O que há de Novo?
Fórum Outer Space - O maior fórum de games do Brasil

Registre uma conta gratuita hoje para se tornar um membro! Uma vez conectado, você poderá participar neste site adicionando seus próprios tópicos e postagens, além de se conectar com outros membros por meio de sua própria caixa de entrada privada!

  • Anunciando os planos GOLD no Fórum Outer Space
    Visitante, agora você pode ajudar o Fórum Outer Space e receber alguns recursos exclusivos, incluindo navegação sem anúncios e dois temas exclusivos. Veja os detalhes aqui.


Na sua opinião, qual foi o GOTY 1998 (jogo mais bem avaliado do ano foi The Legend of Zelda: Ocarina of Time)?

Na sua opinião, qual foi o GOTY 1998?


  • Total voters
    184

Ryo_Sakazaki

Ei mãe, 500 pontos!
Mensagens
6.099
Reações
11.981
Pontos
754
The King of Fighters '98 :coolface

Falando sério, meu GOTY de 1998 é Resident Evil 2. Mesmo adorando a série Metal Gear e Zelda, RE2 é o meu GOAT. Só quem é fã de Resident Evil e que acompanhou as informações por revistas na época vai lembrar do hype por esse jogo. Lembro que até sonhei com o jogo depois de assistir o trailer de RE1.5 que vinha no 2º Disco de Resident Evil Director's Cut - Dualshock.
 

Batman-X

Bam-bam-bam
Mensagens
7.181
Reações
5.831
Pontos
353
Thief, ao menos o um, é para ser jogado apenas uma vez tb, após sacar os caminhos e pontos escuros... ou mesmo os bugs, o jogo perde completamente o desafio e vira uma coisa chata de perder tempo parado sabendo o que tem fazer mas tendo que esperar.

E eu acho Thief um JOGASSO mas seu argumento sobre o Psycho Mantis pode ser aplicado basicamente a TODO o jogo Thief... enquanto em MGS é uma parte da história, e uma parte pensada em causar essa sensação de "eita krai"... coisa que aquele jogo de terror do Game Cube (esqueci o nome) elevou a enesima potencia.

As cutscenes e narrativa é uma coisa subjetiva, talvez todo o plot seja simples... mas a maneira que é contada, ao menos para mim, é boa até hoje. É uma boa história contada de uma forma rapida e ainda conta com diversos EXCELENTES personagens.

Gameplay é foda e isso não tem como dizer o contrário.

Acho que o pacote de MGS é de um nível mto alto e sem precedentes para a época. Tanto MGS quanto Zelda OoT são jogos sem precedentes para a época e cada um a sua maneira.... eu prefiro MGS. Agora THief num entra, para mim, nessa conversa porque é um jogo, ao todo, bom e é isso. Bugado, sem narrativa foda etc etc... apenas um jogo de esconde esconde fodão.

De PC em 1998 eu considero Fallout 2, Grim Fandango e HL uma trinca fodida, embora não sejam O GotY, para mim, mostram que o PC foi quem teve os melhores jogos naquele ano no geral.

O jogo do GC que vc fala seria o Eternal Darkness?

Ele foi lançado em 2002 junto com o GC. Era um ótimo jogo.
 

Extrusor

Bam-bam-bam
Mensagens
1.140
Reações
2.243
Pontos
453
The King of Fighters '98 :coolface

Falando sério, meu GOTY de 1998 é Resident Evil 2. Mesmo adorando a série Metal Gear e Zelda, RE2 é o meu GOAT. Só quem é fã de Resident Evil e que acompanhou as informações por revistas na época vai lembrar do hype por esse jogo. Lembro que até sonhei com o jogo depois de assistir o trailer de RE1.5 que vinha no 2º Disco de Resident Evil Director's Cut - Dualshock.


Época foda, eu tinha pilhas de revistas, só não tinha todas as possíveis de cada mês pq era pirralho e dependia da grana do pai pra comprar. Comprava e ficava lendo aqueles detonados imensos e detalhados :kpaixao
 

Majima-San

Ei mãe, 500 pontos!
Mensagens
10.487
Reações
23.097
Pontos
803
Prezado usuário @Majima-San, estamos aguardando a sua análise!


Muito obrigado por perguntar, querido:kpaixao.


Minha opinião e minha percepção são as seguintes.


Dá uma bela olhada pra essa foto aqui abaixo:

84390

Isso aí foi um dos melhores games de corrida da geração que antecede a tratada nesse tópico. Nesse trampo, nos limitávamos a virar para a esquerda, para a direita, acelerar, frear e a traçar os asfaltos acionando o nitro. A jogabilidade se resumia a isso. A seleção de carros é parca, a seleção de pistas pouco modifica o gameplay e a sensação geral é a de limitação, precariedade, brida, clausura, mordaça e miséria.


Agora, olhe para a foto abaixo.


84389


Só me enche a cachuleta, de memória, devoção e análise, expansão e transformação, um level up de 70x numa chapuletada só. É um arremedo de pengolim contra uma jeba magnânima, veiuda e fértil. Eu penso em mais, me vem à mente, comparando ambos, dilatação, progressão geométrica de qualidade, densidade, compulsão com os detalhes, aquele aditamento formoso na qualidade da bóia. Saiu fora o feijão com arroz, entrou um banquete. Beleza. Desenvolvimento. E o melhor: numa bandeja de prata, toda essa evolução serviu a gameplay e imersão.


Só traz coisa boa, felicidade, novidade, trocentos cabaços quebrados, à força duma rôla do calibre dum vulcão, espanando sangue virgem até no teto. Você tem duas centenas de carros com jogabilidade diferente, pistas com excelente level design, pela primeira vez uma engine de física decentemente implementada, infos, trivias e specs sobre veículos, mostruários, pistas de teste, desafios para carteira de motorista, mapa de concessionárias, uma garagem, menus luxuosos, um sistema de economia, tilts em motores, pneus, suspensão, escapamento, boosts, lataria, car wash, um sistema de eventos que muda o gameplay de uma mesma pista e uma trilha sonora envolvente e imersiva. O desenvolvimento em gameplay é uma molécula de água versus o Mar Adriático. É como se você tivesse saído da arte rupestre para a era da pintura a óleo.


É exagero ou preconceito dizer que, depois de Gran Turismo, Top Gear é um mero "joguinho"?


Agora saca esse outro clássico aqui:

84391

Isso aí é um dos games de sobrevivência com zumbis mais relevantes da quarta geração. Você anda em quatro direções bombardeando mortos-vivos, acha chaves para destrancar portas, itens que recuperam health e um arsenal de armas que vão de crucifixos a uzis.


Agora aqui abaixo, lembrem deste outro clássico:


84393


Um baita salto em complexidade. Gameplay e imersão vão da água ao vinho. Compare ambos. Pense fixamente em ambas as produções. O design geral salta de um país subdesenvolvido a uma Suiça. De um urinol, evoluímos a um ancho suculento. De um peidinho, a um vendaval.


Eu não acho que seria exagero alcunhar Zombie Ate My Neighbors (ou outro game qualquer que se aproxime da obra da Capcom em jogabilidade e/ou tema, o que era inclusive raro) um "joguinho", depois que Resident Evil (especialmente sua sequência) veio ao mundo.


Esse game aqui abaixo é um grande representante da quarta geração do gênero ação e aventura, dentre os jogos que têm o aspecto mais meticuloso e cadenciado:

84394


Você se resume a trepar em andaimes multiplataformas, catando chaves, andando furtivamente, às vezes se escondendo de inimigos, e quebrando costela com uma pump action shotgun. Os temas são no máximo adolescentes, com duas frases palpitando em imagens estáticas, toscas e superficiais, a nosso entendimento, como jogadores, dum motivo pra se esbagaçar as vísceras. Tudo muito precário.


Aqui agora, vai um genre-definig irremediável da geração seguinte, que veio meros 4 anos após o jogo anteriormente citado:

84395

Não dá nem pra descrever a evolução. Você se movimenta furtivamente por cenários compulsivamente desenhados, enforca soldados, lhes estabefa os gorros brancos, entrões lhes seguem pegadas, você pode virar só o catarro por causa do frio, e nêgo pode ouvir seus espirros. Tome um Medicine pra rebater a chupança, meu camarada. Tome um diazepan pra rebater a ressaca. Lobos te adoram por um lenço cheirando a perfume. Chaff Granedes emburrecem o maquinário. Stun Granades embebedam terroristas, C4 podem ser nirvanescamente espalhados por cenários de level design impecável. Minas. Se você perseguir a moça rapidamente, você a encontra despida no banheiro. Caixas de papelão te transportam e te escondem. Ahhhh, as Boss Battles! As Boss Battles! Você enfrenta um Grandão num tanque, jogando-lhe granadas na tampa, e lhe dobra a revanche escapando duma Machine Gun num labirinto dentro do freezer. Você duela com um Russo em meio a colunas entupidas de bombas relógio, e depois lhe escapa a tortura, ensopando o peitoral de catchup e azucrinando o guardinha. Duelos Snipers em torres e descampados. Mísseis teleguiados a Helicópteros. Perseguição em motocicletas e carroceria de Jeepão. Porrada em cima de costa de Mecha. Sensitivos invulnáveis leem seu Memory Card e produzem efeitos bizarros na tela, aleatórios, absurdamente criativos. Ninjas te degolam.


E mais, mais, mais! Câmaras captam fantasmas, cigarros fumados revelam lasers, armadilhas, se você olhar em primeira pessoa pra garota, ela se envergonha, se você olhar pela cela dela antes da hora, você a encontra malhando de calcinha, conversas dinâmicas no CODEC, a depender de qual lugar você liga pros seus parças, a depender de qual item está equipado, a depender de quantas vezes você liga pra mesma pessoa. O número de detalhes beira a desordem psiquiátrica. Nikita. Stinger. Blast Furnace e seu design opressivo. Você escuta diálogos de primeira categoria sobre guerra assimétrica, ambiente, biologia, tecnologia, descrições fantásticas de cada arma e equipamento, a buginganga e a criação daquele mecanismo para o SOLITOM RADAR, temas espinhosos perfeitamente tratados, traição, loucura, tragédia, amor, doença, mindfucks, previsões do futuro que se concretizam. Política. O Secretário de Defesa e o Presidente são retratados no jogo duma forma não-caricata, tudo redondamente lidado, sem que soe nem por um segundo tosco.


Eu tenho certeza absoluta, e não tenho nenhum medo ou pudor em dizer isso, pois sou livre para a mais sistemática análise comparativa, que Blackthorne é uma muriçoca, um cisquinho desprezível e pejorativo, uma coisa digna de se apontar e zombar da cara, comparado com MGS em qualquer departamento, especialmente na expansão de gameplay. Um “joguinho “, ân? Uma bufa!


Agora, essa obra de arte aqui é um dos melhores representantes do gênero Action/Adventure/Action-RPG (gênero controverso) da quarta geração.

84396

Você anda num field hub-like, que dá acesso a dungeons, cujo level design é em geral, a partir de um determinado tema (fogo, gelo, floresta), teu guia por salas com o duo puzzle/labirinto embutido, onde novas habilidades (itens - uma bomba, um bumerangues, um arco e flecha, um hookshot) destravam novas dungeons/novos caminhos no field ou nos calabouços, com chefes ao final das dungeons cujas batalhas são vencidas usando algum item ou equipamento que é encontrado na respectiva dungeon.


Essa outra obra de arte aqui é um dos melhores action adventures da quinta geração:

84398

Você anda num field hub-like, que dá acesso a dungeons, cujo level design é em geral, a partir de um determinado tema (fogo, gelo, floresta), teu guia por salas com o duo puzzle/labirinto embutido, onde novas habilidades (itens - uma bomba, um bumerangue, um arco e flecha, um hookshot) destravam novas dungeons/novos caminhos no field ou nos calabouços, com chefes ao final das dungeons cujas batalhas são vencidas usando algum item ou equipamento que é encontrado na respectiva dungeon. Só que em 3D.


O feito olímpico e monumental do espetacular Ocarina of Time é essencialmente técnico e mecânico (e não do tipo “expansivo” ou “desenvolvimentista”), que foi traduzir A Link to the Past, sem tirar nem pôr, para a terceira dimensão, resolvendo magicamente todos os problemas que isso poderia produzir. Se você jogar A Link to the Past para o 3D, na mesma perspectiva de sua sequência, sem acrescentar nem retirar nada, você vai encontrar um game tremendamente similar em design geral a Ocarina of Time.



Então, meu amigo, 1998 foi o "Ano da Reforma", foi "O Berço do Videogame Moderno", após consolidar o que Jill Valentine e Cloud Strife começaram em 1997. Expansão de tudo, muito grande, outra coisa, outro mundo, outro tudo, e isso é que é o verdadeiro Gold Standard. Videogame não é só um mero time killer, dá pra ser mais. A Idade Clássica acabou num flash com a desidratação do tipo de game chamado “joguinho”.


NOTAS DE RODAPÉ: o autor desse post está ciente que existiam outros games como os dessa enquete na quarta geração, mas num escopo muito menor. As comparações entre Zombies do SNES e Resident Evil 2 e Blackthorne e MGS são meras aproximações de design, já que os dois games mais modernos citados realmente não tinham par na quarta geração (eram novidade REAL, assim como Mario 64 foi, ao contrário de Ocarina of Time). O autor desse post considera Top Gear, Blackthorne e ALTTP masterpieces irrefutáveis, e Zombies Ate My Neighbors um excelente jogo. O autor desse post considera Ocarina um dos 10 melhores games de todos os tempos. O autor desse post é fã de “joguinhos” até hoje, gosta muito inclusive de videogames modernos do tipo passa-tempo, como as excelentes obras da Housemarque, Mario Aces, Splatoon, Medievil, Smash Bros, Horizon Chaze Turbo, Super Mario Wii, Sonic Mania e Resogun. O ponto foi que alguém teve que vir pra massificar outro estilo, e mais é sempre melhor.

Deus salve os mais velhos...

84403
 
Ultima Edição:


dinobass

Bam-bam-bam
Mensagens
2.748
Reações
3.150
Pontos
453
Votei em Banjo Kazooie, mas fiquei bem dividido entre ele e o Resident Evil 2
 

AriltonJA

O Arauto da Luz
VIP
Mensagens
3.175
Reações
3.461
Pontos
704
Fico dividido entre Half-Life e StarCraft porem voto no StarCraft. Esses são os dois unicos jogos dessa lista que
Muito obrigado por perguntar, querido:kpaixao.


Minha opinião e minha percepção são as seguintes.


Dá uma bela olhada pra essa foto aqui abaixo:

Visualizar anexo 84390

Isso aí foi um dos melhores games de corrida da geração que antecede a tratada nesse tópico. Nesse trampo, nos limitávamos a virar para a esquerda, para a direita, acelerar, frear e a traçar os asfaltos acionando o nitro. A jogabilidade se resumia a isso. A seleção de carros é parca, a seleção de pistas pouco modifica o gameplay e a sensação geral é a de limitação, precariedade, brida, clausura, mordaça e miséria.


Agora, olhe para a foto abaixo.


Visualizar anexo 84389


Só me enche a cachuleta, de memória, devoção e análise, expansão e transformação, um level up de 70x numa chapuletada só. É um arremedo de pengolim contra uma jeba magnânima, veiuda e fértil. Eu penso em mais, me vem à mente, comparando ambos, dilatação, progressão geométrica de qualidade, densidade, compulsão com os detalhes, aquele aditamento formoso na qualidade da bóia. Saiu fora o feijão com arroz, entrou um banquete. Beleza. Desenvolvimento. E o melhor: numa bandeja de prata, toda essa evolução serviu a gameplay e imersão.


Só traz coisa boa, felicidade, novidade, trocentos cabaços quebrados, à força duma rôla do calibre dum vulcão, espanando sangue virgem até no teto. Você tem duas centenas de carros com jogabilidade diferente, pistas com excelente level design, pela primeira vez uma engine de física decentemente implementada, infos, trivias e specs sobre veículos, mostruários, pistas de teste, desafios para carteira de motorista, mapa de concessionárias, uma garagem, menus luxuosos, um sistema de economia, tilts em motores, pneus, suspensão, escapamento, boosts, lataria, car wash, um sistema de eventos que muda o gameplay de uma mesma pista e uma trilha sonora envolvente e imersiva. O desenvolvimento em gameplay é uma molécula de água versus o Mar Adriático. É como se você tivesse saído da arte rupestre para a era da pintura a óleo.


É exagero ou preconceito dizer que, depois de Gran Turismo, Top Gear é um mero "joguinho"?


Agora saca esse outro clássico aqui:

Visualizar anexo 84391

Isso aí é um dos games de sobrevivência com zumbis mais relevantes da quarta geração. Você anda em quatro direções bombardeando mortos-vivos, acha chaves para destrancar portas, itens que recuperam health e um arsenal de armas que vão de crucifixos a uzis.


Agora aqui abaixo, lembrem deste outro clássico:


Visualizar anexo 84393


Um baita salto em complexidade. Gameplay e imersão vão da água ao vinho. Compare ambos. Pense fixamente em ambas as produções. O design geral salta de um país subdesenvolvido a uma Suiça. De um urinol, evoluímos a um ancho suculento. De um peidinho, a um vendaval.


Eu não acho que seria exagero alcunhar Zombie Ate My Neighbors (ou outro game qualquer que se aproxime da obra da Capcom em jogabilidade e/ou tema, o que era inclusive raro) um "joguinho", depois que Resident Evil (especialmente sua sequência) veio ao mundo.


Esse game aqui abaixo é um grande representante da quarta geração do gênero ação e aventura, dentre os jogos que têm o aspecto mais meticuloso e cadenciado:

Visualizar anexo 84394


Você se resume a trepar em andaimes multiplataformas, catando chaves, andando furtivamente, às vezes se escondendo de inimigos, e quebrando costela com uma pump action shotgun. Os temas são no máximo adolescentes, com duas frases palpitando em imagens estáticas, toscas e superficiais, a nosso entendimento, como jogadores, dum motivo pra se esbagaçar as vísceras. Tudo muito precário.


Aqui agora, vai um genre-definig irremediável da geração seguinte, que veio meros 4 anos após o jogo anteriormente citado:

Visualizar anexo 84395

Não dá nem pra descrever a evolução. Você se movimenta furtivamente por cenários compulsivamente desenhados, enforca soldados, lhes estabefa os gorros brancos, entrões lhes seguem pegadas, você pode virar só o catarro por causa do frio, e nêgo pode ouvir seus espirros. Tome um Medicine pra rebater a chupança, meu camarada. Tome um diazepan pra rebater a ressaca. Lobos te adoram por um lenço cheirando a perfume. Chaff Granedes emburrecem o maquinário. Stun Granades embebedam terroristas, C4 podem ser nirvanescamente espalhados por cenários de level design impecável. Minas. Se você perseguir a moça rapidamente, você a encontra despida no banheiro. Caixas de papelão te transportam e te escondem. Ahhhh, as Boss Battles! As Boss Battles! Você enfrenta um Grandão num tanque, jogando-lhe granadas na tampa, e lhe dobra a revanche escapando duma Machine Gun num labirinto dentro do freezer. Você duela com um Russo em meio a colunas entupidas de bombas relógio, e depois lhe escapa a tortura, ensopando o peitoral de catchup e azucrinando o guardinha. Duelos Snipers em torres e descampados. Mísseis teleguiados a Helicópteros. Perseguição em motocicletas e carroceria de Jeepão. Porrada em cima de costa de Mecha. Sensitivos invulnáveis leem seu Memory Card e produzem efeitos bizarros na tela, aleatórios, absurdamente criativos. Ninjas te degolam.


E mais, mais, mais! Câmaras captam fantasmas, cigarros fumados revelam lasers, armadilhas, se você olhar em primeira pessoa pra garota, ela se envergonha, se você olhar pela cela dela antes da hora, você a encontra malhando de calcinha, conversas dinâmicas no CODEC, a depender de qual lugar você liga pros seus parças, a depender de qual item está equipado, a depender de quantas vezes você liga pra mesma pessoa. O número de detalhes beira a desordem psiquiátrica. Nikita. Stinger. Blast Furnace e seu design opressivo. Você escuta diálogos de primeira categoria sobre guerra assimétrica, ambiente, biologia, tecnologia, descrições fantásticas de cada arma e equipamento, a buginganga e a criação daquele mecanismo para o SOLITOM RADAR, temas espinhosos perfeitamente tratados, traição, loucura, tragédia, amor, doença, mindfucks, previsões do futuro que se concretizam. Política. O Secretário de Defesa e o Presidente são retratados no jogo duma forma não-caricata, tudo redondamente lidado, sem que soe nem por um segundo tosco.


Eu tenho certeza absoluta, e não tenho nenhum medo ou pudor em dizer isso, pois sou livre para a mais sistemática análise comparativa, que Blackthorne é uma muriçoca, um cisquinho desprezível e pejorativo, uma coisa digna de se apontar e zombar da cara, comparado com MGS em qualquer departamento, especialmente na expansão de gameplay. Um “joguinho “, ân? Uma bufa!


Agora, essa obra de arte aqui é um dos melhores representantes do gênero Action/Adventure/Action-RPG (gênero controverso) da quarta geração.

Visualizar anexo 84396

Você anda num field hub-like, que dá acesso a dungeons, cujo level design é em geral, a partir de um determinado tema (fogo, gelo, floresta), teu guia por salas com o duo puzzle/labirinto embutido, onde novas habilidades (itens - uma bomba, um bumerangues, um arco e flecha, um hookshot) destravam novas dungeons/novos caminhos no field ou nos calabouços, com chefes ao final das dungeons cujas batalhas são vencidas usando algum item ou equipamento que é encontrado na respectiva dungeon.


Essa outra obra de arte aqui é um dos melhores action adventures da quinta geração:

Visualizar anexo 84398

Você anda num field hub-like, que dá acesso a dungeons, cujo level design é em geral, a partir de um determinado tema (fogo, gelo, floresta), teu guia por salas com o duo puzzle/labirinto embutido, onde novas habilidades (itens - uma bomba, um bumerangue, um arco e flecha, um hookshot) destravam novas dungeons/novos caminhos no field ou nos calabouços, com chefes ao final das dungeons cujas batalhas são vencidas usando algum item ou equipamento que é encontrado na respectiva dungeon. Só que em 3D.


O feito olímpico e monumental do espetacular Ocarina of Time é essencialmente técnico e mecânico (e não do tipo “expansivo” ou “desenvolvimentista”), que foi traduzir A Link to the Past, sem tirar nem pôr, para a terceira dimensão, resolvendo magicamente todos os problemas que isso poderia produzir. Se você jogar A Link to the Past para o 3D, na mesma perspectiva de sua sequência, sem acrescentar nem retirar nada, você vai encontrar um game tremendamente similar em design geral a Ocarina of Time.



Então, meu amigo, 1998 foi o "Ano da Reforma", foi "O Berço do Videogame Moderno", após consolidar o que Jill Valentine e Cloud Strife começaram em 1997. Expansão de tudo, muito grande, outra coisa, outro mundo, outro tudo, e isso é que é o verdadeiro Gold Standard. Videogame não é só um mero time killer, dá pra ser mais. A Idade Clássica acabou num flash com a desidratação do tipo de game chamado “joguinho”.


NOTAS DE RODAPÉ: o autor desse post está ciente que existiam outros games como os dessa enquete na quarta geração, mas num escopo muito menor. As comparações entre Zombies do SNES e Resident Evil 2 e Blackthorne e MGS são meras aproximações de design, já que os dois games mais modernos citados realmente não tinham par na quarta geração (eram novidade REAL, assim como Mario 64 foi, ao contrário de Ocarina of Time). O autor desse post considera Top Gear, Blackthorne e ALTTP masterpieces irrefutáveis, e Zombies Ate My Neighbors um excelente jogo. O autor desse post considera Ocarina um dos 10 melhores games de todos os tempos. O autor desse post é fã de “joguinhos” até hoje, gosta muito inclusive de videogames modernos do tipo passa-tempo, como as excelentes obras da Housemarque, Mario Aces, Splatoon, Medievil, Smash Bros, Horizon Chaze Turbo, Super Mario Wii, Sonic Mania e Resogun. O ponto foi que alguém teve que vir pra massificar outro estilo, e mais é sempre melhor.

Deus salve os mais velhos...

Visualizar anexo 84403
Tudo que eu ia comentar foi resumido bem aqui. Postagem linda.
 
Ultima Edição:

Majima-San

Ei mãe, 500 pontos!
Mensagens
10.487
Reações
23.097
Pontos
803
Peço licença ao OP só pra soltar aqui as line ups first party de Sony e Nintendo nesse 1998 em que Ronaldinho Fofômeno amarelou no Stade de France, e até mijar na bola ele mijou. Só pra caracterizar melhor o ano e fechar sua análise.

A Nintendo conseguiu produzir mais do que o costume em 1998, em geral ela soltou de first party entre 3 e 6 games pra seu console de mesa por ano nessa geração, ao contrário da Sony, que produzia de 15 a até 30 jogos a cada 12 meses. Além de produzir mais, ela arrebentou a boca do balão, com o GOAT-contender Ocarina of Time, a sequência de FZERO e a criação de sua IP de Snowboarding, 1080 degrees, que era bastante superior ao no máximo legalzinho Cool Boarders da Sony. Mas a dona do Preistation não fez feio, criou de novas IPs o relevantérrimo Gran Turismo (que foi o game da Sony que competiu em importância esse ano com Ocarina, embora tenha terminado um pouco abaixo), Everybody's Golf (que depois serviu de manequim exato pro gameplay de Mario Golf), Medievil e Legend of Legaia. Vieram as sequências aclamadas de Colony Wars e Rally Cross também.

Aqui vai a lineup first party e suas respectivas performances críticas:


1) SONY

Gran Turismo:
96%
NFL Gameday 99: 86.71%
Colony Wars: Vengeance
- 86.67%
Rally Cross 2 - 85.40%
Everybody's Golf
: 82.5%
MediEvil: 80%


Games entre 70 e 79.9:

Cool Boarders 3
Formula 1 98
Jersey Devil
Legend of Legaia
MLB 99
NBA Shootout 98

NHL Faceoff 99

-------------------------------------------------------------------


2) NINTENDO:

Zelda Ocarina of Time: 97.54
1080 Degrees Snowboarding: 89.60
F-ZERO X: 87.61

Games Frist Party com Performance entre 70 e 79:
MLB Ken Griffey Jr: 79.9
(IP de baseball esquecida da Ninty)
NBA Kobe Bryant Courtside: 75.94 (IP de basquete esquecida da Ninty, assim como o NBA Shootout foi largado pra chorar num canto de bar pela Sony)



Só como curiosidade, a Nintendo produziu mais esses games aqui, ó:
Waialae Country Club: 62 (franquia de Golf esquecida da Ninty)
Cruis'n World: 62,76 (pouca gente sabe, mas esse game é IP da Nintendo)

Yoshi's Story saiu esse ano também, e ficou com 59.91%, o que prova que agregado de notas nessa época valiam ainda menos que valem hoje, primeiro porque nêgo não andava batendo muito bem da cachola, e não conseguia entender quase nada do grande experimentalismo que vigorou nessa geração, segundo que conseguíamos poucas notas, uma revista dava 10 pra um game e outra dava 3, o que trazia a média pra baixo. Esse segundo game do Yoshi não era grandes coisas, mas não era pra tanto.

Pra finalizar, a Sony tem uns 10 a 12 games first party de 98 com média abaixo de 70 também, tenho essas contas em algum lugar, mas não vem ao caso.
 
Ultima Edição:
Topo Fundo