Não há nada de bom em uma ideologia que defende o
roubo, a expropriação de propriedade privada honestamente adquirida, a violência contra inocentes, o controle, a destruição do indivíduo. O socialismo não é o contrário do capitalismo. Dado que o socialismo é anti-civilização e anti-prosperidade. Na realidade, o socialismo é a antítese da
civilização.
Roderick Long explica bem essa falsa dicotomia.
O socialismo é o inferno na terra.
Você deveria ter mais cuidado e ser mais rigoroso nas suas definições e análises. Sob o perigo de cair no puro palpitismo. (não entenda isso como algo ofensivo, é só uma dica).
Em princípio, suas definições de "centro-direita" e espectro político-ideológico são falhas e muito pouco objetivas. É impossível objetivar todo espectro político-ideológico em uma única linha unidimensional. Para isso existe o diagrama de Nolan,
bidimensional (liberdade individual x liberdade econômica)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Diagrama_de_Nolan
Continuando, o
Libertarianismo e o Conservadorismo clássico tem muitas coisas em comum. Tanto o libertarianismo quanto o conservadorismo clássico, são vertentes filosóficas do liberalismo clássico de raízes
lockeanas e aristotélico-tomistas. E esse tem como principal influenciador, a
Escolástica da Igreja Católica.
Os conservadores clássicos, tal qual os liberais clássicos e os libertários, defendiam os princípios de direitos naturais:
que não lhe tirem a vida, que não lhe tomem a propriedade honestamente adquirida, que não lhe tirem a liberdade (desde que você não agrida ou coaja terceiros). Esse movimento conservador clássico, tem como maior expoente o filósofo
Edmund Burke, Locke e os
founding fathers da revolução americana. Conservadores e favoráveis ao
Laissez-faire, e ao governo só cabia a proteção da propriedade privada, vida e liberdade.
Genuínos conservadores dessa época nunca defenderam intromissão na vida alheia. Exemplificando, eles são
moralmente contra o uso de drogas, mas sempre se opuseram veementemente a qualquer tentativa do governo de
moldar a sociedade, pois sabem que as conseqüências que isso gera são ainda piores.
Genuínos conservadores dessa época defendiam que a melhor maneira de se resolver problemas é por meio do
voluntarismo, da responsabilidade própria, da família, dos amigos e da igreja, e não através de um governo monolítico que miraculosamente fará com que o indivíduo passe a cuidar de si próprio e se torne uma pessoa melhor. Conservadores genuínos sabem que o governo não pode fazer com que o indivíduo se aprume e passe a seguir bons hábitos.
O genuíno conservadorismo possui uma de suas raízes na chamada
Old Right americana, que era um movimento liderado por pessoas que passaram a ser desdenhosamente chamadas de isolacionistas, simplesmente porque se recusavam a aceitar que o estado se intrometesse em outros países. Essas mesmas pessoas também nunca aceitaram que o estado se intrometesse na vida do indivíduo dando-lhes ordens sobre como deveriam viver. E por motivos obviamente conservadores --
a família e a religião é que deveriam ser o norte da vida de cada indivíduo, e não os políticos e burocratas do estado.
Eu sou adepto de uma vertente do Libertarianismo conhecida como
Paleolibertarianismo. Defendo uma ética libertária, e uma moral conservadora.
Nas definições clássicas de ética e moral, ética seria a busca pelo princípios do certo objetivo de forma universal, e moral seria aqueles conjuntos de valores que são bons para a convivência e harmonia humana. Porém a moral é subjetiva, e você não pode impo-la a ninguém. Já a ética, esta sim é objetiva e universal.
Exemplificando, eu defendo que as pessoas tenham a liberdade de usarem drogas se quiserem. Porém eu nunca irei endossar tal comportamento, por achá-lo nocivo. E tenho total direito de expressar minha opinião em recriminar moralmente tal comportamento, inclusive.
Quanto a sua análise em dizer que libertários defendem o livre-mercado em tudo sob a "pecha" de que este se auto-regula. Isso não é por mera crendice, e sim porque libertários estudaram e entenderam tantos os problemas
éticos em iniciar agressão a propriedade de inocentes, quanto os problemas
econômicos oriundos de controle do mercado.
É justamente por não acreditar que um monopólio irá regular corretamente, pois não tem nenhum incentivo para faze-lo (corrupção e principalmente, o
problema da dispersão do conhecimento de
Hayek). Como também reconhecer que um problema não pode ser resolvido por apenas uns poucos iluminados.
Dizer que o mercado tem a melhor solução para um problema, é ter a humildade em reconhecer que existem pessoas
melhores do que nós para resolverem problemas (também conhecido como o problema do rato).
E são exatamente os que defendem o controle do mercado, é que
superestimam a capacidade do mesmo. Dado que acreditam que mesmo o mercado sendo rigorosamente regulado e controlado pelo estado, ainda assim isso não trará nenhuma consequência econômica e a capacidade do mercado continuará intacta.