Cara, eu li, estava gostando até certo ponto, daí o peso da mão do nitpicking ficou muito forte a partir de um certo momento, mas li tudo, eu fiz um multi quote com as partes que eu achei mais marcantes mas não tenho tempo pra comentar individualmente, talvez amanhã, mas vou comentar a parte do portão como exemplo, sei que não devemos nos acostumar com aquilo que não faz sentido, mas é algo que existe em todas as obras de ficção, quando os personagens que acompanhamos se refugiam numa fortaleza, com o perigo os seguindo (zumbis,fogo, monstros, inimigos, animais selvagens, naves inimigas) sempre vai ter gente no portão dessa fortaleza dizendo "vem vem vem!", as vezes com armas e ajudando, as vezes não.
Não tem como não observar isso como puro nitpicking, perceba, apesar de eu ter mandado uns posts ironicos por aí, eu me esforço pra buscar outros motivos para a insatisfação de vcs que não seja chamar de nazista facista homofobico taxista.
Mas sim, existe uma sequencia de eventos que faz com que o jogo possa acontecer dali em diante, o encontro na sorte (totalmente possível, tenho situações na vida real que vc não acreditaria, tipo encontrar pessoas aleatoriamente no Rock in Rio, sem saber que elas estavam lá), os nomes, e tudo mais, e ainda bem que essa sequencia aconteceu, se não, o jogo acabaria rapidamente. Tambem a aceitaria de outros jeitos, não nego que a chegada da Ellie na mansão sem tantos infectados em volta é engraçada, mas enfim aceitaria outras formas desde que chegasse no mesmo resultado:
Joel morresse e Ellie visse que o matou, do contrário o excelente desenrolar desse jogo não seria possível, tive que zerar 2 vezes pois eu quis vivenciar novamente a jornada da Ellie e Abby.
Outro coisa que eu senti, foi um grande desejo/exigência de que os personagens (principalmente Joel e Abby) tenham cárater/personalidade unidimensional, geralmente nos momentos do texto em que se fala em "traição da sua própria personalidade/caráter" eu vejo isso, eles tem que ser assim e assado, como se fossem androides programados, e não seres humanos mutáveis e falíveis.
Quer ver uma coisa, vc diz com todas as palavras que Joel não salvaria a Abby naquela situação, mas a ND na parte que vc controla a Abby poderia colocar vc controlando o Joel, e num determinado momento da confusão, visse uma mulher quase sendo quase devorada, vc
@Bloodstained ao ver essa situação num jogo de videogame, salva o personagem em perigo ou dá meia volta e diz: "Não vou salva-la" Joel não faria isso
hahaha Mas aí reclamariam que o jogo nos obriga a salvar nosso futuro homicida por conveniencia de roteiro.
Mas a gente nunca vai concordar mesmo, tem até um que me chamou atenção, que mostra o quanto vc quer que o jogo seja tão ruim como pensa que é na sua mente, vc afirma, categoricamente, com enorme propriedade, como se fosse o próprio criador do Joel em TLOU 1:
"Cinco anos em Jackson
não seriam suficientes para tornar Joel/Tommy tão benevolente e disposto a confiar em estranhos"
Porque não? Eu digo tranquilamente que sim, e isso muda toda a percepção do jogo...
Apenas um comentário isolado por favor não considere isso que vou dizer como argumento em favor de Joel e Tommy, essa discussão até me lembrou casos da vida real que, geralmente pessoas que levam uma vida "olhando por cima do ombro", que tem um passado sombrio, que "devem no cartório", que fogem de alguém/organização ou assumem outras identidades e passam anos sendo extremamente cautelosas e são pegas em erros grosseiros e patéticos, tipo, ir na delegacia pra registrar B.O por ter perdido a carteira ou vão dar entrevista na TV ou coisas desse tipo...não sei se entendeu o que quis dizer