Aran
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Vocês acham que mulher que quer (ou que realizou o sonho de) ser mãe solteira é razoável?
Para vocês, isso tem a ver com feminismo ou algum tipo de ideologia, ou simplesmente a mulher não quer e não se importa em ter um marido, ainda que tenha o desejo de ter um ou mais filhos?
Acham justo com a criança ter de crescer sem o pilar que é ter um pai? Seria coragem, ou seria egoísmo da parte da mãe se aventurar a criar uma criança sozinha, suprindo os papéis de pai e mãe ao mesmo tempo?
Não indago aqui sobre separações ou casos fortuitos que fizeram com que a mãe ficasse solteira, ou situações que forçassem um dos parentes a cuidar sozinho da criança, mas sim quando é premeditado, quando a pessoa, desde o início, quer ser (e, às vezes, consegue) parente único da criança.
Eu não sou religioso e muito menos prezo pelas estruturas tradicionais, mas, pelo que observo na minha experiência de vida, é fundamental a criança crescer com dois pilares básicos, quais sejam, a figura do pai e da mãe. Não consigo conceber uma situação em que a pessoa se julga ser capaz de, sozinha, dar todo carinho, atenção, exemplos de vida, ensinamentos etc que um(a) filho(a) precisa ter.
Penso que é muito egoísmo fazer isso. Pra mim é a satisfação de um desejo e realização pessoal em detrimento à maneira que esta pessoa que será colocada no mundo vai crescer e se desenvolver. Em todos os casos que eu conheço em que a criança é criada por uma só pessoa, seja apenas pai ou seja apenas mãe, percebo que ocorrem alguns desvios no meio do caminho que influenciam negativamente na formação desta pessoa. Não que necessariamente esta pessoa vá se tornar alguém com problemas psicológicos, mas acho que o caminho é mais árduo, e, com certeza, faltarão referências e etapas importantes do desenvolvimento saudável para essa pessoa.
Penso também que, não em pequena medida, movimentos como o feminismo (quando exagerado) influenciam a forma de pensar de algumas mulheres, como se elas tivessem que provar algo, como se viver sem um homem fosse grande feito. Acho que não há problemas em a mulher querer ser independente e até mesmo viver sem homens na vida dela. Ela pode e deve fazê-lo, se julgar adequado. O problema é quando, por uma opção pessoal, e, que hoje está na moda, ela acabe prejudicando o devido desenvolvimento de uma vida inocente.
E vocês, o que acham? Eu me peguei pensando nisso ao ler a reportagem abaixo.
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Talyta Vespa
Da Universa
05/07/2018 04h00
No Uber, na TV, na academia, lá está ela: “É que a gente quer crescer/E quando cresce quer voltar do início/Porque um joelho ralado dói bem menos que um coração partido”. Kell Smith e sua música “Era uma Vez” já têm 150 milhões de visualizações no YouTube e 32 milhões de execuções no Spotify.
Essa paulista de 24 anos, nascida de família evangélica, tornada feminista, mãe muito jovem, tatuada e de cabelo moderno, é a nova e bem-vinda voz das meninas corajosas: quis ter filho sem casar, não aceita ser chamada de “feminista escrota” e nem que artista “fique em cima do muro”.
Você decidiu engravidar, aos 20 anos, do seu melhor amigo. Por quê?
Meu sonho sempre foi ser mãe e ainda jovem. Só que eu não queria casar, ter um marido. Então, um dia, do nada, propus a esse amigo, com quem eu morava numa república: “Quer ter um filho comigo?”. Ele topou. Engravidei logo e ele curtiu toda a gestação da Alice, que hoje tem quatro anos. Não temos um relacionamento amoroso, mas de cumplicidade e amor por ela. Hoje, ela mora no interior, com meus pais. Não quero que viva na loucura de São Paulo.
Ela deve sentir sua falta.
Sim, acho que da minha presença. Vira e mexe, diz: “Tuga (como ela me chama), queria que você estivesse aqui. Precisa mesmo trabalhar tanto?”. A gente conversa todo dia por vídeo ou telefone. Somos amigas. Quando alguém pergunta com que trabalho, ela diz: “Minha Tuga canta para as pessoas serem mais felizes”.
Sobre o que vocês conversam?
Conto da nossa história, que sou amiga do papai, e que as famílias são diferentes. Ela entende, porque coloca o amor em primeiro lugar.
Aproveito pra ensinar que não existe essa de menino só namorar menina e menina só namorar menino.
Imagem: Divulgação
Sua música toca sem parar e você agora é famosa. O que tem de ruim nessa nova vida?
Ficar exposta o tempo todo. Nunca recebi tanta mensagem de ódio. Dói ler coisas como “você deve morrer, sua feminista escrota”. E aí eu penso: enquanto existir esse tipo de cara, preciso falar de feminismo. A gente tem que dizer o que que tem vontade, não pra aparecer no Faustão.
Por que mudou o nome de Keylla Cristina dos Santos para Kell Smith?
Minha mãe me chama de Kell porque confunde meu nome com o da minha irmã, Kelly. O Smith criei para cantar em bares, divulgar show.
No começo, me escondia atrás desse alter ego. Tinha medo de dar opinião e ser rejeitada.
Imagem: Divulgação
E hoje?
Percebi que artista precisa se impor. Não pode ficar em cima do muro, ser imparcial.
Você é filha de missionários evangélicos e diz só ter ouvido gospel até os 12 anos. Aos 23, lançou a ousada "Totalmente Ela", que diz: "Não sou só um rosto bonito/ Batom, salto alto, decote, vestido/ Mais um incentivo pra sua libido/ Não que isso seja algo proibido/ Mas nesse momento sou eu quem decido/Se dorme sozinho, ou se volta comigo". Como foi essa transição?
Meus pais nunca foram conservadores. Eles me ensinaram sobre um Deus que não ama apenas brancos, héteros e ricos. Quando era adolescente, meu pai me apresentou a um disco da Elis Regina e me apaixonei. Comecei a tocar em bares, fazer faculdade (de Administração) e a me interessar pelas questões feministas.
Ainda é religiosa?
Sim. Frequento a igreja, faço reuniões em casa e acompanho cultos online. Deus é meu melhor amigo.
São quantas as suas tattoos?
Parei de contar quando fiz a vigésima. Na barriga, tenho “Yes I Can”. Gosto de ler quando me olho no espelho e é também uma referência ao Obama, meu Deus, hahaha. Tenho também “fé”, “free” e “como tu madre”, que é uma tatuagem feminista, “até sermos um”, que significa se colocar no lugar do outro e o horário que a Alice nasceu.
Você era loirinha e cabeluda até três anos atrás. Por que mudou tudo?
Em parte, foi ideia do Rick Bonadio, meu empresário. Eu disse pra ele que quanto mais limpa estivesse minha cara, mais eu conseguiria me expressar. Então, ele sugeriu o corte curtinho. Quando me vi com o rosto tão exposto, pensei: “É isso”. Amo. Compro shampoo a cada três meses. O ruim é no frio, que a nuca congela.
Fonte: https://universa.uol.com.br/noticia...mith-queria-ser-mae-mas-nao-queria-marido.htm
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Para vocês, isso tem a ver com feminismo ou algum tipo de ideologia, ou simplesmente a mulher não quer e não se importa em ter um marido, ainda que tenha o desejo de ter um ou mais filhos?
Acham justo com a criança ter de crescer sem o pilar que é ter um pai? Seria coragem, ou seria egoísmo da parte da mãe se aventurar a criar uma criança sozinha, suprindo os papéis de pai e mãe ao mesmo tempo?
Não indago aqui sobre separações ou casos fortuitos que fizeram com que a mãe ficasse solteira, ou situações que forçassem um dos parentes a cuidar sozinho da criança, mas sim quando é premeditado, quando a pessoa, desde o início, quer ser (e, às vezes, consegue) parente único da criança.
Eu não sou religioso e muito menos prezo pelas estruturas tradicionais, mas, pelo que observo na minha experiência de vida, é fundamental a criança crescer com dois pilares básicos, quais sejam, a figura do pai e da mãe. Não consigo conceber uma situação em que a pessoa se julga ser capaz de, sozinha, dar todo carinho, atenção, exemplos de vida, ensinamentos etc que um(a) filho(a) precisa ter.
Penso que é muito egoísmo fazer isso. Pra mim é a satisfação de um desejo e realização pessoal em detrimento à maneira que esta pessoa que será colocada no mundo vai crescer e se desenvolver. Em todos os casos que eu conheço em que a criança é criada por uma só pessoa, seja apenas pai ou seja apenas mãe, percebo que ocorrem alguns desvios no meio do caminho que influenciam negativamente na formação desta pessoa. Não que necessariamente esta pessoa vá se tornar alguém com problemas psicológicos, mas acho que o caminho é mais árduo, e, com certeza, faltarão referências e etapas importantes do desenvolvimento saudável para essa pessoa.
Penso também que, não em pequena medida, movimentos como o feminismo (quando exagerado) influenciam a forma de pensar de algumas mulheres, como se elas tivessem que provar algo, como se viver sem um homem fosse grande feito. Acho que não há problemas em a mulher querer ser independente e até mesmo viver sem homens na vida dela. Ela pode e deve fazê-lo, se julgar adequado. O problema é quando, por uma opção pessoal, e, que hoje está na moda, ela acabe prejudicando o devido desenvolvimento de uma vida inocente.
E vocês, o que acham? Eu me peguei pensando nisso ao ler a reportagem abaixo.
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Talyta Vespa
Da Universa
05/07/2018 04h00
No Uber, na TV, na academia, lá está ela: “É que a gente quer crescer/E quando cresce quer voltar do início/Porque um joelho ralado dói bem menos que um coração partido”. Kell Smith e sua música “Era uma Vez” já têm 150 milhões de visualizações no YouTube e 32 milhões de execuções no Spotify.
Essa paulista de 24 anos, nascida de família evangélica, tornada feminista, mãe muito jovem, tatuada e de cabelo moderno, é a nova e bem-vinda voz das meninas corajosas: quis ter filho sem casar, não aceita ser chamada de “feminista escrota” e nem que artista “fique em cima do muro”.
Você decidiu engravidar, aos 20 anos, do seu melhor amigo. Por quê?
Meu sonho sempre foi ser mãe e ainda jovem. Só que eu não queria casar, ter um marido. Então, um dia, do nada, propus a esse amigo, com quem eu morava numa república: “Quer ter um filho comigo?”. Ele topou. Engravidei logo e ele curtiu toda a gestação da Alice, que hoje tem quatro anos. Não temos um relacionamento amoroso, mas de cumplicidade e amor por ela. Hoje, ela mora no interior, com meus pais. Não quero que viva na loucura de São Paulo.
Ela deve sentir sua falta.
Sim, acho que da minha presença. Vira e mexe, diz: “Tuga (como ela me chama), queria que você estivesse aqui. Precisa mesmo trabalhar tanto?”. A gente conversa todo dia por vídeo ou telefone. Somos amigas. Quando alguém pergunta com que trabalho, ela diz: “Minha Tuga canta para as pessoas serem mais felizes”.
Sobre o que vocês conversam?
Conto da nossa história, que sou amiga do papai, e que as famílias são diferentes. Ela entende, porque coloca o amor em primeiro lugar.
Aproveito pra ensinar que não existe essa de menino só namorar menina e menina só namorar menino.
Imagem: Divulgação
Sua música toca sem parar e você agora é famosa. O que tem de ruim nessa nova vida?
Ficar exposta o tempo todo. Nunca recebi tanta mensagem de ódio. Dói ler coisas como “você deve morrer, sua feminista escrota”. E aí eu penso: enquanto existir esse tipo de cara, preciso falar de feminismo. A gente tem que dizer o que que tem vontade, não pra aparecer no Faustão.
Por que mudou o nome de Keylla Cristina dos Santos para Kell Smith?
Minha mãe me chama de Kell porque confunde meu nome com o da minha irmã, Kelly. O Smith criei para cantar em bares, divulgar show.
No começo, me escondia atrás desse alter ego. Tinha medo de dar opinião e ser rejeitada.
Imagem: Divulgação
E hoje?
Percebi que artista precisa se impor. Não pode ficar em cima do muro, ser imparcial.
Você é filha de missionários evangélicos e diz só ter ouvido gospel até os 12 anos. Aos 23, lançou a ousada "Totalmente Ela", que diz: "Não sou só um rosto bonito/ Batom, salto alto, decote, vestido/ Mais um incentivo pra sua libido/ Não que isso seja algo proibido/ Mas nesse momento sou eu quem decido/Se dorme sozinho, ou se volta comigo". Como foi essa transição?
Meus pais nunca foram conservadores. Eles me ensinaram sobre um Deus que não ama apenas brancos, héteros e ricos. Quando era adolescente, meu pai me apresentou a um disco da Elis Regina e me apaixonei. Comecei a tocar em bares, fazer faculdade (de Administração) e a me interessar pelas questões feministas.
Ainda é religiosa?
Sim. Frequento a igreja, faço reuniões em casa e acompanho cultos online. Deus é meu melhor amigo.
São quantas as suas tattoos?
Parei de contar quando fiz a vigésima. Na barriga, tenho “Yes I Can”. Gosto de ler quando me olho no espelho e é também uma referência ao Obama, meu Deus, hahaha. Tenho também “fé”, “free” e “como tu madre”, que é uma tatuagem feminista, “até sermos um”, que significa se colocar no lugar do outro e o horário que a Alice nasceu.
Você era loirinha e cabeluda até três anos atrás. Por que mudou tudo?
Em parte, foi ideia do Rick Bonadio, meu empresário. Eu disse pra ele que quanto mais limpa estivesse minha cara, mais eu conseguiria me expressar. Então, ele sugeriu o corte curtinho. Quando me vi com o rosto tão exposto, pensei: “É isso”. Amo. Compro shampoo a cada três meses. O ruim é no frio, que a nuca congela.
Fonte: https://universa.uol.com.br/noticia...mith-queria-ser-mae-mas-nao-queria-marido.htm
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