de lançamento: 28/10/2007
Número de jogadores: 1-2
Também para: PC / X-Box 360 / PS3 / WII
Sites oficiais: www.guitarhero.com / http://www.guitarherogame.com/gh3/
A arte mudou completamente, em alguns pontos pra melhor, em outros para pior...
Introdução
Prestes a completar apenas 2 anos de vida, a série GH chega ao seu quarto jogo (quinto, se considerarmos a versão com músicas exclusivas de GHII para o 360) e não dá sinais de parar tão cedo, ainda mais se levarmos em consideração a aquisição da franquia pela Activision / Neversoft. E este é justamente o ponto mais preocupante, já que a franquia passa das mãos de um Publisher praticamente independente para o colo da mais recente gigante do mercado, atrás apenas da EA.
Estando agora sob a tutela da nova mãe, o jogo segue um rumo seguro, a desenvolvedora acertou a mão em muitos pontos e não arriscou muito, porém diversos aspectos ficaram devendo, o que não torna este o melhor jogo da série por vários motivos que você acompanha a seguir.
Personagens brutalmente melhores contrastam com...
Gráficos
Desde a sua primeira versão, a série teve um aspecto caricato em praticamente todos os sentidos. Os personagens sempre inspirados em estereótipos do gênero, cenários que lembravam, e até reproduziam, locações reais ou inspiradas nelas. Agora, a primeira coisa que se nota quando se vê o jogo pela primeira vez é a mudança total da arte do jogo. Tudo ficou mais sério, na tentativa de parecer mais verossímil. Os personagens receberam uma reformulação geral, Axl e cia. estão completamente diferentes do que eram, mas a mudança foi em grande parte muito boa.
Alguns podem reclamar que o charme do jogo era justamente o tom caricato, mas a modelagem dos personagens e suas animações estão muito superiores. A Neversoft fez um excelente trabalho e não era de se esperar menos, vindo da desenvolvedora de Tony Hawk’s Pro Skater. Da mesma maneira a banda como um todo ficou infinitamente superior a outras versões. O visual datado que acompanhava o jogo desde o início foi completamente refeito. O vocalista canta todas as letras de todas as músicas com perfeição e seu sincronismo labial chega a ser assustador. O baixista também foi muito aperfeiçoado: O responsável pelo instrumento de quatro cordas, que sempre foi uma marionete ridícula, agora toca as notas devidamente e possui uma animação muito mais convincente. Porém, infelizmente, o baterista, inexplicavelmente, ficou bizarro de tão mal feito. Toca completamente fora do tempo das músicas e parece um robô. Uma pena.
...Cenários totalmente sem sal, nem açucar...
No quesito ambientação, a arte foi realmente infeliz. Os shows acontecem em locais pouquíssimos inspirados, e apesar da platéia ter melhorado graficamente, ela não participa mais ativamente como antes. Os locais não têm a metade dos efeitos de antigamente e quase nenhum carisma. Demora-se um pouco para notar isso, já que neste jogo presta-se pouca, ou quase nenhuma atenção ao que se passa no palco, mas após algumas jogadas tem-se a nítida impressão de não estar participando de algo grande, sensação que era perfeitamente ampliada nas versões anteriores devido à excelente ambientação. Mesmo nos estágios avançados, que deveriam ser mais empolgantes e épicos, você toca como se estivesse simplesmente, tocando pra qualquer um, e não participando de um grande show ou de uma Tour monstruosa. Pra piorar, um estágio inteiro foi desenvolvido/vendido para um patrocinador, mas que não tem absolutamente nada a ver com música.
Por fim, a interface segue o estilo do resto do jogo, com uma aparência mais “pop”. Não compromete. Já o fretboard e o HUD estão completamente diferentes. Muitos podem estranhar a aparência muito mais estreita, quase que espremida, das notas. O efeito de reação quando se acerta as notas ficou bem estranho e parece ter um certo Lag, você toca uma nota e o “foguinho” parece estar sempre atrasado, deixando a impressão de que tocou errado. Mas isso não atrapalha por muito tempo, já que o jogo todo é assim, após algumas jogadas se acostuma com a aparência geral do título.
Ola, muito prazer: sou o Bug do acorde difícil e ainda, às vezes, sem som.
Som
O departamento, como sempre, mais importante, e também mais controverso. Listas nunca serão unânimes. Com o prestígio da franquia alcançando as nuvens e o maior orçamento da produtora, algumas músicas licenciadas realmente são impressionantes de se ver no Set List, devido ao alto grau de burocracia de algumas bandas e ainda mais o fato de que são as versões originais, e não covers. One do Metallica e The Number of the Beast do Iron Maiden talvez sejam as maiores “bombas” dentro da seleção. O Set List continua muito variado e, como sempre, não vai agradar a todos por completo. Muitas músicas são horríveis de se ouvir e o pior, são ruins de se tocar. Em GHII, por exemplo, algumas músicas que o jogador não ouviria em sua casa normalmente, eram interessantes de se tocar, fosse pelo desafio ou simplesmente porque eram divertidas, agora a lista de músicas chatas em todos os sentidos parece ter aumentado. No geral, ficou balanceado, graças justamente aos grandes Hits que ajudam a melhorar a empolgação. Neste quesito manteve-se o equilíbrio.
Porém, o mesmo não se pode dizer das músicas bônus. Nas duas versões anteriores (GH Encore não possui músicas bônus) a lista era extremamente variada, passando até por música eletrônica e com a sempre interessantíssima adição do “Be a Guitar Hero Contest”, que premiava uma banda com a inclusão de sua música no Set List através de um torneio, que nos apresentava músicas de bandas novas e sempre interessantes. Isso foi extinto e agora a lista seguiu quase que 90% um único estilo. Se antes quase todo jogador poderia gostar de uma meia dúzia de músicas, as chances de você odiar simplesmente todas ou amar cada uma delas, são muito grandes.
A qualidade sonora parece ter caído um pouco, com a saída da Developer antiga e de seu estúdio próprio, a Harmonix, que agora desenvolve Rock Band com o aval da outra gigante, EA. O som das notas erradas ficou muito estranho e pouco variado, em muitas músicas existem trechos em que você está tocando e não ouve nada e pode acontecer em alguns casos de você tocar um acorde estendido e simplesmente não sair som nenhum. Bizarro. A platéia não canta mais algumas músicas e participar pouco. No geral os covers (em menor quantidade) ficaram melhores que os de GHII, mas muitas músicas estão mais baixas do que outras, principalmente as mais antigas. Sex Pistols por exemplo parece estar um ou dois níveis acima do resto das músicas, com o som nitidamente mais alto e limpo, e o inverso acontece em diversos outros casos, com som abaixo da média. No geral, a qualidade caiu um pouco, mas por ser a primeira versão totalmente desenvolvida pelo estúdio, é de se perdoar e aguardar a próxima versão para ver se acertam a mão.
Star Power mudou completamente. Além disso, são mais difíceis e longos.
Jogabilidade
Grandes mudanças e mais algumas opções. A primeira coisa que se nota é que a janela de acerto das notas foi aumentada. Muitas vezes você toca algo e nem se dá conta de que acertou. Nenhuma das músicas possui solos complexos, apenas solos absurdamente rápidos. E é aí que a desenvolvedora resolveu “incrementar” a jogabilidade, adicionando um novo tipo de técnica. Antigamente os Pull-Offs eram completamente automáticos, agora em muitas músicas, principalmente no começo, quando se faz um Pull-Off a última nota da seqüência precisa ser tocada, o que causa uma confusão tremenda em quem já estava acostumado com o sistema das versões anteriores. Mesmo jogadores muito experientes irão, inevitavelmente, demorar um pouco a se acostumar. A única exceção fica para aqueles que costumam tocar todas as notas, aí o novo sistema não influencia em nada. Obviamente, me refiro a quem toca no Hard ou Expert, já que em dificuldades menores tais técnicas são pouco ou nunca utilizadas.
Devido à mudança no HUD, agora ficou mais confuso de se determinar o quanto de Star Power você possui, e isso pode atrapalhar muita gente. Para piorar, em notas estendidas com Star Power para se “sugar” com a Whammy Bar, há um Bug que acontece com freqüência irritantemente constante. Muitas vezes você toca a nota e quando começa a usar a WB o Star Power simplesmente não é extraído, o que pode prejudicar muito o jogador, principalmente aqueles que buscam pontuações altas e as famosas 5 Stars de Rating. Por outro lado, ao se utilizar o Star Power, a tela não treme mais como antigamente, o que é excelente, pois o efeito era muito parecido com o que acontece quando se erra uma nota, e atrapalhava em muitos casos. Mas, parece que para manter a constante de erros e acertos, no Co-op quando um erra uma nota, a tela do outro treme ao mesmo tempo, o que é um absurdo. Você é penalizado por um erro alheio, sem explicação.
Guitarras novas! Do desodorante AXE?!?!
Nas adições, a única coisa realmente nova são as Boss Battles. Seguindo o que manda a subtítulo do jogo, Legends of Rock, durante o curso do Career Mode, você enfrenta três chefes: Tom Morello, do Rage Against the Machine, Slash, ex-Guns ‘n Rose e por fim, Lou, o “satã” em pessoa. O modo seria interessantíssimo, se não fosse horrivelmente implementado. Nesse modo não se utiliza o Star Power e sim o Battle Power, que pode duplicar as notas do adversário, inverter o Fretboard, quebrar uma corda e assim por diante. Seria divertido, se não fosse tão frustrante. Os “poderes” são aleatórios, mas são colocados em locais fixos. Desta maneira, nas duas primeiras Battles você sempre pega o seu poder antes da CPU, e se jogar direitinho, ganha em 100% das vezes, bastando pegar os seus antes do dele. Isso não dá nenhuma margem de dificuldade, já que a CPU praticamente não tem chance se você souber jogar. Agora, na última Battle do jogo, os papéis se invertem. Lou, o “apelão” de plantão, pega todos os Battle Powers antes de você e os utiliza justamente quando você vai pegar os seus... Sendo assim você depende única e exclusivamente da sorte, mesmo que saiba tocar a música toda de cor e salteado. Como 90% dos poderes não são possíveis de se contornar a tempo (e às vezes até lhe garantem um “Failed” instantâneo como o Left Flip), você vai se ver tocando o mesmo trecho da música uma infinidade de vezes até ele usar algo que você consiga contornar. Péssimo modo de jogo, mal implementado, totalmente desbalanceado e que desmerece completamente as suas habilidades. Absurdamente dispensável.
Por fim, como adições temos um novo Co-op Career que possui músicas exclusivas para dois jogadores. Muitas roupas foram colocadas à sua disposição, mais guitarras e mais personagens, porém, menos baixos... Parece que em todos os sentidos do jogo alguma coisa fica devendo, chega a ser estranho. Os Cheats agora ficam em um Menu e, uma vez executados, podem ser ligados ou desligados a sua escolha, com destaque para o famoso “Speed Cheat”, que agora possui 5 níveis de velocidade. Além do Precision Mode, que deixa o jogo mais difícil e mais parecido com GH e GHII. Muito bom. O Training Mode continua lá, mas tem alguns defeitos monstruosos, o primeiro e mais absurdo dele é o desenho do Fretboard. Ao contrário do “braço” sem desenho algum de GHII, agora você sempre usa uma guitarra cheia de balas, uma textura completamente confusa e que pode até causar vertigem, que coisa absurda, onde você deveria treinar, acaba sendo atrapalhado. Outro fator decadente é que, ao se escolher um trecho da música, você ouve ela desde o começo e não apenas a parte que escolheu, então se não souber o nome do setor que quer praticar, vai ter que descobrir. Esta versão não possui nenhum modo Online, portanto, se pretende ter uma experiência mais completa, procure pela versão do PS3 ou do 360, que terão conteúdo para download. A versão do Wii também é “capada” neste aspecto assim como no PS2.
GHIII ainda merece carregar o nome da série, mas por pouco...
Conclusão
Mesmo com a roupagem nova e uma produção mais valiosa e “pop”, Guitar Hero III ainda merece carregar o nome da série com dignidade. Porém, esta versão peca em muitos aspectos, alguns críticos, e esperamos que seja apenas pelo fato de ser a primeira experiência da desenvolvedora do gênero, e não por incompetência da mesma. Muito pode ser aperfeiçoado ou simplesmente ser deixado como era ou seja, no mínimo, bem executado. Ainda que carregado de pequenas falhas e com um Single Player Mode já totalmente datado e defasado, vale a compra. Guitar Hero III ainda gera muitas e muitas horas de diversão.
Prós
- Grandes nomes sucumbiram: Metallica e Iron entre eles.
- Animações muito melhores.
- Jogabilidade mais fácil e mais ajustável, devido aos “Cheats” disponíveis.
- Set List respeitável.
- Valor da produção aumentou consideravelmente.
Contras
- Bugs, que nunca existiram, apareceram.
- Lista de bônus “8 ou 80”. Pouco variada.
- Qualidade sonora caiu.
- Ambientação pirou consideravelmente.
- Mata, de uma vez por todas, as suas chances de jogar com um Dual Shock.
Developer: Neversoft
Gênero: Ritmo / Música
Data de lançamento: 28/10/2007
Número de jogadores: 1-2
Também para: PC / X-Box 360 / PS3 / WII
Sites oficiais: www.guitarhero.com / http://www.guitarherogame.com/gh3/
A arte mudou completamente, em alguns pontos pra melhor, em outros para pior...
Introdução
Prestes a completar apenas 2 anos de vida, a série GH chega ao seu quarto jogo (quinto, se considerarmos a versão com músicas exclusivas de GHII para o 360) e não dá sinais de parar tão cedo, ainda mais se levarmos em consideração a aquisição da franquia pela Activision / Neversoft. E este é justamente o ponto mais preocupante, já que a franquia passa das mãos de um Publisher praticamente independente para o colo da mais recente gigante do mercado, atrás apenas da EA.
Estando agora sob a tutela da nova mãe, o jogo segue um rumo seguro, a desenvolvedora acertou a mão em muitos pontos e não arriscou muito, porém diversos aspectos ficaram devendo, o que não torna este o melhor jogo da série por vários motivos que você acompanha a seguir.
Personagens brutalmente melhores contrastam com...
Gráficos
Desde a sua primeira versão, a série teve um aspecto caricato em praticamente todos os sentidos. Os personagens sempre inspirados em estereótipos do gênero, cenários que lembravam, e até reproduziam, locações reais ou inspiradas nelas. Agora, a primeira coisa que se nota quando se vê o jogo pela primeira vez é a mudança total da arte do jogo. Tudo ficou mais sério, na tentativa de parecer mais verossímil. Os personagens receberam uma reformulação geral, Axl e cia. estão completamente diferentes do que eram, mas a mudança foi em grande parte muito boa.
Alguns podem reclamar que o charme do jogo era justamente o tom caricato, mas a modelagem dos personagens e suas animações estão muito superiores. A Neversoft fez um excelente trabalho e não era de se esperar menos, vindo da desenvolvedora de Tony Hawk’s Pro Skater. Da mesma maneira a banda como um todo ficou infinitamente superior a outras versões. O visual datado que acompanhava o jogo desde o início foi completamente refeito. O vocalista canta todas as letras de todas as músicas com perfeição e seu sincronismo labial chega a ser assustador. O baixista também foi muito aperfeiçoado: O responsável pelo instrumento de quatro cordas, que sempre foi uma marionete ridícula, agora toca as notas devidamente e possui uma animação muito mais convincente. Porém, infelizmente, o baterista, inexplicavelmente, ficou bizarro de tão mal feito. Toca completamente fora do tempo das músicas e parece um robô. Uma pena.
...Cenários totalmente sem sal, nem açucar...
No quesito ambientação, a arte foi realmente infeliz. Os shows acontecem em locais pouquíssimos inspirados, e apesar da platéia ter melhorado graficamente, ela não participa mais ativamente como antes. Os locais não têm a metade dos efeitos de antigamente e quase nenhum carisma. Demora-se um pouco para notar isso, já que neste jogo presta-se pouca, ou quase nenhuma atenção ao que se passa no palco, mas após algumas jogadas tem-se a nítida impressão de não estar participando de algo grande, sensação que era perfeitamente ampliada nas versões anteriores devido à excelente ambientação. Mesmo nos estágios avançados, que deveriam ser mais empolgantes e épicos, você toca como se estivesse simplesmente, tocando pra qualquer um, e não participando de um grande show ou de uma Tour monstruosa. Pra piorar, um estágio inteiro foi desenvolvido/vendido para um patrocinador, mas que não tem absolutamente nada a ver com música.
Por fim, a interface segue o estilo do resto do jogo, com uma aparência mais “pop”. Não compromete. Já o fretboard e o HUD estão completamente diferentes. Muitos podem estranhar a aparência muito mais estreita, quase que espremida, das notas. O efeito de reação quando se acerta as notas ficou bem estranho e parece ter um certo Lag, você toca uma nota e o “foguinho” parece estar sempre atrasado, deixando a impressão de que tocou errado. Mas isso não atrapalha por muito tempo, já que o jogo todo é assim, após algumas jogadas se acostuma com a aparência geral do título.
Ola, muito prazer: sou o Bug do acorde difícil e ainda, às vezes, sem som.
Som
O departamento, como sempre, mais importante, e também mais controverso. Listas nunca serão unânimes. Com o prestígio da franquia alcançando as nuvens e o maior orçamento da produtora, algumas músicas licenciadas realmente são impressionantes de se ver no Set List, devido ao alto grau de burocracia de algumas bandas e ainda mais o fato de que são as versões originais, e não covers. One do Metallica e The Number of the Beast do Iron Maiden talvez sejam as maiores “bombas” dentro da seleção. O Set List continua muito variado e, como sempre, não vai agradar a todos por completo. Muitas músicas são horríveis de se ouvir e o pior, são ruins de se tocar. Em GHII, por exemplo, algumas músicas que o jogador não ouviria em sua casa normalmente, eram interessantes de se tocar, fosse pelo desafio ou simplesmente porque eram divertidas, agora a lista de músicas chatas em todos os sentidos parece ter aumentado. No geral, ficou balanceado, graças justamente aos grandes Hits que ajudam a melhorar a empolgação. Neste quesito manteve-se o equilíbrio.
Porém, o mesmo não se pode dizer das músicas bônus. Nas duas versões anteriores (GH Encore não possui músicas bônus) a lista era extremamente variada, passando até por música eletrônica e com a sempre interessantíssima adição do “Be a Guitar Hero Contest”, que premiava uma banda com a inclusão de sua música no Set List através de um torneio, que nos apresentava músicas de bandas novas e sempre interessantes. Isso foi extinto e agora a lista seguiu quase que 90% um único estilo. Se antes quase todo jogador poderia gostar de uma meia dúzia de músicas, as chances de você odiar simplesmente todas ou amar cada uma delas, são muito grandes.
A qualidade sonora parece ter caído um pouco, com a saída da Developer antiga e de seu estúdio próprio, a Harmonix, que agora desenvolve Rock Band com o aval da outra gigante, EA. O som das notas erradas ficou muito estranho e pouco variado, em muitas músicas existem trechos em que você está tocando e não ouve nada e pode acontecer em alguns casos de você tocar um acorde estendido e simplesmente não sair som nenhum. Bizarro. A platéia não canta mais algumas músicas e participar pouco. No geral os covers (em menor quantidade) ficaram melhores que os de GHII, mas muitas músicas estão mais baixas do que outras, principalmente as mais antigas. Sex Pistols por exemplo parece estar um ou dois níveis acima do resto das músicas, com o som nitidamente mais alto e limpo, e o inverso acontece em diversos outros casos, com som abaixo da média. No geral, a qualidade caiu um pouco, mas por ser a primeira versão totalmente desenvolvida pelo estúdio, é de se perdoar e aguardar a próxima versão para ver se acertam a mão.
Star Power mudou completamente. Além disso, são mais difíceis e longos.
Jogabilidade
Grandes mudanças e mais algumas opções. A primeira coisa que se nota é que a janela de acerto das notas foi aumentada. Muitas vezes você toca algo e nem se dá conta de que acertou. Nenhuma das músicas possui solos complexos, apenas solos absurdamente rápidos. E é aí que a desenvolvedora resolveu “incrementar” a jogabilidade, adicionando um novo tipo de técnica. Antigamente os Pull-Offs eram completamente automáticos, agora em muitas músicas, principalmente no começo, quando se faz um Pull-Off a última nota da seqüência precisa ser tocada, o que causa uma confusão tremenda em quem já estava acostumado com o sistema das versões anteriores. Mesmo jogadores muito experientes irão, inevitavelmente, demorar um pouco a se acostumar. A única exceção fica para aqueles que costumam tocar todas as notas, aí o novo sistema não influencia em nada. Obviamente, me refiro a quem toca no Hard ou Expert, já que em dificuldades menores tais técnicas são pouco ou nunca utilizadas.
Devido à mudança no HUD, agora ficou mais confuso de se determinar o quanto de Star Power você possui, e isso pode atrapalhar muita gente. Para piorar, em notas estendidas com Star Power para se “sugar” com a Whammy Bar, há um Bug que acontece com freqüência irritantemente constante. Muitas vezes você toca a nota e quando começa a usar a WB o Star Power simplesmente não é extraído, o que pode prejudicar muito o jogador, principalmente aqueles que buscam pontuações altas e as famosas 5 Stars de Rating. Por outro lado, ao se utilizar o Star Power, a tela não treme mais como antigamente, o que é excelente, pois o efeito era muito parecido com o que acontece quando se erra uma nota, e atrapalhava em muitos casos. Mas, parece que para manter a constante de erros e acertos, no Co-op quando um erra uma nota, a tela do outro treme ao mesmo tempo, o que é um absurdo. Você é penalizado por um erro alheio, sem explicação.
Guitarras novas! Do desodorante AXE?!?!
Nas adições, a única coisa realmente nova são as Boss Battles. Seguindo o que manda a subtítulo do jogo, Legends of Rock, durante o curso do Career Mode, você enfrenta três chefes: Tom Morello, do Rage Against the Machine, Slash, ex-Guns ‘n Rose e por fim, Lou, o “satã” em pessoa. O modo seria interessantíssimo, se não fosse horrivelmente implementado. Nesse modo não se utiliza o Star Power e sim o Battle Power, que pode duplicar as notas do adversário, inverter o Fretboard, quebrar uma corda e assim por diante. Seria divertido, se não fosse tão frustrante. Os “poderes” são aleatórios, mas são colocados em locais fixos. Desta maneira, nas duas primeiras Battles você sempre pega o seu poder antes da CPU, e se jogar direitinho, ganha em 100% das vezes, bastando pegar os seus antes do dele. Isso não dá nenhuma margem de dificuldade, já que a CPU praticamente não tem chance se você souber jogar. Agora, na última Battle do jogo, os papéis se invertem. Lou, o “apelão” de plantão, pega todos os Battle Powers antes de você e os utiliza justamente quando você vai pegar os seus... Sendo assim você depende única e exclusivamente da sorte, mesmo que saiba tocar a música toda de cor e salteado. Como 90% dos poderes não são possíveis de se contornar a tempo (e às vezes até lhe garantem um “Failed” instantâneo como o Left Flip), você vai se ver tocando o mesmo trecho da música uma infinidade de vezes até ele usar algo que você consiga contornar. Péssimo modo de jogo, mal implementado, totalmente desbalanceado e que desmerece completamente as suas habilidades. Absurdamente dispensável.
Por fim, como adições temos um novo Co-op Career que possui músicas exclusivas para dois jogadores. Muitas roupas foram colocadas à sua disposição, mais guitarras e mais personagens, porém, menos baixos... Parece que em todos os sentidos do jogo alguma coisa fica devendo, chega a ser estranho. Os Cheats agora ficam em um Menu e, uma vez executados, podem ser ligados ou desligados a sua escolha, com destaque para o famoso “Speed Cheat”, que agora possui 5 níveis de velocidade. Além do Precision Mode, que deixa o jogo mais difícil e mais parecido com GH e GHII. Muito bom. O Training Mode continua lá, mas tem alguns defeitos monstruosos, o primeiro e mais absurdo dele é o desenho do Fretboard. Ao contrário do “braço” sem desenho algum de GHII, agora você sempre usa uma guitarra cheia de balas, uma textura completamente confusa e que pode até causar vertigem, que coisa absurda, onde você deveria treinar, acaba sendo atrapalhado. Outro fator decadente é que, ao se escolher um trecho da música, você ouve ela desde o começo e não apenas a parte que escolheu, então se não souber o nome do setor que quer praticar, vai ter que descobrir. Esta versão não possui nenhum modo Online, portanto, se pretende ter uma experiência mais completa, procure pela versão do PS3 ou do 360, que terão conteúdo para download. A versão do Wii também é “capada” neste aspecto assim como no PS2.
GHIII ainda merece carregar o nome da série, mas por pouco...
Conclusão
Mesmo com a roupagem nova e uma produção mais valiosa e “pop”, Guitar Hero III ainda merece carregar o nome da série com dignidade. Porém, esta versão peca em muitos aspectos, alguns críticos, e esperamos que seja apenas pelo fato de ser a primeira experiência da desenvolvedora do gênero, e não por incompetência da mesma. Muito pode ser aperfeiçoado ou simplesmente ser deixado como era ou seja, no mínimo, bem executado. Ainda que carregado de pequenas falhas e com um Single Player Mode já totalmente datado e defasado, vale a compra. Guitar Hero III ainda gera muitas e muitas horas de diversão.
Prós
- Grandes nomes sucumbiram: Metallica e Iron entre eles.
- Animações muito melhores.
- Jogabilidade mais fácil e mais ajustável, devido aos “Cheats” disponíveis.
- Set List respeitável.
- Valor da produção aumentou consideravelmente.
Contras
- Bugs, que nunca existiram, apareceram.
- Lista de bônus “8 ou 80”. Pouco variada.
- Qualidade sonora caiu.
- Ambientação pirou consideravelmente.
- Mata, de uma vez por todas, as suas chances de jogar com um Dual Shock.
![[Sam_Fisher]](/data/avatars/m/97/97053.jpg?1343666870){kind=avatar}
