Aí estão aquelas bundas de véya, assentadas nas almofadas, mexendo indicador de mouse pra arrastar esmeralda falsa pra riba de outra, ou administrando teta de vaca, alpercata de chico em autorun e jogo da cobrinha em recepções de odontólogos e remelechos de Paciência Spider nas repartições públicas
Sem contar que o cara que faz o senso dessas coisas considera uma fulana que entra num jogo uma vez por ano, como minha esposa logando no caça-níqueis roroso do Super Mario Run, num aeroporto em Budapeste, como jogadora de fato. Os caras apelam nos métodos de inclusão, falta só pegar quem faz o método de avaliação de atendimento da Vivo, que é gameficado, como membro do time.
E isso não é uma crítica, claro, só uma observação pessoal, eu truco essas pesquisas que demonstram que a maioria dos proprietários de consoles mais Hardcore (XBox e Playstation) são mulheres, porque eu raramente vejo uma com um, e as que eu vejo mais raramente ainda têm outra coisa que não um
Switch ou um Wii com 1 ou 2 jogos instalados pra servir de chamativo pra umas catuabas e uns canapés num jantar dançante.
Talvez isso seja-lhes vantagem, aliás, jogar menos, não tem trunfo nenhum em passar horas e horas por semana nisso, que nem a gente faz.
No Japão, o
Switch domina o público feminino (inclusive na faixa pediátrica), aí tem umas pesquisas com metodologia mais encorpada que provam
E olha que é a maior de todas. A média (tie-ratio) do
Switch por exemplo é 5, a do Xbox só Deus sabe, porque a Micro não revela.
Tem um detalhe aí, o Tie-Ratio (média de jogos por dono de um console) é inversamente proporcional à User Base, quanto maior ela é, mais difícil é essa média ser alta.
Isso significa que um console com 120 milhões de donos e uma média de 10 jogos por proprietário, na realidade representa, como verdade estatística, uma performance “melhor” que um console com 20 milhões de donos e uma média de 12 jogos por proprietário.
Ao bem da verdade, esses números vêem sendo ressignificados pra “gasto”, já que não dá mais pra saber quem tem o quê, com as assinaturas e os games vivos e infinitos.
Você está certo, a maioria é casual (embora não por esse motivo em específico), esmagadoramente, inclusive o casual joga menos que 10 jogos por geração, essa média só vai a isso porque os hardcore como nós, que têm 388 games (meu número no PS4) puxam-na pra cima.