Giant Enemy Crab
Wyrd biõ ful ãræd
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Cara, isso é um veneno (o nosso, não o deles). Já tem diversas orientações dos profissionais de saude quanto a isso. Se precisar de fontes me avise, mas salve a sua vida.
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Japones eu adoro esse:
Ippudo Cupmen.
bem carinho, mas é muito bom.
porém, normalmente eu faço "lamen" em casa mesmo, no maximo compro o chashu(seilacomoescreveemromano) pra esquentar no banho maria.
Voltando ao tópico do racismo.
Digitei correndo o post acima hoje antes de ir trabalhar.
De fato, Eu estaria mentindo se dissesse que não existe japones racista.
E que não existe plaquinhas "proibido br".
Vou abordar o assunto das plaquinhas.
Plaquinhas esses que só se ve aonde tem muita concentração de brasileiro.
Creio eu, que pelo menos parte, se deve a falta de comunicação.
Pelo que eu conheço dos nativos, as chances de ter entrado algum grupo de br no lugar algumas vezes e causado "algum mal-estar" entre os clientes e os staffs do lugar é grande.
Mas, se tiver lugar que é "só porque não gosta de brasileiro", só darei de ombros. "acontece". Assim como tem um monte de gente que não gosta de japoneses "apenas por serem japoneses", de "negros, apenas por serem negros".
Mas eu explico o porque eu acho que as chances de ser por problemas de comunicação são altas.
Por morar nessa joça de cidade que parece que brota gente do chão. Pra qualquer "saidinha" com muié ou com amigo, pra algum lugar "acima de um sukiya". Eu acabo precisando fazer reserva.
E muitas vezes eu tenho que fazer pelo telefone pois não confio tanto nos sites que indexam isso e prestam tal serviço. Aí vou pelo caminho mais certeiro, que é ligar no lugar e fazer reserva.
Nunca me perguntaram a minha nacionalidade, eu nunca tento "me passar por Japonês", logo, não escondo o sotaque "de fora". E as vezes até uso meu nome ocidental pra reserva.
Mas já perdi as contas de que, quando eu falava o número de pessoas que vai me acompanhar. A pergunta seguinte ser algo na linha do "todo mundo sabe japonês ou só você?".
Os mais "ofendidinhos" é capaz de ver esse tipo de pergunta como preconceito. Eu, pelo menos, conhecendo o modo de operar dos nativos, vejo mais como preocupação a "manter em ordem a relação cliente X funcionário(a)".
Até hoje, a única vez que eu liguei em um lugar pra fazer reserva e desisti no meio, foi em restaurante adivinha de que país?
Pois é, Brasil.
Quando a atendente, brasileira, pelo jeito que falava eu acho que é de Curitiba, teve certeza que eu era Br, passou a ficar uma má vontade da porra. A principio eu fiquei pensando "capaz de eu passar vergonha se ir la com o povo", ai desisti.
Mesmo em entrevista. Praticamente toda vez que eu fiz entrevista pra emprego "fixo" em empresa 100% japonesa, a primeira coisa que o povo se preocupa é com a comunicação.
E não creio que "eu ser half" influencia tanto assim pra eu "sofrer menos racismo que outros brasileiros". Japones num geral se importa com o local que a pessoa nasceu, mesmo entre japoneses. Pra um japones eu sempre serei um brasileiro (mesmo que tenha japoneses que vivam pedindo pra eu "virar japones")
Mesmo se for filme, musica, série. O lugar que surgiu é sempre uma info importante.
Pode até influenciar em algum caso ou outro. Meio que buga os japas desacostumados a lidar com estrangeiro.
o @ptsousa ta de prova, fomos comer num restaurante e mesmo eu "sendo half", a muié que atendia teimava em tentar falar em ingles comigo. Eu pedia as coisas em japones e ela respondia em ingles "ruim de entender" Mano que raiva que eu tava ficando daquela muié,.
Uns dias atras eu fui comer sozinho em um sushi. Eu chamei a atendente "pra fechar a conta", falei "kaikei kudasai" (feche a conta por favor), ai a resposta foi "ai do no ingurishuu". Olhei pra ela e repeti mais devagar "tentando imitar japones", ela repetiu que não sabia ingles. Eu falei que não era ingles, era japones, ela com cara de assustada me olhando. Quando eu peguei o celular pra escrever em japones pra ela ler. Ela saiu e voltou com uma tia, que aparentava ser supervisor ou superior dela. Falei pra essa tia, eu tava rindo ja na hora. "só queria fechar a conta e a moça ai insiste em não me entender". A tia pediu desculpas, fez a menina pedir desculpas e eu pedindo pra parar com essa formalidade porque eu ja tava ficando com vergonha. A tia explicou pra menina "que eu tava falando em japones, mesmo sendo estrangeiro". Ai caiu a ficha da guria.
Até perguntei pra essa tia se meu jeito de falar tava tão ruim assim. Diz ela que "era perfeito, mas acabou dando um bug na guria, primeira vez que ela atendeu um estrangeiro que não usou linguagem mimica"..
Tem lugar que eu vou, a atendente começa a falar, ou tentar, em ingles comigo. Eu respondo em japones ja pedindo pra "falar em japones", e se assustam. Inclusive convenci uma atendente de hotel, "sem querer", a fazer intercambio pra aprender portugues, em Portugal. Muié manjava horrores de ingles, depois do "susto inicial" de comunicação comigo, ficamos conversando sobre idiomas e ela passou a achar portugues uma "lingua muito bonita".
Meses depois eu voltei la pra encher a cara e ter uma cama pra cair, ela disse que tava indo pra Tugal fazer intercambio pra ver se aprendia tugues.
Essas coisas não "ocorrem em pais predominantemente racista", creio eu.
Outro ponto que "pode causar estranheza", é que japones é indiferente pra tu. Da até pra pensar que é o apice da "aceitação" (o contrario de racismo), afinal, se a pessoa é indiferente por tu ter nascido em pais X ou Y. Quer dizer que ela não se importa.
Diferente da cultura brasileira de "oba oba".
Sou o unico estrangeiro do meu trabalho, e o assunto da minha nacionalidade só surge pra questões de zoeira ou elogio.
Maximo de treta que ja deu foi por conta de "folha de relatório".
As vezes ue preciso fazer cópia de algumas folhas dos relatórios que eu uso, pra enfiar na pasta do blueprint, pois pessoas "mais pra frente" podem vir a precisar de algumas infos contidas ali.
As infos que eu sei que as pessoas precisam eu sempre escrevo em japones (ou alguém escreve pra mim, quando não sou eu quem decidiu ou teve a idéia).
Ja as infos que é só pra mim mesmo, eu escrevo em pt-hue. Uns dias atras veio um cara la checagem final com uma muié, que eu nunca conversei na vida além de "bom dia" nos corredores. Com algumas cópias dessas cópias. Encher o saco do lider do meu grupo. O manolo veio me mostrar os papéis pra perguntar o que significa essas palavras.
Na hora respondi "é uma carta de amor codificada pra moça ai, se ela juntar os papeis do ultimo mes vira uma declaração ".
Depois de notar que a minha piada chocou a moça em questão, eu respondi sério.
Expliquei a minha lógica "info que só eu preciso, não tem o porque eu escrever em japones... é até pior porque minha letra em japones é feia pra porra eu demoro demais pra escrever, e quando eu precisar da info eu acabar ignorando ela, ja que meu cerebro foi programado em tupiniques".
O lider do meu grupo até comentou "é.... pelos locais que tu escreve, faz sentido".
Ai foi "concordado" que "se ta em uma lingua estranha é porque é irrelevante pra qualquer um além do Crab".
Enfim.
fica ai o complemento.
Creio eu que muita coisa seria resolvida com "comunicação verbal".
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