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Professor agredido a socos por aluno de 14 anos relata medo: 'Não quero mais dar aula'

Doug.Exausto

Bam-bam-bam
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O professor Paulo Rafael Procópio, de 62 anos, anunciou que pretende abandonar a profissão. A decisão, tomada após 20 anos de magistério, foi tomada após a agressão que sofreu por parte de um aluno de 14 anos, dentro da sala de aula de uma escola estadual de Lins (SP).
O ataque foi um dos dois casos de agressão a professores registrados na cidade na sexta-feira (22) envolvendo alunos menores de idade. Em outra escola, um professor de 41 anos e um cuidador, de 23, foram agredidos e ameaçados por um aluno de 12 anos.
Paulo Procópio, que dá aulas de história e geografia há três anos na escola estadual Otacílio Sant’anna, no Parque Alto de Fátima, explicou que já tem tempo para se aposentar, mas admitia seguir trabalhando após obter o benefício.

"“Estou horrorizado. A gente sempre ouvia falar em casos de violência dentro de salas de aula, mas confesso que nunca imaginei passar por isso. Já estava decepcionado com a falta de respeito dos alunos, mas essa agressão foi demais”, disse ao G1.

Paulo Procópio ainda se recupera dos ferimentos no rosto que sofreu após ser agredido pelo aluno. Ele precisou levar seis pontos cirúrgicos no rosto e mais dois no supercílio para fechar os cortes provocados pelos socos desferidos pelo aluno e também pelo caderno que foi atirado durante o ataque.

“Tem muitos professores que, até pela questão financeira, continuam trabalhando após se aposentar. Mas agora vou me aposentar e procurar outra coisa pra fazer. Não quero mais dar aulas”, diz o professor, que ficará afastado em licença médica até a próxima quarta-feira (27).

Outra agressão na sala de aula

O outro caso de agressão em Lins foi registrado na escola estadual Fernando Costa, no Centro de Lins. De acordo com o boletim de ocorrência, um professor de 41 anos e um cuidador, de 23, foram agredidos e ameaçados por um aluno de 12 anos.
O aluno estaria exaltado na sala de aula porque não tinha caneta. Então, o professor teria dado uma caneta para o menor, que jogou o objeto no chão. Ainda segundo o registro policial, o educador pediu para que o estudante saísse da sala de aula, momento em que começou a confusão.
De acordo com o boletim, o aluno partiu para cima do professor com tapas e socos, provocando lesões nos braços. Um cuidador da escola tentou apartar a confusão e também foi atingido. Ainda segundo o boletim de ocorrência, o aluno ameaçou o professor de morte.
O menor foi para a diretoria da escola até a chegada de um parente. Já o professor e o cuidador registraram um boletim na central de polícia judiciária por lesão corporal e ameaça.
A Polícia Civil informou que irá encaminhar os dois casos de agressão contra professores na segunda-feira (25) para a Vara da Infância e Juventude.
Em nota, a Secretaria Estadual de Educação informou que "realiza trabalho junto a crianças em situação de vulnerabilidade social para coibir situações de violência nas escolas".
 

soap

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O problema maior ai é o cara ser dimenor, em dimenor não se rela a mão, kkkkkk HUEZIL.
 

Larva Maligna

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Viva nossa pátria educadora. Deixe a pobre vítima da sociedade externar seu sofrimento contra o professor opressor.

Honestamente, esse tipo de notícia mostra que nosso país está perdido.
 


Abdullah Al-Papai

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Tadinho do jovem. Certeza que ele agrediu o professor porque esse velho filha da put* deixou ele estressado. Esse abjeto deve ser um adepto da educação bancária ao invés da educação libertadora, do grande patrono da educação brasileira. Nossas crianças não podem passar por situações que as deixem emocionalmente instáveis. Cadeia pro "professor"!
 

antonioli

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"realiza trabalho junto a crianças em situação de vulnerabilidade social para coibir situações de violência nas escolas"
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Sokomo Kudemasho

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Viva nossa pátria educadora. Deixe a pobre vítima da sociedade externar seu sofrimento contra o professor opressor.

Honestamente, esse tipo de notícia mostra que nosso país está perdido.

Iniciativa Paulo Freire concluída com total sucesso.
Parabéns aos envolvidos, seja direta quanto indiretamente.
 

Hurley™

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Aluno pode bater em professor, o contrário não.

Passou da hora de incluírem insalubridade no holerite de professor.
 

LHand

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Tadinho do jovem. Certeza que ele agrediu o professor porque esse velho filha da put* deixou ele estressado. Esse abjeto deve ser um adepto da educação bancária ao invés da educação libertadora, do grande patrono da educação brasileira. Nossas crianças não podem passar por situações que as deixem emocionalmente instáveis. Cadeia pro "professor"!
Atualmente no Brasil, quem defende censura, perseguição, desvalorização e humilhação pública de professores não são os entusiastas do Paulo Freire, fikdik.
 

$delúbio$

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Viva nossa pátria educadora. Deixe a pobre vítima da sociedade externar seu sofrimento contra o professor opressor.

Honestamente, esse tipo de notícia mostra que nosso país está perdido.
Contemplem os frutos do paulofreirismo
isso que resultou torrar 6% do PIB ao ano na "pedagogia do oprimido", dizendo que estavam investindo em "educação"
 
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Sokomo Kudemasho

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O bagulho é tão lixozo e amador q a diagramação deixou o texto ficar no vinco de manuseio da capa! :knojo

É que "não existe certo e errado" nesse caso.
Especialmente na logística, algo tão desnecessário e opressor às nossas vidas, como é o caso da indústria de impressão em mídia em papel.

Esse pessoal lacrante vem chorar quando caga grosso, mas na web vem com esse papinho literário vitimista pseudoembasado em porra nenhuma pra ter alguma relevância. Verdadeiros urubus sociais.
Tem muito professor que patrocina isso e depois que leva esbregue assim, automaticamente se vitimiza, ain é muita opressão, tudo culpa do coiso.

É do couso ou dessa doutrinaçãozinha vagal aí que tu infiltrou na cabeça de todos e você se tornou alvo?
Mas se você questionar o professor, nossa! Ditador, fascista!
 

MobiusRJ

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É que "não existe certo e errado" nesse caso.
Especialmente na logística, algo tão desnecessário e opressor às nossas vidas, como é o caso da indústria de impressão em mídia em papel.

Esse pessoal lacrante vem chorar quando caga grosso, mas na web vem com esse papinho literário vitimista pseudoembasado em porra nenhuma pra ter alguma relevância. Verdadeiros urubus sociais.
Tem muito professor que patrocina isso e depois que leva esbregue assim, automaticamente se vitimiza, ain é muita opressão, tudo culpa do coiso.

É do couso ou dessa doutrinaçãozinha vagal aí que tu infiltrou na cabeça de todos e você se tornou alvo?
Mas se você questionar o professor, nossa! Ditador, fascista!
Eu me refiro a diagramaçao do texto da capa. O texto ta pegando na dobra do vinco de manuseio, ou seja, foi um design e diagramação amadores.
 

Askeladd

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conversando com professores a maioria aprova os alunos problemáticos para passar o problema para o próximo. Tinha aluno que só aparecia de vez em quando para vencer droga e reprovava direto, os professores se uniram e aprovaram ele é o mesmo ainda ficou bravo falando que era injustiça terem passado ele de ano.
 

Sokomo Kudemasho

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Eu me refiro a diagramaçao do texto da capa. O texto ta pegando na dobra do vinco de manuseio, ou seja, foi um design e diagramação amadores.

Eu sei, mas foi exatamente por isso que mencionei o lacrismo.
É puro amadorismo, mas preferem considerar que não é um erro, é detalhe.
 

LHand

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Quando se passa a mão na cabeça de uma certa marginalidade mirim - que adquiri um arquétipo de vítima e de oprimida - e se acaba com as formas de imposição de autoridade por parte dos professores, você ESTÁ defendendo perseguição, desvalorização e humilhação pública dos professores. E sequer é uma defesa indireta. Até mesmo o policiamento escolar, que serviria para conter situações absolutamente incontroláveis, é visto pelos "especialistas" como algo ruim. https://novaescola.org.br/conteudo/1834/policiamento-militar-em-escolas-funciona

Minha mãe é professora, eu sou professor. Considerarei sua dica no dia que você estiver em uma sala com 50 alunos escrevendo na lousa virado "de lado", porque tem receio de dar as costas para a turma e levar uma cadeirada. Claro, isso sabendo que: seus alunos não respeitam absolutamente nenhuma forma de autoridade, nem dos próprios pais (que por vezes são piores que os filhos); que qualquer ação enérgica (chamar atenção ou mandar o aluno para a direção) voltará para você em dobro, normalmente em forma de violência (já levou uma pedrada na cabeça durante a saída da escola? minha mãe já); e que a única forma do aluno menor ser punido é se ele matar alguém (e olhe lá), pois já presenciei casos de garoto ateando fogo no cabelo de colega em sala de aula e de meninas que rasgaram o rosto de outra com tesoura por inveja - nenhum deles deu em nada.

Vejo o escola sem partido como uma minoria radical brigando com outra minoria radical. No mundo real isso tem pouquíssima relevância até por se tratar de um projeto que sequer está em tramitação. Mas tranquilo. Cada um tem direito à sua opinião.


edit: Ah sim! Esqueci de mencionar que o problema não é o Paulo Freire que morreu já faz tempo. O problema é que ideologia vem em pacotes fechados e é difícil entender que algumas ideias que você tem estão corretas e que outras não. Que sua visão de mundo é um negócio parcial. Que não necessariamente o pacote fechado que você comprou - ou pelo qual você está literalmente possuído, nos piores casos - tem representação na realidade.
Cara, a escola brasileira não tem nem biblioteca e você realmente acredita que o problema de nossa educação é ideológico?

E eu acho - só acho - que você não tem a menor ideia do que está falando quando acha que a defender a educação como uma forma de libertação - que é o que faz Paulo Freire - é a mesma coisa que "passar a mão na cabeça de bandido".

Vem cá, qual população que você acha que é mais fácil de ser dominada e manipulada pelo governo: uma que tem uma educação de qualidade e amplo acesso ao conhecimento para poder questionar, ou uma que acredita em qualquer guru da internet ou político sem nenhum pensamento crítico?
 

Lost Brother

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Atualmente no Brasil, quem defende censura, perseguição, desvalorização e humilhação pública de professores não são os entusiastas do Paulo Freire, fikdik.
Paulo Freire não é aplicado no Brasil por ser utópico demais o que ele defende. A violência contra os professores é o retrato de uma sociedade falida por motivos diferentes do que os seguidores do salnorabo acreditam. A desvalorização do professor e da educação é um processo de anos culminando agora na ideia de que o professor é um doutrinador e que faz lavagem cerebral em jovens para ensina-los valores que vão destruir a sociedade judaico-crista. Deve ter gente que ficou feliz em ver um professor de humanas (+ doutrinador) ter apanhado. O problema principal não está na falta de punição, e sim, na desvalorização do professor, salas abarrotadas de alunos, salários baixos, falta de direcionamento dos alunos nas suas habilidades, falta de infraestrutura das escolas, falta de escola em tempo integral para ensinar aos alunos outras coisas além das matérias curriculares como arte, economia, dança, psicologia ( tem uma escola em tempo integral que leva os alunos numa excursão monitorada e agendada numa clínica psiquiátrica depois de ensinar conceitos sobre psicologia) e etc.

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Lost Brother

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Quando tem greve de professores pedindo melhores condições de serviço e melhores salários a opinião pública e população trata os grevistas como vagabundo. Professor no Brasil é sinônimo de vagabundo, doutrinador, alguém que não deu certo na vida, enquanto em países desenvolvidos os melhores alunos da escola viram professores. Ninguém tá nem aí para as demandas dos professores. Professor tira leite de pedra pra dar aula e ainda por cima é maltratado por todos ( mídia, políticos, população, alunos, país dos alunos).

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antonioli

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Cara, a escola brasileira não tem nem biblioteca e você realmente acredita que o problema de nossa educação é ideológico?
Sim, a ideologia é boa parte do problema. É curioso porque se formos pensar sobre o professor em si como figura teoricamente esclarecida e que, da forma como falou, seria um ser capaz de refletir, chegar as melhores conclusões e questionar políticos e etc., repetindo, como você mesmo falou, então muita coisa seria diferente.

Durante anos de governos do PT, com as escolas deteriorando, professores mal remunerados e todas as mazelas que todos estão carecas de saber, professores não questionavam absolutamente nada. No máximo que eu mesmo ouvi era "que os alunos estavam piorando", "que na época do FHC houve sucateamento de universidades e escolas federais" e coisas do gênero, genéricas ou culpabilizando outros. Era incrível ver como ninguém dava ou mesmo até hoje dá um pio sobre toda a época em que o PT esteve no poder ou mesmo governos estaduais e municipais sendo do partido ou de algum aliado e estava tudo bem. Meu whatsapp, por exemplo, nunca tinha nada além de alguém explicitando casos de violência aleatórios, reclamando de salário e coisas do tipo mas nunca falando de políticos ou partidos. Agora todo dia que abro meu whatsapp tem mensagem falando Bolsonaro isso, Bolsonaro aquilo, nunca vamos nos aposentar, querem acabar com a aposentadoria especial de professor e todo tipo de coisa, fora coisas tipo Queiroz, Bebianno ou qualquer baboseira. Durante anos e anos nunca vi mensagem ou conversa indignada sobre petrolão ou qualquer coisa do gênero da mais alta gravidade.

Professor é isso aí. Passa pela universidade que é um ambiente inquestionavelmente de esquerda ferrenha, ainda mais em licenciaturas e pedagogias, se forem para pós idem, entram em um ambiente de trabalho em que boa parte das pessoas (a quase totalidade se consideramos pessoas mais proativas politicamente e tal) são de esquerda e muitos deles de carteirinha e tudo. Possuem mentalidade sindicalista, acreditam que o Lula é inocente e votaram em grande maioria do Andrade.

Não é a toa que não fazem ideia do que se trata a reforma da previdência e criticam só porque está ocorrendo no governo Bolsonaro. Esses dias uma colega (de sociologia) falou que era um absurdo essa reforma, que vai prejudicar os mais pobres, que ninguém irá se aposentar mais, que no final nós iremos pagar a conta e blablabla e perguntei se havia lido o projeto ou assistido à equipe econômica explicá-la em detalhes e a resposta foi não. Expliquei brevemente alguns pontos e ficou com aquele constrangimento porque repetiu bobagens que recebe no whatsapp ou lê na carta capital sem questionar (se é uma pessoa esclarecida deveria ter questionado, né?). Nesse mesmo dia um cidadão que não tinha visto ainda brotou lá falando que não era petista mas que impeachment foi golpe, que Bolsonaro era extrema-direita e lembra Hitler, que a previdência e seu rombo é apenas um bode expiatório, que na época do PT era melhor e etc. Mas repetiu algumas vezes que não era petista.

Enfim, esses são alguns dos infinitos exemplos que presencio todo dia, ao menos no whatsapp, que a mentalidade dos professores os levam a fazer a escola ser como é e a própria "categoria" ser vista como boba e mais uma massa de manobra que fica com migalhas.
 

Abdullah Al-Papai

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Cara, a escola brasileira não tem nem biblioteca e você realmente acredita que o problema de nossa educação é ideológico?

E eu acho - só acho - que você não tem a menor ideia do que está falando quando acha que a defender a educação como uma forma de libertação - que é o que faz Paulo Freire - é a mesma coisa que "passar a mão na cabeça de bandido".

Vem cá, qual população que você acha que é mais fácil de ser oprimida: uma que tem uma educação de qualidade e amplo acesso ao conhecimento, ou uma que acredita em qualquer guru da internet ou político sem nenhum pensamento crítico?

Diria que uma parcela significativa das escolas públicas estaduais, pelo menos em São Paulo, tem biblioteca sim (ainda que pequenas). Os alunos só não costumam ter acesso porque usualmente vandalizam o ambiente.

Sobre Paulo Freire e a defesa que parte dos educadores e gestores públicos fazem em relação aos "baderneiros", acredito ter deixado claro que isso se deve ao pacote fechado ideológico. O problema da escola não é ideológico quando você considera questões didáticas. Educação baseada em problemas, educação libertadora (de verdade, não a "parcialmente libertadora" que serve à grupos de interesse), fim da pedagogia mecanicista, etc. Isso é ok. Já o problema das políticas públicas que permitem um moleque de quatorze anos tacar uma pedra na cabeça da minha mãe sem qualquer receio de punição, pode crer que é ideológico sim. E infelizmente endossado por parte da classe.

Como já ouvi de colegas professores: são vítimas.

Sobre sua pergunta, não acredito em resposta simples. Acesso ao conhecimento não implica em pensamento (pragmaticamente) crítico e ausência de dogmatismo. O acesso colérico que você parece ter tido ao ler minha resposta demonstra isso. Ainda assim, concordo que estamos comparativamente em melhores condições em uma sociedade com maior acesso ao conhecimento do que em outra com menor acesso. E uma vez que estamos num ambiente de livre pensamento, prezo sempre pelo respeito às opiniões alheias e ao interlocutor destas, pois assim não caímos na arrogância de menosprezar os que pensam de forma diferente de nós. Encerro minha participação por aqui pois tenho muito a fazer ainda, senão o dia não rende, hehe. Abraço!
 
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antonioli

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Quando tem greve de professores pedindo melhores condições de serviço e melhores salários a opinião pública e população trata os grevistas como vagabundo. Professor no Brasil é sinônimo de vagabundo, doutrinador, alguém que não deu certo na vida, enquanto em países desenvolvidos os melhores alunos da escola viram professores. Ninguém tá nem aí para as demandas dos professores. Professor tira leite de pedra pra dar aula e ainda por cima é maltratado por todos ( mídia, políticos, população, alunos, país dos alunos).

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Pessoas ficam putas da vida com qualquer greve. Se tiver greve de bancário ficam, de Correios ficam e qualquer coisa que se possa imaginar ninguém gosta. O que pesa contra os professores é o fato de as pessoas verem que a educação é ruim, seus próprios filhos não sabem nada de nada e todo ano tem lugar que piora a situação porque para e o filho fica sem aula e não ajuda em nada. O cara já viu que em n greves a educação melhorou e mais uma greve não irá fazê-la melhorar. É como achar que se os Correios fizerem greve agora, quando acabar todo mundo ficará feliz e o serviço melhorará. Nunca aconteceu e nunca acontecerá.
 

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Pessoas ficam putas da vida com qualquer greve. Se tiver greve de bancário ficam, de Correios ficam e qualquer coisa que se possa imaginar ninguém gosta. O que pesa contra os professores é o fato de as pessoas verem que a educação é ruim, seus próprios filhos não sabem nada de nada e todo ano tem lugar que piora a situação porque para e o filho fica sem aula e não ajuda em nada. O cara já viu que em n greves a educação melhorou e mais uma greve não irá fazê-la melhorar. É como achar que se os Correios fizerem greve agora, quando acabar todo mundo ficará feliz e o serviço melhorará. Nunca aconteceu e nunca acontecerá.
Não existe outra forma de pressionar o governo se não for por greve mesmo. Mas se a população apoiasse a greve a situação poderia ser diferente. A culpa do ensino ser ruim não é culpa do professor como muitos querem jogar nas costas, tendo greve ou não, o aluno da rede pública não vai aprender nada se não ocorrer mudanças

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antonioli

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A culpa do ensino ser ruim não é culpa do professor como muitos querem jogar nas costas
É culpa dele também. Ele é a principal figura quando se fala de educação e a mentalidade dele é uma das razões as quais fez com a que a escola se deteriorasse em vários aspectos. Basta ler o que escrevi em cima para perceber o quão profundo é o problema.
 

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Enquanto a nação obrigar os jovens a frequentarem a escola, o ensino publico será assim. Não sei vocês, mas os poucos anos que estudei na escola pública, sempre eram os mesmos motivos para a interrupção das aulas...: conversa e etc. Nunca rolou briga, pelo menos na minha época. Mas alguns acabavam prejudicando os demais. Muitos apenas frequentavam a escola por medo / receio de perder os benefícios: bolsa escola, bolsa esporte, bolsa família... Enquanto levarem o ensino publico como estatística / números, passando APENAS uma provinha estadual / federal pra medir o ensino... a coisa só vai piorar. É um grande prejuízo perder um professor com uma grande bagagem por motivos que poderiam ser evitados.

O cara pode ser um mau aluno a vida escolar toda... depois que sai do ano escolar, tira 500 no Enem, e mesmo assim consegue uma bolsa em alguma faculdade privada ou até mesmo numa federal. Só pra vcs terem uma ideia, já tive colegas que passavam de ano com média anual 5.0 / 10.0. Ou seja, rendimento de 50% de um ensino que já não é lá essas coisas.
 
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LHand

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Sim, a ideologia é boa parte do problema. É curioso porque se formos pensar sobre o professor em si como figura teoricamente esclarecida e que, da forma como falou, seria um ser capaz de refletir, chegar as melhores conclusões e questionar políticos e etc., repetindo, como você mesmo falou, então muita coisa seria diferente.

Durante anos de governos do PT, com as escolas deteriorando, professores mal remunerados e todas as mazelas que todos estão carecas de saber, professores não questionavam absolutamente nada. No máximo que eu mesmo ouvi era "que os alunos estavam piorando", "que na época do FHC houve sucateamento de universidades e escolas federais" e coisas do gênero, genéricas ou culpabilizando outros. Era incrível ver como ninguém dava ou mesmo até hoje dá um pio sobre toda a época em que o PT esteve no poder ou mesmo governos estaduais e municipais sendo do partido ou de algum aliado e estava tudo bem. Meu whatsapp, por exemplo, nunca tinha nada além de alguém explicitando casos de violência aleatórios, reclamando de salário e coisas do tipo mas nunca falando de políticos ou partidos. Agora todo dia que abro meu whatsapp tem mensagem falando Bolsonaro isso, Bolsonaro aquilo, nunca vamos nos aposentar, querem acabar com a aposentadoria especial de professor e todo tipo de coisa, fora coisas tipo Queiroz, Bebianno ou qualquer baboseira. Durante anos e anos nunca vi mensagem ou conversa indignada sobre petrolão ou qualquer coisa do gênero da mais alta gravidade.

Professor é isso aí. Passa pela universidade que é um ambiente inquestionavelmente de esquerda ferrenha, ainda mais em licenciaturas e pedagogias, se forem para pós idem, entram em um ambiente de trabalho em que boa parte das pessoas (a quase totalidade se consideramos pessoas mais proativas politicamente e tal) são de esquerda e muitos deles de carteirinha e tudo. Possuem mentalidade sindicalista, acreditam que o Lula é inocente e votaram em grande maioria do Andrade.

Não é a toa que não fazem ideia do que se trata a reforma da previdência e criticam só porque está ocorrendo no governo Bolsonaro. Esses dias uma colega (de sociologia) falou que era um absurdo essa reforma, que vai prejudicar os mais pobres, que ninguém irá se aposentar mais, que no final nós iremos pagar a conta e blablabla e perguntei se havia lido o projeto ou assistido à equipe econômica explicá-la em detalhes e a resposta foi não. Expliquei brevemente alguns pontos e ficou com aquele constrangimento porque repetiu bobagens que recebe no whatsapp ou lê na carta capital sem questionar (se é uma pessoa esclarecida deveria ter questionado, né?). Nesse mesmo dia um cidadão que não tinha visto ainda brotou lá falando que não era petista mas que impeachment foi golpe, que Bolsonaro era extrema-direita e lembra Hitler, que a previdência e seu rombo é apenas um bode expiatório, que na época do PT era melhor e etc. Mas repetiu algumas vezes que não era petista.

Enfim, esses são alguns dos infinitos exemplos que presencio todo dia, ao menos no whatsapp, que a mentalidade dos professores os levam a fazer a escola ser como é e a própria "categoria" ser vista como boba e mais uma massa de manobra que fica com migalhas.
Eu não idealizo os professores brasileiros, até porque qualquer um percebe que não temos uma educação libertadora no nosso país.

É por isso que considero essas menções ao Paulo Freire inócuas. Por mais que a maioria dos professores o adorem, nem que quisessem eles poderiam praticar uma educação verdadeiramente libertadora no Brasil. Primeiro que a simples existência de um MEC centralizador já mata qualquer possibilidade, uma vez que todos são obrigados a seguir um programa definido por um órgão político. E segundo que, como você mesmo descreveu, a maioria dos professores não teria capacidade para isso porque eles próprios não são ideologicamente livres.

É culpa dele também. Ele é a principal figura quando se fala de educação e a mentalidade dele é uma das razões as quais fez com a que a escola se deteriorasse em vários aspectos. Basta ler o que escrevi em cima para perceber o quão profundo é o problema.
Concordo contigo que a mentalidade de parte da "classe" tem sim uma parcela de culpa em tudo, mas isso não é exatamente um problema "ideológico".

Digo, até é, mas não no sentido que eu estava falando. O problema, neste caso, não é o professor ser "de esquerda" ou "fã do Paulo Freire", mas sim se permitir ser massa de manobra para sindicatos e grupos políticos de esquerda. A situação da educação brasileira não seria melhor se, ao invés de Paulo Freire, todos os professores fossem fãs do Olavo e pelegos, sei lá, do Bolsonaro. Entendeu?

Sobre a extensão dessa culpa do professor, é outra história. IMO, é apenas uma peça num quebra-cabeça imenso. Aí vemos movimentos - como o ESP - incentivando os alunos a gravar, publicar na internet e linchar publicamente seus professores por fazerem "doutrinação". Isso é ridículo... há casos de professores sendo escrotizados por terem postado opiniões políticas no Facebook (não em sala de aula). É muita filhadaputisse resumir os problemas da educação brasileira ao professor barbudinho de filosofia que é fã do Lula e, pior, tratá-lo como uma ameaça.
 
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