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Pra mim continua sendo um guitarrista bem limitado. Ele teve alguns poucos momentos brilhantes, mas o resultado geral continua sendo bem abaixo da média.É bem verdade que o Kirk abusa horrores do wah wah, e parece não conhecer outra escala que não a pentatônica, mas também é igualmente verdadeiro que ele compôs alguns dos mais bonitos solos do metal - e, por mais que existam certos clichês bastante persistentes nas suas confecções, é realmente difícil de se negar a sua pertinência e adequação melódicas na contextualização das músicas do Metallica.
Eu acho muito difícil de se imaginar que um Dave Mustaine, por exemplo, teria feito um trabalho melhor do que Kirk em faixas como Fade to Black, One ou mesmo Master of Puppets (só para citar três casos). São solos relativamente simples, mas que se encaixam como uma luva naquelas músicas, quase como se estivessem eternamente destinados a compor par com aqueles riffs de guitarra rítmica, aqueles vocais rasgados, letras perturbadoras, produção atmosférica e andamentos de bateria.
Tudo parece se encaixar quase que miraculosamente na composição de um clássico. É simplesmente bobagem tentarmos especular "como teria sido se..." (ao menos na minha opinião, Kirk fez um trabalho simplesmente primoroso nos anos 80, e foi exatamente o guitarrista que o Metallica precisou na época). Eu prefiro o Kirk no Metallica, e Dave Mustaine no Megadeth. Assim, ganhamos não só uma, como duas lendas recheadas de clássicos do metal. It's a win-win.
Se ele procurasse compor mais no estilo dos solos de Fade to Black, ao invés de tentar demonstrar técnicas que ele claramente não domina, talvez o saldo dele fosse mais positivo. Tanto é que os solos mais citados como os "mais fodas" dele são aqueles que ele decidiu inventar menos moda na punhetação.
E isso levando em consideração que o solo que você menciona em Master of Puppets seja o mais clean, pq aquele mais pro final dói na alma de tão genérico.