Miyamoto é um tipo de pessoa que prefere restringir elementos de história e caracterização em jogos do Mario. Para ele, essas coisas são totalmente dispensáveis na franquia e o gameplay é o rei. Enquanto concordo que o gameplay deve ser totalmente priorizado, acho que ter uma trama, uma caracterização a mais ou pelo menos um vilão diferente não doí.
O problema é que essa visão dele acabou prejudicando um dos spin-offs que tinham esses elementos: Paper Mario, feito pela Intelligent Systems (Fire Emblem, Advance Wars, etc.). Paper Mario era uma série conhecida por trazer histórias e personagens bem interessantes a série, porém, isso tudo mudou quando ele sugeriu algo na produção do quarto jogo, Sticker Star: Segundo uma parte do
Iwata Asks do game, enquanto ele conversava com a equipe, ele disse: "A série já era boa sem história, então, para quê uma? Utilize apenas personagens do universo Mario".
Kensuke Tanabe, um dos produtores do jogo, também cita uma pesquisa do Club Nintendo sobre o antecessor Super Paper Mario (o jogo com a história mais elaborada da série inteira, contendo bastante diálogo e lore), onde apenas 1% das pessoas mencionaram ter ser interessado pela história enquanto muitos gostaram da mêcanica de "flippar" entre 2D e 3D. Porém, se você perguntar para a maioria dos fãs da série, nenhum deles sabia da existência da tal pesquisa que se eles se basearam para julgar a recepção do plot.
Resultado: Sticker Star é o "satã" da série para muitos fãs, contendo quase nada do que a fez ser popular, além de possuir um sistema de batalha aborrecedor e até mesmo quase inútil.
Enquanto Miyamoto não é o culpado central de Paper Mario ter sido "despido" do que as pessoas gostavam nela, essa péssima sugestão foi o fogo que acendeu o pavio do problema e temo que ele tenha o mesmo tipo de opinião em relação ao desenvolvimento do roteiro do filme.
