STAR WARS: JEDI SURVIVOR (PS5)
Esse é um jogo que eu tava muito afim desde que foi anunciado, e pretendia jogar no dia ou semana de lançamento, mas como foi lançado todo quebrado, com graves problemas de desempenho e resolução, preferi esperar os patches de correção antes de comprar ele. Agora o jogo tá bem melhor, especialmente depois do último patch, que deu a possibilidade de jogar sem o ray tracing ativado, o que melhora bastante o desempenho.
A jogabilidade é boa. Achei ela bem parecida com a do primeiro jogo, pelo que lembro dele, mas com algumas boas novidades, como, por exemplo, mais opções de habilidades e de posturas de luta com o sabre de luz, inclusive uma em que usamos um blaster, o que é bem legal. Além disso, cada uma dessas posturas possui sua própria árvore de upgrades. No geral, o jogo é um ótimo “simulador” de jedi, explorando bem todas as habilidades dos “guerreiros monges espaciais”.
Os gráficos são bons, mas o jogo tem alguns problemas visuais. Por exemplo, a resolução ainda não é a ideal e tem quedas, algumas texturas demoram pra carregar, e no modo desempenho há reflexos, sombras e iluminações ruins em algumas partes. Quanto a essa última parte, acho que isso é resultado de terem feito o jogo pensando unicamente no ray tracing como opção.
Eu curti bastante a história, mas o fato de eu ser bem fã de Star Wars contou muito pra isso. Quem não é ligado à franquia provavelmente vai curtir menos. Aliás, um ponto interessantíssimo é que a história do jogo é canônica dentro do universo de Star Wars, o que faz ele ser ainda mais interessante pros fãs.
Algo que eu curti bastante foi a exploração. Esse é um daqueles jogos em que eu perco horas explorando e acabo até esquecendo das missões principais. Explorar é bem recompensador, pois você acaba descobrindo novos locais e criaturas, além do mais importante, que são alguns upgrades pro nosso personagem, como cargas a mais de estimulante, por exemplo, que é o item de cura do jogo.
E por falar em exploração, esse jogo tem mapas bem maiores que o Jedi: Fallen Order. Destaque pra Koboh, o segundo planeta que visitamos e o que funciona como uma base pra gente. Ele é enorme e tem muitos cantos pra ser explorado, cada um com diferentes recompensas e desafios, sejam em forma de combate, testes de agilidade ou puzzles.
Embora o jogo, mesmo depois de vários patches, ainda precise de polimento, ele tá bem melhor do que no lançamento, principalmente se tratando de desempenho. E no geral, ele é bem bacana, uma baita evolução do seu antecessor. Recomendo pra quem curte jogos nesse estilo, principalmente se a pessoa for fã de Star Wars.
Weird West é um RPG shooter de visão isométrica que é ambientado no velho oeste. Só que não é um velho oeste normal, e sim um onde existem diversas criaturas sobrenaturais, como lobisomens, zumbis, sirenas, bruxas, fantasmas, etc. Achei essa combinação muito massa.
A jogabilidade é simplona, fácil de aprender, do tipo que você pode ficar semanas sem jogar o game, e quando voltar, não vai ficar perdido no que diz respeito aos comandos. É basicamente atirar, rolar, se jogar em câmera lenta (tipo como no Max Payne) e usar algumas habilidades que você pode desbloquear. Eu só achei bem ruim a mira do jogo, ao menos jogando no controle. De início tive muita dificuldade pra acertar os tiros, mas felizmente tem um segundo estilo de mira pra escolhermos, e com ele as coisas ficaram bem melhores.
O jogo não chega a ser difícil, mas também não é facinho. É fácil de você morrer se for muito descuidado ou imprudente, principalmente se estiver nas primeiras horas da campanha. O bom é usar a cabeça pra dar cabo dos inimigos, utilizar elementos do cenário a seu favor e, se possível, stealth pra economizar balas e não alertar ninguém.
E por falar em não alertar ninguém, a IA do jogo é ruim, o que facilita bastante o stealth. O problema é que o mesmo vale pros seus companheiros, que são burros e se matam facilmente. Aliás, dá pra montar seu bando no jogo, você e mais dois NPCs que te acompanharão, o que pode ajudar bastante em certas situações, porém, como disse antes, eles são burros e podem se matar facilmente.
Um ponto interessante é que o jogo tem muito de ação x consequências. Por exemplo, se alguém sobreviver a um confronto com você, ele pode te emboscar mais tarde buscando vingança. E se você salvar alguns NPCs, eles podem retribuir o favor aparecendo em um tiroteio pra te ajudar. Além disso, também há um sistema de honra no jogo, que, obviamente, é ditado por suas ações, e se o nível dele for baixo ou alto, o jogador terá diferentes consequências.
A história eu não gostei muito. Assim, ela até tem seus pontos interessantes, como os mistérios e a temática, mas achei a narrativa um tanto pobre. O jogo quase não tem cutscenes, os protagonistas não tem falas nem personalidade, você acaba não se apegando a nenhum personagem e a história principal evolui pouco durante a campanha.
O enredo é dividido em 5 capítulos, cada um com seu próprio protagonista, que tem sua própria história, porém ela se conecta com a trama principal e os demais personagens jogáveis, que, aliás, você pode recrutar pro seu bando depois de terminar os capítulos deles. Mas não curti muito esse lance da campanha ser fragmentada em arcos de diferentes personagens. Preferiria que o enredo fosse sobre um único protagonista e focado numa única história.
Enfim, poderia falar também de várias outras coisas do jogo, como conteúdo secundário, gráficos, armas, vantagens, sistema de áreas (não é mundo aberto), etc, só que daí o post ia ficar muito grande. Mas pra finalizar, vejo o Weird West como um daqueles casos onde o jogo é legal, divertido, tem umas ideias interessantes, porém vacila em alguns pontos e tem potencial pra ficar bem melhor numa sequência.
Fiquei bem interessado nesse jogo quando anunciaram ele. Gosto de jogos de corrida nesse estilo, mais arcades e com combate. Também sou bem entusiasta de Lego, o que fez ele ter um charme a mais pra mim.
Eu dei uma boa estranhada na jogabilidade no início, acabei achando um pouco pesada e meio difícil de controlar os carros. Acho que foi por eu estar muito acostumado com o Disney Speedstorm, que é um jogo de corrida que tenho jogado bastante ultimamente e tem uma pegada diferente. Mas depois fui acostumando à dirigibilidade do Lego 2K Drive e gostando dela.
Algo interessante é que a jogabilidade varia dentro da mesma corrida. Dependendo do tipo de terreno em que estamos, nosso carro se transforma em três tipos diferentes de veículos: de asfalto, off-road e barco.
E por falar em variedade, a campanha tenta diversificar nos tipos de missões, não ficando somente nas corridas. Na teoria isso é legal, pois deixa o jogo menos repetitivo, mas não gostei muito das missões que não envolviam corridas.
A customização do jogo é muito boa. Criar seu carro nele é como brincar de Lego na vida real. Depois você ainda pode compartilhar suas criações com outros jogadores ou baixar os veículos compartilhados pela comunidade. Na questão da customização, o único vacilo foi não terem incluído um sistema de criação de personagem.
Os gráficos são ótimos, ao menos pra um jogo de Lego, mas o legal mesmo é a ambientação. O game é de mundo aberto, mas dividido em quatro áreas separadas, cada uma delas com uma temática diferente, como a baseada no velho oeste e a estilo Halloween, por exemplo. Todas são bem bonitas.
Esse tipo de jogo é bem interessante de se jogar contra outras pessoas, então o multiplayer online me interessou muito, e uma grata surpresa nele foi ter um modo de combate em arena, que é basicamente um Twisted Metal de Lego. Achei bem legal. Poderiam ter incluído esse modo no singleplayer.
O jogo é bacana, só que muito caro, e olha que ele ainda tem microtransações. Não vale o preço cobrado, mas pra quem tem assinatura da PS Plus e pode jogar ele “de graça”, recomendo dar uma chance. Se for comprar, sugiro esperar uma boa promoção.