O que há de Novo?
Fórum Outer Space - O maior fórum de games do Brasil

Registre uma conta gratuita hoje para se tornar um membro! Uma vez conectado, você poderá participar neste site adicionando seus próprios tópicos e postagens, além de se conectar com outros membros por meio de sua própria caixa de entrada privada!

  • Anunciando os planos GOLD no Fórum Outer Space
    Visitante, agora você pode ajudar o Fórum Outer Space e receber alguns recursos exclusivos, incluindo navegação sem anúncios e dois temas exclusivos. Veja os detalhes aqui.


SuperInteressante, edição 179, agosto de 2002 [+fatos sobre a maconha]

igraum

Mil pontos, LOL!
Mensagens
16.841
Reações
23.026
Pontos
1.464
g_capa_179.jpg


Edição antiga, porém muito boa. Esta matéria mostra, a meu ver, todos os lados da tão famigerada droga, como os lados históricos, sociais, econômicos e medicinais.

Acredito que muita gente já deve ter lido, mas acredito também que muita gente não leu. O texto é longo, mas vale a pena ler. Espero que as críticas que possivelmente estarão por vir sejam embasados no tema, e não de modo superficial.

A verdade sobre a maconha
A proibição da cannabis pode ter mais a ver com interesses morais, políticos e econômicos do que com argumentos científicos. Saiba mais sobre os efeitos dela e sua influência na história da civilização.

Por que a maconha é proibida? Porque faz mal à saúde. Será mesmo? Então, por que o bacon não é proibido? Ou as anfetaminas? E, diga-se de passagem, nenhum mal sério à saúde foi comprovado para o uso esporádico de maconha. A guerra contra essa planta foi motivada muito mais por fatores raciais, econômicos, políticos e morais do que por argumentos científicos. E algumas dessas razões são inconfessáveis. Tem a ver com o preconceito contra árabes, chineses, mexicanos e negros, usuários freqüentes de maconha no começo do século XX. Deve muito aos interesses de indústrias poderosas dos anos 20, que vendiam tecidos sintéticos e papel e queriam se livrar de um concorrente, o cânhamo. Tem raízes também na bem-sucedida estratégia de dominação dos Estados Unidos sobre o planeta. E, é claro, guarda relação com o moralismo judaico-cristão (e principalmente protestante-puritano), que não aceita a idéia do prazer sem merecimento - pelo mesmo motivo, no passado, condenou-se a masturbação.

Não é fácil falar desse assunto - admito que levei um dia inteiro para compor o parágrafo acima. O tema é tão carregado de ideologia e as pessoas têm convicções tão profundas sobre ele que qualquer convite ao debate, qualquer insinuação de que estamos lidando mal com o problema já é interpretada como "apologia às drogas" e, portanto, punível com cadeia. O fato é que, apesar da desinformação dominante, sabe-se muito sobre a maconha. Ela é cultivada há milênios e centenas de pesquisas já foram feitas sobre o assunto. O que tentei fazer foi condensar nestas páginas o conhecimento que a humanidade reuniu sobre a droga nos milênios em que convive com ela.



Por que é proibido?

"O corpo esmagado da menina jazia espalhado na calçada um dia depois de mergulhar do quinto andar de um prédio de apartamentos em Chicago. Todos disseram que ela tinha se suicidado, mas, na verdade, foi homicídio. O assassino foi um narcótico conhecido na América como marijuana e na história como haxixe. Usado na forma de cigarros, ele é uma novidade nos Estados Unidos e é tão perigoso quanto uma cascavel." Começa assim a matéria "Marijuana: assassina de jovens", publicada em 1937 na revista American Magazine. A cena nunca aconteceu. O texto era assinado por um funcionário do governo chamado Harry Anslinger. Se a maconha, hoje, é ilegal em praticamente todo o mundo, não é exagero dizer que o maior responsável foi ele.

Nas primeiras décadas do século XX, a maconha era liberada, embora muita gente a visse com maus olhos. Aqui no Brasil, maconha era "coisa de negro", fumada nos terreiros de candomblé para facilitar a incorporação e nos confins do país por agricultores depois do trabalho. Na Europa, ela era associada aos imigrantes árabes e indianos e aos incômodos intelectuais boêmios. Nos Estados Unidos, quem fumava eram os cada vez mais numerosos mexicanos - meio milhão deles cruzaram o Rio Grande entre 1915 e 1930 em busca de trabalho. Muitos não acharam. Ou seja, em boa parte do Ocidente, fumar maconha era relegado a classes marginalizadas e visto com antipatia pela classe média branca.

Pouca gente sabia, entretanto, que a mesma planta que fornecia fumo às classes baixas tinha enorme importância econômica. Dezenas de remédios - de xaropes para tosse a pílulas para dormir - continham cannabis. Quase toda a produção de papel usava como matéria-prima a fibra do cânhamo, retirada do caule do pé de maconha. A indústria de tecidos também dependia da cannabis - o tecido de cânhamo era muito difundido, especialmente para fazer cordas, velas de barco, redes de pesca e outros produtos que exigissem um material muito resistente. A Ford estava desenvolvendo combustíveis e plásticos feitos a partir do óleo da semente de maconha. As plantações de cânhamo tomavam áreas imensas na Europa e nos Estados Unidos.

Em 1920, sob pressão de grupos religiosos protestantes, os Estados Unidos decretaram a proibição da produção e da comercialização de bebidas alcoólicas. Era a Lei Seca, que durou até 1933. Foi aí que Henry Anslinger surgiu na vida pública americana - reprimindo o tráfico de rum que vinha das Bahamas. Foi aí, também, que a maconha entrou na vida de muita gente - e não só dos mexicanos. "A proibição do álcool foi o estopim para o 'boom' da maconha", afirma o historiador inglês Richard Davenport-Hines, especialista na história dos narcóticos, em seu livro The Pursuit of Oblivion (A busca do esquecimento, ainda sem versão para o Brasil). "Na medida em que ficou mais difícil obter bebidas alcoólicas e elas ficaram mais caras e piores, pequenos cafés que vendiam maconha começaram a proliferar", escreveu.

Anslinger foi promovido a chefe da Divisão de Controle Estrangeiro do Comitê de Proibição e sua tarefa era cuidar do contrabando de bebidas. Foi nessa época que ele percebeu o clima de antipatia contra a maconha que tomava a nação. Clima esse que só piorou com a quebra da Bolsa, em 1929, que afundou a nação numa recessão. No sul do país, corria o boato de que a droga dava força sobre-humana aos mexicanos, o que seria uma vantagem injusta na disputa pelos escassos empregos. A isso se somavam insinuações de que a droga induzia ao sexo promíscuo (muitos mexicanos talvez tivessem mais parceiros que um americano puritano médio, mas isso não tem nada a ver com a maconha) e ao crime (com a crise, a criminalidade aumentou entre os mexicanos pobres, mas a maconha é inocente disso). Baseados nesses boatos, vários Estados começaram a proibir a substância. Nessa época, a maconha virou a droga de escolha dos músicos de jazz, que afirmavam ficar mais criativos depois de fumar.

Anslinger agarrou-se firme à bandeira proibicionista, batalhou para divulgar os mitos antimaconha e, em 1930, quando o governo, preocupado com a cocaína e o ópio, criou o FBN (Federal Bureau of Narcotics, um escritório nos moldes do FBI para lidar com drogas), ele articulou para chefiá-lo. De repente, de um cargo burocrático obscuro, Anslinger passou a ser o responsável pela política de drogas do país. E quanto mais substâncias fossem proibidas, mais poder ele teria.

Mas é improvável que a cruzada fosse motivada apenas pela sede de poder. Outros interesses devem ter pesado. Anslinger era casado com a sobrinha de Andrew Mellon, dono da gigante petrolífera Gulf Oil e um dos principais investidores da igualmente gigante Du Pont. "A Du Pont foi uma das maiores responsáveis por orquestrar a destruição da indústria do cânhamo", afirma o escritor Jack Herer, em seu livro The Emperor Wears No Clothes (O imperador está nu, ainda sem tradução). Nos anos 20, a empresa estava desenvolvendo vários produtos a partir do petróleo: aditivos para combustíveis, plásticos, fibras sintéticas como o náilon e processos químicos para a fabricação de papel feito de madeira. Esses produtos tinham uma coisa em comum: disputavam o mercado com o cânhamo.

Seria um empurrão considerável para a nascente indústria de sintéticos se as imensas lavouras de cannabis fossem destruídas, tirando a fibra do cânhamo e o óleo da semente do mercado. "A maconha foi proibida por interesses econômicos, especialmente para abrir o mercado das fibras naturais para o náilon", afirma o jurista Wálter Maierovitch, especialista em tráfico de entorpecentes e ex-secretário nacional antidrogas.

Anslinger tinha um aliado poderoso na guerra contra a maconha: William Randolph Hearst, dono de uma imensa rede de jornais. Hearst era a pessoa mais influente dos Estados Unidos. Milionário, comandava suas empresas de um castelo monumental na Califórnia, onde recebia artistas de Hollywood para passear pelo zoológico particular ou dar braçadas na piscina coberta adornada com estátuas gregas. Foi nele que Orson Welles se inspirou para criar o protagonista do filme Cidadão Kane. Hearst sabidamente odiava mexicanos. Parte desse ódio talvez se devesse ao fato de que, durante a Revolução Mexicana de 1910, as tropas de Pancho Villa (que, aliás, faziam uso freqüente de maconha) desapropriaram uma enorme propriedade sua. Sim, Hearst era dono de terras e as usava para plantar eucaliptos e outras árvores para produzir papel. Ou seja, ele também tinha interesse em que a maconha americana fosse destruída - levando com ela a indústria de papel de cânhamo.

Hearst iniciou, nos anos 30, uma intensa campanha contra a maconha. Seus jornais passaram a publicar seguidas matérias sobre a droga, às vezes afirmando que a maconha fazia os mexicanos estuprarem mulheres brancas, outras noticiando que 60% dos crimes eram cometidos sob efeito da droga (um número tirado sabe-se lá de onde). Nessa época, surgiu a história de que o fumo mata neurônios, um mito repetido até hoje. Foi Hearst que, se não inventou, ao menos popularizou o nome marijuana (ele queria uma palavra que soasse bem hispânica, para permitir a associação direta entre a droga e os mexicanos). Anslinger era presença constante nos jornais de Hearst, onde contava suas histórias de terror. A opinião pública ficou apavorada. Em 1937, Anslinger foi ao Congresso dizer que, sob o efeito da maconha, "algumas pessoas embarcam numa raiva delirante e cometem crimes violentos".

Os deputados votaram pela proibição do cultivo, da venda e do uso da cannabis, sem levar em conta as pesquisas que afirmavam que a substância era segura. Proibiu-se não apenas a droga, mas a planta. O homem simplesmente cassou o direito da espécie Cannabis sativa de existir.

Anslinger também atuou internacionalmente. Criou uma rede de espiões e passou a freqüentar as reuniões da Liga das Nações, antecessora da ONU, propondo tratados cada vez mais duros para reprimir o tráfico internacional. Também começou a encontrar líderes de vários países e a levar a eles os mesmos argumentos aterrorizantes que funcionaram com os americanos. Não foi difícil convencer os governos - já na década de 20 o Brasil adotava leis federais antimaconha. A Europa também embarcou na onda proibicionista.

"A proibição das drogas serve aos governos porque é uma forma de controle social das minorias", diz o cientista político Thiago Rodrigues, pesquisador do Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre Psicoativos. Funciona assim: maconha é coisa de mexicano, mexicanos são uma classe incômoda. "Como não é possível proibir alguém de ser mexicano, proíbe-se algo que seja típico dessa etnia", diz Thiago. Assim, é possível manter sob controle todos os mexicanos - eles estarão sempre ameaçados de cadeia. Por isso a proibição da maconha fez tanto sucesso no mundo. O governo brasileiro achou ótimo mais esse instrumento para manter os negros sob controle. Os europeus também adoraram poder enquadrar seus imigrantes.

A proibição foi virando uma forma de controle internacional por parte dos Estados Unidos, especialmente depois de 1961, quando uma convenção da ONU determinou que as drogas são ruins para a saúde e o bem-estar da humanidade e, portanto, eram necessárias ações coordenadas e universais para reprimir seu uso. "Isso abriu espaço para intervenções militares americanas", diz Maierovitch. "Virou um pretexto oportuno para que os americanos possam entrar em outros países e exercer os seus interesses econômicos."

Estava erguida uma estrutura mundial interessada em manter as drogas na ilegalidade, a maconha entre elas. Um ano depois, em 1962, o presidente John Kennedy demitiu Anslinger - depois de nada menos que 32 anos à frente do FBN. Um grupo formado para analisar os efeitos da droga concluiu que os riscos da maconha estavam sendo exagerados e que a tese de que ela levava a drogas mais pesadas era furada. Mas não veio a descriminalização. Pelo contrário. O presidente Richard Nixon endureceu mais a lei, declarou "guerra às drogas" e criou o DEA (em português, Escritório de Coação das Drogas), um órgão ainda mais poderoso que o FBN, porque, além de definir políticas, tem poder de polícia.



Maconha faz mal?

Taí uma pergunta que vem sendo feita faz tempo. Depois de mais de um século de pesquisas, a resposta mais honesta é: faz, mas muito pouco e só para casos extremos. O uso moderado não faz mal. A preocupação da ciência com esse assunto começou em 1894, quando a Índia fazia parte do Império Britânico. Havia, então, a desconfiança de que o bhang, uma bebida à base de maconha muito comum na Índia, causava demência. Grupos religiosos britânicos reivindicavam sua proibição. Formou-se a Comissão Indiana de Drogas da Cannabis, que passou dois anos investigando o tema. O relatório final desaconselhou a proibição: "O bhang é quase sempre inofensivo quando usado com moderação e, em alguns casos, é benéfico. O abuso do bhang é menos prejudicial que o abuso do álcool".

Em 1944, um dos mais populares prefeitos de Nova York, Fiorello La Guardia, encomendou outra pesquisa. Em meio à histeria antimaconha de Anslinger, La Guardia resolveu conferir quais os reais riscos da tal droga assassina. Os cientistas escolhidos por ele fizeram testes com presidiários (algo comum na época) e concluíram: "O uso prolongado da droga não leva à degeneração física, mental ou moral". O trabalho passou despercebido no meio da barulheira proibicionista de Anslinger.

A partir dos anos 60, várias pesquisas parecidas foram encomendadas por outros governos. Relatórios produzidos na Inglaterra, no Canadá e nos Estados Unidos aconselharam um afrouxamento nas leis. Nenhuma dessas pesquisas foi suficiente para forçar uma mudança. Mas a experiência mais reveladora sobre a maconha e suas conseqüências foi realizada fora do laboratório. Em 1976, a Holanda decidiu parar de prender usuários de maconha desde que eles comprassem a droga em cafés autorizados. Resultado: o índice de usuários continua comparável aos de outros países da Europa. O de jovens dependentes de heroína caiu - estima-se que, ao tirar a maconha da mão dos traficantes, os holandeses separaram essa droga das mais pesadas e, assim, dificultaram o acesso a elas.

Nos últimos anos, os possíveis males da maconha foram cuidadosamente escrutinados - às vezes por pesquisadores competentes, às vezes por gente mais interessada em convencer os outros da sua opinião. Veja abaixo um resumo do que se sabe:

Câncer
Não se provou nenhuma relação direta entre fumar maconha e câncer de pulmão, traquéia, boca e outros associados ao cigarro. Isso não quer dizer que não haja. Por muito tempo, os riscos do cigarro foram negligenciados e só nas últimas duas décadas ficou claro que havia uma bomba-relógio armada - porque os danos só se manifestam depois de décadas de uso contínuo. Há o temor de que uma bomba semelhante esteja para explodir no caso da maconha, cujo uso se popularizou a partir dos anos 60. O que se sabe é que o cigarro de maconha tem praticamente a mesma composição de um cigarro comum - a única diferença significativa é o princípio ativo. No cigarro é a nicotina, na maconha o tetrahidrocanabinol, ou THC. Também é verdade que o fumante de maconha tem comportamentos mais arriscados que o de cigarro: traga mais profundamente, não usa filtro e segura a fumaça por mais tempo no pulmão (o que, aliás, segundo os cientistas, não aumenta os efeitos da droga).

Em compensação, boa parte dos maconheiros fuma muito menos e pára ou reduz o consumo depois dos 30 anos (parar cedo é sabidamente uma forma de diminuir drasticamente o risco de câncer). Em resumo: o usuário eventual de maconha, que é o mais comum, não precisa se preocupar com um aumento grande do risco de câncer. Quem fuma mais de um baseado por dia há mais de 15 anos deve pensar em parar.

Dependência
Algo entre 6% e 12% dos usuários, dependendo da pesquisa, desenvolve um uso compulsivo da maconha (menos que a metade das taxas para álcool e tabaco). A questão é: será que a maconha é a causa da dependência ou apenas uma válvula de escape. "Dependência de maconha não é problema da substância, mas da pessoa", afirma o psiquiatra Dartiu Xavier, coordenador do Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes da Escola Paulista de Medicina. Segundo Dartiu, há um perfil claro do dependente de maconha: em geral, ele é jovem, quase sempre ansioso e eventualmente depressivo. Pessoas que não se encaixam nisso não desenvolvem o vício. "E as que se encaixam podem tanto ficar dependentes de maconha quanto de sexo, de jogo, de internet", diz.

Muitos especialistas apontam para o fato de que a maconha está ficando mais perigosa - na medida em que fica mais potente. Ao longo dos últimos 40 anos, foi feito um melhoramento genético, cruzando plantas com alto teor de THC. Surgiram variedades como o skunk. No último ano, foram apreendidos carregamentos de maconha alterada geneticamente no Leste europeu - a engenharia genética é usada para aumentar a potência, o que poderia aumentar o potencial de dependência. Segundo o farmacólogo Leslie Iversen, autor do ótimo The Science of Marijuana (A ciência da maconha, sem tradução para o português) e consultor para esse tema da Câmara dos Lordes (o Senado inglês), esses temores são exagerados e o aumento da concentração de THC não foi tão grande assim.

Para além dessa discussão, o fato é que, para quem é dependente, maconha faz muito mal. Isso é especialmente verdade para crianças e adolescentes. "O sujeito com 15 anos não está com a personalidade formada. O uso exagerado de maconha pode ser muito danoso a ele", diz Dartiu. O maior risco para adolescentes que fumam maconha é a síndrome amotivacional, nome que se dá à completa perda de interesse que a droga causa em algumas pessoas. A síndrome amotivacional é muito mais freqüente em jovens e realmente atrapalha a vida - é quase certeza de bomba na escola e de crise na família.

Danos cerebrais
"Maconha mata neurônios." Essa frase, repetida há décadas, não passa de mito. Bilhões de dólares foram investidos para comprovar que o THC destrói tecido cerebral - às vezes com pesquisas que ministravam doses de elefante em ratinhos -, mas nada foi encontrado.

Muitas experiências foram feitas em busca de danos nas capacidades cognitivas do usuário de maconha. A maior preocupação é com a memória. Sabe-se que o usuário de maconha, quando fuma, fica com a memória de curto prazo prejudicada. São bem comuns os relatos de pessoas que têm idéias que parecem geniais durante o "barato", mas não conseguem lembrar-se de nada no momento seguinte. Isso acontece porque a memória de curto prazo funciona mal sob o efeito de maconha e, sem ela, as memórias de longo prazo não são fixadas (é por causa desse "desligamento" da memória que o usuário perde a noção do tempo). Mas esse dano não é permanente. Basta ficar sem fumar que tudo volta a funcionar normalmente. O mesmo vale para o raciocínio, que fica mais lento quando o usuário fuma muito freqüentemente.

Há pesquisas com usuários "pesados" e antigos, aqueles que fumam vários baseados por dia há mais de 15 anos, que mostraram que eles se saem um pouco pior em alguns testes, principalmente nos de memória e de atenção. As diferenças, no entanto, são sutis. Na comparação com o álcool, a maconha leva grande vantagem: beber muito provoca danos cerebrais irreparáveis e destrói a memória.

Coração
O uso de maconha dilata os vasos sangüíneos e, para compensar, acelera os batimentos cardíacos. Isso não oferece risco para a maioria dos usuários, mas a droga deve ser evitada por quem sofre do coração.

Infertilidade
Pesquisas mostraram que o usuário freqüente tem o número de espermatozóides reduzido. Ninguém conseguiu provar que isso possa causar infertilidade, muito menos impotência. Também está claro que os espermatozóides voltam ao normal quando se pára de fumar.

Depressão imunológica
Nos anos 70, descobriu-se que o THC afeta os glóbulos brancos, células de defesa do corpo. No entanto, nenhuma pesquisa encontrou relação entre o uso de maconha e a incidência de infecções.

Loucura
No passado, acreditava-se que maconha causava demência. Isso não se confirmou, mas sabe-se que a droga pode precipitar crises em quem já tem doenças psiquiátricas.

Gravidez
Algumas pesquisas apontaram uma tendência de filhos de mães que usaram muita maconha durante a gravidez de nascer com menor peso. Outras não confirmaram a suspeita. De qualquer maneira, é melhor evitar qualquer droga psicoativa durante a gestação. Sem dúvida, a mais perigosa delas é o álcool.



Maconha faz bem?

No geral, não. A maioria das pessoas não gosta dos efeitos e as afirmações de que a erva, por ser "natural", faz bem, não passam de besteira. Outros adoram e relatam que ela ajuda a aumentar a criatividade, a relaxar, a melhorar o humor, a diminuir a ansiedade. É inevitável: cada um é um.

O uso medicinal da maconha é tão antigo quanto a maconha. Hoje há muitas pesquisas com a cannabis para usá-la como remédio. Segundo o farmacólogo inglês Iversen, não há dúvidas de que ela seja um remédio útil para muitos e fundamental para alguns, mas há um certo exagero sobre seus potenciais. Em outras palavras: a maconha não é a salvação da humanidade. Um dos maiores desafios dos laboratórios é tentar separar o efeito medicinal da droga do efeito psicoativo - ou seja, criar uma maconha que não dê "barato". Muitos pesquisadores estão chegando à conclusão de que isso é impossível: aparentemente, as mesmas propriedades químicas que alteram a percepção do cérebro são responsáveis pelo caráter curativo. Esse fato é uma das limitações da maconha como medicamento, já que muitas pessoas não gostam do efeito mental. No Brasil, assim como em boa parte do mundo, o uso médico da cannabis é proibido e milhares de pessoas usam o remédio ilegalmente. Conheça alguns dos usos:

Câncer
Pessoas tratadas com quimioterapia muitas vezes têm enjôos terríveis, eventualmente tão terríveis que elas preferem a doença ao remédio. Há medicamentos para reduzir esse enjôo e eles são eficientes. No entanto, alguns pacientes não respondem a nenhum remédio legal e respondem maravilhosamente à maconha. Era o caso do brilhante escritor e paleontólogo Stephen Jay Gould, que, no mês passado, finalmente, perdeu uma batalha de 20 anos contra o câncer (veja mais sobre ele na página 23). Gould nunca tinha usado drogas psicoativas - ele detestava a idéia de que interferissem no funcionamento do cérebro. Veja o que ele disse: "A maconha funcionou como uma mágica. Eu não gostava do 'efeito colateral' que era o borrão mental. Mas a alegria cristalina de não ter náusea - e de não experimentar o pavor nos dias que antecediam o tratamento - foi o maior incentivo em todos os meus anos de quimioterapia".

Aids
Maconha dá fome. Qualquer um que fuma sabe disso (aliás, esse é um de seus inconvenientes: ela engorda). Nenhum remédio é tão eficiente para restaurar o peso de portadores do HIV quanto a maconha. E isso pode prolongar muito a vida: acredita-se que manter o peso seja o principal requisito para que um soropositivo não desenvolva a doença. O problema: a cannabis tem uma ação ainda pouco compreendida no sistema imunológico. Sabe-se que isso não representa perigo para pessoas saudáveis, mas pode ser um risco para doentes de Aids.

Esclerose múltipla
Essa doença degenerativa do sistema nervoso é terrivelmente incômoda e fatal. Os doentes sentem fortes espasmos musculares, muita dor e suas bexigas e intestinos funcionam muito mal. Acredita-se que ela seja causada por uma má função do sistema imunológico, que faz com que as células de defesa ataquem os neurônios. A maconha alivia todos os sintomas. Ninguém entende bem por que ela é tão eficiente, mas especula-se que tenha a ver com seu pouco compreendido efeito no sistema imunológico.

Dor
A cannabis é um analgésico usado em várias ocasiões. Os relatos de alívio das cólicas menstruais são os mais promissores.

Glaucoma
Essa doença caracteriza-se pelo aumento da pressão do líquido dentro do olho e pode levar à cegueira. Maconha baixa a pressão intraocular. O problema é que, para ser um remédio eficiente, a pessoa tem que fumar a cada três ou quatro horas, o que não é prático e, com certeza, é nocivo (essa dose de maconha deixaria o paciente eternamente "chapado"). Há estudos promissores com colírios feitos à base de maconha, que agiriam diretamente no olho, sem afetar o cérebro.

Ansiedade
Maconha é um remédio leve e pouco agressivo contra a ansiedade. Isso, no entanto, depende do paciente. Algumas pessoas melhoram após fumar; outras, principalmente as pouco habituadas à droga, têm o efeito oposto. Também há relatos de sucesso no tratamento de depressão e insônia, casos em que os remédios disponíveis no mercado, embora sejam mais eficientes, são também bem mais agressivos e têm maior potencial de dependência.

Dependência
Dois psiquiatras brasileiros, Dartiu Xavier e Eliseu Labigalini, fizeram uma experiência interessante. Incentivaram dependentes de crack a fumar maconha no processo de largar o vício. Resultado: 68% deles abandonaram o crack e, depois, pararam espontaneamente com a maconha, um índice altíssimo. Segundo eles, a maconha é um remédio feito sob medida para combater a dependência de crack e cocaína, porque estimula o apetite e combate a ansiedade, dois problemas sérios para cocainômanos. Dartiu e Eliseu pretendem continuar as pesquisas, mas estão com problemas para conseguir financiamento - dificilmente um órgão público investirá num trabalho que aposte nos benefícios da maconha.



O passado

O primeiro registro do contato entre o Homo sapiens e a Cannabis sativa é de 6 000 anos atrás. Trata-se da marca de uma corda de cânhamo impressa em cacos de barro, na China. O emprego da fibra, não só em cordas mas também em vários tecidos e, depois, na fabricação de papel, é um dos mais antigos usos da maconha. Graças a ele, a planta, original da região ao norte do Afeganistão, nos pés do Himalaia, tornou-se a primeira cultivada pelo homem com usos não alimentícios e espalhou-se por toda a Ásia e depois pela Europa e África.

Mas há um uso da maconha que pode ser tão antigo quanto o da fibra do cânhamo: o medicinal. Os chineses conhecem há pelo menos 2 000 anos o poder curativo da droga, como prova o Pen-Ts'ao Ching, considerado a primeira farmacopéia conhecida do mundo (farmacopéia é um livro que reúne fórmulas e receitas de medicamentos). O livro recomenda o uso da maconha contra prisão-de-ventre, malária, reumatismo e dores menstruais. Também na Índia, a erva já há milênios é parte integral da medicina ayurvédica, usada no tratamento de dezenas de doenças. Sem falar que ela ocupa um lugar de destaque na religião hindu. Pela mitologia, maconha era a comida favorita do deus Shiva, que, por isso, viveria o tempo todo "chapado". Tomar bhang seria uma forma de entrar em comunhão com Shiva.

O Hinduísmo não é a única religião a dar destaque para a cannabis. Para os budistas da tradição Mahayana, Buda passou seis anos comendo apenas uma semente de maconha por dia. Sua iluminação teria sido atingida após esse período de quase-jejum. Da Índia, a maconha migrou para a Mesopotâmia, ainda em tempos pré-cristãos, e de lá para o Oriente Médio. Portanto, ela já estava presente na região quando começou a expansão do Império Árabe. Com a proibição do álcool entre o povo de Maomé, iniciou-se uma acalorada discussão sobre se a maconha deveria ser banida também. Por séculos, consumiu-se cannabis abundantemente nas terras muçulmanas até que, na Idade Média, muitos islâmicos abandonaram o hábito. A exceção foram os sufi, membros de uma corrente considerada mais mística e esotérica do Islã, que, até bem recentemente, consideravam a cannabis fundamental em seus ritos.

Os gregos usaram velas e cordas de cânhamo nos seus navios, assim como, depois, os romanos. Sabe-se que o Império Romano tinha pelo menos conhecimento dos poderes psicoativos da maconha. O historiador latino Tácito, que viveu no século I d.C., relata que os citas, um povo da atual Turquia, tinham o costume de armar uma tenda, acender uma fogueira e queimar grande quantidade de maconha. Daí ficavam lá dentro, numa versão psicodélica do banho turco.

Graças ao contato com os árabes, grande parte da África conheceu a erva e incorporou-a aos seus ritos e à sua medicina - dos países muçulmanos acima do Saara até os zulus da África do Sul. A Europa toda também passou a plantar maconha e usava extensivamente a fibra do cânhamo, mas há raríssimos registros do seu uso como psicoativo naquele continente. Pode ser que isso se deva ao clima. O THC é uma resina produzida pela planta para proteger suas folhas e flores do sol forte. Na fria Europa, é possível que tenha se desenvolvido uma variação da Cannabis sativa com menos THC, já que não havia tanto sol para ameaçar o arbusto.

O fato é que, na Renascença, a maconha se transformou no principal produto agrícola da Europa. E sua importância não foi só econômica: a planta teve uma grande participação na mudança de mentalidade que ocorreu no século XV. Os primeiros livros depois da revolução de Gutemberg foram impressos em papel de cânhamo. As pinturas dos gênios da arte eram feitas em telas de cânhamo (canvas, a palavra usada em várias línguas para designar "tela", é uma corruptela holandesa do latim cannabis). E as grandes navegações foram impulsionadas por velas de cânhamo - segundo o autor americano Rowan Robinson, autor de O Grande Livro da Cannabis, havia 80 toneladas de cânhamo, contando o velame e as cordas, no barco comandado por Cristóvão Colombo em 1496. Ou seja, a América foi descoberta graças à maconha. Irônico.

Sobre as luzes da Renascença caíram as sombras da Inquisição - um período em que a Igreja ganhou muita força e passou a exercer o papel de polícia, julgando hereges em seu tribunal e condenando bruxas à fogueira. "As bruxas nada mais eram do que as curandeiras tradicionais, principalmente as de origem celta, que utilizavam plantas para tratar as pessoas, às vezes plantas com poderes psicoativos", diz o historiador Henrique Carneiro, especialista em drogas da Universidade Federal de Ouro Preto. Não há registros de que maconheiros tenham sido queimados no século XVI - inclusive porque o uso psicoativo da maconha era incomum na Europa -, mas é certo que cristalizou-se naquela época uma antipatia cristã por plantas que alteram o estado de consciência. "O Cristianismo afirmou seu caráter de religião imperial e, sob seus domínios, a única droga permitida é o álcool, associado com o sangue de Cristo", diz Henrique.

Em 1798, as tropas de Napoleão conquistaram o Egito. Até hoje não estão muito claras as razões pelas quais o imperador francês se aventurou no norte da África (vaidade, talvez). Mas pode ser que o principal motivo fosse a intenção de destruir as plantações de maconha, que abasteciam de cânhamo a poderosa Marinha da Inglaterra. O fato é que coube a Napoleão promulgar a primeira lei do mundo moderno proibindo a maconha. Os egípcios eram fumantes de haxixe, a resina extraída da folha e da flor da maconha constituída de THC concentrado. Mas a proibição saiu pela culatra. Os egípcios ignoraram a lei e continuaram fumando como sempre fizeram. Em compensação, os europeus ouviram falar da droga e ela rapidamente virou moda na Europa, principalmente entre os intelectuais. "O haxixe está substituindo o champagne", disse o escritor Théophile Gautier em 1845, depois da conquista da Argélia, que, na época, era outro grande consumidor de THC.

No Brasil, a planta chegou cedo, talvez ainda no século XVI, trazida pelos escravos (o nome "maconha" vem do idioma quimbundo, de Angola. Mas, até o século XIX, era mais usual chamar a erva de fumo-de-angola ou de diamba, nome também quimbundo). Por séculos, a droga foi tolerada no país, provavelmente fumada em rituais de candomblé (teria sido o presidente Getúlio Vargas que negociou a retirada da maconha dos terreiros, em troca da legalização da religião). Em 1830, o Brasil fez sua primeira lei restringindo a planta. A Câmara Municipal do Rio de Janeiro tornou ilegal a venda e o uso da droga na cidade e determinou que "os contraventores serão multados, a saber: o vendedor em 20 000 réis, e os escravos e demais pessoas, que dele usarem, em três dias de cadeia." Note que, naquela primeira lei proibicionista, a pena para o uso era mais rigorosa que a do traficante. Há uma razão para isso. Ao contrário do que acontece hoje, o vendedor vinha da classe média branca e o usuário era quase sempre negro e escravo.



O presente

Segundo dados da ONU, 147 milhões de pessoas fumam maconha no mundo, o que faz dela a terceira droga psicoativa mais consumida do mundo, depois do tabaco e do álcool. A droga é proibida em boa parte do mundo, mas, desde que a Holanda começou a tolerá-la, na década de 70, alguns outros países europeus seguiram os passos da descriminalização. Itália e Espanha há tempos aceitam pequenas quantidades da erva - embora a Espanha esteja abandonando a posição branda e haja projetos de lei, na Itália, no mesmo sentido. O Reino Unido acabou de anunciar que descriminalizou o uso da maconha - a partir do ano que vem, a droga será apreendida e o portador receberá apenas uma advertência verbal. Os ingleses esperam, assim, poder concentrar seus esforços na repressão de drogas mais pesadas.

No ano passado, Portugal endureceu as penas para o tráfico, mas descriminalizou o usuário de qualquer droga, desde que ele seja encontrado com quantidades pequenas. Porte de drogas virou uma infração administrativa, como parar em lugar proibido.

Nos últimos anos, os Estados Unidos também mudaram sua forma de lidar com as drogas. Dentro da tendência mundial de ver a questão mais como um problema de saúde do que criminal, o país, em vez de botar na cadeia, obriga o usuário a se tratar numa clínica para dependentes. "Essa idéia é completamente equivocada", afirma o psiquiatra Dartiu Xavier, refletindo a opinião de muitos especialistas. "Primeiro porque nem todo usuário é dependente. Segundo, porque um tratamento não funciona se é compulsório - a pessoa tem que querer parar", diz. No sistema americano, quem recusa o tratamento ou o abandona vai para a cadeia. Portanto, não é uma descriminalização. "Chamo esse sistema de 'solidariedade autoritária'", diz o jurista Maierovitch. O Brasil planeja adotar o mesmo modelo.



O futuro

Há possibilidades de uma mudança no tratamento à maconha? "No Brasil, não é fácil", diz Maierovitch, que, enquanto era secretário nacional antidrogas do governo de Fernando Henrique Cardoso, planejou a descriminalização. "A lei hoje em vigor em Portugal foi feita em conjunto conosco, com o apoio do presidente", afirma. A idéia é que ela fosse colocada em prática ao mesmo tempo nos dois países. Segundo Maierovitch, Fernando Henrique mudou de idéia depois. O jurista afirma que há uma enorme influência americana na política de drogas brasileira. O fato é que essa questão mais tira do que dá votos e assusta os políticos - e não só aqui no Brasil. O deputado federal Fernando Gabeira, hoje no Partido dos Trabalhadores, é um dos poucos identificados com a causa da descriminalização. "Pretendo, como um primeiro passo, tentar a legalização da maconha para uso médico", diz. Mas suas idéias estão longe de ser unanimidade mesmo dentro do seu partido.

No remoto caso de uma legalização da compra e da venda, haveria dois modelos possíveis. Um seria o monopólio estatal, com o governo plantando e fornecendo as drogas, para permitir um controle maior. A outra possibilidade seria o governo estabelecer as regras (composição química exigida, proibição para menores de idade, proibição para fumar e dirigir), cobrar impostos (que seriam altíssimos, inclusive para evitar que o preço caia muito com o fim do tráfico ilegal) e a iniciativa privada assumir o lucrativo negócio. Não há no horizonte nenhum sinal de que isso esteja para acontecer. Mas a Super apurou, em consulta ao Instituto Nacional de Propriedade Intelectual, que a Souza Cruz registrou, em 1997, a marca Marley - fica para o leitor imaginar que produto a empresa de tabaco pretende comercializar com o nome do ídolo do reggae.



Frases

"A popularidade da maconha explodiu em 1920, quando o álcool foi proibido"

"O consumo moderado de maconha não provoca nenhum dano sério à saúde"

"Das cordas às velas, havia 80 toneladas de cânhamo no navio de Colombo"



Para saber mais

Na livraria

O Grande Livro da Cannabis, Rowan Robinson, Jorge Zahar, 1999

A Maconha, Fernando Gabeira, Publifolha, 2000

Science of Marijuana, Leslie L. Iversen, Oxford, Ingleterra, 2000

The Pursuit of Oblivion: A Global History of Narcotics 1500-2000, Richard Davenport-Hines, Weidenfeld & Nicolson, Ingleterra, 2001

Diamba Sarabamba, Anthony Henman e Osvaldo Pessoa Jr. (organizações), Ground, 1986

Plantas de los Dioses, Richard Evans Schultes e Albert Hofmann, Fondo de Cultura Económica, México, 1982

The Emperor Wears no Clothes, Jack Herer, Green Planet Company, Inglaterra, 1994

Green Gold the Tree of Life, Chris Bennett, Lynn e Osbum, Judy Osbum, Access, EUA, 1995

Amores e Sonhos da Flora, Henrrique Carneiro, Xamã, 2002


http://super.abril.com.br/superarquivo/2002/conteudo_120586.shtml
 

Pack Man

Supra-sumo
Mensagens
16.397
Reações
13
Pontos
196
para pessoas caretas que namorem maconheiras, ou pretendem:

Maconha só tem uma coisa boa.
É ótima pro sexo, quando minha ex usava eu abusava dela.

Agora é um saco ter uma maconheira do seu lado quando não se usa esse tipo de coisa.

O clima dela vai ser sempre diferente do teu, se usar.
O risco de você ser pego do lado dela com isso é alto e vai pra cadeia como usuário.

Se ela for meio gulosa como a minha era, o risco é de ir como traficante mesmo.

Normalmente quem usa maconha nao fica só na maconha, se vai em rave vai usar maconha, vai beber e ainda vai pra bala e doce, se for em outra balada vai no caminho que estiver indo a piração.

Você com isso vai sempre estar um degrau das pirações dela e ela não quer que você entre na dela, descobri isso não só pela ex, mas ao analisar outros caso.

O careta nesse caso é o cinto de realidade, ela acha que você pode segurar ela no mundo real, ou trazer ela de volta.

Enfim se quer usar maconha saiba que você fica completamente chato para os caretas mais intimos a voce.

Sem contar que essa porra tem um cheiro forte demais e só maconheiro que não percebe.

(Vejam bem, eu estou aqui a tentar afastar os caretas como eu, de possiveis paixões com meninas que usam, porque já tive minha dose, e podem pensar, put* m**** ele fala assim, bah ninguém aqui conhece ela e se conhecer um dia ela vai dizer de primeira mesmo, porque ela é assim, logo não tenho problemas pra dizer agora)
 

Gilga

Veterano
Mensagens
3.988
Reações
4
Pontos
131
A Super é meio contraditória às vezes...Acho que ano passado teve uma outra matéria sobre a maconha falando exatamente o contrário do que tá escrito aí.
 

mike2dragon

Veterano
Mensagens
979
Reações
9
Pontos
109
desculpa não confio na super interessante comecei a ler, e parei de ler quando li que a maconha não causa vicio, meu caro, vou lhe desculpar, mas se maconha não causasse vicio não ia existir trafico,
mas também que cada um tem o seu vicio, por isso sou a favor da legalização, mas depois da legalização vaum tentar legalizar outras drogas que nem a cocaina, ai me falam "nada ver cara", nada haver o escambal, a maconha já toma espaço muito grande em nosso país, e a proxima geração não quer saber mais de narcoticos plantados, só quer saber dos sinteticos, cocaina, ecstasy e assim vai, quando legalizarem a maconha, oque a geração mais nova vai usar são drogas muito mais pesadas.
"Mas qualquer um é sujeito ao uso, inclusive o seu futuro filho, e ai vai agir de forma preconceituosa contra seu filho?"
Minah reação vai ser a seguinte, vou dar o apoio a ele e perguntar se realmente ele quer parar, com essa resposta liberal, ele não vai achar que tem nescessidade de esconder o vicio, e se voltar pras drogas vai pedir minha ajuda de novo, isso vai me lembrar o reino animal quando um filhote nasce deficiente, a mãe o mata, então quando meu filho der sinais da deficiencia fisica , dependencia quimica, ai eu lhe quebro o nariz, emancipo o mesmo, e deserdo o deliquente.
e por mim tem que descriminar mesmo essas pessoas que são a favor de drogas, put* negocio babaca, tenho varios amigos que usam e acho moh babaquice jah acho feio quando fumam cigarro, quando usam essas merdas então fico mais puto ainda.
Se hoje a sociedade está cada vez mais degenerada, é por causa de liberais, que visam quebrar a balança, entre o radicalismo eo liberalismo.

"você fala isso por que drogas que são usadas no brasil, vem de valor de baixo nivel social, se fossem os ricos que usassem você ia achar bonito"

Cara se os ricos Usassem essas porkaria e pronto, eu ia achar bom, pois muito menos gente ia usar essas porcaria eo nivel de produtividade das pessoas iriam aumentar, falar que narcoticos não diminuem a capacidade cerebral?
maluco só de falar com um maconheiro você sabe, ele tem respostas lentas, não responde ao que você fala, EU NÃo SUPORTO gente assim, e descrimino mais ainda, aqueles que não usam e pagam de ser assim 'lesado".
além de tudo, se só os ricos usassem ia ser questão de tempo até os menso favorecidos começassem a usar, porque querendo ou não narcoticos dão boa sensação no corpo.

fim de auto entrevista
espero ter esclarecido minha opnião
 

igraum

Mil pontos, LOL!
Mensagens
16.841
Reações
23.026
Pontos
1.464
Gilga;2703960 disse:
A Super é meio contraditória às vezes...Acho que ano passado teve uma outra matéria sobre a maconha falando exatamente o contrário do que tá escrito aí.

Poderia me dizer qual edição foi que você leu isso? Foi esta aqui:
g_capa_244.jpg

Se sim, acho que você se enganou.
 

Mihawk

Veterano
Mensagens
2.593
Reações
5
Pontos
132
"há um perfil claro do dependente de maconha: em geral, ele é jovem, quase sempre ansioso e eventualmente depressivo. Pessoas que não se encaixam nisso não desenvolvem o vício. "E as que se encaixam podem tanto ficar dependentes de maconha quanto de sexo, de jogo, de internet", diz."


Sorte que nunca fumei...por que se eu fumar eu to fudido intão xD...

Já sou viciado em Sexo,Jogo e Internet...kkkk





Opinião agora...

Acho que a super é bem confiável ...e se ela ta dizendo eu não tenho porque contestar muito porque ela sempre mostra boas fontes...
Mas acho assim...se começou a fumar maconha....não vai ligar de dar uma cheirada no outro dia..uma fumada num cachimbo no outro...uma balinha numa malada...e quando ver já ta viciado de tudo..

Sem contar os outros problemas que o Packman falou...todos verdadeiros..

Acho que maconheiro tem mais é que se tocar que muitas vezes por uam atitude simples de fumar um baseado pode te acarretar muitos problemas futuros...e lembrar tbm né...maconha faz bem como tratamento..não como prevenção.
 


Ratinho_off

Bam-bam-bam
Mensagens
18.315
Reações
254
Pontos
399
As pessoas não sabem o que é a maconha e não sabem o que é vício.

Acham que uma pessoa que fuma duas vezes por mês, já vai começar a cheirar e jogar sua vida no lixo.

Ai vai da cabeça de cada um...
 

Nimrod

Veterano
Mensagens
3.238
Reações
0
Pontos
147
Muito show a materia!!! Muito bom trazer a mesma pois as vezes falamos de algo e nem sabemos o que estava atras qdo aconteceu a proibiçao, e na maioria das vezes sao decisoes politicas e ficamos aqui vendidos na maneira de pensar!!!

As vezes acho a Super meiocontraditoria tb, mas as materias que li sobra a maconha nela, sempre mostravam a parte boa, os testes que nunca deram tantas coisas ruins.

Numa Super li que o canhamo é mais eficaz para se produzir papel que arvores, alem de ser usado para texteis e muitas outras coisas, so por este exemplo deveriam pesar melhor e pensar num planeta menos poluido...
 

soukaigi

Bam-bam-bam
Mensagens
9.060
Reações
6.162
Pontos
444
Eu acho que pessoas viciadas em drogas ilícitas são marginais e criminosos.
Nem tanto pelo que fazem mas a conseqüência de sustentar essa cadeia, esse mercado.
 

Figulo

Ei mãe, 500 pontos!
Mensagens
19.458
Reações
28.681
Pontos
694
Porra aposto o que vocês quiserem que o cara que escreveu isso fuma maconha...

Sem sacanagem... grande m**** a história da maconha, grande m**** se Colombo tava cheio de maconha no navio, grande m**** se já fumavam maconha cinco mil anos atrás, grande m**** se "ainda não conseguiram provar" mil efeitos nocivos da maconha... fumar maconha é proibido.
Foda... se nego vai fumar maconha que pelo menos admita que está fazendo uma coisa errada em vez de sair pegando um monte de besteira pra se justificar.
 

Figulo

Ei mãe, 500 pontos!
Mensagens
19.458
Reações
28.681
Pontos
694
Pack Man;2703941 disse:
para pessoas caretas que namorem maconheiras, ou pretendem:

Maconha só tem uma coisa boa.
É ótima pro sexo, quando minha ex usava eu abusava dela.

Agora é um saco ter uma maconheira do seu lado quando não se usa esse tipo de coisa.

O clima dela vai ser sempre diferente do teu, se usar.
O risco de você ser pego do lado dela com isso é alto e vai pra cadeia como usuário.

Se ela for meio gulosa como a minha era, o risco é de ir como traficante mesmo.

Normalmente quem usa maconha nao fica só na maconha, se vai em rave vai usar maconha, vai beber e ainda vai pra bala e doce, se for em outra balada vai no caminho que estiver indo a piração.

Você com isso vai sempre estar um degrau das pirações dela e ela não quer que você entre na dela, descobri isso não só pela ex, mas ao analisar outros caso.

O careta nesse caso é o cinto de realidade, ela acha que você pode segurar ela no mundo real, ou trazer ela de volta.

Enfim se quer usar maconha saiba que você fica completamente chato para os caretas mais intimos a voce.

Sem contar que essa porra tem um cheiro forte demais e só maconheiro que não percebe.

(Vejam bem, eu estou aqui a tentar afastar os caretas como eu, de possiveis paixões com meninas que usam, porque já tive minha dose, e podem pensar, put* m**** ele fala assim, bah ninguém aqui conhece ela e se conhecer um dia ela vai dizer de primeira mesmo, porque ela é assim, logo não tenho problemas pra dizer agora)


Realmente é uma m****... por mais que você beba os seus amigos que fumam maconha sempre estarão em outro nível de doidera... sei lá a deles parece ser bem mais engraçada...
 

LedBoy

Ei mãe, 500 pontos!
Mensagens
20.389
Reações
11.219
Pontos
749
maconha não é diferente da cocaína, crack, skunk, ecstasy, lança perfume...

Todos os entorpecentes destroem famílias,acabam com a vida do usuário que está se lixando se está definhando e matando seus próprios pais...

Esse tipo de "diversão" é proibida e não adianta querer justificar o uso de nenhuma delas, se há 200 anos nego fumava,hoje é proibido, assim como a tortura, na nossa constituição vcs estão a margemdo que é pedido pela sociedade, leiam o artigo 5º da CRFB sobre os direitos e deveres do cidadão, nas garantias fundamentais.


Portanto se querem fazer m****, vá para a Holanda que lá é liberado e mesmo assim se vc se fuder com overdose, ninguém vai te ajudar.
 

TommyAngelo

Lenda da internet
Mensagens
17.499
Reações
13.314
Pontos
1.684
Admito que não li o tópico porque tô correndo pro trabalho, mas vou ler todo depois.

E, falando em maconha, viram que hoje (acho eu) começam a funcionar as máquinas de maconha em Los Angeles (acho eu)? Vi a matéria ontem na TV.
 

Caminhoneiro Sedutor

Ei mãe, 500 pontos!
Mensagens
19.077
Reações
10.382
Pontos
774
O cara que escreveu isso com certeza é um maconheiro, e quer que o mundo aceite de bom grado que ele é um m****, um b*sta, um viciado que acha que é alguém na vida. Quer maconha? Enfie um tijolo dessa m**** verde inteiro no rabo e acenda pra ver se dá barato. [kong]

Os donos do tráfico no Brasil são figurões políticos, gente com uma imagem ilibada. São eles que ganham de verdade. Se legalizarem, eles não vão querer perder dinheiro, e continuar no negócio. Mas e a imagem deles, como fica? Todos saberão que quando era proibido, eles já eram traficantes. Por isso tenho a grande esperança de que o consumo não seja liberado.



"Ratinho_off" disse:
As pessoas não sabem o que é a maconha e não sabem o que é vício.

Acham que uma pessoa que fuma duas vezes por mês, já vai começar a cheirar e jogar sua vida no lixo.

Ai vai da cabeça de cada um...

Ratinho, não vem com esse papo não. Isso é coisa de maconheiro que acha que tá certo. Essa porra aí vicia sim, senão não teria tanto babaca gastando quase o salário todo nessa m****. Fico puto com quem diz que essa m**** não vicia... fuma essa b*sta todo dia e diz que não tá viciado! Ah pra porra, se fuder....
 

LedBoy

Ei mãe, 500 pontos!
Mensagens
20.389
Reações
11.219
Pontos
749
Pozza007;2704312 disse:
O cara que escreveu isso com certeza é um maconheiro, e quer que o mundo aceite de bom grado que ele é um m****, um b*sta, um viciado que acha que é alguém na vida. Quer maconha? Enfie um tijolo dessa m**** verde inteiro no rabo e acenda pra ver se dá barato. [kong]

Os donos do tráfico no Brasil são figurões políticos, gente com uma imagem ilibada. São eles que ganham de verdade. Se legalizarem, eles não vão querer perder dinheiro, e continuar no negócio. Mas e a imagem deles, como fica? Todos saberão que quando era proibido, eles já eram traficantes. Por isso tenho a grande esperança de que o consumo não seja liberado.





Ratinho, não vem com esse papo não. Isso é coisa de maconheiro que acha que tá certo. Essa porra aí vicia sim, senão não teria tanto babaca gastando quase o salário todo nessa m****. Fico puto com quem diz que essa m**** não vicia... fuma essa b*sta todo dia e diz que não tá viciado! Ah pra porra, se fuder....


A questão nem é essa, se vicia ou não. O problema mesmo é q vc compra com traficante, dá dinheiro pra esses terroristas urbanos comprarem armas e financiar propina e assim criando uma bola de neve que atinge principalmente quem é de bem, trabalhador...
 

Caminhoneiro Sedutor

Ei mãe, 500 pontos!
Mensagens
19.077
Reações
10.382
Pontos
774
LedBoy;2704388 disse:
A questão nem é essa, se vicia ou não. O problema mesmo é q vc compra com traficante, dá dinheiro pra esses terroristas urbanos comprarem armas e financiar propina e assim criando uma bola de neve que atinge principalmente quem é de bem, trabalhador...

Cara, eu nem quis entrar nessa questão pq da última vez um imbecil me chamou de "bitoladinho pós-Tropa de Elite". Eu já defendia essa posição muito antes. Quando um ator da Globo foi preso por ir comprar maconha no morro (uns 2 ou 3 anos atrás), eu disse que a culpa disso tudo era dos usuários. Só faltaram me matar aqui na OS.

Maconheiro não quer enxergar o óbvio: essa porra verde vicía e alimenta o tráfico. Não, pra eles tá tudo de boa, só tão fumando o deles, na paz... Repito: querem maconha? enfiem um tijolo inteiro no rabo pra ver se dá barato. [kong]
 

gutow

Bam-bam-bam
Mensagens
4.261
Reações
946
Pontos
259
Nessa época eu ainda tinha assinatura da Super. Lembro que depois de dissecar completamente a reportagem, eu fiquei maluco para experimentar maconha. Essa reportagem é parcial demais, e concordo com o Pozza que o cara que escreveu deve ser um tremendo de um maconheiro!

Mas maconha não vicia, não. Pelo menos não quimicamente. Tenho muitos amigos que fumam, mas passam meses sem fumar, e nem lembram de maconha. E a maioria de vocês realmente não sabe o que é a maconha, e não tem a menor idéia do que é um vício. Só tenho uma coisa para falar para vocês: VOCÊS PROVAVELMENTE ANDAM COM MACONHEIROS E NÃO SABEM!

Isso mesmo. Esqueçam o "dize-me com quem andas, e eu te direi quem és", pois boa parte das pessoas que fumam não faz parte do estereótipo de um maconheiro, e você provavelmente conhece muitos... mas nem imagina que essa ou aquela pessoa fuma. Sabe aquela lourinha linda da sua sala, que gosta de uma baladinha? Provavelmente ela já experimentou e até fuma junto com os amigos. Sabe aquele nerd que só tira 10 nas provas? Também há grandes chances de ele fumar.

Como eu disse antes, não há vício químico na maconha. Quando há vício, é inteiramente psicológico... mas ainda assim é raro, e não destrói a pessoa em suas relações sociais ou na sua produtividade no trabalho - a não ser que o cara tenha fumado antes de ir trabalhar, claro, pois os efeitos da maconha sempre passam, independente da quantidade que você fuma... e não deixam sequela (não a própria maconha, e sim o monóxido de carbono que você inala da queima da maconha + papel de enrolar).

Mas também concordo a maconha alimenta o tráfico, e por isso sou contra quem fuma - a não ser que a própria pessoa plante e faça uso próprio! Porra, maconha é pior que mato... dá em qualquer lugar que você jogar a semente (pelo menos é o que um amigo meu disse). E o usuário ainda vai evitar de fumar alguma coisa que o traficante tenha colocado apenas para dar volume à quantidade da droga, para render mais.
 

Caminhoneiro Sedutor

Ei mãe, 500 pontos!
Mensagens
19.077
Reações
10.382
Pontos
774
gutow;2704533 disse:
VOCÊS PROVAVELMENTE ANDAM COM MACONHEIROS E NÃO SABEM!

Isso mesmo. Esqueçam o "dize-me com quem andas, e eu te direi quem és", pois boa parte das pessoas que fumam não faz parte do estereótipo de um maconheiro, e você provavelmente conhece muitos... mas nem imagina que essa ou aquela pessoa fuma. Sabe aquela lourinha linda da sua sala, que gosta de uma baladinha? Provavelmente ela já experimentou e até fuma junto com os amigos. Sabe aquele nerd que só tira 10 nas provas? Também há grandes chances de ele fumar.

Meu chefe do emprego antigo é um advogado de sucesso, com um cargo importante em um órgão público. Nunca vi um cara fumar tanta maconha na minha vida. Ele saía do trabalho e ia fumar. Nos churrascos da empresa, fumava do início ao fim. Claro, isso não acabou com a vida dele porque a maconha ainda é uma droga relativamente barata, e ele ganha rios de dinheiro. Quem diria que ele é maconheiro? Ninguém.

Eu posso até andar com maconheiros, mas não por vontade. É gente que eu conheço, conhecidos e só, que chegam pra conversar. Pessoas pelas quais eu tenho um pouco mais de consideração, meus amigos, parentes (tirando meu pai... eu conto a história dele outro dia) são totalmente avessos à qualquer tipo de droga ilícita. Nos taxam de reacionários e caretas direto. [kong]
 

llqs

Bam-bam-bam
Mensagens
13.655
Reações
1.351
Pontos
414
Bom, eu sou contra fumar qualquer coisa, seja maconha ou cigarro.
Também sou contra quem bebe pra ficar bêbado.
 

MlK17

Veterano
Mensagens
1.943
Reações
24
Pontos
139
Pra mim, pior que os efeito no organismo dessa droga, são os efeitos sociais que ela provoca, ainda mais no Brasil, sustentando o crime organizado. E eu já falava isso antes de assistir o tal de Tropa de Elite... E passaram exatamente isso no filme.
 

soukaigi

Bam-bam-bam
Mensagens
9.060
Reações
6.162
Pontos
444
Maconha causa mais câncer que cigarro, diz estudo

REUTERS
Tamanho do texto? A A A A
HONG KONG - Fumar um cigarro de maconha equivale a um maço de cigarros de tabaco em termos de risco de câncer de pulmão, disseram cientistas da Nova Zelândia, alertando para uma "epidemia" de câncer de pulmão associada à maconha.

Estudos já haviam demonstrado que a maconha causa câncer, mas poucos estabeleceram um vínculo forte entre o uso da droga e o real incidência do câncer de pulmão.

Em artigo publicado na revista European Respiratory Journal, os cientistas disseram que a maconha lesa mais as vias aéreas porque sua fumaça contém o dobro de substâncias cancerígenas, como os hidrocarbonetos poliaromáticos, em relação aos cigarros de tabaco.

Também a forma de consumo aumenta o risco, já que os "baseados" são normalmente fumados sem um filtro adequado e até a ponta, o que aumenta a quantidade de fumaça inalada. O fumante de maconha traga mais longa e profundamente, o que facilita o depósito das substâncias cancerígenas nas vias aéreas.

"Os fumantes de maconha terminam com cinco vezes mais monóxido de carbono na corrente sanguínea [do que os tabagistas]", disse por telefone o coordenador do estudo, Richard Beasley, do Instituto de Pesquisa Médica da Nova Zelândia.

"Há concentrações mais altas de substâncias cancerígenas na fumaça de maconha. O que nos intriga é que haja tão pouco trabalho feito a respeito da maconha e tanto trabalho sobre o tabaco."

Os pesquisadores entrevistaram 79 pacientes de câncer de pulmão, na tentativa de identificar os principais fatores contribuintes, como tabagismo, histórico familiar e ocupação. Os pacientes responderam sobre o consumo de álcool e maconha.

Neste grupo de alta exposição, o risco de câncer de pulmão cresceu 5,7 vezes para pacientes que fumaram mais de um "baseado" por dia durante dez anos, ou dois "baseados" por dia durante 5 anos -- isso já levando em conta outras variáveis, como o tabagismo.

"Embora nosso estudo abranja um grupo relativamente pequeno, mostra claramente que o consumo de maconha por longo prazo aumenta o risco de câncer de pulmão", escreveu Beaseley.

"O uso da maconha já pode ser responsável por um em cada 20 casos de câncer de pulmão diagnosticados na Nova Zelândia", acrescentou ele.

"No futuro próximo, podemos ver uma 'epidemia' de câncer de pulmão ligado a esta nova substancia cancerígena. E o risco futuro provavelmente se aplica a muitos outros países, onde o crescente uso da maconha entre os jovens adultos e adolescentes está se tornando um grave problema de saúde pública."

(Por Tan Ee Lyn)
Fonte: http://www.estadao.com.br/internacional/not_int116873,0.htm

Está aí uma verdade. Isso é droga e sempre será droga.
 

apf6769

Supra-sumo
Mensagens
3.788
Reações
142
Pontos
174
Assim como alcool é uma droga que devia ser banida pela quantidade de mortes que causa....câncer, acidentes de trânsito, etc...
Nem vou começar a discussão, só acho errôneo falar de um índice tão alto de viciados.
Como o gutow falou maconha não traz vício químico e tem gente que pode fumar todos os dias durante um mês e ficar depois disso um ano sem fumar numa boa. Conheço inúmeros casos assim.
 

Eledryn

Veterano
Mensagens
3.711
Reações
12
Pontos
101
Um suicida querendo julgar as atitudes das pessoas kkkkk
Lastimável....:lol
 

Mihawk

Veterano
Mensagens
2.593
Reações
5
Pontos
132
gutow;2704533 disse:
Nessa época eu ainda tinha assinatura da Super. Lembro que depois de dissecar completamente a reportagem, eu fiquei maluco para experimentar maconha. Essa reportagem é parcial demais, e concordo com o Pozza que o cara que escreveu deve ser um tremendo de um maconheiro!

Mas maconha não vicia, não. Pelo menos não quimicamente. Tenho muitos amigos que fumam, mas passam meses sem fumar, e nem lembram de maconha. E a maioria de vocês realmente não sabe o que é a maconha, e não tem a menor idéia do que é um vício. Só tenho uma coisa para falar para vocês: VOCÊS PROVAVELMENTE ANDAM COM MACONHEIROS E NÃO SABEM!

Isso mesmo. Esqueçam o "dize-me com quem andas, e eu te direi quem és", pois boa parte das pessoas que fumam não faz parte do estereótipo de um maconheiro, e você provavelmente conhece muitos... mas nem imagina que essa ou aquela pessoa fuma. Sabe aquela lourinha linda da sua sala, que gosta de uma baladinha? Provavelmente ela já experimentou e até fuma junto com os amigos. Sabe aquele nerd que só tira 10 nas provas? Também há grandes chances de ele fumar.

Como eu disse antes, não há vício químico na maconha. Quando há vício, é inteiramente psicológico... mas ainda assim é raro, e não destrói a pessoa em suas relações sociais ou na sua produtividade no trabalho - a não ser que o cara tenha fumado antes de ir trabalhar, claro, pois os efeitos da maconha sempre passam, independente da quantidade que você fuma... e não deixam sequela (não a própria maconha, e sim o monóxido de carbono que você inala da queima da maconha + papel de enrolar).

Mas também concordo a maconha alimenta o tráfico, e por isso sou contra quem fuma - a não ser que a própria pessoa plante e faça uso próprio! Porra, maconha é pior que mato... dá em qualquer lugar que você jogar a semente (pelo menos é o que um amigo meu disse). E o usuário ainda vai evitar de fumar alguma coisa que o traficante tenha colocado apenas para dar volume à quantidade da droga, para render mais.

Falou muitas verdades Ai gutow...

E sobre a lourinha é bem meu caso..kkkk

Amigona minha..sempre que vejo ela faço de tudo pra ela parar...kkkk


E sobre o plantio...pra mim é perfeito....se quer fumar que plante o seu e se foda sozinho.:kongpositivo:
 

kenziner

Bam-bam-bam
Mensagens
12.584
Reações
59
Pontos
314
Só o fato de jogar fumaça para dentro do corpo é nocivo. Seja de maconha, cigarro ou que for. Além do mais, sendo uma substância proibida, também tem o problema social, pois é fato que são os usuários que alimentam o tráfico.
 

Maximus

Mil pontos, LOL!
Mensagens
4.087
Reações
5.260
Pontos
1.249
LedBoy;2704388 disse:
A questão nem é essa, se vicia ou não. O problema mesmo é q vc compra com traficante, dá dinheiro pra esses terroristas urbanos comprarem armas e financiar propina e assim criando uma bola de neve que atinge principalmente quem é de bem, trabalhador...

Dale Capitão Nascimento.:rox[:king]
Compartilho do seu pensamento.
 

Caminhoneiro Sedutor

Ei mãe, 500 pontos!
Mensagens
19.077
Reações
10.382
Pontos
774
apf6769;2704698 disse:
Nem vou começar a discussão, só acho errôneo falar de um índice tão alto de viciados.
Como o gutow falou maconha não traz vício químico e tem gente que pode fumar todos os dias durante um mês e ficar depois disso um ano sem fumar numa boa. Conheço inúmeros casos assim.

O cara fuma todo os dias durante um mês e não tá viciado? Igual a velhinha do Tapa na Pantera? Fuma todo dia durante 30 anos, e tb não tá viciada!

Porque todo drogado não admite que está viciado? Porque gosta de manter a ilusão de que ele tem controle sobre a droga, quando na verdade a droga manda na vida dele!


Eledryn disse:
Um suicida querendo julgar as atitudes das pessoas kkkkk
Lastimável....
:lol

Um qualquer querendo aparecer sem falar nada que preste. Patético...
Tem gente que não gosta de ouvir umas verdades e tenta se escapar atacando os outros. Isso sim é lastimável. [kong]
 

Eledryn

Veterano
Mensagens
3.711
Reações
12
Pontos
101
---------------- A sua verdade né? Ou sua verdade é a verdade do mundo, mestrão?
Se sua verdade for a verdade do mundo, somos todos suicidas covardes afim de chamar atenção num fórum de internet?
Sai pra lá kkkkk:lol
 

dwbart

Supra-sumo
Mensagens
3.526
Reações
200
Pontos
189
A maconha vicia SIM, mas não vicia fisicamente, vicia psicologicamente com certeza, mas dai vai da cabeça de cada usuário.
 

Caminhoneiro Sedutor

Ei mãe, 500 pontos!
Mensagens
19.077
Reações
10.382
Pontos
774
Eledryn;2705065 disse:
---------------- A sua verdade né? Ou sua verdade é a verdade do mundo, mestrão?
Se sua verdade for a verdade do mundo, somos todos suicidas covardes afim de chamar atenção num fórum de internet?
Sai pra lá kkkkk:lol

Não interessa se é a minha verdade ou se é a verdade da put* que pariu o FHC, o Lula, o Bush... Interessa é que tu ouviu algo que não gostou e ficou "p*t1nha dos corninhos", mas não sabendo se defender, resolveu atacar quem escreveu.

Sai pra lá você, e poste algo que tenha a ver com o tópico. Se quer me ofender gratuitamente, manda MP ou aparece aqui em casa. [kong]
 

Pack Man

Supra-sumo
Mensagens
16.397
Reações
13
Pontos
196
apf6769;2704698 disse:
Assim como alcool é uma droga que devia ser banida pela quantidade de mortes que causa....câncer, acidentes de trânsito, etc...
Nem vou começar a discussão, só acho errôneo falar de um índice tão alto de viciados.
Como o gutow falou maconha não traz vício químico e tem gente que pode fumar todos os dias durante um mês e ficar depois disso um ano sem fumar numa boa. Conheço inúmeros casos assim.
Você tem um motivo pessoal pra isso e sabe disso.
 

Eriert

Bam-bam-bam
Mensagens
9.818
Reações
78
Pontos
299
Quer dizer que os maconheiros da minha sala não vão morrer logo? droga...
 

Spetznaz

Bam-bam-bam
Mensagens
6.943
Reações
16
Pontos
249
dwbart;2705071 disse:
A maconha vicia SIM, mas não vicia fisicamente, vicia psicologicamente com certeza, mas dai vai da cabeça de cada usuário.

Granda parte do vício do cigarro comum é psicológico. A nicotina também é responsável (dependência química), mas em menor grau. E o que vemos nas ruas todos os dias? Que o cigarro é uma das drogas mais difíceis de se largar, isso é fato. Imagina com a maconha...
Muitas das pessoas se esquecem que vícios psicológicos podem ser até mais fortes que vícios químicos. Um exemplo bem cotidiano disso é o ato de roer unhas. Química zero, mas quem diz que é fácil parar com esse vício?

P.S.: antes que venham dizer que isso é mentira, saibam que ouvi isso de um ex-professor da faculdade que era fumante.
 

Pack Man

Supra-sumo
Mensagens
16.397
Reações
13
Pontos
196
Spetznaz;2705121 disse:
Granda parte do vício do cigarro comum é psicológico. A nicotina também é responsável (dependência química), mas em menor grau. E o que vemos nas ruas todos os dias? Que o cigarro é uma das drogas mais difíceis de se largar, isso é fato. Imagina com a maconha...
Muitas das pessoas se esquecem que vícios psicológicos podem ser até mais fortes que vícios químicos. Um exemplo bem cotidiano disso é o ato de roer unhas. Química zero, mas quem diz que é fácil parar com esse vício?

P.S.: antes que venham dizer que isso é mentira, saibam que ouvi isso de um ex-professor da faculdade que era fumante.
Cara eu lhe digo maconha vicia sim.
e é mesmo esse tal de vicio psicologico

era só chegar as provas de minha ex que lá ia ela relaxar, enquanto eu relaxava por causa do trabalho numa punhetinha numa tacinha de vinho, nums beijinhos e coisa e tal em minha ex gatinha haha, ela tinha sempre a necessidade de usar essa m**** fedorenta.

ficava ela e o isqueiro, porque toda hora aquela m**** apagava.
E eu a olhar ela na sacada com aquilo e eu na cama doido com aquele corpão todo e enjoado pelo cheiro daquela m****.

E eu dizia pra ela, essas coisas que você compra financia os carinhas que vão roubar teu carro querida...

Ai ela: "eu sei, mas me relaxa, me ajuda a pensar"

Então eu dizia sempre, que meditação e concentração faziam a mesma coisa, é de graça e não financiava o crime...

Mas ela mesmo reconhecia que não conseguia largar embora quisesse, sempre dizia que "eu" ia ajudar ela nisso, porque não uso, mas eu não aguentei segurar isso por muito tempo, justamente por não usar.


Sinceramente, não usem.
 
Topo Fundo