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Nazismo & Fascismo & Comunismo - Direita, Esquerda e a perspectiva política atual (Oficial)

Beren_

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Na URSS os direitos dos trabalhadores implantados a partir de 1917 foram:

- 8 horas de jornada de trabalho diária / 5 dias
- Licença Maternidade
- Férias remuneradas ( não sei dizer se 2 ou 4 semanas )
- Seguridade Social para proteção ante a acidentes, doenças, aposentadoria.

E isso tudo antes de muitos países capitalistas democratas...

Fonte?
ps: Eu acredito nesses "direitos trabalhistas". até porque no papel é mole, só quero saber mais.
Até porque, ter "direitos trabalhistas" mas não ter trabalho e quando se tem trabalho não tem o que consumir, não é grande vantagem. E é exatamente isso que muita gente que tanto luta por "direitos trabalhistas" não entende. =P
Eu por exemplo sou bastante contra "abuso" de empresários e tento em minha empresa ser o mais justo que minha consciência permite, mas vejo que mercado e contrato funcionam muito melhor do que imposições que não analisam as consequências econômicas.

Tem uma material sobre historia da uniao sovietica que eu estava assistindo depois posto para pedir sua opiniao. Ainda não terminei de assistir.
Se bem que provavelmente sua resposta deverá envolver a "academia" como dona da verdade. ^^

Na Coréia do Norte os direitos dos trabalhadores são:

- Juche
- Juche
- Juche
-Atchim
- Juche

;)

Eu ri. Pouco, mas ri.
Ta, dei uma risadinha de lado assim, meio suave. =P
 
Ultima Edição:

Beren_

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HAHAHA eu quero monopolizar o diálogo se a sua base argumentativa não faz o MENOR SENTIDO?!

Quais eram os direitos dos trabalhadores na URSS?! Qual foi o primeiro país a adotar o voto igualitário entre homens e mulheres? Direito à educação? No Brasil mesmo, quem foi que em 1917 começou as greves que pressionaram por uma legislação trabalhista?

URSS não tinha direitos dos trabalhadores? CADÊ DADOS CARA, tu só vem com distorções sem dados!

Já não aguento mais você com essas fontes de Mises com um put* esforço pra descontextualizar TUDO.

Eu perguntei qual os direitos. Não afirmei que não haviam. E eu que não sei interpretar texto..
Voce MAIS UMA VEZ não soube responder.
Sorte teu amigo abaixo é pelo menos em historia um pouco mais informado. Alem de muito mais educado.

Agora, o que adianta direitos trabalhistas se não tem trabalho nem o que fazer com o fruto do mesmo?
 

Beren_

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A idade Média é um longo período cronológico e pra complicar cada autor costuma dividi-la para estudo de sua forma, esse autor ( Hilário Franco Júnior ) trabalha com a seguinte divisão:

Primeira Idade Média, Alta Idade Média, Idade Média Central e Baixa Idade Média.



    • a Primeira Idade Média, ou Antiguidade Tardia, corresponde à fase das invasões bárbaras, do crescimento do cristianismo na Europa e do desmantelamento do Império Romano, indo do século V ao século VIII;

    • a Alta Idade Média, que compreende os séculos VIII, IX e X, é o período de acontecimentos como o estabelecimento do Império Carolíngio, o desenvolvimento do sistema feudal e a expansão islâmica;
    • a Idade Média Central, que abrange os séculos XI, XII e XIII, compreende o período de soerguimento após o esfacelamento do Império Carolíngio e as novas invasões e pilhagens de bárbaros, como os vikings. Nesse período, há também o desenvolvimento da arte sacra medieval, sobretudo da arquitetura gótica e românica, e o aparecimento das universidades e da filosofia escolástica, além de eventos de viés militar e religioso, como as Cruzadas;

    • a Baixa Idade Média corresponde aos séculos XIV e XV e chega, em algumas regiões, até meados do XVI. Nesse período, há eventos como o Renascimento Comercial e Urbano, propiciados pela reabertura do Mar Mediterrâneo, que antes estava sob domínio muçulmano. Ainda nesse período, há, entre o fenômeno da Peste Negra e início o Renascimento Cultural e Artístico, que se destacou sobretudo na Itália e nos Países Baixos.
Basicamente a ideia de feudo com servidão, nessa relação imobilizada, engessada é realidade até a página 2, a partir da Idade Média Alta ( Século X ) o comércio ressurge com força, por causa do aumento demográfico e as relações de feudalismo e senhorio vão se modificando, a corvéia ( o trabalho compulsório que o camponês devia a seu senhor) vai ficando cada vez menor, 3 dias na semana, com o restante para ele trabalhar a terra e vender seu excedente. Estou ignorando aqui as dezenas de taxas que ele tinha que pagar para seu senhorio, pra ser o mais sintético possível.

Quando um domínio tinha um certo excedente, ele era comercializado, diante da impossibilidade de se estocar. A imagem da villa fechada, vivendo exclusivamente de seus recursos, deve ser matizada, pois havia certa especialização na produção (sobretudo do vinho), o que indica a ocorrência de relações tanto entre os domínios de um mesmo senhor quanto com o de outros proprietários (43:1,107-109). Para escoar essa produção, foram criadas feiras como a de Saint-Denis, organizada no século VII para aquela abadia vender sua produção de vinho e mel. Comprova a existência desse comércio o fato de os camponeses deverem ao senhor certas taxas em dinheiro, o que pressupõe a venda regular de uma parte da produção. Isso nos remete, logicamente, ao problema do papel da moeda nos primeiros séculos medievais. Das três funções atribuídas à moeda, apenas uma foi importante naquele período.


Primeiramente, ela é instrumento de medida de valor, ou seja, um padrão para medir o valor de bens e serviços adquiríveis, simplificando a relação pela qual determinada mercadoria pode ser trocada por outra. Ora, esta primeira função pouco ocorria, com o preço de um bem sendo freqüentemente expresso em outros bens ou serviços. Em segundo lugar, a moeda é instrumento de troca, porque, não sendo ela própria consumível, pode, graças à sua aceitabilidade geral, servir de intermediária entre bens que se quer trocar. Esta função estava enfraquecida em virtude da escassez de bens, que tornava desinteressante a cessão de uma mercadoria sem se saber se outra poderia ser proximamente obtida. Por fim, ela é instrumento de reserva de valor, já que sem perder as funções anteriores pode ser guardada para a qualquer momento satisfazer certas necessidades. Este papel da moeda foi acentuado nos séculos IV-X devido à pequena disponibilidade de bens: “E a exigüidade da produção que determina a exigüidade da circulação monetária e a imobilização do metal precioso” (42: 325). Em suma, a moeda era rara porque os bens eram raros.


http://www.letras.ufrj.br/veralima/historia_arte/Hilario-Franco-Jr-A-Idade-Media-PDF.pdf

"Com o tempo, porém, o camponês passou a dispor de seu lote como se fosse o proprietário. Daí o senhor ter começado a cobrar pela transferência hereditária, taxa conhecida por mão-morta, geralmente o melhor animal que o camponês falecido
tinha, para permitir que o filho dele permanecesse na terra. Desde o século XII se reconheceu também a alienabilidade da tenência, devendo por isso o camponês entregar ao senhor uma porcentagem variável do preço de venda."


-

O segmento de trabalho assalariado expandiu-se, em especial no século XII,graças ao barateamento da mão-de-obra resultante do aumento populacional. O servo tornou-se o principal tipo de trabalhador, complementando um processo bem anterior. As prestações em trabalho na reserva, que tinham sido a essência do regime dominial, passaram a ser bem
mais leves. Na Europa meridional elas tornaram-se de significado econômico muito pequeno, enquanto na Europa setentrional continuaram consideráveis, porém inferiores às do período carolíngio. Em muitas regiões difundiu-se a prática de transformar
a obrigação de serviços em pagamento monetário, com o qual o senhor contratava assalariados, cujo trabalho rendia o dobro do servil.



É nesse contexto que surgem as Corporações de Ofício, sendo as maiores industrias medievais eram a da construção e têxtil, as razões para seus agrupamentos derivavam das confrarias religiosas. O autor pede para não superestimar a importância dessas Corporações / Associações, dizendo que o grosso da mão de obra assalariada estava fora desses agrupamentos, inclusive cita que a cidade de Florença empregava 30.000 trabalhadores remunerados em sua industria têxtil.

Ele faz ressalvas inclusive a quem diz que poderia chamar essas relações de pré-capitalismo medieval.

O pré-capitalismo medieval

Em suma, a Idade Média Central foi uma época de mudanças, de expansão econômica, o que levou parte da historiografia por muito tempo a falar num “capitalismo medieval”. Expressão, no mínimo, problemática. Contudo, adotando-se uma definição ampla de capitalismo — por exemplo, sistema econômico centrado na posse privada de capital (mercadorias, máquinas, terras, dinheiro, conhecimento técnico) empregado de maneira a se reproduzir continuamente, ficando os desprovidos dele obrigados a vender sua força de trabalho — poderíamos talvez aceitar sua existência nos últimos séculos da Idade Média.
Mas nesse caso devemos lembrar que, no conjunto da Europa, ele não era nem o único sistema econômico, nem sequer o dominante. Ele coexistia com o sistema doméstico, representado por pequenos artesãos independentes, e com o sistema senhorial, baseado em mão-de-obra dependente. O melhor talvez seja recorrer à fórmula cuidadosa de Léopold Génicot, que fala na existência, para aquela época, de “premissas do capitalismo” (56: 247). Se se preferir, poderíamos falar em pré-capitalismo, isto é, num capitalismo ainda não acabado, cujos elementos essenciais já podiam, porém, ser vislumbrados.
Realmente, o “capitalismo medieval” estava limitado pelas próprias condições do tempo. De início, faltava uma estrutura política que fornecesse à “classe capitalista” todos os pré-requisitos básicos para sua expansão constante e regular, o que só ocorreria mais tarde com a formação do Estado moderno e sua política mercantilista.


http://www.letras.ufrj.br/veralima/historia_arte/Hilario-Franco-Jr-A-Idade-Media-PDF.pdf

Obrigado mano.

Tá vendo. Por mais que discordemos. Podemos nos entender. ;)

Bom post.
 

Setzer1

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Eu praticamente larguei o forum politica mas ainda acompanho alguns topics em que eu participei. Então aqui vai um resumo wikipedia da historia das leis trabalhistas modernas.

Primeiro: Elas existiam antes da revolução industrial. Mesmo no feudalismo o servo possuía direitos. Obviamente variava de lorde, duke , rei e de país pra país mas existia. Especialmente onde existiam guildas e organizações burguesas. (To usando no termo de comerciante, não pejorativo, infelizmente na OS eu tenho que atestar essa obviedade).

https://en.wikipedia.org/wiki/History_of_labour_law

Como inglaterra foi o primeiro país a sofrer industrialização pesada foi também o primeiro a pensar em leis trabalhistas. Mas elas foram implantadas mto mas mto devagar.

Outros países seguiram logo atrás e logo ultrapassaram a inglaterra, mas usarei ela como exemplo pq ela é a "media".


A primeira lei trabalhista só foi implementada em 1802. E foi preciso uma epidemia de febre em fabricas de algodão anos antes pra levar a legislação.

Aqui ta a lei pra quem quer ver.
https://en.wikipedia.org/wiki/Health_and_Morals_of_Apprentices_Act_1802

Mas a lei era mais furada que queijo suiço. Permitia inspeções nas fabricas mas não exigia que o fiscal exerce-se seu poder. E os fiscais eram amadores completos.
A lei tb não valia para crianças sozinhas. Apenas para aprendizes.

Só em 1819 que "trabalho infantil" foi proibido. E apenas para abaixo de 9 anos. (Não, nem na idade media 9 anos era adulto.).

Em 1833 proibiram menores de 18 de trabalharem a noite e finalmente forçaram os fiscais da primeira lei a agir.

Leis contra acidentes etc só começaram a serem empurradas pelo governo em 1841.
Até 1855 nem era obrigatório reportar fatalidades.

Em 1872 finalmente exigiram administradores das minas de carvão a serem especializados. (Os amadores causavam inúmeras mortes e acidentes, com trabalho barato e sem leis trocar acidentados e mortes é mais barato e rápido pro empregador que cuidar da saúde deles).


O artigo ta wiki ta relativamente bem montado e grande d+ pra resumir tudo, mas isso da uma ideia.
 

Eye of the Beholder

Bam-bam-bam
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Fonte?
ps: Eu acredito nesses "direitos trabalhistas". até porque no papel é mole, só quero saber mais.
Até porque, ter "direitos trabalhistas" mas não ter trabalho e quando se tem trabalho não tem o que consumir, não é grande vantagem. E é exatamente isso que muita gente que tanto luta por "direitos trabalhistas" não entende. =P
Eu por exemplo sou bastante contra "abuso" de empresários e tento em minha empresa ser o mais justo que minha consciência permite, mas vejo que mercado e contrato funcionam muito melhor do que imposições que não analisam as consequências econômicas.

Tem uma material sobre historia da uniao sovietica que eu estava assistindo depois posto para pedir sua opiniao. Ainda não terminei de assistir.
Se bem que provavelmente sua resposta deverá envolver a "academia" como dona da verdade. ^^



;)

Eu ri. Pouco, mas ri.
Ta, dei uma risadinha de lado assim, meio suave. =P

A fonte sobre a legislação trabalhista soviética de 1917, ainda inclui a partir de 6 horas trabalhadas a obrigatoriedade de 1 hora de almoço/refeição para o trabalhador além de diversos direitos contemporâneos que usufruímos até hoje.

Written: October 29/November 11, 1917
First Published: Sobranie Uzakonenii i Rasporiazhenii Rabochego i Krestianskogo Pravitelstva, 1917, No. 1, pp. 7-10.
Source: James Bunyan and H.H. Fisher, The Bolshevik revolution, 1917-1918: Documents and materials, Stanford University Press; London: H. Milford, Oxford University Press, 1934, pp. 304-308.

https://www.marxists.org/history/ussr/events/revolution/documents/1917/10/29.htm

Colocarei a totalidade da lei em inglês e traduzida para o português em spoiler para não ficar enfadonho o post.
Em inglês

1. The working time or the number of working hours in a day is the time which, according to the agreement on employment (Articles 48, 60, 96, 98, 103 of the Industrial Labor Law), a workman is obliged to be in the factory for the performance of work and at the disposal of his manager.

Note 1: In underground work the time used to go down into the mine and to come up to the surface is counted as working time.

Note 2: The working time of workmen sent on tasks outside of the boundaries of the factory is determined by special agreement.

2. The working time as determined by the rules of the internal organization of the enterprise (Clause 1, Article 103 of the Industrial Labor Law) should not exceed eight working hours a day and forty-eight hours a week, including the time spent in cleaning the machinery and putting the establishment in a state of orderliness.

On the day before Christmas (December 24) and on Holy Trinity Day work stops at noon.

3. After not more than six hours of work there should be a recess of not less than an hour for food and rest. Recesses are determined by the rules of the internal organization. During the recess the workman is free to dispose of his time and may leave the boundaries of the establishment. During the recess motors, commutators, and machines should be stopped. Exceptions to this rule may be permitted in case of overtime (as provided in Articles 18-22 of this law) in case of those machines and commutators that control ventilation, water supply, lighting, etc., and in such other cases where it is impossible to stop work for technical reasons (as, for example, unfinished casting, etc.).

Note 1: Enterprises that are recognized by law or the Main Labor Office as continuous and on a three-shift day do not conform to the rules on recesses but they must give the workman the right to take his food during work.

Note 2: If the conditions of work are such that the workman cannot leave his place of work to eat, a special room or place is to be provided for that purpose. This is obligatory in case of men who come in contact with materials (lead, mercury, etc.) which, according to the rulings of the main board of the factory and mining industries (or the organ taking its place), are injurious to health.

4. The total amount of time spent in recesses should not exceed two hours a day.

5. Night work is from 9:00 P.M. to 5:00 A.M.

6. Boys and girls under sixteen years of age are not to be employed for night work.

7. For enterprises which are working on a two-shift basis night work is reckoned from 9:00 P.M. to 5:00 A.M. Recesses (Article 4) may be shortened to half an hour for each shift.

8. In cases where workers (brickmakers for example) wish to have a longer noon recess or climatic conditions make [a longer recess] desirable the main industrial board may make exceptions to Articles 4, 5, 6, and 8 of this law.

9. In addition to the rules mentioned above the following regulations apply to minors (under eighteen years of age): (a) those under fourteen years of age are not allowed to do hired work; (b) those under eighteen years of age cannot be employed for more than six hours a day. Note: After January 1, 1919, all children under fifteen years of age and after January 1, 1920, all under twenty years of age are not permitted to be hired for work.

10. The holidays when no work is allowed (Clause 2, Article 103, Industrial Labor Law) are all Sundays and the following named days: January 1, January 6, February 27, March 25, May 1, August 15, September 14, December 25, 26, Friday and Saturday of Holy Week, Monday and Tuesday of Easter week, Ascension Day, and the second day of the Descent of the Holy Ghost.

Note 1: According to their belief non-Christians may have other days of rest in place of Sundays. They are, however, obliged to observe all the other holidays enumerated in this article except those indicated below.

Note 2: At the request of a majority of the workmen of an industry or a section of it, other free days may be substituted for January 1 and 6, August 15, September 14, December 26, Saturday of Holy Week, and Easter Monday.

11. In the case of a one-shift day the minimum duration of Sunday and holiday rest to which a worker is entitled is forty-two hours. In the case of a two- or three-shift day the minimum hours of rest are determined by agreement with the labor organizations.

12. By mutual consent of the manager of the industry and the workers, the latter may (as a departure from the schedule of holidays indicated in Article 11) work on a holiday instead of on a week day. This agreement should, however, be reported immediately to the proper authorities who supervise the execution of this law.

13. The main board of factory and mining industries (or the organ taking its place) has the right to issue rules permitting departures, as necessity arises, from the rules enumerated in Articles 3, 4, 5, and 8 in the case of those establishments .... which must work at night or irregularly at different seasons of the year (such as work connected with the light and water supply for cities).

14. The working hours indicated in Articles 3, 4, 5, and 8 are to be further reduced in the case of industries and occupations particularly harmful to health and in which the workers are exposed to .... poisons. .... A list of such occupations and industries with the length of working time in each as well as other conditions of work must be prepared by the main board of the factory and mining industries (or by the organ which takes its place).

15. Women and minors (under eighteen years of age) cannot be employed for underground work.

16. By agreement with the workmen and with the approval of the workmen's organizations departures from the regulations stated in Articles 3-5 and 8-12 are permitted in case of workers engaged in supplementary work such as repair work, care of the boilers, motors, lathes, heating, water supply, lighting the premises, guard and fire duty .....

17. Overtime is work done outside the regular working hours and is permitted only under the regulations stated in Articles 19-22 and is paid for at a double rate.

18. Women and minors under eighteen years of age cannot work overtime. Men over eighteen years of age may work overtime if the workmen's organizations approve [and then only in exceptional cases when failure to do so may lead to interruption and harm to the plant and workers] .....

19. [A special permit from the Commissariat of Labor or the Labor Inspector is required for overtime work.]

20. All overtime work is recorded in the workmen's account books .... and in the office books.

21. Fifty days is the maximum overtime per year allowed for each branch of industry under the conditions enumerated in Articles 19-21. A separate record is to be kept of the overtime even if it applies to only one workman in the branch.

22. The duration of overtime of any one worker shall under no circumstance be more than four hours in two consecutive days.

23. In the near future [that is], until the end of the war, organizations engaged in the work of defense may, by agreement with the management, set aside the regulation of overtime work (Article 19-23) and in industries engaged in the work of defense recesses (Articles 4-6) may not be enforced, provided the workers and workers' organizations agree to it.

24. The present law becomes effective by telegraph.

25. This law applies to all industries and occupations regardless of size or ownership and to all. persons hired to work.

26. Violation of the present law is punishable by imprisonment for a period not longer than one year.

Yu. LARIN

Acting Commissar of Labor

[1] On November 15, 1917, there appeared in Volia Naroda, No. 161, p. 2, the following letter signed by A. Bykov and referring to the decree on the eight-hour day: " .... The text of the [decree] is a verbatim reproduction .... of my draft of a law relating to hours of labor which was written in the spring of this year on the basis of materials supplied by the Party of People's Freedom [Cadets]. It was intended to submit the draft .... to the Industrial-War Committee and later to the Ministry of Trade and Industry (Section of Labor). As published the decree retained references to the 'main board of factory and mining industries' which no longer exists ....."

Em Português

1. O horário de trabalho ou o número de horas trabalhadas em um dia é o tempo que, de acordo com o contrato de trabalho (artigos 48, 60, 96, 98, 103 da Lei do Trabalho Industrial), um trabalhador é obrigado a estar em a fábrica para o desempenho do trabalho e à disposição de seu gerente.

Nota 1: No trabalho subterrâneo ( Minas de Carvão, Cobre, Ferro ), o tempo usado para entrar na mina e chegar à superfície é contado como tempo de trabalho.

Nota 2: O tempo de trabalho dos trabalhadores enviados em tarefas fora dos limites da fábrica é determinado por acordo especial.

2. O tempo de trabalho, conforme determinado pelas regras da organização interna da empresa (cláusula 1, artigo 103 da Lei do Trabalho Industrial) não deve exceder oito horas de trabalho por dia e quarenta e oito horas por semana, incluindo o tempo gasto em limpar as máquinas e colocar o estabelecimento em um estado de ordem.

No dia anterior ao Natal (24 de dezembro) e no dia da Santíssima Trindade, o trabalho termina ao meio-dia.

3. Depois de não mais do que seis horas de trabalho, deve haver um intervalo de pelo menos uma hora para alimentação e descanso. Os recessos são determinados pelas regras da organização interna. Durante o recesso, o trabalhador é livre para dispor de seu tempo e pode deixar os limites do estabelecimento. Durante os motores de recesso, comutadores e máquinas devem ser interrompidos. Exceções a esta regra podem ser permitidas em caso de horas extras (conforme previsto nos Artigos 18-22 desta lei) no caso daquelas máquinas e comutadores que controlam a ventilação, o abastecimento de água, a iluminação, etc., e em outros casos onde seja impossível parar o trabalho por razões técnicas (como, por exemplo, fundição não terminada, etc.).

Nota 1: As empresas reconhecidas por lei ou pelo Escritório Principal do Trabalho como contínuas e em um dia de três turnos não estão em conformidade com as regras de recesso, mas devem dar ao trabalhador o direito de levar sua comida durante o trabalho.

Nota 2: Se as condições de trabalho são tais que o trabalhador não pode deixar o seu local de trabalho para comer, uma sala especial ou local deve ser fornecido para esse fim. Isso é obrigatório no caso de homens que entram em contato com materiais (chumbo, mercúrio, etc.) que, de acordo com as decisões do conselho principal da fábrica e das indústrias de mineração (ou o órgão que toma seu lugar), são prejudiciais à saúde .

4. A quantidade total de tempo gasto em recessos não deve exceder duas horas por dia.

5. O trabalho noturno é das 9:00 às 16:00. às 5:00 da manhã

6. Meninos e meninas com menos de dezesseis anos de idade não devem ser empregados para trabalho noturno.

7. Para as empresas que trabalham em regime de dois turnos, o trabalho nocturno é contabilizado a partir das 21h00. às 5:00 da manhã Recessos (Artigo 4) podem ser encurtados para meia hora para cada turno.

8. Nos casos em que os trabalhadores (fabricantes de tijolos, por exemplo) desejem ter um recesso mais longo ao meio-dia ou condições climáticas desejáveis [um recesso mais longo] desejável, o principal conselho industrial poderá fazer exceções aos Artigos 4, 5, 6 e 8 desta lei.

9. Além das regras mencionadas acima, os seguintes regulamentos aplicam-se a menores (menores de dezoito anos de idade): (a) aqueles menores de quatorze anos de idade não estão autorizados a realizar trabalho contratado; b) os menores de dezoito anos de idade não podem ser empregados por mais de seis horas por dia. Nota: A partir de 1º de janeiro de 1919, todas as crianças menores de quinze anos de idade e após 1º de janeiro de 1920, todas com menos de vinte anos de idade não poderão ser contratadas para trabalhar.

10. As férias quando nenhum trabalho é permitido (Cláusula 2, Artigo 103, Lei do Trabalho Industrial) são todos os domingos e os seguintes dias: 1º de janeiro, 6 de janeiro, 27 de fevereiro, 25 de março, 1º de maio, 15 de agosto, 14 de setembro 25 e 26 de dezembro, sexta e sábado da Semana Santa, segunda e terça-feira da semana da Páscoa, Dia da Ascensão e o segundo dia da Descida do Espírito Santo.

Nota 1: De acordo com a crença deles, os não-cristãos podem ter outros dias de descanso no lugar dos domingos. Eles são, no entanto, obrigados a observar todos os outros feriados enumerados neste artigo, exceto os indicados abaixo.

Nota 2: A pedido da maioria dos trabalhadores de uma indústria ou de uma seção, outros dias livres podem ser substituídos em 1º e 6 de janeiro, 15 de agosto, 14 de setembro, 26 de dezembro, sábado da Semana Santa e segunda-feira de Páscoa. .

11. No caso de um dia de um turno, a duração mínima do domingo e do descanso de férias a que o trabalhador tem direito é de quarenta e duas horas. No caso de um dia de dois ou três turnos, as horas mínimas de descanso são determinadas por acordo com as organizações trabalhistas.

12. Por consentimento mútuo do gestor da indústria e dos trabalhadores, estes últimos podem (como um desvio do calendário de férias indicado no artigo 11.º) trabalhar num feriado em vez de num dia da semana. Este acordo deve, no entanto, ser imediatamente comunicado às autoridades competentes que supervisionam a execução desta lei.

13. O conselho principal das indústrias de fábrica e de mineração (ou o órgão que o substitui) tem o direito de emitir regras que permitam afastamentos, conforme a necessidade, das regras enumeradas nos Artigos 3, 4, 5 e 8 no caso dessas indústrias. estabelecimentos .... que devem trabalhar à noite ou irregularmente em diferentes estações do ano (como o trabalho relacionado com a luz e abastecimento de água para as cidades).

14. As jornadas de trabalho indicadas nos Artigos 3, 4, 5 e 8 serão reduzidas ainda mais no caso de indústrias e ocupações particularmente prejudiciais à saúde e nas quais os trabalhadores estejam expostos a ... venenos. .... Uma lista de tais ocupações e indústrias com a duração do tempo de trabalho em cada, bem como outras condições de trabalho deve ser preparada pelo conselho principal da fábrica e indústrias de mineração (ou pelo órgão que toma o seu lugar).

15. Mulheres e menores (menores de dezoito anos de idade) não podem ser empregados para trabalhos subterrâneos.

16. Por acordo com os operários e com a aprovação das organizações de trabalhadores, as partidas dos regulamentos estabelecidos nos Artigos 3-5 e 8-12 são permitidas no caso de trabalhadores envolvidos em trabalhos suplementares tais como trabalhos de reparo, cuidados com as caldeiras, motores , tornos, aquecimento, abastecimento de água, iluminação das instalações, guarda e serviço de incêndio .....

17. As horas extras são trabalho realizado fora do horário normal de trabalho e são permitidas somente sob as regulamentações estabelecidas nos Artigos 19-22 e pagas com taxa dupla.

18. Mulheres e menores de dezoito anos de idade não podem trabalhar horas extras. Homens com mais de dezoito anos de idade podem trabalhar horas extras se as organizações dos trabalhadores aprovarem [e, em seguida, apenas em casos excepcionais, quando a falha em fazê-lo pode levar à interrupção e danos à planta e aos trabalhadores] .....

19. [É necessária uma permissão especial do Comissariado do Trabalho ou do Inspetor do Trabalho para o trabalho extraordinário.]

20. Todo o trabalho de horas extras é registrado nos livros contábeis dos operários ... e nos livros do escritório.

21. Cinquenta dias é o máximo de horas extraordinárias por ano permitido para cada ramo de atividade, nas condições enumeradas nos Artigos 19-21. Um registro separado deve ser mantido da hora extra, mesmo que se aplique a apenas um trabalhador na filial.

22. A duração das horas extras de qualquer trabalhador não poderá, em nenhuma circunstância, exceder quatro horas em dois dias consecutivos.

23. Num futuro próximo, até o fim da guerra, organizações comprometidas com o trabalho de defesa podem, por acordo com a administração, anular a regulamentação do trabalho extraordinário (Artigo 19-23) e em setores engajados. no trabalho de recessos de defesa (Artigos 4-6) não podem ser executados, desde que os trabalhadores e as organizações de trabalhadores concordem com isso.

24. A presente lei torna-se efetiva pelo telégrafo.

25. Esta lei aplica-se a todas as indústrias e ocupações, independentemente do tamanho ou propriedade e para todos. pessoas contratadas para trabalhar.

26. A violação da presente lei é punível com pena de prisão por um período não superior a um ano.

Yu LARIN

Comissário Interino do Trabalho

Notas

[1] Em 15 de novembro de 1917, apareceu em Volia Naroda, n. 161, p. 2, a seguinte carta assinada por A. Bykov e referindo-se ao decreto sobre o dia de oito horas: ".... O texto do [decreto] é uma reprodução textual ... do meu esboço de uma lei relativa a horas de trabalho que foi escrito na primavera deste ano, com base em materiais fornecidos pelo Partido da Liberdade do Povo [Cadetes]. Foi destinado a apresentar o projecto .... para a Comissão da Guerra Industrial e, posteriormente, para o Ministério Comércio e Indústria (Seção do Trabalho). Conforme publicado, o decreto reteve referências ao 'quadro principal de indústrias e indústrias de mineração' que não mais existe ..... "

Sobre a Seguridade Social:

Written: October 31/November 13, 1917
First Published: Sobranie Uzakonenii i Rasporiazhenii Rabochego i Krestianskogo Pravitelstva, 1917, No. 2, p. 20.
Source: James Bunyan and H.H. Fisher, The Bolshevik revolution, 1917-1918: Documents and materials, Stanford University Press; London: H. Milford, Oxford University Press, 1934, p. 308.
Translated: Emanuel Aronsberg
Transcription/Markup: Zdravko Saveski

https://www.marxists.org/history/ussr/events/revolution/documents/1917/10/31.htm

The Russian proletariat has placed on its banners "Full Social Insurance for Wage Workers" as well as for the city and village poor. The tsarist government of landowners and capitalists and the coalition-reconciliation governments [Provisional Government] failed to satisfy the demands of the workers in this respect.

The Workers' and Peasants' Government, being supported by the Soviet of Workers', Soldiers', and Peasants' Deputies, announces to the working class of Russia and to the city and village poor that it will immediately prepare decrees on social insurance in accordance with the ideas of the workers.

1. Insurance for all wage workers without exception, as well as for the city and village poor.

2. Insurance to cover all forms of disability, such as illness, injury, invalidism, old age, maternity, widowhood, orphanage, as well as unemployment.

3. The total cost of the insurance to be borne by the employer.

4. Full compensation in case of disability or unemployment.

5. The insured to have full control of the insurance institutions.[1]

In the name of the Government of the Russian Republic,

A. SHLIAPNIKOV

People's Commissar of Labor

Notes

[1] During the following weeks the government issued several decrees regulating the various forms of disability and unemployment insurance. French translations of some of these decrees are given in Labry, Une legislation communiste. Recueil des lois, decrets, arretes principaux du gouvernement bolcheviste, Paris, 1920, pp. 251-57. Private insurance companies were not nationalized until later.

Em Português

Escrito: 31 de outubro a 13 de novembro de 1917
Publicado pela primeira vez: Sobranie Uzakonenii i Rasporiazhenii Rabochego i Krestianskogo Pravitelstva, 1917, n º 2, p. 20
Fonte: James Bunyan e H.H. Fisher, A Revolução Bolchevique, 1917-1918: Documentos e materiais, Stanford University Press; Londres: H. Milford, Oxford University Press, 1934, p. 308

O proletariado russo colocou em suas bandeiras "Seguro Social Completo para Trabalhadores Assalariados", bem como para os pobres da cidade e da aldeia. O governo czarista de latifundiários e capitalistas e os governos de coalizão-reconciliação [Governo Provisório] não conseguiram satisfazer as demandas dos trabalhadores nesse sentido.

O Governo dos Trabalhadores e Camponeses, sendo apoiado pelo Soviete dos Deputados dos Trabalhadores, Soldados e Camponeses, anuncia à classe trabalhadora da Rússia e aos pobres da cidade e da aldeia que irá preparar imediatamente os decretos sobre seguro social de acordo com a lei. com as idéias dos trabalhadores.

1. Seguro para todos os trabalhadores assalariados, sem exceção, bem como para os pobres da cidade e da aldeia.

2. Seguro para cobrir todas as formas de deficiência, como doença, ferimento, invalidez, velhice, maternidade, viuvez, orfanato, bem como desemprego.

3. O custo total do seguro a ser suportado pelo empregador.

4. Indemnização integral em caso de invalidez ou desemprego.

5. O segurado deve ter controle total das instituições seguradoras. [1]

Em nome do Governo da República Russa,

A. SHLIAPNIKOV

Comissário do Trabalho do Povo

Notas

[1] Durante as semanas seguintes, o governo emitiu vários decretos regulando as várias formas de invalidez e seguro-desemprego. Traduções francesas de alguns desses decretos são dadas em Labry, Une legislation communiste. Recueil des lois, decrets, arrives principaux du gouvernement bolcheviste, Paris, 1920, pp. 251-57. As companhias de seguros privadas não foram nacionalizadas até mais tarde.

Na Constituição de 1936 baixam pra 7 horas por dia a jornada de trabalho.

Existe um livro do jornalista norte-americano John Gunter que quero comprar que se chama A Rússia por Dentro, que relata uma série de coisas sobre a divisão do trabalho. costumes e etc pós revolução.
 
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A fonte sobre a legislação trabalhista soviética de 1917, ainda inclui a partid e 6 horas trabalhadas a obrigatoriedade de 1 hora de almoço/refeição para o trabalhador além de diversos direitos comtemporâneos que usufruímos até hoje.

Written: October 29/November 11, 1917
First Published: Sobranie Uzakonenii i Rasporiazhenii Rabochego i Krestianskogo Pravitelstva, 1917, No. 1, pp. 7-10.
Source: James Bunyan and H.H. Fisher, The Bolshevik revolution, 1917-1918: Documents and materials, Stanford University Press; London: H. Milford, Oxford University Press, 1934, pp. 304-308.

https://www.marxists.org/history/ussr/events/revolution/documents/1917/10/29.htm

Colocarei a totalidade da lei em inglês e traduzida para o português em spoiler para não ficar enfadonho o post.
Em inglês

1. The working time or the number of working hours in a day is the time which, according to the agreement on employment (Articles 48, 60, 96, 98, 103 of the Industrial Labor Law), a workman is obliged to be in the factory for the performance of work and at the disposal of his manager.

Note 1: In underground work the time used to go down into the mine and to come up to the surface is counted as working time.

Note 2: The working time of workmen sent on tasks outside of the boundaries of the factory is determined by special agreement.

2. The working time as determined by the rules of the internal organization of the enterprise (Clause 1, Article 103 of the Industrial Labor Law) should not exceed eight working hours a day and forty-eight hours a week, including the time spent in cleaning the machinery and putting the establishment in a state of orderliness.

On the day before Christmas (December 24) and on Holy Trinity Day work stops at noon.

3. After not more than six hours of work there should be a recess of not less than an hour for food and rest. Recesses are determined by the rules of the internal organization. During the recess the workman is free to dispose of his time and may leave the boundaries of the establishment. During the recess motors, commutators, and machines should be stopped. Exceptions to this rule may be permitted in case of overtime (as provided in Articles 18-22 of this law) in case of those machines and commutators that control ventilation, water supply, lighting, etc., and in such other cases where it is impossible to stop work for technical reasons (as, for example, unfinished casting, etc.).

Note 1: Enterprises that are recognized by law or the Main Labor Office as continuous and on a three-shift day do not conform to the rules on recesses but they must give the workman the right to take his food during work.

Note 2: If the conditions of work are such that the workman cannot leave his place of work to eat, a special room or place is to be provided for that purpose. This is obligatory in case of men who come in contact with materials (lead, mercury, etc.) which, according to the rulings of the main board of the factory and mining industries (or the organ taking its place), are injurious to health.

4. The total amount of time spent in recesses should not exceed two hours a day.

5. Night work is from 9:00 P.M. to 5:00 A.M.

6. Boys and girls under sixteen years of age are not to be employed for night work.

7. For enterprises which are working on a two-shift basis night work is reckoned from 9:00 P.M. to 5:00 A.M. Recesses (Article 4) may be shortened to half an hour for each shift.

8. In cases where workers (brickmakers for example) wish to have a longer noon recess or climatic conditions make [a longer recess] desirable the main industrial board may make exceptions to Articles 4, 5, 6, and 8 of this law.

9. In addition to the rules mentioned above the following regulations apply to minors (under eighteen years of age): (a) those under fourteen years of age are not allowed to do hired work; (b) those under eighteen years of age cannot be employed for more than six hours a day. Note: After January 1, 1919, all children under fifteen years of age and after January 1, 1920, all under twenty years of age are not permitted to be hired for work.

10. The holidays when no work is allowed (Clause 2, Article 103, Industrial Labor Law) are all Sundays and the following named days: January 1, January 6, February 27, March 25, May 1, August 15, September 14, December 25, 26, Friday and Saturday of Holy Week, Monday and Tuesday of Easter week, Ascension Day, and the second day of the Descent of the Holy Ghost.

Note 1: According to their belief non-Christians may have other days of rest in place of Sundays. They are, however, obliged to observe all the other holidays enumerated in this article except those indicated below.

Note 2: At the request of a majority of the workmen of an industry or a section of it, other free days may be substituted for January 1 and 6, August 15, September 14, December 26, Saturday of Holy Week, and Easter Monday.

11. In the case of a one-shift day the minimum duration of Sunday and holiday rest to which a worker is entitled is forty-two hours. In the case of a two- or three-shift day the minimum hours of rest are determined by agreement with the labor organizations.

12. By mutual consent of the manager of the industry and the workers, the latter may (as a departure from the schedule of holidays indicated in Article 11) work on a holiday instead of on a week day. This agreement should, however, be reported immediately to the proper authorities who supervise the execution of this law.

13. The main board of factory and mining industries (or the organ taking its place) has the right to issue rules permitting departures, as necessity arises, from the rules enumerated in Articles 3, 4, 5, and 8 in the case of those establishments .... which must work at night or irregularly at different seasons of the year (such as work connected with the light and water supply for cities).

14. The working hours indicated in Articles 3, 4, 5, and 8 are to be further reduced in the case of industries and occupations particularly harmful to health and in which the workers are exposed to .... poisons. .... A list of such occupations and industries with the length of working time in each as well as other conditions of work must be prepared by the main board of the factory and mining industries (or by the organ which takes its place).

15. Women and minors (under eighteen years of age) cannot be employed for underground work.

16. By agreement with the workmen and with the approval of the workmen's organizations departures from the regulations stated in Articles 3-5 and 8-12 are permitted in case of workers engaged in supplementary work such as repair work, care of the boilers, motors, lathes, heating, water supply, lighting the premises, guard and fire duty .....

17. Overtime is work done outside the regular working hours and is permitted only under the regulations stated in Articles 19-22 and is paid for at a double rate.

18. Women and minors under eighteen years of age cannot work overtime. Men over eighteen years of age may work overtime if the workmen's organizations approve [and then only in exceptional cases when failure to do so may lead to interruption and harm to the plant and workers] .....

19. [A special permit from the Commissariat of Labor or the Labor Inspector is required for overtime work.]

20. All overtime work is recorded in the workmen's account books .... and in the office books.

21. Fifty days is the maximum overtime per year allowed for each branch of industry under the conditions enumerated in Articles 19-21. A separate record is to be kept of the overtime even if it applies to only one workman in the branch.

22. The duration of overtime of any one worker shall under no circumstance be more than four hours in two consecutive days.

23. In the near future [that is], until the end of the war, organizations engaged in the work of defense may, by agreement with the management, set aside the regulation of overtime work (Article 19-23) and in industries engaged in the work of defense recesses (Articles 4-6) may not be enforced, provided the workers and workers' organizations agree to it.

24. The present law becomes effective by telegraph.

25. This law applies to all industries and occupations regardless of size or ownership and to all. persons hired to work.

26. Violation of the present law is punishable by imprisonment for a period not longer than one year.

Yu. LARIN

Acting Commissar of Labor

[1] On November 15, 1917, there appeared in Volia Naroda, No. 161, p. 2, the following letter signed by A. Bykov and referring to the decree on the eight-hour day: " .... The text of the [decree] is a verbatim reproduction .... of my draft of a law relating to hours of labor which was written in the spring of this year on the basis of materials supplied by the Party of People's Freedom [Cadets]. It was intended to submit the draft .... to the Industrial-War Committee and later to the Ministry of Trade and Industry (Section of Labor). As published the decree retained references to the 'main board of factory and mining industries' which no longer exists ....."

Em Português

1. O horário de trabalho ou o número de horas trabalhadas em um dia é o tempo que, de acordo com o contrato de trabalho (artigos 48, 60, 96, 98, 103 da Lei do Trabalho Industrial), um trabalhador é obrigado a estar em a fábrica para o desempenho do trabalho e à disposição de seu gerente.

Nota 1: No trabalho subterrâneo ( Minas de Carvão, Cobre, Ferro ), o tempo usado para entrar na mina e chegar à superfície é contado como tempo de trabalho.

Nota 2: O tempo de trabalho dos trabalhadores enviados em tarefas fora dos limites da fábrica é determinado por acordo especial.

2. O tempo de trabalho, conforme determinado pelas regras da organização interna da empresa (cláusula 1, artigo 103 da Lei do Trabalho Industrial) não deve exceder oito horas de trabalho por dia e quarenta e oito horas por semana, incluindo o tempo gasto em limpar as máquinas e colocar o estabelecimento em um estado de ordem.

No dia anterior ao Natal (24 de dezembro) e no dia da Santíssima Trindade, o trabalho termina ao meio-dia.

3. Depois de não mais do que seis horas de trabalho, deve haver um intervalo de pelo menos uma hora para alimentação e descanso. Os recessos são determinados pelas regras da organização interna. Durante o recesso, o trabalhador é livre para dispor de seu tempo e pode deixar os limites do estabelecimento. Durante os motores de recesso, comutadores e máquinas devem ser interrompidos. Exceções a esta regra podem ser permitidas em caso de horas extras (conforme previsto nos Artigos 18-22 desta lei) no caso daquelas máquinas e comutadores que controlam a ventilação, o abastecimento de água, a iluminação, etc., e em outros casos onde seja impossível parar o trabalho por razões técnicas (como, por exemplo, fundição não terminada, etc.).

Nota 1: As empresas reconhecidas por lei ou pelo Escritório Principal do Trabalho como contínuas e em um dia de três turnos não estão em conformidade com as regras de recesso, mas devem dar ao trabalhador o direito de levar sua comida durante o trabalho.

Nota 2: Se as condições de trabalho são tais que o trabalhador não pode deixar o seu local de trabalho para comer, uma sala especial ou local deve ser fornecido para esse fim. Isso é obrigatório no caso de homens que entram em contato com materiais (chumbo, mercúrio, etc.) que, de acordo com as decisões do conselho principal da fábrica e das indústrias de mineração (ou o órgão que toma seu lugar), são prejudiciais à saúde .

4. A quantidade total de tempo gasto em recessos não deve exceder duas horas por dia.

5. O trabalho noturno é das 9:00 às 16:00. às 5:00 da manhã

6. Meninos e meninas com menos de dezesseis anos de idade não devem ser empregados para trabalho noturno.

7. Para as empresas que trabalham em regime de dois turnos, o trabalho nocturno é contabilizado a partir das 21h00. às 5:00 da manhã Recessos (Artigo 4) podem ser encurtados para meia hora para cada turno.

8. Nos casos em que os trabalhadores (fabricantes de tijolos, por exemplo) desejem ter um recesso mais longo ao meio-dia ou condições climáticas desejáveis [um recesso mais longo] desejável, o principal conselho industrial poderá fazer exceções aos Artigos 4, 5, 6 e 8 desta lei.

9. Além das regras mencionadas acima, os seguintes regulamentos aplicam-se a menores (menores de dezoito anos de idade): (a) aqueles menores de quatorze anos de idade não estão autorizados a realizar trabalho contratado; b) os menores de dezoito anos de idade não podem ser empregados por mais de seis horas por dia. Nota: A partir de 1º de janeiro de 1919, todas as crianças menores de quinze anos de idade e após 1º de janeiro de 1920, todas com menos de vinte anos de idade não poderão ser contratadas para trabalhar.

10. As férias quando nenhum trabalho é permitido (Cláusula 2, Artigo 103, Lei do Trabalho Industrial) são todos os domingos e os seguintes dias: 1º de janeiro, 6 de janeiro, 27 de fevereiro, 25 de março, 1º de maio, 15 de agosto, 14 de setembro 25 e 26 de dezembro, sexta e sábado da Semana Santa, segunda e terça-feira da semana da Páscoa, Dia da Ascensão e o segundo dia da Descida do Espírito Santo.

Nota 1: De acordo com a crença deles, os não-cristãos podem ter outros dias de descanso no lugar dos domingos. Eles são, no entanto, obrigados a observar todos os outros feriados enumerados neste artigo, exceto os indicados abaixo.

Nota 2: A pedido da maioria dos trabalhadores de uma indústria ou de uma seção, outros dias livres podem ser substituídos em 1º e 6 de janeiro, 15 de agosto, 14 de setembro, 26 de dezembro, sábado da Semana Santa e segunda-feira de Páscoa. .

11. No caso de um dia de um turno, a duração mínima do domingo e do descanso de férias a que o trabalhador tem direito é de quarenta e duas horas. No caso de um dia de dois ou três turnos, as horas mínimas de descanso são determinadas por acordo com as organizações trabalhistas.

12. Por consentimento mútuo do gestor da indústria e dos trabalhadores, estes últimos podem (como um desvio do calendário de férias indicado no artigo 11.º) trabalhar num feriado em vez de num dia da semana. Este acordo deve, no entanto, ser imediatamente comunicado às autoridades competentes que supervisionam a execução desta lei.

13. O conselho principal das indústrias de fábrica e de mineração (ou o órgão que o substitui) tem o direito de emitir regras que permitam afastamentos, conforme a necessidade, das regras enumeradas nos Artigos 3, 4, 5 e 8 no caso dessas indústrias. estabelecimentos .... que devem trabalhar à noite ou irregularmente em diferentes estações do ano (como o trabalho relacionado com a luz e abastecimento de água para as cidades).

14. As jornadas de trabalho indicadas nos Artigos 3, 4, 5 e 8 serão reduzidas ainda mais no caso de indústrias e ocupações particularmente prejudiciais à saúde e nas quais os trabalhadores estejam expostos a ... venenos. .... Uma lista de tais ocupações e indústrias com a duração do tempo de trabalho em cada, bem como outras condições de trabalho deve ser preparada pelo conselho principal da fábrica e indústrias de mineração (ou pelo órgão que toma o seu lugar).

15. Mulheres e menores (menores de dezoito anos de idade) não podem ser empregados para trabalhos subterrâneos.

16. Por acordo com os operários e com a aprovação das organizações de trabalhadores, as partidas dos regulamentos estabelecidos nos Artigos 3-5 e 8-12 são permitidas no caso de trabalhadores envolvidos em trabalhos suplementares tais como trabalhos de reparo, cuidados com as caldeiras, motores , tornos, aquecimento, abastecimento de água, iluminação das instalações, guarda e serviço de incêndio .....

17. As horas extras são trabalho realizado fora do horário normal de trabalho e são permitidas somente sob as regulamentações estabelecidas nos Artigos 19-22 e pagas com taxa dupla.

18. Mulheres e menores de dezoito anos de idade não podem trabalhar horas extras. Homens com mais de dezoito anos de idade podem trabalhar horas extras se as organizações dos trabalhadores aprovarem [e, em seguida, apenas em casos excepcionais, quando a falha em fazê-lo pode levar à interrupção e danos à planta e aos trabalhadores] .....

19. [É necessária uma permissão especial do Comissariado do Trabalho ou do Inspetor do Trabalho para o trabalho extraordinário.]

20. Todo o trabalho de horas extras é registrado nos livros contábeis dos operários ... e nos livros do escritório.

21. Cinquenta dias é o máximo de horas extraordinárias por ano permitido para cada ramo de atividade, nas condições enumeradas nos Artigos 19-21. Um registro separado deve ser mantido da hora extra, mesmo que se aplique a apenas um trabalhador na filial.

22. A duração das horas extras de qualquer trabalhador não poderá, em nenhuma circunstância, exceder quatro horas em dois dias consecutivos.

23. Num futuro próximo, até o fim da guerra, organizações comprometidas com o trabalho de defesa podem, por acordo com a administração, anular a regulamentação do trabalho extraordinário (Artigo 19-23) e em setores engajados. no trabalho de recessos de defesa (Artigos 4-6) não podem ser executados, desde que os trabalhadores e as organizações de trabalhadores concordem com isso.

24. A presente lei torna-se efetiva pelo telégrafo.

25. Esta lei aplica-se a todas as indústrias e ocupações, independentemente do tamanho ou propriedade e para todos. pessoas contratadas para trabalhar.

26. A violação da presente lei é punível com pena de prisão por um período não superior a um ano.

Yu LARIN

Comissário Interino do Trabalho

Notas

[1] Em 15 de novembro de 1917, apareceu em Volia Naroda, n. 161, p. 2, a seguinte carta assinada por A. Bykov e referindo-se ao decreto sobre o dia de oito horas: ".... O texto do [decreto] é uma reprodução textual ... do meu esboço de uma lei relativa a horas de trabalho que foi escrito na primavera deste ano, com base em materiais fornecidos pelo Partido da Liberdade do Povo [Cadetes]. Foi destinado a apresentar o projecto .... para a Comissão da Guerra Industrial e, posteriormente, para o Ministério Comércio e Indústria (Seção do Trabalho). Conforme publicado, o decreto reteve referências ao 'quadro principal de indústrias e indústrias de mineração' que não mais existe ..... "

Sobre a Seguridade Social:

Written: October 31/November 13, 1917
First Published: Sobranie Uzakonenii i Rasporiazhenii Rabochego i Krestianskogo Pravitelstva, 1917, No. 2, p. 20.
Source: James Bunyan and H.H. Fisher, The Bolshevik revolution, 1917-1918: Documents and materials, Stanford University Press; London: H. Milford, Oxford University Press, 1934, p. 308.
Translated: Emanuel Aronsberg
Transcription/Markup: Zdravko Saveski

https://www.marxists.org/history/ussr/events/revolution/documents/1917/10/31.htm

The Russian proletariat has placed on its banners "Full Social Insurance for Wage Workers" as well as for the city and village poor. The tsarist government of landowners and capitalists and the coalition-reconciliation governments [Provisional Government] failed to satisfy the demands of the workers in this respect.

The Workers' and Peasants' Government, being supported by the Soviet of Workers', Soldiers', and Peasants' Deputies, announces to the working class of Russia and to the city and village poor that it will immediately prepare decrees on social insurance in accordance with the ideas of the workers.

1. Insurance for all wage workers without exception, as well as for the city and village poor.

2. Insurance to cover all forms of disability, such as illness, injury, invalidism, old age, maternity, widowhood, orphanage, as well as unemployment.

3. The total cost of the insurance to be borne by the employer.

4. Full compensation in case of disability or unemployment.

5. The insured to have full control of the insurance institutions.[1]

In the name of the Government of the Russian Republic,

A. SHLIAPNIKOV

People's Commissar of Labor

Notes

[1] During the following weeks the government issued several decrees regulating the various forms of disability and unemployment insurance. French translations of some of these decrees are given in Labry, Une legislation communiste. Recueil des lois, decrets, arretes principaux du gouvernement bolcheviste, Paris, 1920, pp. 251-57. Private insurance companies were not nationalized until later.

Em Português

Escrito: 31 de outubro a 13 de novembro de 1917
Publicado pela primeira vez: Sobranie Uzakonenii i Rasporiazhenii Rabochego i Krestianskogo Pravitelstva, 1917, n º 2, p. 20
Fonte: James Bunyan e H.H. Fisher, A Revolução Bolchevique, 1917-1918: Documentos e materiais, Stanford University Press; Londres: H. Milford, Oxford University Press, 1934, p. 308

O proletariado russo colocou em suas bandeiras "Seguro Social Completo para Trabalhadores Assalariados", bem como para os pobres da cidade e da aldeia. O governo czarista de latifundiários e capitalistas e os governos de coalizão-reconciliação [Governo Provisório] não conseguiram satisfazer as demandas dos trabalhadores nesse sentido.

O Governo dos Trabalhadores e Camponeses, sendo apoiado pelo Soviete dos Deputados dos Trabalhadores, Soldados e Camponeses, anuncia à classe trabalhadora da Rússia e aos pobres da cidade e da aldeia que irá preparar imediatamente os decretos sobre seguro social de acordo com a lei. com as idéias dos trabalhadores.

1. Seguro para todos os trabalhadores assalariados, sem exceção, bem como para os pobres da cidade e da aldeia.

2. Seguro para cobrir todas as formas de deficiência, como doença, ferimento, invalidez, velhice, maternidade, viuvez, orfanato, bem como desemprego.

3. O custo total do seguro a ser suportado pelo empregador.

4. Indemnização integral em caso de invalidez ou desemprego.

5. O segurado deve ter controle total das instituições seguradoras. [1]

Em nome do Governo da República Russa,

A. SHLIAPNIKOV

Comissário do Trabalho do Povo

Notas

[1] Durante as semanas seguintes, o governo emitiu vários decretos regulando as várias formas de invalidez e seguro-desemprego. Traduções francesas de alguns desses decretos são dadas em Labry, Une legislation communiste. Recueil des lois, decrets, arrives principaux du gouvernement bolcheviste, Paris, 1920, pp. 251-57. As companhias de seguros privadas não foram nacionalizadas até mais tarde.

Na Constituição de 1936 baixam pra 7 horas por dia a jornada de trabalho.

Existe um livro do jornalista norte-americano John Gunter que quero comprar que se chama A Rússia por Dentro, que relata uma série de coisas sobre a divisão do trabalho. costumes e etc pós revolução.

Boa.

Agora deixa perguntar.
Qual a explicação "histórica" para que, em outros paises da Europa não socialistas, a condição de trabalho tenha melhorado gradativamente, talvez mais do que na URSS só que mais devagar e sem tantas "imposições", só que sem o problema da escassez que assolou os países socialistas (e alguns milhoes de mortes tb que não podemos deixar de citar)?
Sei que poucos anos depois Mussolini implantou a Carta del Lavoro no seu regime fascista que inclusive, com algumas poucas ressalvas, é basicamente o mesmo que Lenin fez na Russia.
Espero sinceramente não ouvir "culpa do imperialismo americano". ;)

Eu penso em futuramento pegar para ler esse aqui, nao sei se conhece ou recomenda, sobre a revolucao russa:

1540-1.jpg
 
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Eye of the Beholder

Bam-bam-bam
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Boa.

Agora deixa perguntar.
Qual a explicação "histórica" para que, em outros paises da Europa não socialistas, a condição de trabalho tenha melhorado gradativamente, talvez mais do que na URSS só que mais devagar e sem tantas "imposições", só que sem o problema da escassez que assolou os países socialistas (e alguns milhoes de mortes tb que não podemos deixar de citar)?
Sei que poucos anos depois Mussolini implantou a Carta del Lavoro no seu regime fascista que inclusive, com algumas poucas ressalvas, é basicamente o mesmo que Lenin fez na Russia.
Espero sinceramente não ouvir "culpa do imperialismo americano". ;)

Eu penso em futuramento pegar para ler esse aqui, nao sei se conhece ou recomenda, sobre a revolucao russa:

1540-1.jpg

Uma única explicação sob perspectiva histórica eu não sei.

No meu entendimento, nos países capitalistas as demandas por melhores condições de trabalho demoraram a serem atendidas por conta de tensões inerentes as classes antagônicas em algo que era muito novo ainda, as relações de poder estavam em transformação "in loco". Tudo que é novo assusta.

Os dois lados antagônicos ( pra usar um conceito marxista ) tinham reivindicações e geralmente numa mesa de negociações um lado pede coisas que sabe que não vai conseguir para pelo menos ter uma margem de manobra. Quando essas reivindicações não são atendidas as tensões aumentam e iniciam-se as revoltas. Não se engane, em todo país capitalista industrializado europeu ocorreram revoltas sérias e graves durante os anos de 1850 até 1930 por conta basicamente de melhores condições de trabalho ( sim estou sendo de um reducionismo incrível ).

Foi mais gradual nos países capitalistas por que os empresários/industriais viram que era necessário reformar o modo que organizavam suas fábricas ( o capitalismo se reforma ), o derramamento de sangue advindo das greves,revoltas e piquetes trazia mais prejuízos do que fazer certas concessões as demandas solicitadas pelos trabalhadores. O jogo era esse, fazer as concessões gradualmente ( nem tão rápido nem tão lento ) para evitar uma ruptura ( Revolução ).

Aliado a isso também surgem outros métodos e técnicas de divisão do trabalho/produção como o Fordismo e o Taylorismo, o empresário / industrial viu que tinha que melhorar o mínimo além dos seus equipamentos, os seus empregados, para uma mão de obra um pouco mais especializada que isso revertia em lucro e em um mercado com mais poder de compra.

- Na URSS a implantação dessa legislação trabalhista ( note que basicamente a legislação trabalhista se refere ao operário da fábrica e da mina, o camponês sempre foi ignorado pelos bolcheviques ) vem por meio da ruptura ( Revolução ), e como era uma demanda antiga e histórica de socialistas e anarquistas, foi mais fácil aplicá-las. Aliás se não as aplicasse logo no "primeiro dia de governo provisório" era questão de tempo para o regime cair ( em minha opinião ).

Sobre crise de desabastecimento eu não sei responder. Vão ter diversos fatores além da organização econômica do modo de produção.

Essa parada de Carta de Lavorno é uma dessas coisas que o pessoal lê e repete por aí, e acaba se reproduzindo mais que pombo em telhado de padaria. Porém se você for analisar friamente é uma correlação meio espúria dizer que a CLT ou os Direitos Trabalhistas Modernos são cópia dela.

A declaração dos direitos trabalhistas soviéticos de 1917 que colei basicamente são os direitos trabalhistas modernos utilizados pela maioria dos países, e ainda tem de 1919 declaração da OIT - Organização Internacional do Trabalho que surge como um orgão da Liga das Nações com demandas de 8 horas de jornada diária, licença maternidade, 14 anos como idade mínima para trabalho na indústria e etc. Ou ainda as reivindicações das Trade Union's ( que clamavam por tudo isso desde o início da Revolução Industrial no século XIX ).

Por essas e outras que relacionar a Carta de Lavorno com os direitos trabalhistas da CLT é uma correlação bem tosca, diversas legislações foram usadas de base para nossa CLT, da Espanha, da URSS e também a Italiana sim, mas acho bem tosco pinçar somente esta pra descontextualizar. Ah é claro quem retorna com isso só poderia ser o Leandro Narloch.

Um bom artigo sobre isso

https://voyager1.net/historia/a-clt-nao-e-fascista/


Não conheço esse livro, fiquei interessando.
1540-1.jpg
 
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Beren_

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Uma única explicação sob perspectiva histórica eu não sei.

No meu entendimento, nos países capitalistas as demandas por melhores condições de trabalho demoraram a serem atendidas por conta de tensões inerentes as classes antagônicas em algo que era muito novo ainda, as relações de poder estavam em transformação "in loco". Tudo que é novo assusta.

Aqui vou talvez te "irritar" um pouquinho (ah na verdade acho que não).
Esse tipo de analise meio "rasa" como "o que eh novo assusta", é o motivo de existir correntes de pensamento crescentes criando material muito bom, as vezes fora da "academia". Que são os que defendem que historiadores devem ter conhecimentos mínimos de economia e filosofia. Ou se associar a economistas na hora de fazer este tipo de analise.
Não é desmerecer o trabalho do historiador, pelo contrario, mas sim faze-lo ter mais ferramentas de interpretação dos fatos historicos. Poder pensar melhor nos porques.

Lembra lá atrás, que citou-se que "O segmento de trabalho assalariado expandiu-se, em especial no século XII,graças ao barateamento da mão-de-obra resultante do aumento populacional. "
(sim eu li o texto todo do seu topico).

Veja isso é um fato historico, com uma conclusão econômica completamente válida. Voce se baseia em escassez, oferta e demanda para chegar a essa conclusão. Infelizmente alguns autores tiram conclusões de valores morais próprios ou contrarios a leis econômicas (se é lei, é verdadeira), ai onde entramos uma vez na discussão de "romantizar" a historia.

Veja, embora os paises capitalistas tenham "demorado" mais a melhorar as condições de trabalho. Em compensação, a produtividade aumentada barateava produtos, dava acesso a produtos que antes o povo não tinha. Então uma coisa balanceia a outra. Em compensação, a Russia não evoluir tanto em tão pouco tempo, ela precisou invadir, guerrear, matar de monte para conseguir riqueza. Roubar, matar destruir, não trás riqueza realmente, pois sempre de um lado alguem perde (alo Holomodor).
E ao longo do tempo, até a decada de 80-90 ainda era mais pobre do que o resto do mundo (sim tinha poderio belico, mas o povo passava fome, mercados desabastecidos, etc.). Eu não considero rico um país onde o povo é pobre. Tem gente que acha que um país que tem uma aristocracia rica, construções faraônicas, é rico.

Aos poucos, mesmo que não houvesse sindicatos e o governo. As relações de trabalho iriam melhorar. Falarei mais disso abaixo.

To fechando a empresa. Amanha tento voltar aqui e comentar o resto.
Bom post, eu discordo de algumas coisas, nao pela historia mas pela interpretação, amanha falo disso se der.

Abracos.
 

Noctua

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Aqui vou talvez te "irritar" um pouquinho (ah na verdade acho que não).
Esse tipo de analise meio "rasa" como "o que eh novo assusta", é o motivo de existir correntes de pensamento crescentes criando material muito bom, as vezes fora da "academia". Que são os que defendem que historiadores devem ter conhecimentos mínimos de economia e filosofia. Ou se associar a economistas na hora de fazer este tipo de analise.
Não é desmerecer o trabalho do historiador, pelo contrario, mas sim faze-lo ter mais ferramentas de interpretação dos fatos historicos. Poder pensar melhor nos porques.

Lembra lá atrás, que citou-se que "O segmento de trabalho assalariado expandiu-se, em especial no século XII,graças ao barateamento da mão-de-obra resultante do aumento populacional. "
(sim eu li o texto todo do seu topico).

Veja isso é um fato historico, com uma conclusão econômica completamente válida. Voce se baseia em escassez, oferta e demanda para chegar a essa conclusão. Infelizmente alguns autores tiram conclusões de valores morais próprios ou contrarios a leis econômicas (se é lei, é verdadeira), ai onde entramos uma vez na discussão de "romantizar" a historia.

Veja, embora os paises capitalistas tenham "demorado" mais a melhorar as condições de trabalho. Em compensação, a produtividade aumentada barateava produtos, dava acesso a produtos que antes o povo não tinha. Então uma coisa balanceia a outra. Em compensação, a Russia não evoluir tanto em tão pouco tempo, ela precisou invadir, guerrear, matar de monte para conseguir riqueza. Roubar, matar destruir, não trás riqueza realmente, pois sempre de um lado alguem perde (alo Holomodor).
E ao longo do tempo, até a decada de 80-90 ainda era mais pobre do que o resto do mundo (sim tinha poderio belico, mas o povo passava fome, mercados desabastecidos, etc.). Eu não considero rico um país onde o povo é pobre. Tem gente que acha que um país que tem uma aristocracia rica, construções faraônicas, é rico.

Aos poucos, mesmo que não houvesse sindicatos e o governo. As relações de trabalho iriam melhorar. Falarei mais disso abaixo.

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Bom post, eu discordo de algumas coisas, nao pela historia mas pela interpretação, amanha falo disso se der.

Abracos.
Rússia conseguiu um dos maiores avanços industriais da história, logo após a revolução o país era praticamente agrícola e em duas décadas tinha uma super-industria, isso tudo sem guerra meu caro.

Foi JUSTAMENTE a guerra que desestabilizou o modelo soviético, Stalin com sua desapropriação forçada causou fatos como Holomodor, tudo isso para garantir a soberania nacional sob a iminente guerra, então ele aparelhou de forma brusca tudo junto ao estado.

Pra criticar, tem que conhecer.
 

Goris

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Pra criticar, tem que conhecer.

Stalin era fabuloso, a grande fome que aconteceu entre 1931 e 1932 era uma preparação para a Guerra contra Hitler, que chegou ao poder em 1933/34.

Exato.

Ah, não, não era contra Hitler a guerra, já que todo mundo era inimigo da URSS.
 

Noctua

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Stalin era fabuloso, a grande fome que aconteceu entre 1931 e 1932 era uma preparação para a Guerra contra Hitler, que chegou ao poder em 1933/34.

Exato.

Ah, não, não era contra Hitler a guerra, já que todo mundo era inimigo da URSS.
Sem conhecer a história fica difícil, e em que momento eu disse que Stalin era fabuloso?

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Vim do Futuro

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Rússia conseguiu um dos maiores avanços industriais da história, logo após a revolução o país era praticamente agrícola e em duas décadas tinha uma super-industria, isso tudo sem guerra meu caro.

Foi JUSTAMENTE a guerra que desestabilizou o modelo soviético, Stalin com sua desapropriação forçada causou fatos como Holomodor, tudo isso para garantir a soberania nacional sob a iminente guerra, então ele aparelhou de forma brusca tudo junto ao estado.

Pra criticar, tem que conhecer.
Muita besteira e mentira num único post.
1º - Na década de 30 a URSS não tinha uma "super-indústria". Nem mesmo os EUA ou o Japão. Houve um avanço em relação ao tempo do Czar, mas nada de "super-indústria". A URSS ainda era um país eminentemente agrícola, de mineração e extrativismo.

2º - Não , não foi a guerra que desestabilizou o comunismo. Foram as ideias do Stalin. Em 28, 29 ou 30 a guerra não era iminente. Nem de longe!!! Isso é invenção de sua cabeça!!! A ação de desapropriação foi geral nas repúblicas da URSS. Mas na Ucrânia houve uma reação aos atos de Stalin. Então o ditador de m**** resolveu tripudiar e ampliar as medidas de confisco da produção agrícola.
A Ucrânia foi o país da URSS que mais demonstrou resistência a tais medidas. A autonomia cultural ucraniana e sua forte identidade nacional tornavam-na intolerável aos anseios dos soviéticos russos. A insurreição dos camponeses ucranianos contra as medidas de coletivização forçada e requisição compulsória de cereais obrigou Stalin a impingir medidas ainda mais drásticas do que aquelas que foram executadas em outras regiões.

Voltando ao caso da guerra, bem depois, havia um pacto de não agressão entre a Alemanha de Hitler e a União Soviética de Stalin. Tanto que a URSS fornecia metais, carvão, gás e outros produtos ao "aliado". Além de ter aceitado que a Alemanha invadisse e anexasse boa parte do leste europeu. Quando houve o ataque nazista, pegou Stalin de surpresa e sem condições de resistir. O resto é bem conhecido.

Pare de postar mentiras ou tudo será refutado.
 

Noctua

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2º - Não , não foi a guerra que desestabilizou o comunismo. Foram as ideias do Stalin. Em 28, 29 ou 30 a guerra não era iminente. Nem de longe!!! Isso é invenção de sua cabeça!!! A ação de desapropriação foi geral nas repúblicas da URSS. Mas na Ucrânia houve uma reação aos atos de Stalin. Então o ditador de m**** resolveu tripudiar e ampliar as medidas de confisco da produção agrícola.
Nesse período já começava a ascensão do fascismo.
Voltando ao caso da guerra, bem depois, havia um pacto de não agressão entre a Alemanha de Hitler e a União Soviética de Stalin. Tanto que a URSS fornecia metais, carvão, gás e outros produtos ao "aliado". Além de ter aceitado que a Alemanha invadisse e anexasse boa parte do leste europeu. Quando houve o ataque nazista, pegou Stalin de surpresa e sem condições de resistir. O resto é bem conhecido.

Pare de postar mentiras ou tudo será refutado.
Stalin fez o acordo pois queria que a Alemanha primeiro atacasse o resto da Europa antes de virem até a Rússia, que seria dizimada. Guerra é guerra.

To saindo do trampo, depois respondo.
 

Goris

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Sem conhecer a história fica difícil, e em que momento eu disse que Stalin era fabuloso?

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Caramba, mostrei que suas datas eram invenções e a única coisa a dizer é que Stalin não era fabuloso?

Isso todo mundo com um mínimo de conhecimento sabe.
 

Vim do Futuro

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Stalin fez o acordo pois queria que a Alemanha primeiro atacasse o resto da Europa antes de virem até a Rússia, que seria dizimada. Guerra é guerra.
Única coisa certa que você postou em 2 semanas. Stalin queria que a Alemanha atacasse o resto da Europa e enfraquecesse os demais países e ela mesma. Dando tempo pra URSS se fortalecer. Só não teve ideia da m**** em que iria se meter. Ele era péssimo em assuntos de geopolítica e militares.
 

Setzer1

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1-> Stalin era um idiota.

Dito isso.

2-> USSR foi realmente o país que mais rapido se industrializou na década de 25 a 35. Não houve realmente comparação.
3-> Isso foi feito literalmente agarrando a russia pelo pé e arrastando pra era industrial .

3-> A fome na USSR foi gerada por falha baseada numa supersafra que houve no ano anterior. (PS: Falo da fome na USSr, não do Holomodor que teve outros fatores). Esse erro se repetiria na China de Mao na década de 60. (Onde a fome só ocorreu pq a china não quis importar comida).

4-> Os planos de 5 anos de stalin não era ideia dele. Era ideia de Trotsky. Tanto ele quanto Stalin acreditavam que uma II ocorreria num futuro visível. Mas 1 acreditava por ser inteligente e o outro por ser paranoico.

5-> Uma comparação entre USSR Comunista vs Czarista a russia czarista teria se industrializado mais. (mas seria menos militarizada). Ja parei pra ler papeis sobre isso e realmente é um tema mega interessante pq não da pra Saber se a russia czarista aguentaria a ofensiva nazista.

6->
Novamente, Stalin era um idiota E paranoico. USSR virou um Estado onde a unica função era manter stalin no Poder.
7-> Esse estilo de governança não era nem um pouco parecido com o modelo de Trotsky ou Lenin de governar.

8-> O Mundo ficou melhor com Stalin no Poder do que Trotsky. Trotsky teria provavelmente salvado o nazismo indiretamente ao se tornar uma ameaça maior ao ocidente do que Hitler.

9-> Aprendam a diferenciar Lenilismo de Trotskismo e Stalinismo. São 3 doutrinas MUITO diferentes. Tanto na politica externa quanto interna. E essas 3 doutrinas brigariam pelo comando da USSR durante toda sua historia.


Quem tem duvida aqui um vídeo resumido de como a USSR seria sem Stalin .




E não da pra discutir a ascenção da USSR sem discutir o estado deplorável da Russia em 1917-1919. E de como os moderados foram mto mas mto estúpidos em insistir em permanecer numa guerra que matava milhres de russos por dia.

E o czarismo estava fadado a falhar devido a medidas do proprio czar. Ele era um Monarca Absolutista convicto nO Direito Divino em um mundo que queria representatividade e negou a mesma mesmo numa guerra mundial que a população queria sair.
 
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Eye of the Beholder

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1-> Stalin era um idiota.

Dito isso.

2-> USSR foi realmente o país que mais rapido se industrializou na década de 25 a 35. Não houve realmente comparação.
3-> Isso foi feito literalmente agarrando a russia pelo pé e arrastando pra era industrial .

3-> A fome na USSR foi gerada por falha baseada numa supersafra que houve no ano anterior. (PS: Falo da fome na USSr, não do Holomodor que teve outros fatores). Esse erro se repetiria na China de Mao na década de 60. (Onde a fome só ocorreu pq a china não quis importar comida).

4-> Os planos de 5 anos de stalin não era ideia dele. Era ideia de Trotsky.

5-> Uma comparação entre USSR Comunista vs Czarista a russia czarista teria se industrializado mais.

6->
Novamente, Stalin era um idiota E paranoico. USSR virou um Estado onde a unica função era manter stalin no Poder.
7-> Esse estilo de governança não era nem um pouco parecido com o modelo de Trotsky ou Lenin de governar.

8-> O Mundo ficou melhor com Stalin no Poder do que Trotsky. Trotsky teria provavelmente salvado o nazismo indiretamente ao se tornar uma ameaça maior ao ocidente do que Hitler.

9-> Aprendam a diferenciar Lenilismo de Trotskismo e Stalinismo. São 3 doutrinas MUITO diferentes. Tanto na politica externa quanto interna. E essas 3 doutrinas brigariam pelo comando da USSR durante toda sua historia.


Quem tem duvida aqui um vídeo resumido de como a USSR seria sem Stalin .




E não da pra discutir a ascenção da USSR sem discutir o estado deplorável da Russia em 1917-1919. E de como os moderados foram mto mas mto estúpidos em insistir em permanecer numa guerra que matava milhres de russos por dia.

E o czarismo estava fadado a falhar devido a medidas do proprio czar. Ele era um Monarca Absolutista convicto nO Direito Divino em um mundo que queria representatividade e negou a mesma mesmo numa guerra mundial que a população queria sair.


Eu já acho que Trotksy iria implodir o regime em questão de poucos anos com a ideia de Revolução Permanente.
 

Setzer1

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Eu já acho que Trotksy iria implodir o regime em questão de poucos anos com a ideia de Revolução Permanente.

Trotsky era um melhor administrador que stalin, seus anos no comando do exercito quando ainda era um bando de grupos brigando com o exercito branco treinado garantiriam a ele as habilidades necessárias de liderança e governança. (Por medo, inspiração pelo idealismo e punho de ferro, mas ele era mais capacitado.

Seu modo mais indireto e democrático de governar aliado ao fato dele ser o idealizador dos planos de industrializaram + sem expurgo dos ex-aliados fariam a russia gastar menos anos caçando o próprio rabo e mais anos fazendo dinheiro e armas.

Tudo dependeria da grana que ele investiria expandindo o comunismo mundo afora.

Se coisas como o Holomodor aconteceriam ou não dependeria do risco da Ukrania em abandonar a USSR. Se fosse alto ele não teria problema em limpar o país até um número controlável de cidadãos. (Ele era tudo menos santo, ninguém ganha o apelido de Açougueiro de maneira leviana).

Caso desse pra fazer de maneira indireta e com menos mortes ele faria. Mas ele não se importa em sujar as mãos.

Ele é o tipo de mentalidade da maioria dos lideres daquela era. Fins justificam os meios. Se vc oferecer paz mundial + prosperidade infinita ao custo de 2 bilhões de vidas ou o que existe hoje ele não piscará em sacrificar os 2 bilhões.

Só lembrar que EUA com 25% de desempregados e França que chegou a beirar uma revolução comunista estavam plenamente vulneráveis a financiamento russo e Stalin praticamente ignorou essas 2 oportunidades.

As embaixadas russas eram mais pontos de espionagem que pontos de pregação ideológica. Sim, elas acabavam reunindo os comunistas de seus respectivos países mas não existia mta organização da USSR para aproveitar esse capital humano. Isso so viria mais tarde com a guerra fria onde ambos os EUA e USSR usariam suas agencias de espionagem para se organizar com os políticos de cada país para financia-los e mudar o país pra direção dos seus interesses. ( que quase nunca batia com o interesse do país em questão).

Mas novamente, essa ideia era para desestabilizar e dar espaço para a USSR crescer. Nunca com a ideia de criar um comunismo universal. Trotskismo influenciou mas nunca foi a doutrina dos lideres da USSR pós Stalin. E nada fora do Stalinismo era permitido até 1953.

A guerra civil espanhola tb teria tido um outro final. Stalin ajudou mal e porcamente os republicanos, trotsky não teria investido tão pouco e poderia ter virado aquele conflito que podia ter ido pra qualquer lado. (Mas a tendencia era franco vencer se o sangramento do lado republicano não fosse contido quando os comunistas tomaram o poder do governo para combater franco o que criou guerras civis dentro de guerras civis).

EDIT: Pincelei mais um pouco o inicio que tava mal editado e quase deu a impressão que trotsky era uma boa pessoa. E +detalhes da guerra civil espanhola.
 
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Beren_

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Foi JUSTAMENTE a guerra que desestabilizou o modelo soviético, Stalin com sua desapropriação forçada causou fatos como Holomodor, tudo isso para garantir a soberania nacional sob a iminente guerra, então ele aparelhou de forma brusca tudo junto ao estado.

Pra criticar, tem que conhecer.

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Stalin era fabuloso, a grande fome que aconteceu entre 1931 e 1932 era uma preparação para a Guerra contra Hitler, que chegou ao poder em 1933/34.

Exato.

Ah, não, não era contra Hitler a guerra, já que todo mundo era inimigo da URSS.

Muita besteira e mentira num único post.
1º - Na década de 30 a URSS não tinha uma "super-indústria". Nem mesmo os EUA ou o Japão. Houve um avanço em relação ao tempo do Czar, mas nada de "super-indústria". A URSS ainda era um país eminentemente agrícola, de mineração e extrativismo.

2º - Não , não foi a guerra que desestabilizou o comunismo. Foram as ideias do Stalin. Em 28, 29 ou 30 a guerra não era iminente. Nem de longe!!! Isso é invenção de sua cabeça!!! A ação de desapropriação foi geral nas repúblicas da URSS. Mas na Ucrânia houve uma reação aos atos de Stalin. Então o ditador de m**** resolveu tripudiar e ampliar as medidas de confisco da produção agrícola.


Voltando ao caso da guerra, bem depois, havia um pacto de não agressão entre a Alemanha de Hitler e a União Soviética de Stalin. Tanto que a URSS fornecia metais, carvão, gás e outros produtos ao "aliado". Além de ter aceitado que a Alemanha invadisse e anexasse boa parte do leste europeu. Quando houve o ataque nazista, pegou Stalin de surpresa e sem condições de resistir. O resto é bem conhecido.

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Sabe como é. É só elejer o Super Ciro que em 2020 já seremos potencia mundial igual a URSS fora um sucesso absoluto..
 

Noctua

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Sabe como é. É só elejer o Super Ciro que em 2020 já seremos potencia mundial igual a URSS fora um sucesso absoluto..
Então eleja alguém que tenha projeto de modelo de estado, falar menos estado e liberdade econômica e não ter projeto é populismo puro, sendo que a liberdade econômica inere diretamente ao modelo e eficiência estatal, não necessariamente "menos" mais sim "necessário para eficiência".

Já deu de populismo.
 

Beren_

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Então eleja alguém que tenha projeto de modelo de estado, falar menos estado e liberdade econômica e não ter projeto é populismo puro, sendo que a liberdade econômica inere diretamente ao modelo e eficiência estatal, não necessariamente "menos" mais sim "necessário para eficiência".

Já deu de populismo.

Mas todos tem projeto. Todos tiveram grandiosos projetos, Antes de 69 haviam varios projetos, inclusive de tornar o Brasil em uma nova Cuba bombada a esteroides. Os militares tiveram vários e vários projetos, que resultaram em divida externa gigantesca, Vargas teve diversos projetos de governo, inclusive CLT entre elas. Sarney teve projetos de planos econômicos. E da-lhe cortar zeros. Collor tinha grandes projetos de "modelo de estado", FHC teve projetos e mais projetos, o real ajudou e teve projetos populares como o que se tornaria bolsa família. E Lula e Dilma. Ah, esses tiveram grandes projetos de modelo de estado. maravilhosos. Maduro tem altos planos na Venezuela tambem..
Sempre ouve planos, projetos, "estado eficiente" hauhauha.

Os "liberais" não tem projeto porque sabem que planejamento central e planificação economica eh caminho pro fracasso.


O estado não pode ser eficiente fera. Pois não existe incentivo para isso.
Quando voce cuida do seu dinheiro, do seu interesse, voce tem incentivo para fazer o melhor. Quando é dos outros, quando não existe PUNIÇÃO por erros, nem premiação por acertos, porque vai ser eficiente? Justifique?
É aquele caso, onde o estado é eficiente? Em nada. E nos locais menos piores a iniciativa privada faz melhor ainda.
Me responda. Porque o governo faria o que voce quer? Porque faria melhor? Porque ser eficiente?


O mito do bom governo
245.png

Um dos maiores e mais persistentes erros dos liberais clássicos é acreditar na existência de um "governo bom", um governo que faz "aquilo que se espera dele".

Não há nada que o estado possa fazer, e que a sociedade necessite que seja feito, que não possa ser feito pelo mercado de maneira melhor e mais eficiente. Há um outro ponto que é também bastante significativo: nenhum estado com poderes para fazer aquilo que seja supostamente necessário irá se restringir àquelas coisas. Ele irá se expandir o tanto quanto a opinião pública tolere (sendo que essa tolerância é bem elástica).

Algumas vezes essa idéia fica mais clara quando se observa, por exemplo, o trágico caso da China. O governo chinês está embarcando em uma aventura explosiva: ele planeja despejar $586 bilhões de dólares em "infraestrutura" durante os próximos dois anos. O motivo é o clássico pretexto keynesiano: o gasto é necessário para se estimular o investimento. De nada importa que esse truque jamais tenha funcionado em toda a história humana. Este é apenas um grande esquema de pilhagem, em que o setor privado é extorquido em benefício do Partido Comunista, que por sua vez irá utilizar esse dinheiro para revigorar seu poder.

Nenhum país conhece melhor os fracassos e a miséria trazidos por esse tipo de planejamento central do que a China. Todas as formas concebíveis de coletivismo já foram tentadas sobre essas pobres almas, e estima-se que mais de 70 milhões perderam suas vidas no curso dos insanos experimentos coletivistas implantados por Mao. Que esse novo plano esteja sendo legislado em nome de Lord Keynes ao invés de Karl Marx é irrelevante. Os efeitos são os mesmos: expandir o poder do estado e reduzir a liberdade do indivíduo.

A recuperação da China pós-comunista é um dos mais inspiradores relatos na história do desenvolvimento econômico. Um país que era uma sofrida e empobrecida terra de catástrofes modernizou-se em apenas 15 anos. O estado encolheu seu escopo de influência praticamente à revelia, enquanto o setor privado ia crescendo substancialmente. Mas esse não era o plano. Foi simplesmente o resultado prático da nova tolerância em relação à livre atividade econômica. O estado limitou-se a entrar em modo defensivo para manter seu poder e nada fez para impedir o agigantamento da iniciativa privada. O resultado foi glorioso.

Tenha sempre em mente esse ponto específico: a restauração da China como uma sociedade civilizada não se deu devido a algum planejamento central; ao contrário, deu-se por causa de sua ausência. O fato de o estado não ter intervindo trouxe a prosperidade. Novamente: não foi uma política específica ou uma nova constituição ou uma lei que fez a diferença. Não houve uma mudança voluntária da forma de governo; não houve uma troca de um governo de estilo comunista para um estado mínimo. Foi apenas porque o estado abandonou suas funções em decorrência da oposição e do desprezo do público, que a sociedade pôde prosperar.

Mas o estado jamais desapareceu. Apenas suas depredações é que se tornaram irregulares e imprevisíveis. Tivesse a história tomado um rumo melhor, o estado central teria se dissolvido completamente e a lei teria sido delegada aos níveis mais locais possíveis. Lamentavelmente para os chineses, o estado manteve sua velha estrutura, não obstante o setor privado tenha crescido constantemente. O estado ainda manteve o controle das grandes indústrias, como as siderúrgicas e as de energia, e, é claro, seguiu controlando o setor bancário.

O governo nunca se tornou bom (uma impossibilidade). Ele era e continua sendo terrível. Ele apenas se tornou menos ruim do que era porque passou a fazer menos. Mas todos os governos sempre ficam à espreita, aguardando ansiosamente uma crise. O terremoto do ano passado no sudoeste chinês forneceu uma ótima desculpa para mais intervenções. Porém não há pretexto maior para uma expansão estatal do que uma crise econômica - exceto, talvez, uma guerra. Na atual crise, as medidas econômicas adotadas pelos generais chineses certamente contam com o apoio dos "especialistas em economia" ocidentais, e a repulsiva reação americana ao seu próprio colapso econômico tem fornecido um péssimo modelo para o mundo. Pense nisso: o Partido Comunista Chinês está agora citando os EUA como sua principal fonte de inspiração para espoliar o setor privado e fortalecer seu próprio poder à custa do resto do país.

Os EUA, ao invés de serem o "farol da liberdade em um mundo obscuro" - como seus políticos gostam de aclamar, estão na verdade ajudando a apagar as luzes e a sustentar despotismos decrépitos. Esta é certamente uma das grandes ironias do atual momento político. Ao invés de ensinar a liberdade ao mundo, o recém-empossado poder executivo dos Estados Unidos está batizando várias formas de ditaduras. Só nos resta torcer para que haja algum país que não siga o exemplo.

Não há qualquer dúvida de que a gastança chinesa não irá melhorar o crescimento econômico. Ao contrário, irá extrair $586 bilhões do setor privado para gastar em prioridades políticas. Essa regra da ineficiência vale para qualquer lugar do mundo. Nunca se esqueça que governo algum possui riqueza própria para gastar. O dinheiro tem necessariamente de vir da tributação, da inflação monetária ou do endividamento crescente que terá de ser pago mais tarde. E as opções de gasto do governo serão sempre esbanjadoras em relação a como a sociedade utilizaria essa mesma riqueza. Ou seja: o dinheiro será desperdiçado.

Mas todo esse gasto não vai estimular investimentos? É possível, sim, que sejam criados pequenos bolsões de crescimento, mas estes serão temporários. Considerando-se que novos gastos provocam uma reação também gastadora de investidores e consumidores, tem-se apenas mais uma evidência de um uso não-econômico de recursos escassos. Se o dinheiro for utilizado para sustentar empresas insolventes, isso será particularmente ruim, uma vez que tal medida nada mais é do que uma tentativa de suprimir uma realidade de mercado, que já deixou claro que se trata de uma empresa ineficiente e que, por isso, deve quebrar. Qualquer tentativa de impedir isso será tão bem sucedida quanto tentar repelir a gravidade jogando coisas para cima.

A natureza do estado - e o âmago da razão de sua existência - é a convicção de que ele é uma entidade totalmente distinta e superior à sociedade, com a capacidade e o poder de corrigir falhas de mercado e orientar indivíduos para as decisões que ele, o estado, julga serem as melhores. Uma presunção de superioridade jaz no núcleo do estado, seja ele mínimo ou totalitário. Quem deve dizer quando e onde ele deve intervir? Esse é o ponto: se o estado é um ente superior e inerentemente mais sábio que a sociedade, com a clarividência para julgar o que está funcionando e o que não está funcionando, então o estado, e apenas ele, pode decidir quando se deve intervir em quê e como. Nesse cenário, não há mais qualquer possibilidade de liberdade e individualismo.

Nenhum governo é liberal por natureza, já dizia Ludwig von Mises. Essa é a grande lição que as pessoas que defendem um "governo limitado" jamais aprenderam. A partir do momento em que você dá ao governo qualquer função, ele irá presumir o direito monopolístico de policiar a própria conduta e, inevitavelmente, de abusar do poder. Isso vale tanto para a China quanto para qualquer país do "Ocidente Livre".

Foi a ciência econômica a primeira a descobrir a total incapacidade de o estado fazer quaisquer melhorias na ordem social. Mas o estado virou a ciência ao avesso para poder utilizar a economia como justificativa para pilhar e saquear com a desculpa de estar "estimulando o investimento". Todo ser pensante sabe que tirar dinheiro do setor produtivo para desperdiçá-lo com os parasitas do setor público não traz estímulo nem crescimento. É o equivalente a você utilizar um balde para tirar água da parte funda de uma piscina e despejá-la na parte rasa e dizer que o nível da água vai subir.

Todo e qualquer estímulo estatal, no final, acarreta diminuição da liberdade, confisco da propriedade e perda de prosperidade.

Keynes famosamente aclamou as políticas econômicas nazistas na introdução à edição alemã de seu pior livro, a Teoria Geral. Após um século de horrores, os homens livres da China e do mundo certamente merecem algo melhor.
 
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Noctua

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Mas todos tem projeto. Todos tiveram grandiosos projetos, Antes de 69 haviam varios projetos, inclusive de tornar o Brasil em uma nova Cuba bombada a esteroides. Os militares tiveram vários e vários projetos, que resultaram em divida externa gigantesca, Vargas teve diversos projetos de governo, inclusive CLT entre elas. Sarney teve projetos de planos econômicos. E da-lhe cortar zeros. Collor tinha grandes projetos de "modelo de estado", FHC teve projetos e mais projetos, o real ajudou e teve projetos populares como o que se tornaria bolsa família. E Lula e Dilma. Ah, esses tiveram grandes projetos de modelo de estado. maravilhosos. Maduro tem altos planos na Venezuela tambem..
Sempre ouve planos, projetos, "estado eficiente" hauhauha.

Os "liberais" não tem projeto porque sabem que planejamento central e planificação economica eh caminho pro fracasso.


O estado não pode ser eficiente fera. Pois não existe incentivo.
Quando voce cuida do seu dinheiro, do seu interesse, voce tem incentivo para fazer o melhor. Quando é dos outros, quando não existe PUNIÇÃO por erros, nem premiação por acertos, porque vai ser eficiente? Justifique?
É aquele caso, onde o estado é eficiente? Em nada. E nos locais menos piores a iniciativa privada faz melhor ainda.
Me responda. Porque o governo faria o que voce quer? Porque faria melhor? Porque ser eficiente?


O mito do bom governo
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Um dos maiores e mais persistentes erros dos liberais clássicos é acreditar na existência de um "governo bom", um governo que faz "aquilo que se espera dele".

Não há nada que o estado possa fazer, e que a sociedade necessite que seja feito, que não possa ser feito pelo mercado de maneira melhor e mais eficiente. Há um outro ponto que é também bastante significativo: nenhum estado com poderes para fazer aquilo que seja supostamente necessário irá se restringir àquelas coisas. Ele irá se expandir o tanto quanto a opinião pública tolere (sendo que essa tolerância é bem elástica).

Algumas vezes essa idéia fica mais clara quando se observa, por exemplo, o trágico caso da China. O governo chinês está embarcando em uma aventura explosiva: ele planeja despejar $586 bilhões de dólares em "infraestrutura" durante os próximos dois anos. O motivo é o clássico pretexto keynesiano: o gasto é necessário para se estimular o investimento. De nada importa que esse truque jamais tenha funcionado em toda a história humana. Este é apenas um grande esquema de pilhagem, em que o setor privado é extorquido em benefício do Partido Comunista, que por sua vez irá utilizar esse dinheiro para revigorar seu poder.

Nenhum país conhece melhor os fracassos e a miséria trazidos por esse tipo de planejamento central do que a China. Todas as formas concebíveis de coletivismo já foram tentadas sobre essas pobres almas, e estima-se que mais de 70 milhões perderam suas vidas no curso dos insanos experimentos coletivistas implantados por Mao. Que esse novo plano esteja sendo legislado em nome de Lord Keynes ao invés de Karl Marx é irrelevante. Os efeitos são os mesmos: expandir o poder do estado e reduzir a liberdade do indivíduo.

A recuperação da China pós-comunista é um dos mais inspiradores relatos na história do desenvolvimento econômico. Um país que era uma sofrida e empobrecida terra de catástrofes modernizou-se em apenas 15 anos. O estado encolheu seu escopo de influência praticamente à revelia, enquanto o setor privado ia crescendo substancialmente. Mas esse não era o plano. Foi simplesmente o resultado prático da nova tolerância em relação à livre atividade econômica. O estado limitou-se a entrar em modo defensivo para manter seu poder e nada fez para impedir o agigantamento da iniciativa privada. O resultado foi glorioso.

Tenha sempre em mente esse ponto específico: a restauração da China como uma sociedade civilizada não se deu devido a algum planejamento central; ao contrário, deu-se por causa de sua ausência. O fato de o estado não ter intervindo trouxe a prosperidade. Novamente: não foi uma política específica ou uma nova constituição ou uma lei que fez a diferença. Não houve uma mudança voluntária da forma de governo; não houve uma troca de um governo de estilo comunista para um estado mínimo. Foi apenas porque o estado abandonou suas funções em decorrência da oposição e do desprezo do público, que a sociedade pôde prosperar.

Mas o estado jamais desapareceu. Apenas suas depredações é que se tornaram irregulares e imprevisíveis. Tivesse a história tomado um rumo melhor, o estado central teria se dissolvido completamente e a lei teria sido delegada aos níveis mais locais possíveis. Lamentavelmente para os chineses, o estado manteve sua velha estrutura, não obstante o setor privado tenha crescido constantemente. O estado ainda manteve o controle das grandes indústrias, como as siderúrgicas e as de energia, e, é claro, seguiu controlando o setor bancário.

O governo nunca se tornou bom (uma impossibilidade). Ele era e continua sendo terrível. Ele apenas se tornou menos ruim do que era porque passou a fazer menos. Mas todos os governos sempre ficam à espreita, aguardando ansiosamente uma crise. O terremoto do ano passado no sudoeste chinês forneceu uma ótima desculpa para mais intervenções. Porém não há pretexto maior para uma expansão estatal do que uma crise econômica - exceto, talvez, uma guerra. Na atual crise, as medidas econômicas adotadas pelos generais chineses certamente contam com o apoio dos "especialistas em economia" ocidentais, e a repulsiva reação americana ao seu próprio colapso econômico tem fornecido um péssimo modelo para o mundo. Pense nisso: o Partido Comunista Chinês está agora citando os EUA como sua principal fonte de inspiração para espoliar o setor privado e fortalecer seu próprio poder à custa do resto do país.

Os EUA, ao invés de serem o "farol da liberdade em um mundo obscuro" - como seus políticos gostam de aclamar, estão na verdade ajudando a apagar as luzes e a sustentar despotismos decrépitos. Esta é certamente uma das grandes ironias do atual momento político. Ao invés de ensinar a liberdade ao mundo, o recém-empossado poder executivo dos Estados Unidos está batizando várias formas de ditaduras. Só nos resta torcer para que haja algum país que não siga o exemplo.

Não há qualquer dúvida de que a gastança chinesa não irá melhorar o crescimento econômico. Ao contrário, irá extrair $586 bilhões do setor privado para gastar em prioridades políticas. Essa regra da ineficiência vale para qualquer lugar do mundo. Nunca se esqueça que governo algum possui riqueza própria para gastar. O dinheiro tem necessariamente de vir da tributação, da inflação monetária ou do endividamento crescente que terá de ser pago mais tarde. E as opções de gasto do governo serão sempre esbanjadoras em relação a como a sociedade utilizaria essa mesma riqueza. Ou seja: o dinheiro será desperdiçado.

Mas todo esse gasto não vai estimular investimentos? É possível, sim, que sejam criados pequenos bolsões de crescimento, mas estes serão temporários. Considerando-se que novos gastos provocam uma reação também gastadora de investidores e consumidores, tem-se apenas mais uma evidência de um uso não-econômico de recursos escassos. Se o dinheiro for utilizado para sustentar empresas insolventes, isso será particularmente ruim, uma vez que tal medida nada mais é do que uma tentativa de suprimir uma realidade de mercado, que já deixou claro que se trata de uma empresa ineficiente e que, por isso, deve quebrar. Qualquer tentativa de impedir isso será tão bem sucedida quanto tentar repelir a gravidade jogando coisas para cima.

A natureza do estado - e o âmago da razão de sua existência - é a convicção de que ele é uma entidade totalmente distinta e superior à sociedade, com a capacidade e o poder de corrigir falhas de mercado e orientar indivíduos para as decisões que ele, o estado, julga serem as melhores. Uma presunção de superioridade jaz no núcleo do estado, seja ele mínimo ou totalitário. Quem deve dizer quando e onde ele deve intervir? Esse é o ponto: se o estado é um ente superior e inerentemente mais sábio que a sociedade, com a clarividência para julgar o que está funcionando e o que não está funcionando, então o estado, e apenas ele, pode decidir quando se deve intervir em quê e como. Nesse cenário, não há mais qualquer possibilidade de liberdade e individualismo.

Nenhum governo é liberal por natureza, já dizia Ludwig von Mises. Essa é a grande lição que as pessoas que defendem um "governo limitado" jamais aprenderam. A partir do momento em que você dá ao governo qualquer função, ele irá presumir o direito monopolístico de policiar a própria conduta e, inevitavelmente, de abusar do poder. Isso vale tanto para a China quanto para qualquer país do "Ocidente Livre".

Foi a ciência econômica a primeira a descobrir a total incapacidade de o estado fazer quaisquer melhorias na ordem social. Mas o estado virou a ciência ao avesso para poder utilizar a economia como justificativa para pilhar e saquear com a desculpa de estar "estimulando o investimento". Todo ser pensante sabe que tirar dinheiro do setor produtivo para desperdiçá-lo com os parasitas do setor público não traz estímulo nem crescimento. É o equivalente a você utilizar um balde para tirar água da parte funda de uma piscina e despejá-la na parte rasa e dizer que o nível da água vai subir.

Todo e qualquer estímulo estatal, no final, acarreta diminuição da liberdade, confisco da propriedade e perda de prosperidade.

Keynes famosamente aclamou as políticas econômicas nazistas na introdução à edição alemã de seu pior livro, a Teoria Geral. Após um século de horrores, os homens livres da China e do mundo certamente merecem algo melhor.
Caro, novamente, não existe governo bom, governo é um reflexo da sociedade e de seu envolvimento político, como o Brasil é um país de terceiro mundo de indivíduos com pouco conhecimento sobre a gestão do próprio estado, aqui se instaurou foi o que o próprio Barroso chamou em 2016 de "um socialismo de ricos".

https://brasil.elpais.com/brasil/2016/05/23/politica/1464029905_693663.html

Estado eficiente e necessário deriva de uma grande participação social em sua arquitetura, pra isso é necessário um desenvolvimento social uniforme para não haver distorções, simples, como eu já demonstrei na Inglaterra não existe um comportamento elitista tão visceral quanto há no Brasil pois existe uma estrutura que tange a realeza, e todos os demais são prole.

Brasil é dono da maior desigualdade social do MUNDO, e a parte de alta renda brasileira e sua linha argumentativa é completamente elitista, aqui eles tem asco a ideia de usar um sistema público de saúde e lutar por melhorias, aqui odeiam um sistema de taxação progressivo, lá fora acham lindo e maravilhoso, etc.

A economia tem reflexo social sim, eu me recuso a aceitar uma linha argumentativa tão banal em complexidade como a neoliberal, pois ela trabalha em um mundo que não se aplica na nossa realidade, é uma fantasia.
 

Beren_

Mil pontos, LOL!
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Caro, novamente, não existe governo bom, governo é um reflexo da sociedade e de seu envolvimento político, como o Brasil é um país de terceiro mundo de indivíduos com pouco conhecimento sobre a gestão do próprio estado, aqui se instaurou foi o que o próprio Barroso chamou em 2016 de "um socialismo de ricos".

https://brasil.elpais.com/brasil/2016/05/23/politica/1464029905_693663.html

Não existe estado bom.
Só que voce novamente faz conclusões sem se perguntar quais as premissas.
Porque o Brasil eh de "terceiro mundo"?
As pessoas precisam de conhecimento sobre o governo ou de conhecimento de forma geral? As pessoas tem tido mais conhecimento sobre o governo nos ultimos anos e nem por isso algo melhorou.
O que temos aqui eh um socialismo de ricos sim. Mas o problema não é enriquecer honestamente. Enriquecer porque fez algo "foda pra kramba" que as pessoas curtiram então vendeu muito. Pois esse "rico" é o que desejamos, o rico que cria cosias como facebook, android que dá acesso a confortos para as pessoas, e coisas do tipo. Esse e o rico que conquistou sua riqueza.
O problema, é termos "ricos" que conquistam sua riqueza de forma não honesta, pelos meios políticos.

Existem duas formas de se adquirir riqueza. A forma etica, justa, é através do trabalho, do uso de sua mente e corpo para produzir. E a forma desonesta, que é a expropriação, roubo de bens alheios. A forma politica.

“Quem irá negar que um mundo onde os ricos são poderosos ainda é um mundo melhor que onde somente os já poderosos podem adquirir riqueza?”
F.A. Hayek - O caminho da Servidão.

Se o que voce defende é que a forma politica de "enriquecer" é a justa. Bem, nem temos muito o que conversar sinceramente.


Estado eficiente e necessário deriva de uma grande participação social em sua arquitetura, pra isso é necessário um desenvolvimento social uniforme para não haver distorções, simples, como eu já demonstrei na Inglaterra não existe um comportamento elitista tão visceral quanto há no Brasil pois existe uma estrutura que tange a realeza, e todos os demais são prole.

Não. Hoje em dia com o parlamentarismo democratico já não é assim. Era na epoca das monarquias absolutistas.


Brasil é dono da maior desigualdade social do MUNDO, e a parte de alta renda brasileira e sua linha argumentativa é completamente elitista, aqui eles tem asco a ideia de usar um sistema público de saúde e lutar por melhorias, aqui odeiam um sistema de taxação progressivo, lá fora acham lindo e maravilhoso, etc.

Eu sou "elitista" porque digo que não devemos ter uma ELITE politica acima de todas as outras pessoas.

Joinha mano.
A economia tem reflexo social sim, eu me recuso a aceitar uma linha argumentativa tão banal em complexidade como a neoliberal, pois ela trabalha em um mundo que não se aplica na nossa realidade, é uma fantasia.

Whatever.
 

Goris

Ei mãe, 500 pontos!
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A Sheherazade acertou: Hitler era do PT, mas não chegava a ser um Lula
Cardoso 19/05/2017
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As pessoas são ingratas. Você está por cima, é o Rei da Carne Seca, o bambambam, todo mundo puxa o saco, aplaude todas as suas soluções, finais ou não, acha até seus fuscas legais. Você perde o poder, todo mundo dá as costas. Hoje por exemplo ninguém assume que votou no Temer, ou quer ser associado a Hitler.

Isso começa na escola. Como professores são basicamente comunistas, omitem qualquer relação de Hitler com a esquerda. Capitalistas por sua vez mantém distância, e mesmo a extrema-direita racional, que defende boa parte das idéias dele acha que o baixinho pegou pesado, e não gostam da associação. Por causa disso Hitler caiu em um vácuo, a orientação política do Nazismo é um mistério pra maioria das pessoas.

Aí chega gente como a tal Rachel Sheherazade, uma espécie de Ann Coulter gata que surgiu da lama primordial dos comentários de YouTube. Ela lê por palavras-chave, descobriu que o Partido Nazista em alemão se chamava Nationalsozialistische Deutsche Arbeiterpartei, Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores da Alemanha, e pior ainda, ele antes era conhecido como Deutsche Arbeiterpartei, Partido dos Trabalhadores da Alemanha.

Bingo: Lula é Hitler!

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Só tem um problema: Nazistas odiavam comunistas. A primeira medida que fizeram quando o Partido se consolidou foi expulsar os esquerdistas. Hitler fez um pacto com Stalin muito a contra-gosto, tanto que assim que deu, traiu a União Soviética. Quando os campos de concentração se tornaram operacionais os primeiros hóspedes foram comunistas, esquerdistas em geral e sindicalistas.

Hitler não acreditava no conceito de luta de classes, defendia a idéia de que o povo alemão, de qualquer classe social merecia uma vida digna um salário justo e deveria ser feliz, sendo um peão de fábrica ou um diretor de multinacional. Muito dinheiro foi investido no programa Kraft durch Freude, Força Através da Alegria, com colônias de férias com direito a trens especiais (espero que as linhas não tenham se confundido com outros trens), navios de cruzeiro, cursos, festas ao ar livre, bailões populares e o próprio Fusca, o primeiro carro realmente popular.

0bdea4c05387339a254517b94f1320ba.jpeg


Por um breve momento a Alemanha Nazista foi um imenso SESC.

Fazia sentido, o Partido Nazista ERA um partido de trabalhadores, tinha imenso apoio das bases proletárias, e Hitler em 1922 já tinha denunciado como outros partidos nacionalistas haviam sido dominados pela burguesia e perderam contato com o povo.

Isso que confunde a cabeça das Sheherazades da vida. Fomos martelados de que se é associado a povão, é coisa de comunista. Aprendemos que todo rico é malvado e pobreza é uma virtude, que pobres não são conservadores, são uma imensa massa revoltada pronta para explodir e trazer à tona a Gloriosa Revolução Socialista.

A realidade de que há pobres que querem deixar de ser pobres, trabalham para isso e muitos conseguem é alienígena para a esquerda. Assim como não acreditam que é possível ser pobre e feliz. Eu presenciei isso ao vivo, na UFF outros estudantes não acreditaram quando eu falei que tinha ido em churrasco na favela.

Os eleitores do Partido Nazista estavam desencantados com a esquerda, e suas promessas vazias quando apenas os sindicalistas engordavam, e com a direita, ainda mais quando a crise do pós-guerra fez todo mundo apertar o cinto, arroxar salários e demitir.

003691a450cb0b71a7c4b7aeb2cd7c78.jpg

Trabalhadores votam em Hitler!

Do outro lado o Partido Nazista era industrialista, promovia expansão e grandes contratos, e era antes de tudo nacionalista, garantindo protecionismo para a produção local. Isso é algo que todo mundo gosta, tanto que nos Anos 80 comunistas e generais deram os braços e dançaram alegremente em prol da Reserva de Mercado de informática. Hitler prometia grandes lucros e uma classe trabalhadora feliz, em troca exigia produção e condições decentes de trabalho.

Nas metalúrgicas da Krupp havia chuveiros (não aqueles), saunas, salas de recreação, academias e até bares. As condições eram excelentes até descobrirem que era mais barato usar escravos, e 100 mil prisioneiros foram designados para ocupar vagas de alemães que iam para a Guerra.

Então Hitler era capitalista direitoso?
De novo, é complicado. O Partido Nazista promovia Darwinismo Social e Meritocracia em níveis extremos, mas ao mesmo tempo causaria horror à Sheherazade saber da existência da Nationalsozialistische Volkswohlfahrt, a organização unificada da Alemanha Nazista para Assistência Social.

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Em 1939 a Alemanha tinha 79 milhões de habitantes. Desses 17 milhões recebiam auxílio direto da NSV. Eram 8000 creches, aposentadorias, abrigos para indigentes, restaurantes para alimentar população carente, distribuição de comida para famílias necessitadas, suplemento de aluguel, auxílio-desemprego e auxílio-doença, lares para idosos, empréstimos sem juros para casais, saúde pública, ajuda para ex-detentos, apoio a deficientes físicos, campanhas contra drogas e álcool e muito mais.

A NSV também era famosa por sua Winterhilfswerk, a Campanha do Agasalho, com o slogan “ninguém irá passar fome ou frio”. Era um evento nacional onde recolhiam doações de dinheiro, roupas, comida e carvão, que eram repassadas para os necessitados durante o inverno.

Em termos de saúde pública, Hitler merece aplausos. Foi na Alemanha Nazista o primeiro estudo sistemático que comprovou, sem sombra de dúvida a associação entre fumo e câncer. Esse fato inclusive foi bastante usado pela indústria tabagista para desqualificar todos os outros estudos que chegavam à mesma conclusão.

Ou seja: Hitler, o monstro de direita praticava um assistencialismo comunista digno de paraísos esquerdistas vermelhos como o Canadá.

Então Hitler era comunista esquerdoso?
De novo, é complicado. Hitler defendia propriedade privada desde que produtiva, não “parasita”, e disse:

“Nosso termo adotado, Socialismo, não tem nada a ver com o socialismo marxista. Marxismo é contra a propriedade privada, o verdadeiro socialismo não é.”

Só que ele também disse que”[A burguesia] não conhece nada além do lucro, Pátria é apenas uma palavra para eles”.

Hitler defendia uma indústria forte e privada, “a serviço do povo”. Mas também defendia que era melhor tomar recursos naturais de outros países do que negociar transações comerciais.

Em termos sociais mesmo os comunistas de 1939 eram bem mais progressistas, a política nazista definia a posição da mulher como KKK – Kinder, Küche, Kirche, ou Criança Cozinha e Cigreja (sorry tive que manter a sigla). Aborto era duramente punido e era ilegal manter relações com estrangeiros não-arianos. EUA enchia suas fábricas de mulheres, Hitler transformava mulheres em fábricas de bebês, literalmente. O programa Lebensborn usava jovens arianas solteiras para, em prol da Alemanha engravidarem de exemplares da Raça Superior. Os bebês então eram dados para adoção.

Não soa como algo que os comunistas, até porque todos sabemos que eles comeriam os bebês.

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Em Conclusão
Hitler era um sujeito que acreditava em uma indústria privada fortemente regulada pelo Estado, assistência social para quem era visto como digno pelo Partido, programas de incentivo a áreas específicas, como Indústria de Defesa, reforma agrária, condições dignas de trabalho mas sem sindicatos. Ah sim, e lugar de mulher é na cozinha ou na sala de parto.

Jogar Hitler para a Esquerda ou pra a Direita é uma saída fácil, besta e errada. A melhor definição que li até hoje é que o Nazismo era um Radicalismo de Centro, unindo o melhor e o pior das duas tendências. Um verdadeiro samba do crioulo doido ideológico, diria eu para irritar tanto nazistas quanto a turma do Tumblr.

Essa falácia de reductio ad hitlerum não é útil, não avança o discurso e deveria, tal qual o supracitado chanceler, ser aposentada e ir morar na Argentina.

Fonte: Contraditorium
 

Wolf.

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A Sheherazade acertou: Hitler era do PT, mas não chegava a ser um Lula
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As pessoas são ingratas. Você está por cima, é o Rei da Carne Seca, o bambambam, todo mundo puxa o saco, aplaude todas as suas soluções, finais ou não, acha até seus fuscas legais. Você perde o poder, todo mundo dá as costas. Hoje por exemplo ninguém assume que votou no Temer, ou quer ser associado a Hitler.

Isso começa na escola. Como professores são basicamente comunistas, omitem qualquer relação de Hitler com a esquerda. Capitalistas por sua vez mantém distância, e mesmo a extrema-direita racional, que defende boa parte das idéias dele acha que o baixinho pegou pesado, e não gostam da associação. Por causa disso Hitler caiu em um vácuo, a orientação política do Nazismo é um mistério pra maioria das pessoas.

Aí chega gente como a tal Rachel Sheherazade, uma espécie de Ann Coulter gata que surgiu da lama primordial dos comentários de YouTube. Ela lê por palavras-chave, descobriu que o Partido Nazista em alemão se chamava Nationalsozialistische Deutsche Arbeiterpartei, Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores da Alemanha, e pior ainda, ele antes era conhecido como Deutsche Arbeiterpartei, Partido dos Trabalhadores da Alemanha.

Bingo: Lula é Hitler!

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Só tem um problema: Nazistas odiavam comunistas. A primeira medida que fizeram quando o Partido se consolidou foi expulsar os esquerdistas. Hitler fez um pacto com Stalin muito a contra-gosto, tanto que assim que deu, traiu a União Soviética. Quando os campos de concentração se tornaram operacionais os primeiros hóspedes foram comunistas, esquerdistas em geral e sindicalistas.

Hitler não acreditava no conceito de luta de classes, defendia a idéia de que o povo alemão, de qualquer classe social merecia uma vida digna um salário justo e deveria ser feliz, sendo um peão de fábrica ou um diretor de multinacional. Muito dinheiro foi investido no programa Kraft durch Freude, Força Através da Alegria, com colônias de férias com direito a trens especiais (espero que as linhas não tenham se confundido com outros trens), navios de cruzeiro, cursos, festas ao ar livre, bailões populares e o próprio Fusca, o primeiro carro realmente popular.

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Por um breve momento a Alemanha Nazista foi um imenso SESC.

Fazia sentido, o Partido Nazista ERA um partido de trabalhadores, tinha imenso apoio das bases proletárias, e Hitler em 1922 já tinha denunciado como outros partidos nacionalistas haviam sido dominados pela burguesia e perderam contato com o povo.

Isso que confunde a cabeça das Sheherazades da vida. Fomos martelados de que se é associado a povão, é coisa de comunista. Aprendemos que todo rico é malvado e pobreza é uma virtude, que pobres não são conservadores, são uma imensa massa revoltada pronta para explodir e trazer à tona a Gloriosa Revolução Socialista.

A realidade de que há pobres que querem deixar de ser pobres, trabalham para isso e muitos conseguem é alienígena para a esquerda. Assim como não acreditam que é possível ser pobre e feliz. Eu presenciei isso ao vivo, na UFF outros estudantes não acreditaram quando eu falei que tinha ido em churrasco na favela.

Os eleitores do Partido Nazista estavam desencantados com a esquerda, e suas promessas vazias quando apenas os sindicalistas engordavam, e com a direita, ainda mais quando a crise do pós-guerra fez todo mundo apertar o cinto, arroxar salários e demitir.

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Trabalhadores votam em Hitler!

Do outro lado o Partido Nazista era industrialista, promovia expansão e grandes contratos, e era antes de tudo nacionalista, garantindo protecionismo para a produção local. Isso é algo que todo mundo gosta, tanto que nos Anos 80 comunistas e generais deram os braços e dançaram alegremente em prol da Reserva de Mercado de informática. Hitler prometia grandes lucros e uma classe trabalhadora feliz, em troca exigia produção e condições decentes de trabalho.

Nas metalúrgicas da Krupp havia chuveiros (não aqueles), saunas, salas de recreação, academias e até bares. As condições eram excelentes até descobrirem que era mais barato usar escravos, e 100 mil prisioneiros foram designados para ocupar vagas de alemães que iam para a Guerra.

Então Hitler era capitalista direitoso?
De novo, é complicado. O Partido Nazista promovia Darwinismo Social e Meritocracia em níveis extremos, mas ao mesmo tempo causaria horror à Sheherazade saber da existência da Nationalsozialistische Volkswohlfahrt, a organização unificada da Alemanha Nazista para Assistência Social.

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Em 1939 a Alemanha tinha 79 milhões de habitantes. Desses 17 milhões recebiam auxílio direto da NSV. Eram 8000 creches, aposentadorias, abrigos para indigentes, restaurantes para alimentar população carente, distribuição de comida para famílias necessitadas, suplemento de aluguel, auxílio-desemprego e auxílio-doença, lares para idosos, empréstimos sem juros para casais, saúde pública, ajuda para ex-detentos, apoio a deficientes físicos, campanhas contra drogas e álcool e muito mais.

A NSV também era famosa por sua Winterhilfswerk, a Campanha do Agasalho, com o slogan “ninguém irá passar fome ou frio”. Era um evento nacional onde recolhiam doações de dinheiro, roupas, comida e carvão, que eram repassadas para os necessitados durante o inverno.

Em termos de saúde pública, Hitler merece aplausos. Foi na Alemanha Nazista o primeiro estudo sistemático que comprovou, sem sombra de dúvida a associação entre fumo e câncer. Esse fato inclusive foi bastante usado pela indústria tabagista para desqualificar todos os outros estudos que chegavam à mesma conclusão.

Ou seja: Hitler, o monstro de direita praticava um assistencialismo comunista digno de paraísos esquerdistas vermelhos como o Canadá.

Então Hitler era comunista esquerdoso?
De novo, é complicado. Hitler defendia propriedade privada desde que produtiva, não “parasita”, e disse:

“Nosso termo adotado, Socialismo, não tem nada a ver com o socialismo marxista. Marxismo é contra a propriedade privada, o verdadeiro socialismo não é.”

Só que ele também disse que”[A burguesia] não conhece nada além do lucro, Pátria é apenas uma palavra para eles”.

Hitler defendia uma indústria forte e privada, “a serviço do povo”. Mas também defendia que era melhor tomar recursos naturais de outros países do que negociar transações comerciais.

Em termos sociais mesmo os comunistas de 1939 eram bem mais progressistas, a política nazista definia a posição da mulher como KKK – Kinder, Küche, Kirche, ou Criança Cozinha e Cigreja (sorry tive que manter a sigla). Aborto era duramente punido e era ilegal manter relações com estrangeiros não-arianos. EUA enchia suas fábricas de mulheres, Hitler transformava mulheres em fábricas de bebês, literalmente. O programa Lebensborn usava jovens arianas solteiras para, em prol da Alemanha engravidarem de exemplares da Raça Superior. Os bebês então eram dados para adoção.

Não soa como algo que os comunistas, até porque todos sabemos que eles comeriam os bebês.

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Em Conclusão
Hitler era um sujeito que acreditava em uma indústria privada fortemente regulada pelo Estado, assistência social para quem era visto como digno pelo Partido, programas de incentivo a áreas específicas, como Indústria de Defesa, reforma agrária, condições dignas de trabalho mas sem sindicatos. Ah sim, e lugar de mulher é na cozinha ou na sala de parto.

Jogar Hitler para a Esquerda ou pra a Direita é uma saída fácil, besta e errada. A melhor definição que li até hoje é que o Nazismo era um Radicalismo de Centro, unindo o melhor e o pior das duas tendências. Um verdadeiro samba do crioulo doido ideológico, diria eu para irritar tanto nazistas quanto a turma do Tumblr.

Essa falácia de reductio ad hitlerum não é útil, não avança o discurso e deveria, tal qual o supracitado chanceler, ser aposentada e ir morar na Argentina.

Fonte: Contraditorium

Parei em extrema-direita racional
 

LHand

Ei mãe, 500 pontos!
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Confesso que acho engraçada a saída de classificar o nazismo como extremo-centro :klolz.


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arthur the king

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Nego reclama que o Brasil é atrasado,que a educação é um lixo,aí vem defender com unhas e dentes nazismo de esquerda. :kjoinha

Aí é difícil


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Goris

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Nego reclama que o Brasil é atrasado,que a educação é um lixo,aí vem defender com unhas e dentes nazismo de esquerda. :kjoinha

Aí é difícil


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Nisso, dezenas de pessoas vem e expõem seus argumentos.
Vem o user que não é de esquerda mas adora defender esquerdismos, e solta um "Aí é difícil", porque argumento que é bom, nada, né?

Aí é dificil.
 

arthur the king

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Nisso, dezenas de pessoas vem e expõem seus argumentos.
Vem o user que não é de esquerda mas adora defender esquerdismos, e solta um "Aí é difícil", porque argumento que é bom, nada, né?

Aí é dificil.

Fala aí todos os esquerdismos que tu me viu defender

E os ""argumentos"" pro nazismo de direita são ótimos de fato

"Ain mais o nome dele tinha socialista" igual da corei do Norte tem democrática

"Ain mas o estado era grande" tipo a nossa ditadura ?? Ou ela era de esqu.....deixs pra lá,tenho um medo real de ler a afirmativa

Fora as conspirações malucas. Essa discussão na academia e morta,por unanimidade

"Ain os acadêmicos são todos esquerdistas" devem ser sim :kjoinha nem os de direita falam que nazismo e de esquerda

"Ain mas isso é culpa da doutrinação marxista" essa doutrinação marxista e pelo mundo todo né? Pq isso é consenso mundial( oq me leva a pergunta do pq a urss acabou já que seus ideais são dominantes no mundo todo né non?)

E ainda mostra pro mundo como todos os acadêmicos são burros e não compreendem a verdade,só o goris e sua turminha são fora da matrix,o resto vive uma ilusão
 

arthur the king

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Nisso, dezenas de pessoas vem e expõem seus argumentos.
Vem o user que não é de esquerda mas adora defender esquerdismos, e solta um "Aí é difícil", porque argumento que é bom, nada, né?

Aí é dificil.

Fala aí todos os esquerdismos que tu me viu defender

E os ""argumentos"" pro nazismo de direita são ótimos de fato

"Ain mais o nome dele tinha socialista" igual da corei do Norte tem democrática

"Ain mas o estado era grande" tipo a nossa ditadura ?? Ou ela era de esqu.....deixs pra lá,tenho um medo real de ler a afirmativa

Fora as conspirações malucas. Essa discussão na academia e morta,por unanimidade

"Ain os acadêmicos são todos esquerdistas" devem ser sim :kjoinha nem os de direita falam que nazismo e de esquerda

"Ain mas isso é culpa da doutrinação marxista" essa doutrinação marxista e pelo mundo todo né? Pq isso é consenso mundial( oq me leva a pergunta do pq a urss acabou já que seus ideais são dominantes no mundo todo né non?)

E ainda mostra pro mundo como todos os acadêmicos são burros e não compreendem a verdade,só o goris e sua turminha são fora da matrix,o resto vive uma ilusão

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Berofh Erutron

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As definições de esquerda e direita política datam da Revolução Francesa e se referem à posição física em que os grupos se sentavam nas assembleias da época:

Aqueles que sentavam à esquerda defendiam a revolução e o secularismo, se opondo à monarquia e à Igreja.

Aqueles que se sentavam à direita apoiavam às instituições do Antigo Regime.

A utilização atual dos termos esquerda e direita é uma extrapolação e adaptação dos termos da Revolução Francesa:
  • Aqueles que se opõe de alguma maneira à hierarquização da sociedade são considerados esquerda. Lembrem-se que o lema dos revolucionários franceses era "Liberdade, Igualdade e Fraternidade". A esquerda enxerga a desigualdade como algo a ser combatido.
  • Aqueles que apoiam de alguma maneira à hierarquização da sociedade são considerados direita. Assim como a antiga direita francesa defendia uma sociedade com classes sociais fixas (monarquia, nobreza, clero...) a direita atual enxerga a desigualdade e a existência de hierarquias como algo natural e essencial para a sociedade.
Um erro comum que vejo são tentativas de se elaborar checklists de características para se tentar classificar algo como direita ou esquerda. Esqueçam disso! As definições são basicamente essas que postei acima e, qualquer tentativa de atribuir mais características como exclusivas de um dos lados vai invariavelmente fazer o seu critério furar.


Comento isso a eras, mas como alguém disse:

'não sei como vocês levam a sério o que o berofh posta."

Esse fórum é engraçado, mas tudo bem, o que vale é o conhecimento e esse não têm dono.
 

Denrock

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Nego reclama que o Brasil é atrasado,que a educação é um lixo,aí vem defender com unhas e dentes nazismo de DIREITA. :kjoinha

Aí é MUITO difícil
 

Goris

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"Ain mas isso é culpa da doutrinação marxista" essa doutrinação marxista e pelo mundo todo né? Pq isso é consenso mundial( oq me leva a pergunta do pq a urss acabou já que seus ideais são dominantes no mundo todo né non?)

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Leia o texto do Cardoso, ele não é direitista, eu acho, de repente você enxerga algo diferente do que seu professor de história te ensinou.

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