Hereditary (2018)
Que doideira de filme rapaz, muito bom. Decidi ver porque é do mesmo roteirista e diretor do Midsommar, filme excelente que está entre meus favoritos do gênero, mas esse aqui achei um pouquinho mais pesado. Tomei uns cagaço como sempre tomo vendo filme de terror, o diretor consegue trazer certa calmaria em algumas cenas, traz períodos diurnos, não trabalha só à noite, mas quando decide assustar consegue mesmo, put* que pariu que loucura meu irmão, para pessoas sensíveis não é recomendado, principalmente à noite hehe. Achei que tem uma pegada mais padronizada de terror, diferente do Midsommar que sai um pouquinho da caixinha desse gênero que é difícil de sair dessa zona de conforto, por isso ainda acho o Midsommar melhor.
O roteiro e a direção são maravilhosos, o Ari Aster sempre consegue trazer excelentes diálogos envolvendo seus personagens traumatizados, o que faz com que os atores, principalmente os protagonistas entreguem sempre um excelente trabalho, esse aqui o destaque vai para a atriz protagonista que nunca tinha visto, mas a mulher manda bem demais, traz toda uma tensão, sensação de sofrimento e desespero. O ator que faz o filho dela, eu pensava que ia ser só mais um adolescente burrinho, mas, mesmo assim o cara atua bem demais, o mesmo vale para a atriz criança. No midsommar a gente tem um foco na atriz principal que é excelente, mas nessa aqui o grupo familiar entrega muito bem uma verdadeira orquestra de terror psicológico e sobrenatural.
O diretor é um verdadeiro achado, esse aqui mesmo sendo seu filme inicial e com pouco orçamento, o cara não precisa de muito, a cinematografia, os cortes, a trilha e os cenários são muito bons, com ângulos que muitas vezes focam no rosto do personagem dando aquela visão crua da expressão e nítida, com cores bem destacadas. Excelente filme, recomendo.