Apoio de outros candidatos é indiferente para maioria, diz Datafolha
Uma grande parcela dos eleitores de Ciro Gomes, Geraldo Alckmin e Marina Silva diz que não seria influenciada por suas recomendações no 2º turno
Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT), candidatos à Presidência da República
Apesar da expectativa em torno das articulações por apoio no segundo turno, esse tipo de movimento deve ter pouco efeito na disputa entre
Jair Bolsonaro (PSL) e
Fernando Haddad (PT) no segundo turno das eleições 2018.
Pesquisa Datafolha divulgada nesta quarta-feira mostra que a maior parte dos eleitores de candidatos derrotados no último dia 7 de outubro se diz indiferente em relação à recomendação de voto dos postulantes. O levantamento foi contratado pela
Folha de S.Paulo e pela TV Globo.
Do total de eleitores entrevistados pelo instituto, 72% afirmaram que não faz diferença o apoio de Marina Silva (Rede), oitava colocada no primeiro turno com 1% dos votos.
O apoio de Geraldo Alckmin é considerado irrelevante para 69% dos eleitores, enquanto o de Ciro Gomes não teria influência para 63% dos entrevistados. Ciro ficou em terceiro lugar na disputa, com 12,67% dos votos e Alckmin, em quarto, com 4,75%.
Eleitores indiferentes
Quando a pergunta é direcionada aos eleitores declarados dos três candidatos há uma maior divisão. Entre quem votou em Marina, 50% se dizem indiferentes em relação a um apoio da candidata, enquanto 36% poderiam levar isso em conta.
Embora a ex-senadora tenha anunciado que irá fazer oposição a qualquer governo, seu partido, a Rede, recomendou oficialmente que seus filiados não votem em Bolsonaro – mas a legenda não assume apoio a Haddad.
No caso de Ciro Gomes, cujo PDT anunciou “apoio crítico” ao candidato petista, 48% de seus eleitores consideram a possibilidade de votar em quem o ex-governador cearense recomendar – 44% se dizem indiferentes.
O eleitorado de Geraldo Alckmin (PSDB) é o que demonstra maior independência em relação a uma eventual recomendação do tucano: 57% se dizem indiferentes enquanto só 29% votariam em quem ele apoiasse. Alckmin já anunciou que ficará neutro na disputa.
Disputa
Na primeira
pesquisa Datafolha divulgada após o primeiro turno das eleições de 2018, Bolsonaro tem 58% dos votos válidos contra 42% de Haddad. A contagem não considera votos brancos, nulos e indecisos.
Considerando as respostas de todos os entrevistados, o deputado federal do PSL mantém a dianteira com 49% das intenções de voto, enquanto o ex-prefeito paulistano tem 36%. Brancos e nulos somam 8% enquanto não sabe ou não respondeu representam 6% do total.
O instituto ouviu 3.235 pessoas nesta quarta-feira. A margem de erro é de dois pontos porcentuais, para mais ou para menos. O levantamento, contratado pela
Folha de S.Paulo e TV Globo, foi registrado no TSE com o número BR-00214/2018.
Fonte
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Rede anuncia posição no 2º turno: não votem em Bolsonaro
Em comunicado, partido de Marina Silva criticou 'as práticas condenáveis do PT', mas afirmou que projeto do candidato do PSL ameaça a democracia
Marina Silva teve 1% dos votos válidos no primeiro turno
O partido
Rede Sustentabilidade, da candidata derrotada Marina Silva,
divulgou nota na madrugada desta quinta-feira e se declarou contra Jair Bolsonaro (PSL) no segundo turno das eleições presidenciais. O partido teceu críticas ao PT, de Fernando Haddad, mas foi incisivo ao recomendar que seus eleitores “não destinem nenhum voto” ao presidenciável do PSL.
“É impossível ignorar que o projeto de
Bolsonaro, conforme tem sido reiteradamente afirmado, representa um retrocesso brutal e inadmissível em três pontos muito caros aos princípios e propósitos da Rede. Primeiro, promete desmontar inteiramente a estrutura de proteção ambiental existente no país, conquistada ao longo de décadas, por gerações de ambientalistas (…). Segundo, é um projeto que despreza direitos humanos e a diversidade existente na sociedade, promovendo a incitação sistemática ao ódio, à violência e à discriminação. Por fim, é um projeto que ameaça a democracia e põe em xeque as conquistas históricas desde a Constituinte de 1988″, afirmou o comunicado.
Na nota, o partido também criticou “as práticas condenáveis do PT”, mas reiterou a seus eleitores que não votem no candidato do PSL. “[A Rede] não tem ilusões quanto às práticas condenáveis do PT, dentro e fora do governo. No entanto, frente às ameaças imediatas e urgentes à democracia, aos grupos vulneráveis, aos direitos humanos e ao meio ambiente, a Rede Sustentabilidade recomenda que seus filiados e simpatizantes não destinem nenhum voto ao candidato Jair Bolsonaro e, isso posto, escolham de acordo com sua consciência votar da forma que considerem melhor para o país”, completa a nota. A Rede se declarou ainda oposição democrática a qualquer um dos governos que vencer.
No primeiro turno das eleições, Marina Silva teve 1.069.577 votos, representando 1% dos votos válidos. Ela foi a oitava colocada entre os treze que concorreram ao cargo de Presidente da República em 2018.
Fonte
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Recolha-se à sua insignificância, Marina Melancia.