Colocando em dias as leituras de Bonelli, estava sentindo falta de ler algo continuamente e se encaixaram perfeitamente.
Tenho 3 edições de Zagor Gigante há uns 2 anos pelo menos e não tinha lido ainda. Zagor é talvez, dos personagens mais tradicionais da Bonelli, o que eu menos li até hoje e o que mais tenho um certo preconceito. A imagem da personagem não me agrada muito.
Essa edição contém uma história só, com pouco mais de 200 páginas. Começa com um mundo de fantasia, um reinado sendo invadido por forças mágicas controladas por um feiticeiro. Coisas acontecem, e esse feiticeiro é mandado através das dimensões para a região de Darkwood, onde se passam boa parte das histórias de Zagor. Uma vez na Terra, ele tentará dominar o local da mesma forma que fazia em sua dimensão. Ao mesmo tempo, um escritor frustrado está na região, e tudo que ele sonha e escreve acaba acontecendo e está relacionado a vinda do vilão.
Gostei bastante da arte, que mesmo o papel jornal não consegue estragar e do desenrolar da história. O final, achei meio simples demais, esperava algo um pouco mais elaborado, bem clichê.
Serviu para me deixar empolgado para ler as outras 2 edições e aproveitei pra pegar o novo lançamento da Mythos, "Zagor: Nova Série".

Dei prosseguimento na leitura de Tex Willer. Mais 2 arcos, um da edição 10 até a 13 e outro mini arco de transição, edições 14 e 15.
O primeiro, envolve o presidente Lincoln, mas aqui ele ainda está concorrendo para o senado pelo partido republicano. A Agência de Investigação particular Pinkerton é contratada para fazer sua segurança, pois ele pretende fazer discursos e debates em uma região (Illinois) dominada pelos democratas e fortemente escravagista. O editorial também ressalta que a história se passa em 1858 e que levou praticamente 1 século para o partido democrata deixar de ser racista.
Importante ressaltar que essa agência existiu de verdade, assim como a agente com Kate Warne, a primeira mulher investigadora da agência, com quem Tex interage. Ela é a responsável por tentar desmantelar uma tentativa de assassinato ao então candidato ao senado e antiescravagista, essa parte já é invenção.
Também é a primeira vez, de forma cronológica, que Tex tem que lidar com o ilusionista Mefisto, mas não chegam a ficar cara a cara.
Excelente arco que te deixa querendo mais.
Em seguida em um arco transitório, Tex está voltando ao Texas e no caminho se abriga e é muito bem tratado em uma vila de Mormons.
Ao mesmo tempo, acaba se envolvendo com uma outra família da mesma religião, moradores de uma região próxima, que distorceu suas praticas e comete assassinatos e raptos de jovens garotas para aumentar suas populações. Nisso, o filho da boa família é injustamente incriminado pelos assassinatos e Tex tenta resolver o caso com o xerife, sem revelar que ainda é um procurado pela lei.
Boa história para nos mostrar que tudo tem lado bom e ruim, depende do uso e interpretação que damos para as coisas.
Fazia tempo que tinha essas edições paradas e retomei as leituras. E caramba, pq parei de ler?!
Em Dylan Dog: Nova Série vol 3, ele visita o ex-inspetor de polícia Bloch, que agora é aposentado e vive numa pequena cidade. Lá se envolve com um caso de raptos e assassinatos de pessoas por um ser horrendo.
Não dá para dizer muito mais sem dar spoiler da reviravolta, mas a HQ tem por um lado, um ar leve pela nova vida de aposentado do inspetor e um Dylan tentando se adaptar aos novos tempos, e outro um poucos mais denso, tratando de questões de preconceitos e como pessoas e grupos podem se utilizar de certas máscaras para cometer crimes.
Martin Mystère vol 4, traz uma história envolvendo uma fita cassete, que toda vez que é assistida muda seu conteúdo, mas sempre ligado ao horror. Como diz o nome, "Necronomicon", dá pra se ter uma ideia do tipo de terror envolvido. A edição é uma grande homenagem, pois nesse ano em que foi lançada (1990) se comemorava 100 do nascimento de Lovecraft e também 10 anos da morte de Alfred Hitchcock. Tanto o filme cassete, como o livro, e personagens criados pelos dois aparecem na história.
Ambas as edições trazem uma história fechada e arte mais do que competente!
Já li muitas edições de Julia, mas a grande maioria foi depois da edição 100 e nunca tinha pego o início da personagem. Apesar de também contar com história fechadas e que podem ser lidas individualmente, existe uma pequenina sequência de fatos ao longo das histórias e que por diversas vezes são referenciados.
Agora com a Mythos relançando desde o início, pude finalmente ler o primeiro confronto com sua maior arqui-inimiga, a assassina em série Myrna. Essa trama envolve os 3 primeiros volumes, e aqui temos a introdução a todos as personagens, ficamos sabendo também que algo já aconteceu de ruim com a Julia no passado por trabalhar em casos com a polícia, sua relutância em colaborar novamente e por fim seu então total envolvimento que chega a colocar até pessoas próximas em perigo, além é claro, do jogo de gato e rato com a assassina.
De todas as séries Bonelli que já li, é sem sombra de dúvidas a mais pé no chão de todas. Apesar de não ter gostado tanto dessa história inicial pois senti que foi um pouco arrastada e com um final que deixou a desejar, gosto muito das história mais recentes e por isso, vou prosseguir com a coleção.
Apoiei essa HQ pelo catarse, já tem um bom tempo, até então tinha lido somente a primeira história e parado. Resolvi dar mais uma chance.
Dampyr é um meio vampiro e suas história poderiam ser categorizada como terror-policial ou terror-ação. Por vezes lembrava de supernatural enquanto lia.
O encadernado tem 4 edições, com 3 histórias. A primeira, envolvendo um antigo castelo na Alemanha, novamente me deixou com uma sensação de "ok".
Definitivamente não gostei da segunda história que se passa numa zona de guerra, o artista convidado não me desceu e a história achei truncada.
Ai veio a 3ª história, dividida em 2 partes.
Uma baita história! Se passa no Mississipi, envolvendo vampiros, cantores de blues, uma banda de rock que volta a vida, pântanos, corrupção, preconceito... Prato cheio. E a arte está a altura do roteiro.
A editora 85 já lançou outros 4 encadernados de Dampyr, é uma série que ainda tenho dúvidas se vou continuar ou não.