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Sem perspectivas, metade dos jovens quer deixar Brasil

lagom

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Eu acredito que seja cultural. O que motivou a minha geração não motiva a sua.

But you Tell me.
Eu acredito que a internet banda larga + redes sociais queimou os receptores de dopamina de muita gente, afetando habilidades como capacidade cognitiva e os deixando propensos a névoa mental e baixa preferência temporal.

Em resumo, macacos imediatistas viciados em telas e validação social.

Frisando o óbvio, isso é minha humilde opinião.
 
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Digoo

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Eu acredito que a internet banda larga + redes sociais queimou os receptores de serotonina de muita gente, afetando habilidades como capacidade cognitiva e os deixando propensos a névoa mental e baixa preferência temporal.

Em reumo, macacos imediatistas viciados em telas e validação social.

Frisando o óbvio, isso é minha humilde opinião.

 

Abdullah Al-Papai

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Cara, acho que você acha que a gente vive no Século 18, essa coisa de "produtor de riqueza/bens/serviços", meu amigo, isso aí morreu faz 200 anos. Só o FED imprimindo 2 trilhões de dólares sem qualquer contra-partida já demonstra isso, o capitalismo hoje é financeiro, você acha que o banco tá preocupado com o Joãozinho que foi lá fazer empréstimo? Prestar um bom serviço? kkkkkkkkk, maluco, só se for piada.

Hoje no Brasil, quem ganha dinheiro é quem realmente não faz nada (apenas aloca os recursos em determinados locais), hoje em dia não vale mais a pena construir uma indústria aqui, simplesmente coloca aquele dinheiro em títulos públicos, vai render quase a mesma coisa, sem risco nenhum. Se houver necessidade de qualquer produto manufaturado, compra da China, revende aqui no mercado interno, fica ainda mais barato!

Mas aí são duas questões distintas. Uma é manufatura, outra é desenvolvimento tecnológico.

Pegando o exemplo que citei mais acima, o Japão foi pra frente por conta da Sony, Honda, Toyota, Mitsubishi, Fujitsu, Hitachi, Nintendo, Sumitomo etc etc etc

São essas grandes corporações que puxam o desenvolvimento do país pra frente. Elas empregam a elite intelectual do país, que em conjunto com a academia local (MUITO mais robusta que aqui), ajudam a avançar o desenvolvimento científico/tecnológico. Por esse mesmo fato, elas também exercem um efeito similar a um monopsônio no mercado de trabalho, ajudando a puxar salários para cima. Como parte da produção industrial ainda se mantém lá, você passa a ter desenvolvimento + manufatura local. Soma-se isso à leis tributárias bem simples e definidas e a população passa a ter acesso mais barato a esses bens de consumo, sem custos logísticos bizarros etc.

População com acesso a estes bens de consumo barateados e acesso a emprego = riqueza

O capitalismo financeiro entra nesse balaio aí, mas não substitui a economia real

Claro que elas não surgem do nada. Mas também não acho que seja uma questão de fazer "campeões nacionais", ou simples política desenvolvimentista, porque isso acaba em privilégios, políticas nebulosas, etc

Sem dúvidas seriam necessárias MUITAS reformas e mudanças, temos que sair desse ciclo de economia com baixo valor agregado e gerar emprego. Montar as condições sine qua non pra que empresas desse porte possam existir/se desenvolver. Com os milhões de desempregados/desocupados é bem óbvio que enquanto for possível os empregadores só vão continuar enfiando a faca e aumentando mais e mais os requisitos (oferta de mão de obra bizarramente maior que a demanda).

E eu sei que tem o pessoal liberal que vai citar nova zelandia (5 milhões de habitantes, não dá meia cidade de sao paulo), rogernomics etc e falar que temos que viver de carneiro e turismo, mas a gente sabe que isso é exceção (que aliás, teve preferência em vender seus produtos agrícolas para a Inglaterra por quase 100 anos) e sabemos bem o que as (grandes) economias desenvolvidas têm em comum
 

Sega&AMD

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e sabemos bem o que as (grandes) economias desenvolvidas têm em comum

tu deve ser liberal etc mas teu post foi bom e se casou bem o com excelente livro: Chutando a Escada onde os países ricos vendem um monte de idiotia aos países pobres, enquanto protegem quase que como estatais suas grandes empresas como a Alemanha faz com o VW, o Brasil é um grande fazendão, mas que gera muita grana pela pouca indústria primária e pelo setor de serviço pujante, mas que é roubada via divida externa e interna sem auditoria, um sistema político que é feito para ser comprado e vendido, uma elite racista que jogou 80% da população na pobreza eterna e na miséria.

195672
 
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Digoo

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Mas aí são duas questões distintas. Uma é manufatura, outra é desenvolvimento tecnológico.

Pegando o exemplo que citei mais acima, o Japão foi pra frente por conta da Sony, Honda, Toyota, Mitsubishi, Fujitsu, Hitachi, Nintendo, Sumitomo etc etc etc

São essas grandes corporações que puxam o desenvolvimento do país pra frente. Elas empregam a elite intelectual do país, que em conjunto com a academia local (MUITO mais robusta que aqui), ajudam a avançar o desenvolvimento científico/tecnológico. Por esse mesmo fato, elas também exercem um efeito similar a um monopsônio no mercado de trabalho, ajudando a puxar salários para cima. Como parte da produção industrial ainda se mantém lá, você passa a ter desenvolvimento + manufatura local. Soma-se isso à leis tributárias bem simples e definidas e a população passa a ter acesso mais barato a esses bens de consumo, sem custos logísticos bizarros etc.

População com acesso a estes bens de consumo barateados e acesso a emprego = riqueza

O capitalismo financeiro entra nesse balaio aí, mas não substitui a economia real

Não acho que seja uma questão de fazer "campeões nacionais", ou simples política desenvolvimentista, porque isso acaba em privilégios, políticas nebulosas, etc

Mas sem dúvidas seriam necessárias MUITAS reformas e mudanças, temos que sair desse ciclo de economia com baixo valor agregado e gerar emprego. Com os milhões de desempregados/desocupados é bem óbvio que enquanto for possível os empregadores só vão continuar enfiando a faca e aumentando mais e mais os requisitos (oferta de mão de obra bizarramente maior que a demanda).

E eu sei que tem o pessoal liberal que vai citar nova zelandia (5 milhões de habitantes, não dá meia cidade de sao paulo), rogernomics etc e falar que temos que viver de carneiro e turismo, mas a gente sabe que isso é exceção (que aliás, teve preferência em vender seus produtos agrícolas para a Inglaterra por quase 100 anos) e sabemos bem o que as (grandes) economias desenvolvidas têm em comum

Mas é justamente o que estou dizendo, ficamos pra trás na corrida industrial. E ninguém (Elite política/econômica) tá interessada em trazer que seja fábricas aqui pro Brasil. Perdemos o bonde, a China dominou praticamente tudo no campo industrial, o Brasil não tem mais competitividade nenhuma, a única coisa que somos "bons" é agropecuária e insumos básicos. Por que? Porque é benéfico pra eles o status quo, enquanto o brasileiro médio toma no cupo, esses que estão aí, ganham todo o lucro da extração de recursos que é feita no país, daí pode-se citar quase tudo:

Petróleo (explorado pela estatal norueguesa, hue, e os brasileiros "Privatiza a Petrobrás!!!!");
Minérios, (Vale, lucro privatizado para acionistas e prejuízo socializado para a sociedade como um todo, Brumadinhos da vida);
Agropoptech = Exportação pura, kg do Coxão mole 40 reais (inacreditável pro maior produtor do mundo de carne bovina), enfim... A lista é enorme.

Somos bons apenas nisso, temos um sistema bancário que tem os maiores lucros do planeta, taxas de juros que seriam consideradas assalto em países desenvolvidos, impostos altíssimos nos pequenos/médios empresários e perdão fiscal pra grandes empresas/igrejas usadas para lavagem de dinheiro.

Enfim, essas reformas que você diz serem necessárias, seriam a prioridade de qualquer governo sério, porém, no Brazel, isso não acontece. Ao contrário, votamos como prioridade a redução da efetividade da Lei de Improbabidade Administrativa. Bolsonaro aumentando o Bolsa família pra 300 reais (da onde vai tirar o dinheiro? Só Deus sabe), pra ganhar voto do miserável, e daqui a pouco, a sociedade colapsa, viramos outra Venezuela (O que só não ocorreu ainda devido à resiliência do brasileiro, e suas combalidas instituições).

Enfim: Brasil, o país que poderia ser uma potência, tinha a faca e o queijo na mão, mas decidiu enfiar a faca no cu e jogou o queijo fora.
 

Alberon

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Petrobrás nunca me serviu para nada que eu saiba, aliás muito pelo contrário, até quem não possui veículo, paga a conta quando ela dá prejuízo.
Mesmo sendo uma Estatal.
Um Estado Falido como esse nosso desde a fundação da República, e tem gente pedindo ainda mais dele.
Alguma coisa não está encaixando nesse raciocínio ou é muito Patriotismo mesmo (loucura).

 


Digoo

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Petrobrás nunca me serviu para nada que eu saiba, aliás muito pelo contrário, até quem não possui veículo, paga a conta quando ela dá prejuízo.
Mesmo sendo uma Estatal.
Um Estado Falido como esse nosso desde a fundação da República, e tem gente pedindo ainda mais dele.
Alguma coisa não está encaixando nesse raciocínio ou é muito Patriotismo mesmo (loucura).

Um dia serviu, mas depois de virar cabidão do governo, não mais. O problema é que você não mata uma pessoa porque ela tá doente, você tenta curar ela primeiro. Já viu o caso da petroleira norueguesa? Deveriam ter feito o mesmo aqui com a Petro, porém, mais uma vez, a Elite sabota o país. Digo Elite aqui no aspecto (quem realmente controla a economia) e não "os empresários malvadões".
 

Elijah Kamski

Bam-bam-bam
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Eu acredito que a internet banda larga + redes sociais queimou os receptores de serotonina de muita gente, afetando habilidades como capacidade cognitiva e os deixando propensos a névoa mental e baixa preferência temporal.

Em reumo, macacos imediatistas viciados em telas e validação social.

Frisando o óbvio, isso é minha humilde opinião.
Todas as redes sociais não sei, mas o tik tok certeza afeta.
 

Abdullah Al-Papai

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Petrobrás nunca me serviu para nada que eu saiba, aliás muito pelo contrário, até quem não possui veículo, paga a conta quando ela dá prejuízo.
Mesmo sendo uma Estatal.
Um Estado Falido como esse nosso desde a fundação da República, e tem gente pedindo ainda mais dele.
Alguma coisa não está encaixando nesse raciocínio ou é muito Patriotismo mesmo (loucura).

Serviu sim, pra te fazer pagar cinco reais num litro de gasolina :kluv

Se você parar pra pensar nós fizemos basicamente o contrário do que esses países desenvolvidos fizeram, principalmente os asiáticos que se desenvolveram/estão se desenvolvendo mais recentemente (Japão, Coréia do Sul... até mesmo a China).
 

Giant Enemy Crab

Wyrd biõ ful ãræd
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É literalmente isso aí mesmo.

Cara, eu ganho relativamente bem pra média aqui. Hoje meu salário líquido dá um pouco menos de "cinco digitos" por mês. Graduação em computação por federal, especialização e mestrado.

11 anos na área, LER no cotovelo esquerdo, hérnia na lombar de tanto ficar sentado. Problemas de ansiedade, barba branca... e ainda estou com 30 anos.

Minha sogra trabalha em linha de produção aí e ganha mais do que eu na "conversão direta". Em termos de "poder de compra" me parece basicamente a mesma coisa, com a diferença que a qualidade de vida dela (em termos de tranquilidade) é maior. Claro que é um trampo pesado o dela - não estou falando que é vida fácil, mas às vezes fico pensando se valeu a pena o esforço aqui, que só deus sabe o quanto foi (escola pública, família pobre etc).

Meu pai mesmo vive(ia) me enchendo o saco falando que eu sou brasileiro e devia tentar crescer no Brasil ao invés de "sofrer no Japão".
Ele parou o dia que ele tá aqui, fazendo o mesmo discurso que eu não era nada aqui e que eu devia fazer faculdade no Brasil. Uma que eu acho a ideia dele sobre se você nascer em algum lugar tem que ficar lá até morrer. Uma porque eu só existo por conta de imigrações e outra que ele mesmo odeia a cidade que ele nasceu e cresceu. :klolz
Mas enfim, ele parou de me apurrinhar o dia que eu falei sobre a minha vida, até puxei um cartão de visita com meu nome (tanto em romano quanto em japoronga), mostrei pra ele comentando "se você não acredita que eu não vivo com um chicote nas costas, tá aí".


Conheci gente que era engenheiro civil no Brasil, e por conta da constante violência jogou tudo pra cima, mudou-se pro Japão, estudou, tirou uns certificados, arrumou emprego em escritório e a única vez que eu vi ele estressado foi por minha culpa, que eu tava gritando com o chefe dele e ele tava preparado pra pular encima de mim pra me segurar, porque dizia ele que parecia que eu ia atacar o cara. :klolz
Gente boa ele.

Conheci outro que veio por indicação pra ajudar na construção de um prédio em Tokyo (era engenheiro também). Gostou daqui, estudou bagarai, converteu alguns certificados e tá por aqui.

Vários exemplos.

Assim como tem vários exemplos que prefere o Brasil apesar dos pesares(meu próprio pai, por exemplo). Meu irmão também, o professor de universidade de Kobe chegou a me ligar pedindo pra eu tentar convencer o meu irmão a ficar por aqui e trampar com ele. Mas ele preferiu voltar pro Br.

A vida é um negócio peculiar, eu nem pensava em vir pro Japão, decidi de supetão, tirei o visto e sai fora assim que fiz 18 anos.
Eu queria sair do país desde os 15, tava juntando dinheiro e procurando meios que fazer o mais rápido possível. Não acho de todo uma calamidade, pelo menos não na época que eu morava ai.
Mas eu via o povo da escola, e ficava pensando "se esse é o futuro... Tá complicado isso aqui".
Em partes por arrogância minha mesmo. Embora eu não me achasse lá muito inteligente, ainda nem acho. justamente por isso eu achava que eu não era lá muito inteligente e mesmo assim eu ficava facil em primeiro lugar em nota da escola mesmo sem estudar pra nada. Só ia pra escola pra dormir, jogar e brigar.
Bagulho era tão bizarro que mesmo no ensino médio eu só levava 1 caneta pra escola e mesmo assim as vezes brotava escola particular me oferendo bolsa de estudos. No fundamental eu cheguei a aceitar mas voltei pra estadual porque pra mim a única diferença era o tempo que eu era obrigado a ficar na escola. E que na particular eu tinha que ser um tanto mais civilizado por estar "ganhando um favor da escola".

E eu não me achava lá muito inteligente porque eu tinha parâmetros diferentes, além de ser constantemente comparado ao meu irmão pelos meus pais.
Era tipo "se você não ser exatamente igual ele você precisa se esforçar mais". Mas quando eu conseguia algum destaque era um "não é nada demais"."deixa eu ver a novela da Globo".

Resumindo. Eu achava a grande maioria dos alunos das escolas que eu estudava bem "tapados". E imaginava esse monte de "tapados" construindo uma nação. Não tinha como dar bom.
Aí começou as políticas de matar o ensino médio e upar porcamente o superior.

Eu não sabia se tava certo. Mas apostei meu futuro nisso. E ainda tinha tempo de voltar atrás se quisesse.
Aqui eu fiz uns cursos, segui o "monkey see monkey do". Aprendi a me virar completamente sozinho. Arrumei um bom emprego(que eu tô querendo parar e voltar pro interior), mas não penso em voltar pro Br não.
 

Darth_Tyranus

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Meu pai mesmo vive(ia) me enchendo o saco falando que eu sou brasileiro e devia tentar crescer no Brasil ao invés de "sofrer no Japão".
Ele parou o dia que ele tá aqui, fazendo o mesmo discurso que eu não era nada aqui e que eu devia fazer faculdade no Brasil. Uma que eu acho a ideia dele sobre se você nascer em algum lugar tem que ficar lá até morrer. Uma porque eu só existo por conta de imigrações e outra que ele mesmo odeia a cidade que ele nasceu e cresceu. :klolz
Mas enfim, ele parou de me apurrinhar o dia que eu falei sobre a minha vida, até puxei um cartão de visita com meu nome (tanto em romano quanto em japoronga), mostrei pra ele comentando "se você não acredita que eu não vivo com um chicote nas costas, tá aí".


Conheci gente que era engenheiro civil no Brasil, e por conta da constante violência jogou tudo pra cima, mudou-se pro Japão, estudou, tirou uns certificados, arrumou emprego em escritório e a única vez que eu vi ele estressado foi por minha culpa, que eu tava gritando com o chefe dele e ele tava preparado pra pular encima de mim pra me segurar, porque dizia ele que parecia que eu ia atacar o cara. :klolz
Gente boa ele.

Conheci outro que veio por indicação pra ajudar na construção de um prédio em Tokyo (era engenheiro também). Gostou daqui, estudou bagarai, converteu alguns certificados e tá por aqui.

Vários exemplos.

Assim como tem vários exemplos que prefere o Brasil apesar dos pesares(meu próprio pai, por exemplo). Meu irmão também, o professor de universidade de Kobe chegou a me ligar pedindo pra eu tentar convencer o meu irmão a ficar por aqui e trampar com ele. Mas ele preferiu voltar pro Br.

A vida é um negócio peculiar, eu nem pensava em vir pro Japão, decidi de supetão, tirei o visto e sai fora assim que fiz 18 anos.
Eu queria sair do país desde os 15, tava juntando dinheiro e procurando meios que fazer o mais rápido possível. Não acho de todo uma calamidade, pelo menos não na época que eu morava ai.
Mas eu via o povo da escola, e ficava pensando "se esse é o futuro... Tá complicado isso aqui".
Em partes por arrogância minha mesmo. Embora eu não me achasse lá muito inteligente, ainda nem acho. justamente por isso eu achava que eu não era lá muito inteligente e mesmo assim eu ficava facil em primeiro lugar em nota da escola mesmo sem estudar pra nada. Só ia pra escola pra dormir, jogar e brigar.
Bagulho era tão bizarro que mesmo no ensino médio eu só levava 1 caneta pra escola e mesmo assim as vezes brotava escola particular me oferendo bolsa de estudos. No fundamental eu cheguei a aceitar mas voltei pra estadual porque pra mim a única diferença era o tempo que eu era obrigado a ficar na escola. E que na particular eu tinha que ser um tanto mais civilizado por estar "ganhando um favor da escola".

E eu não me achava lá muito inteligente porque eu tinha parâmetros diferentes, além de ser constantemente comparado ao meu irmão pelos meus pais.
Era tipo "se você não ser exatamente igual ele você precisa se esforçar mais". Mas quando eu conseguia algum destaque era um "não é nada demais"."deixa eu ver a novela da Globo".

Resumindo. Eu achava a grande maioria dos alunos das escolas que eu estudava bem "tapados". E imaginava esse monte de "tapados" construindo uma nação. Não tinha como dar bom.
Aí começou as políticas de matar o ensino médio e upar porcamente o superior.

Eu não sabia se tava certo. Mas apostei meu futuro nisso. E ainda tinha tempo de voltar atrás se quisesse.
Aqui eu fiz uns cursos, segui o "monkey see monkey do". Aprendi a me virar completamente sozinho. Arrumei um bom emprego(que eu tô querendo parar e voltar pro interior), mas não penso em voltar pro Br não.
 

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Um dia serviu, mas depois de virar cabidão do governo, não mais. O problema é que você não mata uma pessoa porque ela tá doente, você tenta curar ela primeiro. Já viu o caso da petroleira norueguesa? Deveriam ter feito o mesmo aqui com a Petro, porém, mais uma vez, a Elite sabota o país. Digo Elite aqui no aspecto (quem realmente controla a economia) e não "os empresários malvadões".


Deveriam, mas não fizeram e jamais farão, pelo menos nessa minha existência (que é o que importa para mim).
Mas daqui a pouco aparecem aqueles para chamar os outros de inúteis, chamando de imediatistas, vagabundos, "não faz regra de 3" (mesmo se conhecer a história dessas pessoas), geração fraca e blá, blá, blá, mas pagando com orgulho 10k em uma RTX 3090, sendo que uma pra ele, uma para a receita, uma para a lagosta, outra para o governo e a vida segue.

Impostos, em plena crise sanitária :

195689

Até o momento dessa postagem, nada mau para uma "nação de gente geração fraca, inútil" , que "não produz" nada.
 

Darth_Tyranus

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Deveriam, mas não fizeram e jamais farão, pelo menos nessa minha existência (que é o que importa para mim).
Mas daqui a pouco aparecem aqueles para chamar os outros de inúteis, chamando de imediatistas, vagabundos, "não faz regra de 3" (mesmo se conhecer a história dessas pessoas), geração fraca e blá, blá, blá, mas pagando com orgulho 10k em uma RTX 3090, sendo que uma pra ele, uma para a receita, uma para a lagosta, outra para o governo e a vida segue.

Impostos, em plena crise sanitária :

Visualizar anexo 195689

Até o momento dessa postagem, nada mau para uma "nação de gente geração fraca, inútil" , que "não produz" nada.
Tudo isso em um mercado com 14 milhões de desempregados segundo os números apontados de acordo com os critérios de avaliação, mas provavelmente chegamos a 40 milhões de desempregados de fato.

Fora o problema da geração "nem-nem" (nem estuda, nem trabalha) que possui um grande número de mulheres que estão simplesmente com o caminho traçado da miséria, já que a maioria é jovem, tem filhos e ainda por cima não se movem para conseguirem melhorar de vida, em parte as considero vítimas das circunstâncias, já que são oriundas de famílias instáveis e escutam todo dia na nossa mídia que rebolar a bunda no baile funk as torna "empoderadas".

Não esqueçamos de daqueles que estão no mercado, a maioria está ganhando mal, comendo mal, trabalhando muito e escutam todo dia que são a escória do mundo por não ter MBA na Alemanha, mesmo não sendo e executando bem o trabalho. Estes trabalham sob o constante chicote da fome, já que são constantemente ameaçados pelas figuras assustadoras dos desvalidos que estão nas ruas, como se os fantasmas do futuro os avisando que serão os próximos, já que o trabalho deles é totalmente dispensável devido ao fato de que "se não quer tem outros mil que querem" (na realidade a empresa nem consegue preencher as vagas porque não encontra esses mil que tanto enchem os pulmões para invocar).
 

Digoo

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Tudo isso em um mercado com 14 milhões de desempregados segundo os números apontados de acordo com os critérios de avaliação, mas provavelmente chegamos a 40 milhões de desempregados de fato.

Fora o problema da geração "nem-nem" (nem estuda, nem trabalha) que possui um grande número de mulheres que estão simplesmente com o caminho traçado da miséria, já que a maioria é jovem, tem filhos e ainda por cima não se movem para conseguirem melhorar de vida, em parte as considero vítimas das circunstâncias, já que são oriundas de famílias instáveis e escutam todo dia na nossa mídia que rebolar a bunda no baile funk as torna "empoderadas".

Não esqueçamos de daqueles que estão no mercado, a maioria está ganhando mal, comendo mal, trabalhando muito e escutam todo dia que são a escória do mundo por não ter MBA na Alemanha, mesmo não sendo e executando bem o trabalho. Estes trabalham sob o constante chicote da fome, já que são constantemente ameaçados pelas figuras assustadoras dos desvalidos que estão nas ruas, como se os fantasmas do futuro os avisando que serão os próximos, já que o trabalho deles é totalmente dispensável devido ao fato de que "se não quer tem outros mil que querem" (na realidade a empresa nem consegue preencher as vagas porque não encontra esses mil que tanto enchem os pulmões para invocar).

É bem isso. Eu trabalhei 6 anos como bancário, e sempre com muito afinco, menti pra muita velhinha sobre títulos de capitalização, enfiei muito seguro em empréstimo, cartão de crédito, as vezes pra um cliente eu fazia 10 e falava: Cara, cada cartão vai aumentar um pouquinho o seu limite, o cara precisava de crédito... porém, com quase nenhum reconhecimento, por que?

Porque não ia em festas do gerente regional, churrasco "com a galera" (galera na agência era um querendo puxar o tapete do outro, e no churrasco era todo mundo "amigasso", muito surreal), ao ponto de um dia o gerente vir e reclamar disso: "Quem não é visto, não é lembrado."

Cara, quer ir no barzinho tomar um chopp? Bora! Quer fazer uma festa de fim de ano? Bora! Agora fazer festa lá na "pqp", 50 reais de Uber, pq tem que levar as crianças, etc. num sábado? Sinto muito, não vai rolar.

Essa é a cultura, é a cultura do "Ah, o cara não se mistura", você vive 10 horas com as pessoas por dia, e é obrigado a perder uma boa parte do seu sábado/domingo pra ir ver as mesmas pessoas hue, e é uma pobreza de espírito do c***lho, pq você tem que se policiar no que vai falar na festa, se não, na segunda feira nego já tá falando mal de você.

Enfim... Quando o filho é maltratado em casa, o que ele vai querer fazer? Sair de casa. É a mesma coisa, se um país não valoriza seus cidadãos, o cara vai querer meter o pé, antes lavar prato na Europa e ter uma vida digna, do que "trabalhar no escritório" aqui pra viver com constantes ameaças, reconhecimento zero.

Ninguém é tão preguiçoso ao ponto de "apenas assistir tiktok o dia inteiro", Talvez essas pessoas sejam um subproduto de um problema bem maior, e elas simplesmente cansaram, e pior, desistiram.

o Brasil não vai dar certo, ele JÁ dá certo... pros poucos que estão no topo.

qualquer papo de mudança é apenas isso... papo.

Não há forma melhor de descrever o Brasil do que como você descreveu. É exatamente isso.

Deveriam, mas não fizeram e jamais farão, pelo menos nessa minha existência (que é o que importa para mim).
Mas daqui a pouco aparecem aqueles para chamar os outros de inúteis, chamando de imediatistas, vagabundos, "não faz regra de 3" (mesmo se conhecer a história dessas pessoas), geração fraca e blá, blá, blá, mas pagando com orgulho 10k em uma RTX 3090, sendo que uma pra ele, uma para a receita, uma para a lagosta, outra para o governo e a vida segue.

Impostos, em plena crise sanitária :



Até o momento dessa postagem, nada mau para uma "nação de gente geração fraca, inútil" , que "não produz" nada.

Cara, segundo eles, eles são os responsáveis por esses impostos, nós da geração dos anos 90, somos apenas "preguiçosos que não querem fazer nada e ficam ouvindo funk o dia inteiro", eu inclusive já coloquei aqui pra tocar.

É uma coisa que me deixa muito triste, porque você vê que o cara não tem interesse em realmente melhorar, apenas tacar pedra, é fato de que a nossa opinião realmente pouco importa, mas, deixa eu pelo menos xingar a mãe do juiz né?

Olha o tanto de imposto, que veio majoritariamente do bolso do pobre (consumo e IR), e é tão mal utilizado. É realmente motivo de muita tristeza.
 
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Hellskah

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Para ir para o exterior é necessário ter no mínimo 6 meses de experiência, inglês básico, noções de informática, ser habilidoso e determinado.
Aí o carinha que fez 18 anos, onde até os 17 era o filho da mamãe e do papai, só come em restaurante e não come cebola, nunca andou de ônibus e estudava a tarde, logo acordava após as 10h.

Chega lá fora é espancado pela realidade.
 

arqueiro182

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01º - Joãozinho e Joaninha terminaram o ensino médio (18 anos).
02º - Fizeram um 1 ano de cursinho e entraram numa federal de biologia (19 anos).
03º - Ficaram 7 anos na graduação (5 normais e 2 anos de Ciências Sem Fronteiras) (26 anos).
04º - Não conseguiram emprego. Fizeram 1 especialização (27 anos).
05º - Não conseguiram emprego. Fizeram mais 2 anos de mestrado (29 anos).
06º - Não conseguiram emprego. Fizeram mais 5 anos de doutorado, sendo 4 normais e 1 sanduíche. (34 anos).
07º - Não conseguiram emprego. Fizeram pós-doutorado de 2 anos (1 normal e 1 exterior) (36 anos).
08º - Não conseguiram emprego. Fizeram complementação pedagógica para dar aula no ensino básico (37 anos).
09º - Não conseguiram emprego. Começaram a estudar para concursos (37 anos).
10º - Passaram num processo seletivo para professor temporário (2 anos) da zona rural da prefeitura (39 anos).
11º - Contrato encerrou e passaram a corrigir e traduzir textos acadêmicos (41 anos).
12º - Não conseguiram emprego. Voltaram a estudar para concursos (42 anos)
12º - Ambos os pais faleceram (45 anos)
13º - Viraram motoristas de aplicativos ou revendedores de cosméticos (46 anos).
14º - Sem filhos, sem netos, sem casa própria, com diabetes, hipertensão, AVC, infarto, catarata e foram morar num asilo (60 anos).

Nunca vi uma Timeline tão perfeita assim de um BR médio.
 

.Saturno.

Bam-bam-bam
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O Brasil nunca teve ou terá tantos jovens como agora. Mas o ápice dos cerca de 50 milhões de brasileiros entre 15 e 29 anos revela uma juventude decepcionada em níveis recordes, sem perspectiva de trabalho e insatisfeita com a condução do país.

Se pudesse, quase a metade (47%) dos jovens brasileiros deixaria o país. Isso no auge do chamado bônus demográfico, quando o Brasil teria a chance de acelerar o crescimento contando com uma proporção inédita de pessoas em idade de trabalhar em relação a seus dependentes, como crianças e idosos.

Na prática, se não for alterado, o cenário do mercado de trabalho para essa juventude configurará o desperdício do maior potencial histórico em termos de crescimento e produtividade brasileiros.

Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/merca...witter&utm_medium=social&utm_campaign=twfolha
Infelizmente o brasil ja falhou nessa oportunidade, o brasil é governado por políticos egoístas e corruptos, que só pensam em como ficar ainda mais ricos e nas suas carreiras políticas
 

danitokaawa

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Todo mundo esta indo embora, seja para o exterior, seja para o campo. E eu não tenho a menor condição de sair da capital.Se esse pessoal não voltar, vai ser ainda mais dificil minha vida.E não tenho como sair do pais.É caro demais.
 

lagom

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Tem pelo menos dez paises que estão entre as maiores qualidades de vida.

  1. Suíça
  2. Dinamarca
  3. Holanda
  4. Finlândia
  5. Áustria
  6. Austrália
  7. Islândia
  8. Alemanha
  9. Nova Zelândia
  10. Noruega

Brasil nessa mesma lista esta em 62


Se hoje houvesse uma gestão eficiente das coisas, as chances de termos resultados praticos viriam em pelo menos na metade da década. Do jeito que está hoje?
No minimo a gente perdeu uma geração no quesito educação.

Agora que eu vi essa lista. Suíça rs. Os únicos "amigáveis" aí são os oceãnicos, de resto... A Dinamarca é a versão heterossexual da Suécia, estão executando boa parte das políticas públicas ao contrário dos primos frouxos. O partido de esquerda é anti-imigração, pra vc ter uma ideia.
 

Velotrol

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Bom...não é a toa que estou tentando preencher uma vaga de 3k, e o mínimo que eu preciso para esta vaga é que o cidadão consiga ler e escrever em inglês
Eu precisava de alguém assim e fiquei 1 mês procurando. Só que eu tava procurando pra escrever em português mesmo.
Alguém que soubesse colocar vírgulas no lugar certo. Consegui? Não. Mas contratei.

Não se trata só de despreparo, garanto que hoje há mais pessoas preparadas do que antes, o macro também influencia e estamos com uma economia em frangalhos por exemplo os 14 que tu dispensou seja lá qual foi os critérios, se a economia tivesse aquecida bateriam em outra porta e seriam dispensados, bateriam em outra porta e seriam contratados e assim seria com os 14 até que todos tivessem absorvidos pelo mercado.

o meu ponto vai além, o pessoal não é materialista mas também não é cachorro, ninguém quer trabalhar apenas para prover o de comer, os jovens hoje de todas as classes veem pela a internet países melhores e ver em tempo real pelos vlogueiros como é a vida lá fora e confronta com a vida aqui, se o cara é de classe media seu temor é de cair de nível e ele sente que isso pode ocorrer, se o cara é pobre por outro lado sabe que vai passar pela linha temporal da vida na mesma, antes isso ocorria só que eles não sabiam, nutriam ilusões agora não mais e a pesquisa aí reforça essa tese.
Uai, mas o cara vê na internet a vida dos vlogueiros e não se questiona se aquilo que ele tá vendo é pra ele, se faz sentido e se é possível. E o mais importante: como seria possível fazer parecido. Deixar de pensar nisso é despreparo, falta de parar pra ter 10 segundos de pensamento crítico.

Disse "Rafaelzinho" de 35 anos, obeso mórbido, usuário frequente de maconha e com demencia prematura, revoltado por não conseguir emprego como Engenheiro Civil, residente de Tomatópolis na região de Raio que o Parta, interior de MG, cujo foco são serviços manuais, RH e Contabilidade.

Fonte: Grupo de Zipty Zopterson onde Rafaelzinho vive esquecendo que é Admin.
Rapaz, eu moro nessa cidade aí. Cheio de engenheiro desempregado. Estou construindo uma clínica médica pra minha esposa e passei perrengue pra achar um mestre de obras que sabe ler um projeto arquitetônico. É muito cacique pra pouco índio.
O cara sentou o braço no meu rabo ($), mas fazer o que, é um cara que dá conta e com boas avaliações de amigos. Vai ter que viajar 80km pra obra com os peões porque não tem mão de obra.
 
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Sega&AMD

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Uai, mas o cara vê na internet a vida dos vlogueiros e não se questiona se aquilo que ele tá vendo é pra ele, se faz sentido e se é possível. E o mais importante: como seria possível fazer parecido. Deixar de pensar nisso é despreparo, falta de parar pra ter 10 segundos de pensamento crítico.

é esse o ponto, o cara pensa, reflete e constata que não será possível (isso explica em parte a desmotivação demonstrada pela pesquisa que motivou o tópico) veja: eu vejo muitas crianças indo para a escola com suas mochilas pesadas e é como se agente soubesse o futuro delas, claro... mas ao mesmo tempo ninguém vai chegar para o cara dizer ''olha; seu esforço aqui não vale de nada'' . A mente da pessoa entra na negação e é uma luta, aceitar que aquilo não é para ela é chato pois em tese todos são gente mas uns são mais que a gente.
 

Digoo

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Só eu que não vejo a maioria dos jovens hoje querendo ser youtubers? E se são, talvez seja consequência da falta de empregos? Uma equação de risco/retorno: Bom, eu posso ganhar dinheiro fazendo conteúdo pra internet, porque não consigo arranjar um emprego diferente de atendente de telemarketing, devido a:

1. Vivermos num país desindustrializado? Existiu um dia onde o jovem poderia sair do Senai e entrar numa indústria ganhando um salário digno, era possível comprar sua casa, seu carro, ter uma família, quem não se lembra dos casos dos nossos avós, que por quaisquer dificuldades que tinham, conseguiam criar uma família?

2. O setor de serviços paga muito mal, pede muita qualificação (excedente no mercado de trabalho), o cara tem que competir com 200 candidatos com ensino superior e outras qualificações, pra uma vaga que alguém com o ensino fundamental completo poderia executar?

3. A escola/faculdade não treina ninguém pra realmente ser um profissional? O PG tá com um plano de fazer essa conexão "Universidade-Trabalho" que hoje não existe? Eu fiz um estágio no banco, na época, que a última coisa que eu apliquei foi conceitos de administração, era basicamente um vendedor, a agência, palavras do meu antigo chefe "é um comércio, uma loja", e isso se aplica à alunos de cursos como Engenharia, Economia, etc.

Alguém aqui já viu o caso de venezuelanos que custeam suas vidas e de seus familiares jogando jogos online como Tibia/World of Warcraft e vendendo o dinheiro virtual de tais jogos?

A galera acha que o jovem médio é o cara que não quer nada com a vida, que ganha tudo de mão beijada dos pais (minoria da minoria da minoria), eu mesmo, tive que cuidar da minha família (pai pedindo dinheiro emprestado, mãe desempregada, irmão novo) sozinho desde os 18 anos, e até hoje, casa alugada é no meu nome, carro financiado no meu nome, contas, tudo aqui no meu lombo, e por mais que tenha qualificação, não consegui passar numa vaga de telemarketing pra segurar as pontas?

Olha isso, empresas de telemarketing, que antigamente se você passasse em frente a empresa, os caras tentavam te contratar, hoje, esse setor não contrata mais.

Saídas do jovem: Virar youtuber, virar tiktoker, virar policial (concurso todos os anos), mandar 200 currículos por dia pra empregos de vendedor em loja de produtos chineses, etc., tá feio aqui pro interior, em SP pode estar melhorando, mas pro Brazilsão, as coisas estão beeeeeeeeem feias.

Edit: Aí o coitado do caboclo, estando em situação de quase despejo, passando fome, vai se matar de estudar pra passar num concurso mais ou menos, recebe do "empresariado" e do ministro da Economia que ele é um parasita. Ninguém se preocupa se esse cara tem família pra sustentar, se ele tem fome, frio, um teto pra morar, não!!! Tá todo mundo preocupado se o cara vai "parasitar" o Estado, ganhando 3000 reais por mês.

Vai Brazel!!!
 

ExCaixista

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Querem uma solução estatal para os problemas que o Estado cria.

A maioria dos jovens não quer estudar, vive o dia inteiro com o celular tocando funk e quando sai do ensino médio praticamente analfabeto ainda quer um emprego esperando de braços abertos.

Somando a situação péssima do país, ainda tem o lance da indústria do diploma que forma todos os anos centenas de milhares de pessoas que provavelmente ficara desempregada.

Ninguém mais que fazer um SENAI/ SENAC, ser marceneiro, azulejista, pedreiro, fazer curso para dirigir trator, etc...
Ensino técnico para os pobres e universidade para a elite. Nada de novo nesse pensamento.
 

Sega&AMD

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@Digoo

Não podemos ser pretenciosos de modo algum mas muito possivelmente estamos na pista certa, tantos fatores que no fim contribuem para tal situação de desilusão dos jovens, o problema é que não é de hoje, hoje só ficou drasticamente escancarado, estamos sendo concentrados aqui se observarmos bem, eu entendo que a elite (que em tese deve pensar o país) lavou as mãos para essa situação e apenas está administrando a terra arrasada, historicamente quando coisas assim ocorre é a hora que o povo e parte da elite se volta contra a elite principal para ver se algo muda.

Mas em tempo, no teu lugar começaria a pensar em ser dono de algo, só aluguel tu corres alto risco.
 

Sega&AMD

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''O brasil só me quer na mansão no apartamento com a lata de tinta cheia de cimento'' Eduardo Tadeo.

Nenhum brasileiro acharia ruim ser azulejista, mecânico etc consertando coisas para outros etc Mas não da para fazer isso sendo chamado de cusão e achincalhado por falas ou gestos...tipo caras de nojo...ou fingir que o cara é invsível etc, eu perguntei um user de uma classe média mais alta, e é fato os mais ricos odeia trabalho não intelectual e ainda achincalha o pessoal que presta esse tipo de serviço, tipo compram carros de 300 mil e acham caro pagar 4 mil para o eletricista fazer todos os reparos da mansão.

O brasil precisa de uma revolução cultural que nos permita dar um salto para frente, romper com esse sistema de castas, o cara pode ser o mecânico mais esforçado e ganhar um bom dinheiro que ainda será visto como alguém que fede graxa, que presta um trabalho indigno... de gente (segundo eles) incapaz de fazer algo melhor e que ainda faz mal o que faz... (ainda que o cara seja o melhor e mais honesto mecânico da região)
 
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Ken Masters

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Ensino técnico para os pobres e universidade para a elite. Nada de novo nesse pensamento.

Muito limitado seu pensamento.

Tem um monte de gente com diploma trabalhando na entrega do iFood ou Uber.

E tem gente ganhando de 5k a 10k colocando azulejo, instalando ar condicionado, fazendo móveis planejados, pintando casa, dirigindo trator/ caminhão.

Mas continua aí nessa luta de classes, o pensamento de fazer universidade e continuar desempregado parece que te agrada.
 

Ken Masters

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''O brasil só me quer na mansão no apartamento com a lata de tinta cheia de cimento'' Eduardo Tadeo.

Nenhum brasileiro acharia ruim ser azulejista, mecânico etc consertando coisas para outros etc Mas não da para fazer isso sendo chamado de cusão e achincalhado por falas ou gestos...tipo caras de nojo...ou fingir que o cara é invsível etc, eu perguntei um user de uma classe média mais alta, e é fato os mais ricos odeia trabalho não intelectual e ainda achincalha o pessoal que presta esse tipo de serviço, tipo compram carros de 300 mil e acham caro pagar 4 mil para o eletricista fazer todos os reparos da mansão.

O brasil precisa de uma revolução cultural que nos permita dar um salto para frente, romper com esse sistema de castas, o cara pode ser o mecânico mais esforçado e ganhar um bom dinheiro que ainda será visto como alguém que fede graxa, que presta um trabalho indigno... de gente (segundo eles) incapaz de fazer algo melhor e que ainda faz mal o que faz... (ainda que o cara seja o melhor e mais honesto mecânico da região)

Você fala como se o Brasil tivesse 2 classes sociais, tipo aquelas novelas mexicanas.

99% das pessoas que presta serviço, seja para rico ou classe média alta não se importa com nada disso.

Estamos falando de geração de emprego, de como a indústria do diploma afastou os jovens de trabalhos dignos e que estão em falta, por um diploma que não serve pra nada.
 

Digoo

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Não podemos ser pretenciosos de modo algum mas muito possivelmente estamos na pista certa, tantos fatores que no fim contribuem para tal situação de desilusão dos jovens, o problema é que não é de hoje, hoje só ficou drasticamente escancarado, estamos sendo concentrados aqui se observarmos bem, eu entendo que a elite (que em tese deve pensar o país) lavou as mãos para essa situação e apenas está administrando a terra arrasada, historicamente quando coisas assim ocorre é a hora que o povo e parte da elite se volta contra a elite principal para ver se algo muda.

Mas em tempo, no teu lugar começaria a pensar em ser dono de algo, só aluguel tu corres alto risco.

Sim cara, eu tava entrando em vias de financiar um apzinho aqui, e de repente tomo esse baque (demissão).
Pois é, é uma administração de terra arrasada (perfeito o termo).

Vamos ver como vai ser, espero que em 2022, as pessoas comecem a ser um pouco mais críticas, votem corretamente nos deputados e senadores, e quiçá, assim, o Brasil começa a se desenhar como algo que tenha um futuro melhor, não precisamos de "santos milagreiros" apenas pessoas comprometidas em ajudar de fato o brasileiro, seja por meio de desburocratização do que precisa ser desburocratizado, reformas (que realmente mudam algo em toda a estrutura), melhoria do que é bom (Petrobrás realmente beneficiando o brasileiro) e privatizando o que não precisa (algumas empresas obsoletas).

Quem sabe desse jeito, a coisa começa a andar, mas tem que ser de cima pra baixo (eleição correta) e de baixo pra cima (legislativo/executivo trabalhando juntos pra um futuro mais próspero).
 

ExCaixista

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Tem um monte de gente com diploma trabalhando na entrega do iFood ou Uber.

E tem gente ganhando de 5k a 10k colocando azulejo, instalando ar condicionado, fazendo móveis planejados, pintando casa, dirigindo trator/ caminhão.

Mas continua aí nessa luta de classes, o pensamento de fazer universidade e continuar desempregado parece que te agrada.
Pode até ser que tenha pessoas com diplomas desempregado, mas a chance de conseguir um bom emprego com um diploma é bem maior, segundo estudos.

Enquanto o filho da elite faz medicina em uma federal, para o filho do pobre sobrou o emprego gerado pelo SENAI.

A tática da elite agora e espalhar por aí que estudar não vale apena, mas paga 1500 por mês para seus filhos estudarem nas melhores escolas da região.

O Brasil é o melhor país para as elites se perpetuarem no poder, um povo dócil que fica satisfeito com um celtinha financiado e uma casa alugada. O oprimido sabe que é oprimido más vive feliz com isso.
 
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Sega&AMD

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99% das pessoas que presta serviço, seja para rico ou classe média alta não se importa com nada disso.

Estamos falando de geração de emprego, de como a indústria do diploma afastou os jovens de trabalhos dignos e que estão em falta, por um diploma que não serve pra nada.

''não se importa'' entre aspas, veja do que se trata o tópico: ''jovens desiludidos''
Tu parece não entender que o povo estudou a ponto de não querer mais voltar a receber o sopão que era distribuído nos anos 90 (essa insistência dos poderosos mostra que o país não quer deixar a que o perímetro delimitados das castas, não classe, se extrapole)

a questão do diploma é um outro assunto, volto a dizer os relatos estão aí, no tópico mesmo, pessoas que deixaram boas profissões aqui para ser cortador de grama no texas, é cultural, porque alguém deixaria de ser engenheiro aqui para ser peão no texas ? associação dessas coisas ao trabalho escravo e falta de remuneração digna é a chave.
 
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