Visualizar anexo 186389
Uma operação da Polícia Civil do RJ contra o tráfico de drogas no Jacarezinho, na Zona Norte do
Rio, deixou 25 pessoas mortas e provocou um intenso tiroteio no início da manhã desta quinta-feira (6).
Segundo o Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos (Geni) da Universidade Federal Fluminense (UFF) e a plataforma Fogo Cruzado, trata-se da operação policial
mais letal da história do Rio.
O
policial civil André Farias foi baleado na cabeça e morreu, segundo a polícia. A corporação afirma ainda que 24 suspeitos foram mortos, mas não esclareceu quem são a maioria das vítimas e a situação em que foram atingidas. Em coletiva à tarde, o delegado Rodrigo Oliveira, da Core, disse que dois dos mortos foram alvejados quando atacaram policiais que faziam a perícia no local de outras mortes.
Pelas redes sociais,
moradores relataram mais mortes que as computadas, além de corpos no chão, invasão de casas e celulares confiscados. À tarde, eles chegaram a fazer um protesto na comunidade.
Seis pessoas foram presas e armas foram apreendidas (
mais detalhes abaixo).
Dois passageiros do metrô foram baleados dentro de um vagão da linha 2, na altura da estação Triagem, e sobreviveram. Um morador foi atingido no pé, dentro de casa, e passa bem.
Dois policiais civis também se feriram.
Vídeos registraram o som de rajadas, e explosões de bombas foram registradas em diferentes pontos da favela (
veja vídeo abaixo).
Moradores contaram que não conseguiam sair de casa — como
uma noiva de casamento marcado e uma grávida com cesariana agendada, ambas para esta manhã. Devido ao confronto, a Clínica da Família Anthidio Dias da Silveira e outros dois postos de vacinação contra a Covid
precisaram ser fechados.
Maior nº de mortes, apesar de restrição do STF
Segundo a plataforma digital Fogo Cruzado, que registra dados de violência armada desde julho de 2016, é o
maior número de mortes durante uma operação da polícia em uma comunidade desde o início dos levantamentos.
Desde junho do ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF)
suspendeu operações em favelas durante a pandemia. A decisão permite ações apenas em
"hipóteses absolutamente excepcionais".
Segundo a Polícia, até 15h30, a operação tinha apreendido:
- 15 pistolas
- 6 fuzis
- 1 sub-metralhadora
- munição antiaérea
A ação envolveu:
- 250 polícias
- 4 blindados
- 2 helicópteros
Para isso, os agentes precisam comunicar ao Ministério Público sobre o motivo da operação. O órgão informou que foi notificado pela polícia sobre a operação (
veja íntegra da nota no fim da reportagem). Em entrevista coletiva à tarde, o delegado Rodrigo Oliveira, da Core, afirmou que a ação cumpriu
todos os protocolos da decisão do STF.
Um advogado da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) acompanha o caso.
A
Operação Exceptis investiga o aliciamento de crianças e adolescentes para ações criminosas, como assassinatos, roubos e até sequestros de trens da Supervia. A polícia afirma que o tráfico da região adota táticas de guerrilha, com armas pesadas e “soldados fardados”.
O Globocop flagrou às 6h45 policiais avançando pelos trilhos da Supervia e do metrô — que cortam o Jacarezinho na superfície — e se abrigando em postes. Helicópteros da polícia, em apoio às equipes em terra, davam rasantes na comunidade (
veja vídeo acima).
Às 7h30, criminosos com fuzis foram vistos
pulando de laje em laje, em fuga (
veja vídeo abaixo). Os homens passavam as armas de mão em mão pelos muros enquanto corriam pelos telhados das casas.
A polícia diz que 27 mortos são suspeitos, mas não deu detalhes sobre quem eles são e o que faziam ao serem baleados. A 28ª vítima é o policial civil André Frias, atingido na cabeça.
g1.globo.com
Visualizar anexo 186390
....................
Eu recebi uns videos impublicáveis por aqui.