O grande problema é criar esta confusão conceitual entre importunação e violência sexual. As feministas estão há anos nesta cruzada de "cultura do estupro" e de "assédio" para justificar a continuidade da suposta luta. O que ela faz é tamanho desserviço com o discussão pública quanto a violência sexual. Hoje estupro/assédio (a fronteira entre ambos está caindo) pode ser um assovio na rua, um elogio de um colega, uma foto que um tarado tira ou um homem quer orca s uma mulher a fazer sexo com ele. Está tudo na mesma bandeja.
Uma mulher de classe média alta que é importunada na beira da logoa projeta uma imagem de opressão e perseguição como se ela estivesse no mesmo patamar na escala de sofrimento da menina da favela que é estuprada por um traficante e que, no entanto, não pode fazer nada senão a sua família será morta, mas imagine com quem a polícia, a classe intelectual e a mídia se preocupa mais? A menina da favela ou a mulher de classe média alta?
O feminismo não entra nas vielas dos morros, ao contrário, estimula a cultura do funk que ajuda aliciar menores para a prostituição e o tráfico de mulheres em nome do "empoderamento feminino", como se o mundo fosse um grande sofá da sala de estar de uma menina rica criada em apartamento de um bairro de elite de alguma metrópole qualquer.
Fora que Isso deixa de ser um ato único, de um homem, e passa a ser um ente abstrato: o "machismo", o "patriarcado" que precisa ser destruído na luta do feminismo. O criminiso é tratado como vítima social, a sociedade como culpada que deve ser julgada pelo tribunal progressista.