A
falácia nirvana é um nome dado para uma
falácia informal que consiste em comparar uma situação real ou de possível existência com uma outra irreal, utópica e perfeita.
[1] Assim sendo, ela ignora que qualquer proposta de possível melhora para determinado problema é, frequentemente, preferível em detrimento de uma outra solução que sequer possui meios de se concretizar. O nome nirvana vem justamente do conceito budista de
nirvana, que é associado a um estado de máxima perfeição. Ademais, a falácia nirvana é conceitualmente próxima da
falácia da solução perfeita.
A falácia nirvana assume que se uma ação não é perfeita para um problema, ela não merece ser levada a sério. Falando-se dessa maneira fica óbvio o erro que a mesma carrega. Entretanto, essa falácia costuma aparecer de modo mais sutil.
Desse modo, tal falácia cria uma
falsa dicotomia que apresenta uma opção que é, obviamente, vantajosa —e, ao mesmo tempo, completamente implausível. Portanto, uma pessoa usando a falácia nirvana pode atacar qualquer ideia contrária a sua, pois tal ideia adversária será sempre imperfeita. Sob essa falácia, a escolha não se dá entre propostas, de fato, executáveis, mas, sim, entre uma proposição alcançável e outra irrealista.
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