Vocês são contra ou a favor se piratear?
Eu acho complicado. Eu entendo que o pessoal tem que lucrar sobre o trabalho, mas ao mesmo tempo acho que você está criando escassez de algo que bilhões de habitantes da terra poderiam usufruir ao mesmo tempo, sem diminuir em nada o produto.
Voce tem razão. Ideias não são escassas. Ao "copiar" uma ideia, voce não muda a ideia na cabeca de quem e teve, ela não deixa de existir, nem tampouco agride ou evita que a pessoa tenha lucro. Cabe a ela saber explorar a ideia melhor do que voce. O que ocorre, é que se uma pessoa tinha a ideia, agora duas tem, e se voce contar a um terceiro, agora 3 a tem sem nenhum dos anteriores ter deixado de te-la.
Percebe?
E tem umas coisas meio absurdas, tipo de livro o copyright ser de vida do autor + 70 anos. Faz sentido uma lei querer garantir não só a vida do autor, mas a dos filhos e netos dele? Isso me parece claro ser interesse tipo da Disney, e outras grandes corporações, e não uma questão de justiça ao autor.
É exatamente para isso que patentes servem. Ceder e manter monopólios.
Evitando a concorrência, e consequente inovação. Pois se eu tenho monopolio, não preciso ser melhor, não preciso me aprimorar,. O mercado já é meu.
Música acho que hoje não é lá muito justificável, já que tem o streaming. Mas fico pensando, é hipocrisia condenar a pirataria de música, porque se não fosse a pirataria, não haveria esses streamings.
Imagine se tivéssemos que pagar direitos autorais por "parabens para voce" se voce for organizador de festas, imagine um cantor pequeno que canta em boates fim de semana, precisando pagar royalites para Roberto Carlos. Isso na verdade somente favorece gravadoras que geralmente são grande donas dos direitos autorais de muito que se faz. A "pirataria" ajudou até o publico a ficar mais proximo do cantor/artista. Que agora precisa fazer shows, novas musicas, etc para se manter relevante e com grana. Isso so gera mais empregos, movimenta profissões como pessoas que cuida do show, etc. Nada é perdido por poder copiar ou divulgar uma musica. Só temos a percepção de perda, pois aceitamos que os ganhos ABSURDOS anteriores eram "justos".
Livro é o mais complicado, porque se por um lado é algo que é cultura, e que não devia ser sujeito a restrição (inclusive estava lendo que uma coisa que fez a alemanha avançar muito culturalmente no século XVIII e XIX foi a liberdade de reprodução de livro sem copyright, ao contrário da Inglaterra), por outro é algo que tem um volume bem menor de vendas e que o autor depende mais. Também tem um fato, os livros não surgem do nada, o autor utilizou toda uma cultura que não é dele para construir a obra.
Voce citou um bom ponto. Se devemos pagar "direitos autorais", deveriamos pagar por usar a linguagem, o português, o ingles, etc. Afinal, não fomos nós que inventamos. E autores usam a linguagem, usam fatos e coisas já existentes etc. Mas não importa, pois é a mesma coisa, copiar não destrói ou altera o original.
Mas voce ainda pode vender seu livro, por exemplo de papel, pois afinal papel eh um recursos escasso.
Desculpe a falta de tempo vou apenar copiar e colar pq eu já defendi isso umas 10x no forum.
Livro
Contra propriedade intelectual
Pode ser lido online pois
o autor não pede direitos autorais..
Pode tambem comprar a
versao fisica. Pois, pásmem,
ai sim ele gastou recursos escassos para distribuir o livro.
Ideias não são recursos escassos, portando não podem ser consideradas "propriedade".
Já artigo científico... Difícil defender, ne? Pagar 20 doletas num artigo que o autor nãi vai ganhar quase nada, quem vai ganhar é uma multinacional cujos executivos fumam charutos acendendo com notas de 100 dólares... Fora o interesse público enorme em pesquisa científica, e o que eu disse em relação a livros, de não ser propriamente criação deles, mas um produto de uma cultura que eles estão inseridos, vem com muito mais força em artigos científicos.
Uma empresa pesquisa para criar um produto geralmente. Que nada mais é do que a solução para um problema.
Digamos, pilula contra o câncer.
A empresa pesquisa pois ela sabe que, se ela descobrir, ela vai ganhar rios de dinheiro.
Mas, se apenas a empresa puder comercializar, ela vai por o preço que desejar. Patente faz isso.
Mas se não houver uma patente, outra empresa pode fazer engenharia reversa ou pesquisa semelhante, e criar uma pilula mais barata e com menso efeitos colaterais.
Olha. Mais pessoas curadas de cancer. Qual mal mesmo nisso?
A primeira empresa continua ganhando, se ela nao ganhar, é porque relaxou e deixou seu produto ficar obsoleto e muito caro.
PS: E mesmo não pirateio quase nada. Talvez um seriado ou outro. ^^
Se eu leio um livro digital bom. Tento pegar versao eBook ou fisica. Jogos eu so compro original a anos e anos. Mas, a ideia de direitos autorais em si, não se sustenta logicamente.
Sugiro muito o livro que linkei.
Para não perder o hábito. Segue textão sobre o assunto:
A pirataria como uma função de mercado
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Diversos Autores
Em termos de marketing, a maneira mais efetiva de lançar novos produtos é através do uso de amostras grátis. Em 1978, a Lever Brothers (
precursora da Unilever) gastou US$ 15 milhões (US$ 47,69 milhões corrigidos pela inflação para o ano de 2007, ano em que foi escrito esse artigo) para entregar amostras grátis de
Signal Mouthwash (
um desinfetante bucal) a dois terços de todos os domicílios americanos. A estratégia foi um sucesso e o produto permaneceu no mercado até os anos 1990.
A importância da amostra grátis é que ela faz o produto chegar às mãos dos consumidores, de modo que se possa testá-lo. Se os consumidores usam a amostra e gostam, é provável que eles acabem comprando o produto repetidas vezes, isto é, se tornem compradores assíduos; eles podem até mesmo falar bem do produto para outras pessoas, o que levaria a mais compras. Quando começarem a ocorrer compras repetidas e propaganda boca-a-boca favorável, as vendas do produto dispararão e o corpo de diretores irá considerar o produto um sucesso.
A utilização de amostras grátis é o melhor método de introduzir novos produtos, mas também é o mais caro. Não é nenhuma surpresa, portanto, que a revista
Forbes ASAP [1][2][3]Cory Doctorow, que por três anos distribuiu gratuitamente 700.000 cópias eletrônicas de seu livro
Down and Out in the Magic Kingdom. Após isso, as vendas da versão impressa chegaram a seis edições e superaram todas as expectativas da editora. Doctorow disse que muitas das pessoas que fizeram download do livro não compraram a versão impressa e provavelmente não iriam comprá-la, mesmo se não tivessem feito o download; mas o fato é que a distribuição gratuita criou um burburinho considerável e uma minoria significante realmente acabou por comprar a versão impressa. Compare essa experiência com a ocorrida com o Mises Institute e o livro Omnipotent Government.
[4][1][2]“How the RIAA Litigation Process Works” de Ray Beckerman, e entenda como a
Recording Industry Association of America (RIAA – Associação da Indústria Fonográfica Americana) usa táticas duvidosamente legítimas para processar adolescentes e idosos, ao invés de inventar uma maneira criativa de utilizar lucrativamente o sistema P2P de compartilhamento de arquivos.
[3][4]Omnipotent Government, de Ludwig von Mises, dispararam após o livro ter sido disponibilizado para leitura completa on-line. Apenas algumas semanas após o livro ter sido disponibilizado, o Instituto já havia vendido mais cópias do que em toda a última década. A editora original, que estava cobrando direitos autorais pela disponibilização gratuita da obra, repentinamente desfrutou de uma enorme onda de novos pedidos por parte do Instituto, que já estava com os estoques esgotados. E as idéias do livro – que fala sobre a política econômica do nazismo e prova que comunismo e nazismo são ideologias praticamente similares -, até então pouco conhecidas, em poucas semanas se disseminaram, sendo citadas por inúmeros comentaristas e blogueiros. [N. do T.]
Artigo original aqui
Autor: Jerry Kirkpatrick é professor de marketing e negócios internacionais da California State Polytechnic University, Pomona, e autor de In Defense of Advertising: Arguments from Reason, Ethical Egoism, and Laissez-Faire Capitalism.
http://foda-seoestado.com/pirataria-como-uma-funcao-de-mercado/
Outros artigos muito bons:
http://foda-seoestado.com/propriedade-intelectual-e-direitos-de-propriedade/
http://foda-seoestado.com/propriedade-intelectual-o-monopolio-estatal-contra-propriedade-genuina/
http://foda-seoestado.com/o-argumento-libertario-contra-direitos-de-propriedade-intelectual/
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=17