Bolsonaro, quem diria, já votou no “companheiro” Lula para presidente
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“Confesso publicamente que votei no segundo turno em Lula. Jamais votaria em um candidato de Fernando Henrique Cardoso [José Serra, derrotado por Lula].
Votei e trabalhei para Ciro Gomes no primeiro turno. Perdi. No segundo, escolhi o que considerei ser a melhor opção. Haverá brava crise pela frente, mas mantemos a esperança de dias melhores. Espero que o companheiro Lula, já que está na moda falar assim, consulte os quadros do PT, do PCdoB e de outros partidos para fazer suas escolhas”, disse Bolsonaro à época, preocupado com a notícia de que Lula nomearia o embaixador José Viegas para o Ministério da Defesa, como o fez.
“Não tenho como indicar alguém para o Ministério da Defesa. Não faço parte da equipe do Lula nem tenho poder de veto, mas tenho voz nesta Casa
. Sugiro até mesmo o nome de José Genoíno, por quem não tenho grande amizade, mas reconheço sua competência. Não faria oposição à possibilidade dele ir para o Ministério da Defesa. Também não me oporia se o eleito fosse Aldo Rebelo, do PCdoB. Ambos são competentes. Não quero falar sobre a história de ninguém. Temos de pensar apenas no Brasil daqui para a frente... Apelo para os companheiros do PT, do PCdoB, para pessoas de bom senso do futuro governo que digam não a José Viegas”.
“Quero louvar a posição do Lula na Comissão de Relações Exteriores.
Farei chegar ao conhecimento dos meus 20 mil militares, que forem internautas, da posição do presidenciável naquela Comissão, para que cada um forme um juízo melhor de como votar por ocasião das eleições em 6 de outubro (quando se deu a votação no primeiro turno). Obviamente, nós fechamos: nenhum militar vai votar em Serra”.
A lua de mel só terminou quando o Lula ousou em fazer algo certo (pasmem): reformar a previdência.
Ainda em fevereiro de 2003, com Lula já empossado, Bolsonaro começou a criticar seu governo. Ele condenou a proposta de reforma da Previdência proposta pela gestão petista.
“E
stou um tanto quanto apreensivo neste início do governo Lula, principalmente no tocante à previdência militar e à dos servidores públicos. O governo continua com o propósito de cobrar contribuição previdenciária dos inativos”, afirmou Bolsonaro.
Em maio, voltou a criticar a política previdenciária do petista, em especial a reforma que estava propondo para essa área. “Confesso que, se essa reforma fosse proposta pelo governo Fernando Henrique Cardoso, já seria difícil acreditar, mas apresentada por este governo, massacrando os servidores civis, logo essa classe que, em quase sua totalidade, votou no governo Lula, assim como os militares da União, é ainda pior”
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O cara fez chapa com Ciro Gomes, votou no Lula, indicou o José Genoíno pra ministro e brigou com o governo quando esse queria fazer uma reforma na previdência. Parece até que estou falando da Heloísa Helena ou algo do tipo, mas é o Bolsonaro mesmo.