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O maravilhamento dos videogames sepultado pelos ícones. Há salvação?

MadScientist

Bam-bam-bam
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Em 2011 me apaixonei por Shadow of the Colossus, em 2016 por, Bloodborne, em 2017, por Breath of the Wild e mais recentemente, em 2018, pelos remakes dos Zeldas OoT e MM, os quais eu não havia jogado no N64. Todos esses jogos têm alguns fatores em comum, que ensejaram a criação desse tópico: são um tipo de experiência-investimento, em que o jogador precisa de dedicar ao jogo e de fato ser consumido por ele para que possa obter a recompensa. E isso não se deve à extensão dessas obras: o mérito é do design provocativo que está presente em cada uma delas: o mundo está, de fato, fugindo do alcance, abstruso, a espera de ser desvendado.

A história está espalhada, ao invés da narrativa ser detalhada, os detalhes é que narram o jogo.

Em Majora's Mask e Bloodborne, mais notavelmente, você também sente que a atmosfera de um jogo pode te invadir. E isso é feito através de coisas raras nos AAA de hoje em dia. Temas e paisagens conceituais e representativas de um conjunto de ideias míticas, originais ou reimaginadas. NPCs e itens que operam como partes verdadeiras daquele mundo, sendo utilizados como fontes de informação da lore do jogo. Os sinais de como progredir, e para onde ir, não estão na HUD (o mundo intermediário entre o jogo e o jogador). Estão de fato encrustrados nos personagens e nos cenários, que são o jogo em si, de onde nunca deveriam ter saído. Você tem que ir lá e procurar.

Quando ficamos tão velhos de alma, a ponto de nos transformamos em caçadores de ícones, quase mercenários, ao invés de pessoas em busca da sensação de maravilhamento, difícil de se obter na vida real? Se ainda não chegamos a esse ponto, pelo menos é esse o sinal que a indústria tá passando.

Esse videogame como arte, como experiência em que você é sujeito ativo, e não alguém a ser cegamente conduzido por cutscenes e ícones no mapa, tem chance de retornar?

Mas, isso é apenas o que eu particularmente vejo de melhor nos games. Pelo menos todos ainda nos lembramos da diversão.
 

tortinhas10

É Nintendo ou nada!
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Mas também pô, os jogos aaa hoje em dia tem tudo o mesmo cenário: floresta e rios.

Aliás, bela tática de quem faz os jogos, é mais fácil deixar bonito assim

Enviado de meu Redmi 5 Plus usando o Tapatalk
 

PhylteR

F1 King
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Rocha Loures

Bam-bam-bam
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Caçadores de ícones.,.. lol

Mas entendi, as pessoas estão deixando de aproveitar realmente o que um jogo tem a oferecer para simplesmente terminar de qualquer jeito só para ganhar troféus. Algo superficial... É isso né
 


O Rei Rubro

RIP AND TEAR
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Eu não entendi direito o ponto do OP...mas...temos bons jogos atualmente que não seguem a moda da vez de: mundo aberto+ centenas de merdas sem graça pra fazer + 200 tipos de bugiganga para juntar que no final só geram um troféu de m**** que o pessoal mais novo acha incrível colecionar.

Você dizer que um jogo como REVII (ainda mais em VR), Spiderman ou God of war não te deixam maravilhado...algum problema tem aí.

Mas é fator das "gerações", normal. O mercado é tão grande hoje em dia que nem é preciso ficar atrelado a jogos com um estilo que não te agrade.
 

Shurato Croft

Ei mãe, 500 pontos!
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Só porque um jogo, ou estilo de jogo, não é imersivo pra você, não significa que não seja imersivo pra outras pessoas. Isso varia muito de gosto e público alvo do jogo. Vejo meus sobrinhos jogando Knack 1 e 2, LittleBigPlanet, Tearawey, Legos, e ficam totalmente imersos e envolvidos com esses jogos e o mundo deles. Inclusive os acontecimentos e personagens desses jogos estão presentes nas brincadeiras deles, criando até novas situações não presentes nesses jogos.
 

Ixion

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Eu acho que entendi o que ele quis dizer.

Em muitos jogos de hoje em dia o seu próximo objetivo para fazer a história avançar ou para uma sidequest é marcado num mapa e para chegar até tal ponto o jogo às vezes até pega na sua mão e te mostra o caminho a seguir para chegar lá. Como os pontinhos no mini mapa de The Witcher 3.

Em The Witcher 3 por exemplo, você lê uma carta num mural, vai conversar com a pessoa que colocou a carta, e após a conversa surge um ponto no mapa te dizendo exatamente para onde você deve ir. O jogo te pega pela mão e você não sente aquela satisfação por ter descoberto o paradeiro de algum monstro ou de algum tesouro por conta própria, só utilizando algumas dicas que o jogo dá.

Essa satisfação de descoberta por conta própria eu senti com muita frequência em Breath of The Wild. Por exemplo, há uma quest de caça ao tesouro que só fala a localização do tesouro mais ou menos da seguinte forma: "no meio da maior ponte de Hyrule observe o céu noturno sudeste".

Aí você abre o mapa e analisa cuidadosamente para encontrar uma grande ponte. Aí você encontra a ponte que você ACHA que é a correta, vai até lá à noite, olha para o céu e do nada vê uma estrela cadente cair até tocar o solo. Você corre até o ponto distante em que ela caiu, ansioso para saber o que é que te espera, e chegando lá encontra um belo tesouro. ISSO sim é divertido.

Outro exemplo também em BotW é uma dica para encontrar um templo que só diz "no olho esquerdo da caveira". Aí você fica pensando, "que caveira?". Aí você fica com aquilo na cabeça e segue jogando. Mais pra frente os NPC de uma certa área começam a comentar sobre um local próximo que tem formato de caveira, aí você abre o mapa e acaba encontrando um lago com duas ilhas que formam o desenho de uma caveira, sendo que cada ilha é um olho. Pronto, você matou a charada, e indo até o local descrito no enigma sua recompensa é encontrar o templo.

Teve também uma quest para descobrir um templo que eu achei genial. Num certo ponto do mapa descobri um altar rodeado por cinco rochas numeradas de 1 a 5 e com um buraco no meio. Primeiro achei que precisava atirar flechas através do buraco de cada uma numa sequência correta, mas não deu em nada. Mais pra frente conheci cinco NPCS que diziam que precisavam se reunir para ensaiar uma música. Quando você finalmente consegue fazer elas se reunirem elas se encontram justamente em frente às pedras com furos no meio e ficam lá assobiando a música sempre numa certa sequência. Eu fiquei uns minutos tentando relacionar as duas coisas até que me dei conta que o que eu tinha que fazer era achar uma forma de fazer o vento passar através dos buracos das rochas na sequência correta, já que as NPCS estavam ASSOBIANDO. Mas como fazer vento? Aí lembrei que derrubando árvores às vezes caem korok leafs, que o Link usa para abanar e criar vento. Foi só pegar uma dessas e abanar vento na sequência correta que o templo surgiu. Sensacional!

É por essa forma orgânica de descobrir as coisas em BotW que esse jogo se tornou um dos meus favoritos de sempre.

Enviado de meu Redmi Note 5 usando o Tapatalk
 
Ultima Edição:

carloshfc

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Em 2011 me apaixonei por Shadow of the Colossus, em 2016 por, Bloodborne, em 2017, por Breath of the Wild e mais recentemente, em 2018, pelos remakes dos Zeldas OoT e MM, os quais eu não havia jogado no N64. Todos esses jogos têm alguns fatores em comum, que ensejaram a criação desse tópico: são um tipo de experiência-investimento, em que o jogador precisa de dedicar ao jogo e de fato ser consumido por ele para que possa obter a recompensa. E isso não se deve à extensão dessas obras: o mérito é do design provocativo que está presente em cada uma delas: o mundo está, de fato, fugindo do alcance, abstruso, a espera de ser desvendado.

A história está espalhada, ao invés da narrativa ser detalhada, os detalhes é que narram o jogo.

Em Majora's Mask e Bloodborne, mais notavelmente, você também sente que a atmosfera de um jogo pode te invadir. E isso é feito através de coisas raras nos AAA de hoje em dia. Temas e paisagens conceituais e representativas de um conjunto de ideias míticas, originais ou reimaginadas. NPCs e itens que operam como partes verdadeiras daquele mundo, sendo utilizados como fontes de informação da lore do jogo. Os sinais de como progredir, e para onde ir, não estão na HUD (o mundo intermediário entre o jogo e o jogador). Estão de fato encrustrados nos personagens e nos cenários, que são o jogo em si, de onde nunca deveriam ter saído. Você tem que ir lá e procurar.

Quando ficamos tão velhos de alma, a ponto de nos transformamos em caçadores de ícones, quase mercenários, ao invés de pessoas em busca da sensação de maravilhamento, difícil de se obter na vida real? Se ainda não chegamos a esse ponto, pelo menos é esse o sinal que a indústria tá passando.

Esse videogame como arte, como experiência em que você é sujeito ativo, e não alguém a ser cegamente conduzido por cutscenes e ícones no mapa, tem chance de retornar?

Mas, isso é apenas o que eu particularmente vejo de melhor nos games. Pelo menos todos ainda nos lembramos da diversão.
Toda semana um tópico tipo esse de alguém ficando velho / perdendo vontade de jogar / desiludido.

Cara, tem muito jogo bom e que não é "ícone da industria". Mas tem que ter disposição de "cavucar" seja nos consoles atuais, seja nos retro.

Semana que vém é minha vez de postar um tópico desses.
 

Cyber King

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Toda semana um tópico tipo esse de alguém ficando velho / perdendo vontade de jogar / desiludido.

Cara, tem muito jogo bom e que não é "ícone da industria". Mas tem que ter disposição de "cavucar" seja nos consoles atuais, seja nos retro.

Semana que vém é minha vez de postar um tópico desses.
Pior que é verdade isso, a pessoa não enxerga que o problema está nela.

E quer tentar se enganar ou convencer a gente que o problema esta na indústria de jogos.
 

Gato Descabelado

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Bloodborne é realmente uma obra prima. Já devo ter zerado umas 70 vezes e a cada novo gameplay fico mais encantado.
Mas nesse mercado tem espaço pra tudo. Eu tenho pouco tempo pra jogar e portanto mesmo considerando jogos que eu realmente tenho interesse, meu backlog está gigante.
 

Madarame

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Não entendi bulhufas, mas eu acho que vc jogou Shadow of the Colossus muito atrasado. :klol
 

Queiroga'

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De quatro jogos, você citou dois recentes, então não acho que o questionamento do penúltimo parágrafo faça sentido...
 

Dream of Mirrors

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em coisas legais sim. esses dias joguei Spider Man na casa de um amigo e achei do c***lho, só tô surpreso como ainda não comprei.

Bloodborne é demais! Por outro lado comprei Nier e, apesar de ter um ritmo bom, podendo jogar como se fossem episódios de anime, fiquei uma semana sem jogar e já voltei bodeado, tendo que levar sei lá o que na aldeia dos robôs sentimentais, não tava encontrando mais o acesso à vila dos robôs e aí me encheu o saco. Me dei conta que eu tava me esforçando pra gostar pra justificar o valor do jogo.

Mas é isso, nem tudo agrada. Na época do Super Nintendo eu só comprava jogo ruim. Tive poucos jogos, alugava muita coisa, mas comprava umas merdas que eu nem acreditava quando chegava em casa, isso com oito, nove anos. No PSone tinha muita m**** tbm, mas era mais fácil de comprar do que na época do SNES. Quando eu digo comprar, leia-se: minha mãe comprava. Eu não era riquinho nem nada, então jogo a 10 pila era maravilhoso, mas tive muita b*sta também.

No SNES Mini eu tô jogando Earthbound. É sensacional, um jogo que eu ia achar uma porcaria se tivesse jogado quando era guri, por exemplo.

Não que o problema seja com a gente ou com os jogos, não é um problema... é que a gente muda. Vida que segue.
 
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