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Guerra da Ucrânia - Tópico oficial

Zefiris Metherlence

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Abaixo as perdas ucranianas entre ontem e hoje pela perspectiva do ministério de Defesa russo:
- 1 radar de contrabateria AN/TPQ-50;
- 4 estações de guerra eletrônica;
- 210 drones;
- 10 blindados;
- 15 peças de artilharia.

Os russos afirmam ter abatido 21 foguetes derivados dos sistemas HIMARS e Vampir.

E teriam eliminado 595 inimigos.

-----------
Do lado ucraniano, durante o mesmo periodo eles teriam subtraído isso dos russos:
- 11 tanques;
- 9 veiculos blindados de outros tipos;
- 27 peças de artilharia;
- 1 sistema SAM;
- 25 drones.

E teriam levado ao óbito 1.030 militares russos.

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De acordo com o Ministério da Defesa ucraniano, ontem à noite eles abateram 10 (de 13) drones Shahed que os russos lançaram contra eles.
 

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Como anda a opinião da população na Ukrania sobre negociar.




SObre a mobilização.
 


Sgt. Kowalski

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Ucranianos renunciam a vidas comuns para treinamento de 5 semanas para a guerra​




Hanna, 43, era uma professora de ensino infantil na Ucrânia quando sua vida foi diretamente impactada pela invasão do seu país pela Rússia, no início de 2022. Depois de se mudar de cidade repetidas vezes, todas ocupadas pelas forças russas, ela reuniu sua família e anunciou: estava decidida a virar combatente.
"Minha decisão foi um pouco inesperada para minha família porque eu estava pensando sozinha [sobre esse assunto] há algum tempo. No início eu hesitei, mas quando eu tomei a decisão, eu disse a eles. Ficaram um pouco chocados —talvez não pouco—, mas eles entenderam que era a minha decisão e que eu precisava fazer isso", diz Hanna.
Por questões de segurança, os entrevistados para esta reportagem forneceram apenas o primeiro nome.
Ela comunicou ao Exército ucraniano que gostaria de lutar e acabou recrutada no início deste ano. Juntou-se a outros 80 compatriotas sem experiência militar alguma e foi para um treinamento militar no Reino Unido de cinco semanas de duração.
A professora diz que fisicamente ainda não está pronta para se tornar uma sniper —essa será sua função na linha de frente do combate, apesar de não ter pegado em armas antes de 2023.
"Moral e emocionalmente, eu estou preparada. Fisicamente ainda não, mas estou treinando e me dedicando para ficar pronta o mais rápido possível", conta.
Na primeira semana de março, Hanna pegou pela primeira vez em um rifle semiautomático. O início da primavera ainda é muito frio, e os ventos cortam as mãos da professora. É difícil ajustar a mira nessas condições —na Ucrânia, apesar das baixas temperaturas, a ventania não é tão forte quanto no Norte da Inglaterra, onde ocorrem os treinamentos.
"No começo foi um pouco assustador, mas depois me acostumei e agora ela [arma] é minha amiga", afirma Hanna.
O treinamento militar que Hanna e outros quase 1 mil ucranianos recebem neste momento é resultado de uma cooperação entre as Forças Armadas do Reino Unido e outros 12 países.
O foco da Operação Interflex é treinar recrutas ucranianos sem nenhuma experiência militar, mas que se dispuseram a lutar na guerra contra a Rússia. São professores, universitários, gerentes de restaurante e profissionais de outras áreas de idades que variam de 18 a 50 anos.
Desde a invasão em larga escala dos russos em território ucraniano em fevereiro de 2022, cerca de 36 mil civis foram ao Reino Unido para passar pelo treinamento.
A Folha esteve no campo militar que os britânicos prepararam no Norte da Inglaterra para treinar os novos soldados. É um grande terreno separado em dois espaços: um para guerra urbana, com casas e apartamentos espalhados que simulam uma cidade invadida por inimigos; e outro para o conflito rural, em campo aberto e de relevo desnivelado.
O espaço passou por uma série de adaptações para a realidade ucraniana —trincheiras de mais de um metro de profundidade foram cavadas e casas antigas na região foram esvaziadas para preparar os recrutas para guerras nos dois tipos de terreno.
"Temos apenas cinco semanas para tentar transmitir o máximo de informações possível. Nosso foco está muito em [treinos] com armas pequenas e rifles, para garantir que eles estejam da melhor forma possível ao voltar para a Ucrânia", relata o capitão britânico McNally, um dos responsáveis pelos treinamentos da Operação Interflex.
Um dos instrutores, o tenente Christian, norueguês, conta que a guerra na Ucrânia tem passado por uma série de mudanças em comparação com conflitos antigos. O uso de drones ofensivos é uma das marcas dos russos, em complementação às táticas de infantaria tradicionais.
"Mas o conjunto de habilidades é praticamente o mesmo. Então, para este curso de infantaria básica, tratamos muito sobre táticas de salvamento e usamos conceitos já antigos da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) [...] porque, no nível básico, as habilidades para o infante são as mesmas de 20 anos atrás."
Em outros conflitos, o tempo de preparação de recrutas sem experiência chegou a ser de três meses. Para desenvolver as habilidades da infantaria nos civis, os instrutores decidiram não focar nas tradicionais longas caminhadas, cujo foco são o preparo físico e a resistência muscular e psicológica.
Para aproveitar melhor o tempo, os treinos são focados em situações reais de conflitos —luta em trincheiras, ocupação de casas e prédios, primeiros socorros e aulas sobre leis internacionais sobre guerras.
"O principal desafio que enfrentamos aqui é que não temos tempo suficiente para descansar ou nos recuperar. Este curso básico de infantaria deveria durar três meses, mas aqui não temos tempo para isso. Estamos fazendo este curso em cinco semanas, e quanto mais tempo passamos aqui, mais o nosso país precisa que entremos na linha de frente", diz Dmytro, 31, um dos ucranianos que passam por testes para se tornar instrutor.
Ele trabalhava com segurança antes da guerra. Agora soldado, voltará à Ucrânia em duas semanas para repartir o tempo entre a linha de frente e o treinamento de novos recrutas.
Galina, 19, conta que se motivou às armas ainda criança, aos 9, quando a Rússia invadiu a Crimeia em 2014 —momento que os ucranianos dizem ser o início da guerra. "Quando eu fiz 18 anos, me apresentei [para lutar na guerra]", afirmou.
A garota tinha o sonho de ser engenheira e trabalhava como assistente em um shopping na Ucrânia quando a invasão em grande escala começou. Ela conta que viver no país era estressante porque a guerra ocorre "todos os dias, há mortes todos os dias".
O irmão de Galina estava na linha de frente com os demais ucranianos na resistência contra a ofensiva russa. Acabou atingido por estilhaços na cabeça e está em coma.
"Nessas primeiras três semanas eles nos passaram, em linhas gerais, todas as habilidades que nós devemos ter para ir à guerra [...]. Eu entrei no Exército para proteger o meu país, para que meu país continue sendo o meu país."
Desde a escalada da guerra, houve grande fluxo migratório de ucranianos refugiados para países da Europa. A ONU (Organização das Nações Unidas) calcula que cerca de 10 milhões de pessoas foram forçadas a abandonar suas casas, sendo pouco menos de 4 milhões para deslocamentos internos.
No primeiro semestre de 2022, mais de 100 mil ucranianos foram para o Reino Unido. De lá, muitos acabaram se mudando para outras regiões no mundo. A embaixada da Ucrânia em Londres não divulgou o número aproximado de refugiados que seguem em terras britânicas.
O bispo Kenneth Nowakowski, responsável pela Catedral Católica Ucraniana de Londres, conta que esta é a terceira onda migratória de ucranianos nas últimas décadas.
A primeira, após a Segunda Guerra Mundial, levou cerca de 30 mil ucranianos para o Reino Unidos. O número mais que dobrou em 1991, após o colapso da União Soviética.
"Antes da invasão em larga escala da Ucrânia pela Rússia em 2022, tínhamos por volta de 2.500 a 2.600 pessoas frequentando regularmente os cultos aos domingos. Eu diria que desde a invasão, o número médio de pessoas que frequentam nossos serviços religiosos aos domingos é acima de 3.000 pessoas", diz o bispo.
*O repórter viajou a convite do governo do Reino Unido.
 

Zefiris Metherlence

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Hoje a Rússia perdeu um caça Su-35 na Crimeia.
Não está claro se foi abatido ou se foi acidente.
De todo modo, o piloto ejetou com segurança e posteriormente foi resgatado.
 

Zefiris Metherlence

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Abaixo as perdas ucranianas entre ontem e hoje pela perspectiva do ministério de Defesa russo:
- 131 drones;
- 15 blindados (incluindo um Abrams);
- 13 peças de artilharia.

Os russos afirmam ter abatido 26 foguetes derivados dos sistemas HIMARS e Vampir.

E teriam eliminado 680 inimigos.

-----------
Do lado ucraniano, durante o mesmo periodo eles teriam subtraído isso dos russos:
- 10 tanques;
- 21 veiculos blindados de outros tipos;
- 32 peças de artilharia;
- 2 MLRS;
- 1 sistema SAM;
- 22 drones.

E teriam levado ao óbito 780 militares russos.

----------
Segundo o Ministério da Defesa ucraniano, ontem à noite os russos usaram contra eles:
3 mísseis Kh-22
1 míssil Kh-31P
1 míssil S-300
28 drones Shahed

E abateram isso, segundo os ucranianos:
26 drones Shahed
 

Zefiris Metherlence

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Nas últimas horas houve outro grande ataque de mísseis.

A defesa aérea ucraniana afirma ter abatido 58 (de 60) drones Shahed, 17 (de 21) mísseis Kh-101, 5 (de 9) mísseis Kh-59 e 4 (de 4) mísseis de cruzeiro Iskander-K.

A Rússia também lançou 3 mísseis Kinzhal e 2 mísseis Iskander-M. Nenhum desses foi interceptado.

Relatos de estragos em diversas regiões.
 

Setzer1

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https://www.reuters.com/world/europ...-needs-fewer-troops-than-expected-2024-03-29/

O principal general de Kiev diz que a Ucrânia precisa de menos tropas do que o esperado​


QUIIV (Reuters) - Os militares da Ucrânia precisarão mobilizar menos pessoas do que inicialmente esperado para resistir à invasão russa que já dura dois anos, disse o principal general de Kiev nesta sexta-feira.
O Presidente Volodymyr Zelenskiy disse em Dezembro que os seus militares propuseram mobilizar até mais 500 mil ucranianos para as forças armadas, à medida que a Rússia intensificava os ataques ao longo da linha da frente de 1.000 quilómetros (621 milhas).
O comandante-em-chefe, Oleksandr Syrskyi, nomeado no mês passado, disse em entrevista à mídia ucraniana publicada na sexta-feira que o número foi “reduzido significativamente” após uma revisão dos recursos.

Ele não nomeou uma nova figura.
“Esperamos ter pessoas suficientes capazes de defender a sua pátria”, disse a agência de notícias Ukrinform. “Não estou falando apenas dos mobilizados, mas também dos combatentes voluntários”.
O esforço de mobilização da Ucrânia foi prejudicado pela diminuição do entusiasmo e pelos relatos de corrupção e abusos nos gabinetes de recrutamento. Um projeto de lei que permitiria às autoridades convocar mais tropas está atualmente em tramitação no Parlamento.

Syrskyi acrescentou que uma auditoria de unidades não combatentes permitiu que os planejadores militares enviassem "milhares" de militares para a frente e que as funções de apoio ao combate eram "igualmente importantes" no esforço de defesa de Kiev.
“A guerra que somos forçados a travar contra os invasores russos é uma guerra de desgaste, uma guerra de logística”, disse ele. “Portanto, a importância da eficácia das unidades de retaguarda não pode ser subestimada”.

O antigo chefe das forças terrestres também disse que linhas defensivas “poderosas” estavam a ser preparadas “em quase todas as áreas ameaçadas”, à medida que a Rússia prossegue os seus ataques.

A cidade oriental de Avdiivka caiu nas mãos de Moscou em meados de fevereiro, após um ataque que durou meses, no qual os defensores ucranianos estavam em menor número de armas e números.

Na entrevista ao Ukrinform, Syrskyi disse que as suas forças teriam "definitivamente" mantido as suas posições se Kiev tivesse recebido mais munições e capacidades de defesa aérea dos seus parceiros ocidentais.
 

Zefiris Metherlence

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Abaixo as perdas ucranianas entre ontem e hoje pela perspectiva do ministério de Defesa russo:
- 1 radar atrelado ao sistema S-300;
- 3 estações de guerra eletrônica;
- 175 drones;
- 13 blindados;
- 14 peças de artilharia.

Os russos afirmam ter abatido 21 foguetes derivados dos sistemas HIMARS e Vampir.

E teriam eliminado 795 inimigos.

-----------
Do lado ucraniano, durante o mesmo periodo eles teriam subtraído isso dos russos:
- 8 tanques;
- 27 veiculos blindados de outros tipos;
- 28 peças de artilharia;
- 2 MLRS;
- 6 sistemas SAM;
- 56 drones.

E teriam levado ao óbito 820 militares russos.

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No ataque de mísseis russos ocorrido hoje, 3 usinas termelétricas foram severamente danificadas.
Seja por omissão ou outro fator, duas centrais hidroelétricas também foram atacadas, mas não vi informação sobre danos.
 

Shifty♤

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Guerra Posicional na Estratégia de Alexander Svechin

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Introdução

As discussões sobre o carácter da guerra russa na Ucrânia têm adoptado cada vez mais termos como “impasse” e “atrito” para descrever o estado do conflito. Ambos os termos traçam paralelos com a Frente Ocidental da Primeira Guerra Mundial que não são totalmente imprecisos, mas que podem ser enganadores se forem levados demasiado longe. A actual guerra russa na Ucrânia não está certamente num impasse, no sentido de ter atingido um ponto em que nenhum dos lados pode fazer mais progressos. Nem é, propriamente falando, atrito. Uma guerra de atrito é aquela em que o próprio atrito é o mecanismo de vitória – isto é, um lado pretende vencer desgastando o outro através de perdas. Os alemães, de facto, prosseguiram uma campanha explicitamente desgastante na Batalha de Verdun de 1916. Mas nem os russos nem os ucranianos procuram actualmente vencer impondo maiores perdas ao adversário. Pelo contrário, estão envolvidos num tipo de guerra que pode ser descrita como “posicional”. A guerra posicional é caracterizada por linhas de frente relativamente estáticas e combates regulares que produzem pouco movimento, mas o objetivo de tal combate é geralmente criar progresso através de avanços constantes, embora pequenos, ou criar condições para restaurar a manobra no campo de batalha. Este ensaio explora uma das considerações mais detalhadas da guerra posicional, apresentada pelo teórico militar soviético Alexander Svechin no seu trabalho de 1926, Estratégia — um trabalho que influenciou os militares soviéticos, russos e ucranianos. Oferece uma correcção importante para a nossa compreensão do conflito actual e das suas prováveis trajectórias.

O que é guerra posicional?

O antigo Comandante-em-Chefe Ucraniano, General Valerii Zaluzhnyi, avaliou num ensaio de Novembro de 2023 para o Economist que a guerra na Ucrânia tinha atingido uma fase de “guerra posicional”. [1] A “guerra posicional” é mal definida e mal compreendida no pensamento militar ocidental. A guerra posicional não significa “impasse”, mas é antes uma fase muitas vezes temporária da guerra, caracterizada por linhas de frente relativamente estáticas e ataques que geram apenas pequenos ganhos. A guerra posicional contrasta com a guerra de manobra, na qual os combatentes procuram penetrar nas linhas defensivas inimigas, explorar essas penetrações e obter ganhos grandes e rápidos. Os combatentes numa guerra posicional ainda podem obter efeitos tácticos e estratégicos no campo de batalha através de combates localizados e de “batalha material”, mas muitas vezes centram-se correctamente na tentativa de restaurar a guerra de manobra, como fez o ensaio do General Zaluzhnyi.

O teórico militar soviético Alexander Svechin oferece a discussão mais detalhada e perspicaz sobre a guerra posicional e faz sugestões sobre como obter ganhos durante a fase posicional de uma luta, mesmo enquanto tenta restaurar a manobra. Svechin e seu trabalho Estratégia, de 1926 , influenciaram significativamente o pensamento militar soviético e pós-soviético. Figuras militares soviéticas e russas proeminentes citaram Svechin em seus trabalhos e discursos desde o início dos anos 1990, incluindo o último chefe soviético do Estado-Maior do Exército, general Vladimir Lobov, e o atual chefe russo do Estado-Maior do Exército, general Valery Gerasimov. [2] Os escritos de Svechin oferecem, portanto, provavelmente insights significativos sobre a forma como os combatentes na guerra russa na Ucrânia compreendem a actual situação do campo de batalha.

Svechin nunca define explicitamente o conceito de guerra posicional em Estratégia. No entanto, ele fornece uma visão geral dos factores que levam à guerra posicional, do combate que a caracteriza e de como os comandantes podem sair de uma frente posicional. A notável influência de Svechin na esfera soviética e pós-soviética e a discussão detalhada de uma forma de guerra não observada recentemente em grandes conflitos militares tornam as ideias de Svechin particularmente informativas para pensadores militares ocidentais que procuram compreender a actual frente posicional na Ucrânia.

Fatores que levam à guerra posicional, de acordo com Svechin

A guerra posicional é o produto de condições externas e internas. Svechin identifica os objectivos e capacidades dos combatentes como os dois factores principais que podem levar uma guerra a assumir uma forma posicional. Os comandantes do campo de batalha perseguem objetivos positivos ou negativos. [3] Os objectivos positivos procuram alterar o status quo e são ofensivos, enquanto os objectivos negativos procuram negar ao inimigo a capacidade de perseguir objectivos positivos. [4] Existem dois objetivos positivos possíveis na guerra posicional: aplicar pressão sobre o inimigo enquanto mantém a frente posicional ou conduzir operações destinadas a restaurar a manobra no campo de batalha. [5] Svechin também postula que objectivos negativos podem contribuir para uma defesa estratégica, que ele argumenta requer um equilíbrio entre a defesa contra ataques inimigos e a conservação de recursos. [6]

A prossecução de objectivos negativos aumenta a probabilidade de a guerra assumir uma forma posicional. A guerra posicional torna-se quase certa se ambos os lados perseguirem objectivos negativos. [7] A guerra de coligação também aumenta a probabilidade de uma frente posicional, uma vez que os membros da coligação podem perseguir individualmente objectivos negativos num esforço para conservar os seus próprios recursos e capacidades de combate para outros objectivos, tais como um esforço ofensivo posterior ou para obrigar os combatentes a negociar. paz. [8]

A “ilusão” de que alguém é [9] Um comandante pode não estar disposto a admitir que deve permanecer na defensiva em certas áreas e, em vez disso, insistir que está a preparar-se para retomar as operações ofensivas ao longo da linha. Este pensamento dificulta a conservação de recursos em eixos que na realidade permanecerão defensivos, enfraquecendo a concentração de recursos para as verdadeiras operações ofensivas necessárias ao restabelecimento da manobra.

A falta de capacidades e a incapacidade de perseguir objectivos positivos podem contribuir adicionalmente para uma frente posicional. A escassez de materiais num ou mais lados do conflito pode fazer com que os combatentes esgotem as suas capacidades ofensivas e entrem em combate posicional. [10] A estratégia contém exemplos históricos e múltiplas causas de escassez de materiais em ambos os lados de um conflito, incluindo preparação inadequada antes da guerra, logística deficiente em terrenos desafiadores, esgotamento de mão de obra e potencial ofensivo e tentativa de desembarque no mar usando uma força com mobilidade restrita. [11] As mudanças para a guerra posicional são por vezes temporárias enquanto os agrupamentos de forças descansam e se reconstituem.

O desenvolvimento tecnológico, particularmente a paridade tecnológica, também pode promover o desenvolvimento de frentes posicionais. Svechin argumenta que as tecnologias modernas, principalmente as ferrovias e as comunicações modernas, tornaram prováveis frentes posicionais na Primeira Guerra Mundial. [12] As linhas ferroviárias garantiram que grandes massas de forças na defensiva pudessem se mover mais rápido e mais longe do que os atacantes que avançavam a pé, tornando mais fácil para os comandos militares criar e manter frentes defensivas capazes de se defender contra avanços inimigos e impedir a manobra inimiga do que era. para as tropas atacantes explorarem penetrações. [13] Svechin observa que a ferrovia teve um efeito “equalizador” em ambos os lados do campo de batalha. [14] Ele acrescenta que a paridade na tecnologia das comunicações também contribuiu para este efeito equalizador, uma vez que as tecnologias de comunicação do início do século XX favorecem posições estáticas ao exigirem linhas fixas para comunicações telefónicas.

Svechin acredita que as características geográficas de um teatro de operações podem tornar menos provável a guerra posicional. Os países mais pequenos, sem profundidade estratégica e extensas áreas de retaguarda, são incapazes de gerar os recursos necessários para sustentar uma frente posicional durante um período prolongado. [15] Svechin argumenta que este foi o caso da Alemanha pós-Versalhes, escrevendo antes da Segunda Guerra Mundial que o tratado redesenhou as fronteiras da Alemanha de tal forma que tornou a guerra posicional impossível e tornou “fisicamente necessário” que a Alemanha se preparasse. para operações ofensivas. [16] Uma defesa requer território e tempo dispensáveis, e os países maiores podem dar-se ao luxo de perder centenas a milhares de quilómetros quadrados temporariamente, enquanto os países mais pequenos dependerão da assistência externa para a defesa. [17] Gerar a massa necessária para evitar um avanço e perseguir objectivos positivos torna-se mais fácil quando um combatente possui a profundidade industrial necessária e áreas de retaguarda para apoiar o seu esforço de guerra. [18]

As capacidades, os objectivos, a geografia e a tecnologia geral determinam assim o início da guerra posicional. Fatores externos podem ser fundamentais; mesmo que um combatente pretenda manter a manobra durante todo o conflito, condições exógenas e decisões desfavoráveis podem resultar em combate posicional de qualquer maneira.

Características da Guerra Posicional

A guerra posicional é caracterizada por combates localizados e batalhas desgastantes, que podem gerar efeitos táticos e estratégicos na guerra posicional, mesmo no contexto de linhas de frente relativamente estáticas. [19] As forças que lutam em frentes posicionais utilizam fortificações e massas para impedir que o inimigo alcance objectivos positivos, e Svechin descreve cada combatente como tentando “apoiar-se” na frente do inimigo. [20] A presença de linhas estáticas e a ausência de manobra são elementos essenciais da concepção de guerra posicional de Svechin. As linhas estáticas não significam que o combate em si não seja dinâmico, nem que os combatentes não possam obter vantagem ou iniciativa através deste combate.

As batalhas locais são combates tácticos destinados a perturbar a calma “posicional” da qual o inimigo poderia beneficiar. Esses esforços podem incluir ataques noturnos e disparos de franco-atiradores, o que torna mais difícil para o inimigo operar com sucesso nas linhas defensivas avançadas. [21] Svechin argumenta que estes esforços podem infligir baixas significativas ao inimigo e forçar o inimigo a aumentar a densidade da força na frente. [22]

As batalhas locais de guerra posicional não podem atingir individualmente efeitos operacionais ou estratégicos. Em vez disso, os combatentes perseguem objectivos estratégicos numa frente posicional através de uma série daquilo a que a Estratégia chama batalhas materiais. Esta batalha material é o resultado mais provável de qualquer esforço ofensivo a nível operacional que não vise ou tente e não consiga restaurar a manobra numa frente posicional. [23]

Um combatente procura derrotar um inimigo numa batalha material, fixando e destruindo as suas forças, em vez de fazer avanços territoriais. Uma batalha material é a agregação de batalhas localizadas que cresceram em escopo e visam maximizar as baixas inimigas e, ao mesmo tempo, minimizar as próprias baixas. [24] A batalha material procura forçar o inimigo a gastar reservas e recursos em uma troca desfavorável, amarrando o inimigo a um ativo operacional ou estratégico, como um centro logístico, centro industrial, cidade portuária ou outro objeto com valor informativo ou cultural. valor. [25] Um combatente conduzindo uma batalha material destrói as forças inimigas por meio de atrito relativo favorável, e não por meio de guerra de manobra. Um combatente pode optar por travar batalhas materiais durante meses e priorizar infligir maiores perdas ao inimigo do que as suas próprias perdas em vez de derrotar o inimigo através do avanço territorial. [26]

Uma frente posicional requer menos pessoal e material para manter do que seria necessário para operações de manobra extensas, uma condição que pode permitir a um combatente criar reservas operacionais ou estratégicas para quebrar a frente posicional mais tarde. Svechin observa que um combatente pode reduzir as forças dedicadas à linha de frente ao mínimo necessário para manter a defesa e criar uma reserva a partir do excesso. [27] O comando militar também pode retirar forças de certas áreas da frente e criar reservas a partir das unidades retiradas. [28] O exemplo histórico de Svechin da criação de uma reserva estratégica soviética na Primeira Guerra Mundial serve como um aviso, no entanto, uma vez que os comandantes soviéticos conservariam as suas formações prontas para o combate, deslocando-as para frentes posicionais, deixando unidades medíocres subordinadas ao alto comando militar para conduzir operações de combate. [29] Svechin observa que a batalha material procura explicitamente negar ao inimigo a oportunidade de desenvolver uma reserva operacional ou estratégica, ao mesmo tempo que permite às forças amigas criar a sua própria reserva.

A guerra posicional pode encorajar um combatente a centralizar cada vez mais o seu alto comando militar e a reorganizar os seus agrupamentos de forças para melhor atacar o inimigo. Svechin argumenta que a guerra posicional permite que o alto comando militar tome decisões de nível operacional porque o ritmo reduzido das operações permite que a informação chegue ao alto comando e as ordens cheguem à frente sem que as condições do campo de batalha mudem significativamente. [30] As decisões de um alto comando militar excessivamente centralizado chegarão provavelmente demasiado tarde para o ritmo rápido da guerra de manobra, mas o ritmo reduzido da guerra posicional permite que o alto comando contorne e até prejudique os comandantes da linha da frente, caso o alto comando decida fazê-lo. Um alto comando militar “livre de ilusões e inteligente” pode dominar a anarquia resultante da centralização excessiva do comando, organizando as suas forças para obrigar o inimigo a deslocar-se para o teatro de operações em desvantagem. [31] Svechin também argumenta que o comando militar precisa reduzir o tamanho das entidades militares, como as unidades de transporte, que ficam “ociosas” durante a guerra posicional, mesmo que apenas temporariamente, e que a guerra posicional requer formações adicionais para tripular a linha de frente, apesar da redução no necessário número de pessoal. [32] Todas estas mudanças minam a capacidade dos militares de retomarem a guerra de manobra e podem criar um compromisso a longo prazo com a guerra posicional, intencionalmente ou não.

A guerra posicional torna os setores secundários da frente mais importantes do que durante a guerra de manobra. Svechin alerta, contudo, que os comandantes militares tendem a sobrestimar o valor de certos sectores numa frente posicional. [33] Um combatente tende a concentrar-se no valor geográfico de uma determinada área devido à sua logística ou características topográficas, uma vez que as diferenças entre os diferentes sectores são, de outra forma, diminuídas em comparação com períodos de guerra de manobra. [34] Estas características como um centro industrial, um entroncamento rodoviário crítico ou uma linha ferroviária “obrigam” um combatente a proteger estes sectores da frente mais do que outros sectores. Svechin observa como o Canal da Mancha se tornou o setor mais importante da frente posicional entre a França e a Bélgica em 1914 devido à importância para a Alemanha da capacidade de conduzir um bloqueio operacional-estratégico para impedir que o Reino Unido assegurasse a costa norte da França. [35]

Saindo da guerra posicional

Svechin observa que os combatentes podem querer evitar o envolvimento em batalhas materiais devido à sua natureza dispendiosa, especialmente para os combatentes que se defendem contra as operações de batalha materiais do inimigo. A alternativa para permanecer na guerra posicional é restaurar a manobra no campo de batalha. Svechin argumenta que um combatente pode restaurar a manobra no campo de batalha rompendo a frente posicional ou alterando os termos do combate.

Um combatente pode explorar a geografia física e política para ajudar a restaurar a manobra. Por exemplo, retirar-se para terreno mais favorável convida o oponente a entrar em terreno menos defensável, onde a manobra é mais fácil de conseguir e as frentes posicionais são mais difíceis de estabilizar. [36] Um combatente também pode perturbar frentes posicionais utilizando terreno que anteriormente não fazia parte do campo de batalha. Este terreno pode incluir terreno pertencente a um estado anteriormente neutro ou topografia fora do âmbito do conflito.

Um combatente numa guerra posicional deve evitar cair na armadilha de centralizar excessivamente o seu comando, ao ponto de não conseguir responder adequadamente a um inimigo que rompa as suas linhas defensivas. Um comando militar experiente e consciente da tendência da guerra posicional de favorecer um comando excessivamente centralizado pode planear estes diferentes requisitos e equilibrar-se adequadamente, dependendo dos objectivos do comando, dos objectivos do inimigo e do estado actual do campo de batalha.

A tendência para centralizar excessivamente o comando militar durante a guerra posicional e o facto de as frentes posicionais exigirem capacidades logísticas estáticas podem permitir um avanço bem sucedido para perturbar o sistema de comando do combatente inimigo, o que pode criar efeitos operacionais. Um combatente que tenha alcançado um avanço pode facilmente destruir a estrutura de comando e controlo e a organização logística do inimigo se o inimigo tiver centralizado excessivamente o comando militar e restringido a infra-estrutura logística para optimizar excessivamente a guerra posicional.

As frentes posicionais também favorecem empreendimentos estratégicos de um combatente com linhas interiores. Um combatente que aproveita uma frente posicional para criar uma reserva estratégica pode mais tarde usar esta reserva estratégica para romper as linhas inimigas e retornar a manobra ao campo de batalha. [37] As frentes posicionais podem criar a oportunidade para certos combatentes fixarem grandes quantidades de forças inimigas utilizando uma força menor, permitindo ao combatente utilizar tropas libertadas para obter sucessos operacionais noutros locais.

Svechin enfatiza a necessidade de modificações abrangentes em todos os níveis da estrutura de uma força para tirar partido destas possibilidades. Esta abordagem aplica-se às tácticas da linha da frente, à logística e ao comando e controlo. [38] O comando militar deve alinhar o treino táctico das suas forças com os objectivos estratégicos do comando para restaurar a manobra.

Svechin coloca uma ênfase significativa na surpresa, argumentando que a surpresa é crucial para alcançar o sucesso na guerra posicional e restaurar a manobra no campo de batalha. Svechin afirma que a característica mais importante dos métodos do exército alemão no final da Primeira Guerra Mundial foi restaurar a surpresa no campo de batalha. [39] Svechin não observa especificamente se esta surpresa ocorre no nível estratégico, operacional ou tático, mas a surpresa tática e operacional é provavelmente necessária para um combatente que busca romper as defesas inimigas e restaurar a manobra no campo de batalha.

Conclusão

A guerra posicional, conforme conceituada na Estratégia de Alexander Svechin , é uma fase da guerra que, embora geograficamente estática, cria oportunidades e riscos dinâmicos. Esta concepção é incongruente com as conotações modernas de paralisia estratégica que os conceitos “guerra posicional” e “frente estática” podem evocar. As batalhas locais numa frente posicional podem ser fundamentais para moldar o sucesso operacional posterior, e a batalha material de atrito pode alcançar efeitos estratégicos e permitir que um combatente aproveite a vantagem do campo de batalha sem romper uma frente posicional.

Svechin acredita que o sucesso na fase posicional pode estabelecer condições para a restauração da manobra, que podem ser tão importantes quanto as oportunidades para os impactos táticos e estratégicos na guerra posicional. As frentes posicionais criam condições favoráveis para o combatente com linhas interiores e para aqueles dispostos a explorar a geografia física e política para contornar as linhas existentes. O comando e controlo centralizados que beneficiam o combate posicional podem aumentar a probabilidade de sucesso operacional e estratégico de um avanço inicial para um combatente bem preparado e organizado.

Tanto factores previstos como imprevistos contribuem para o desenvolvimento de uma frente posicional na guerra, mas uma frente posicional não é necessariamente permanente ou estática, apesar das suas dificuldades. Svechin observa que “é fácil envolver-se numa guerra posicional, mesmo contra a vontade, mas não é tão fácil sair dela”. [40] Este facto deu à guerra posicional uma reputação de extrema dificuldade e permanência; como afirma o contemporâneo de Svechin, Gregor Isserson, em seu Evolution of Operational Art, “as formas posicionais de combate são assustadoras e repugnantes. As pessoas recuam diante deles como se fossem uma espécie de praga militar.” [41] Uma frente posicional impõe obrigações e apresenta oportunidades a um combatente que procura obter uma vantagem no campo de batalha. A guerra posicional é uma forma de combate com vários perigos e oportunidades em que as forças requerem meios específicos para ter sucesso.

Os argumentos de Svechin em Estratégia acrescentam nuances e profundidade ao conceito de guerra posicional, particularmente para os pensadores militares ocidentais contemporâneos, servindo como um lembrete de que a guerra posicional pode ser quebrada, permitindo a um combatente retomar a guerra de manobra e alcançar sucessos operacionais significativos.

 

Setzer1

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Igreja Ortodoxa Russa chama invasão da Ucrânia de "guerra santa", Igreja ucraniana reage​


O Conselho Popular Mundial da Rússia, liderado pelo Patriarca Kirill de Moscovo, adoptou uma "ordem" que se refere à invasão russa da Ucrânia como uma "guerra santa" e afirma que "todo o território da actual Ucrânia deve ser incluído na área de Influência exclusiva da Rússia". A Igreja Ortodoxa Ucraniana (UOC), que tem estado historicamente ligada ao Patriarcado de Moscovo, dissociou-se de tais declarações.

Fonte: site do Patriarcado de Moscou; Rádio Liberdade ; Departamento de Relações Externas da Igreja da UOC ; Metropolita Yevstratii Zoria , porta-voz da Igreja Ortodoxa Autocéfala da Ucrânia (OCU)

Detalhes: Os jornalistas da Rádio Liberty relataram que o documento do Patriarcado não está formalmente relacionado com a Igreja Ortodoxa Russa, mas muitos hierarcas da igreja russa e figuras públicas associadas à igreja estão participando do conselho.

O documento foi aprovado durante um congresso conciliar realizado em 27 de março em Moscou e presidido pelo Patriarca Kirill.

Nele, a guerra na Ucrânia é descrita como "uma nova etapa na luta de libertação nacional do povo russo contra o regime criminoso de Kiev e o Ocidente colectivo por trás dele, que está a ser travada nas terras do sudoeste da Rússia", e de um ponto de vista "ponto de vista espiritual e moral", é "uma Guerra Santa em que a Rússia e o seu povo, defendendo o espaço espiritual único da Santa Rússia, cumprem a missão do Restritor, que protege o mundo contra o ataque do globalismo e a vitória do Ocidente, que caiu no satanismo". [O Restritor é mencionado em 2 Tessalonicenses 2: 6-7 como retendo o Anticristo até o fim dos tempos – ed.]

O documento também explica o conceito de mundo russo (Russky Mir), descrevendo suas fronteiras como mais amplas do que as fronteiras estaduais "tanto da atual Federação Russa quanto da grande Rússia histórica".

O documento também se refere à “triunidade do povo russo” e afirma que os bielorrussos e os ucranianos “deveriam ser reconhecidos apenas como subgrupos étnicos dos russos”.

A Igreja Ortodoxa Ucraniana reagiu à declaração russa distanciando-se da ideologia do mundo russo.

Citação da UOC: "A Igreja Ortodoxa Ucraniana não apoia e se dissocia da ideologia do mundo russo. Além disso, a atitude da nossa Igreja em relação a esta ideia tem sido expressa publicamente há muito tempo por Sua Beatitude o Metropolita Onufrii de Kiev e de toda a Ucrânia: 'Nós não estamos construindo nenhum mundo russo, estamos construindo o mundo de Deus'."

Detalhes: A UOC afirma que a afirmação de que a chamada operação militar especial (como os russos chamam a guerra na Ucrânia) é uma “guerra santa” contradiz os princípios básicos da moralidade cristã.

O Metropolita Yevstratii, porta-voz da OCU autocéfala, escreveu no Facebook após o conselho em Moscou que "a estrutura do Patriarcado de Moscou na Ucrânia, liderada pelo Metropolita Onufrii, se assemelha perfeitamente a uma pessoa que sofre violência doméstica, mas é incapaz de se libertar do seu agressor".

Citação de Yevstratii: "Eles têm medo das ameaças e perseguições [dos Russos' - ed.], medo de 'sair de casa', isto é, de deixar o sistema do Patriarcado de Moscou, porque serão 'deixados na rua' – 'sem canonicidade'. Eles têm medo de suas conexões, advogados, dinheiro e influência.
 

Shifty♤

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"Saudável mãe Russia"

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A Rússia decidiu resolver o problema da escassez de soldados através de migrantes dos países da Ásia Central. Em termos de número de trabalhadores migrantes, a Rússia ocupa o 4º lugar no mundo. No momento são cerca de 7 milhões. A maioria deles vive e trabalha nas áreas de
1/15 Imagem
Moscou e São Petersburgo. Na maioria das vezes, são cidadãos dos países vizinhos do Tajiquistão, Uzbequistão, Cazaquistão e do Cáucaso. A natureza ilegal de uma parte significativa dos trabalhadores migrantes leva a um grande número de crimes contra os migrantes: muitos migrantes são mantidos em
2/15 SCANPIX
situação de escravatura legalizada, muitas vezes não pagam dinheiro pelo trabalho realizado, e as agências de aplicação da lei extorquem-lhes subornos e realizam detenções ilegais. Embora na Rússia o número de crimes cometidos pelos próprios migrantes seja de cerca de 2% do total, a propaganda
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nas notícias mostra selectivamente apenas estes crimes, criando uma imagem para os cidadãos russos de que 90% de todos os crimes no país são cometidos por migrantes. Mais Em meados de agosto de 2023, o Conselho Presidencial para os Direitos Humanos propôs mudanças na legislação de migração, tornando
15/04 duma.gov.ru
o registro militar é uma condição obrigatória para a obtenção de um passaporte russo. E no final de agosto, o deputado do Partido Comunista da Federação Russa, Mikhail Matveev, apresentou um projeto de lei à Duma que permitiria a privação da cidadania por evasão de
15/05 Evgeniy Gladkov, Kommersant
serviço militar, mobilização ou registro militar. Se esta lei for aprovada, afetará apenas os “novos russos” - os cidadãos estrangeiros de ontem. O projeto de lei não foi aprovado, mas isso não impede a Rússia de atrair migrantes para as tropas russas por meio de engano e
15/06 www.krym.org
ameaças. São invadidas ou detidas, muitas vezes com recurso à violência. Eles são levados direto da rua para os cartórios de registro e alistamento militar e lá são convencidos ou, com ajuda de ameaças e espancamentos, obrigados a assinar contratos com o Ministério
15/07 captura de tela
de Defesa. Aqui está uma das histórias contadas pela ativista de direitos humanos e advogada migrante Valentina Chupik: “Descobriu-se que onde trabalhavam, seus salários estavam atrasados e, como uma grande equipe, assinaram um contrato para obras - supostamente em algum lugar no bairro de Moscou
8 /15 Imagem
região. Eles foram presos em ônibus com as janelas tapadas e levados em direção desconhecida. 20 ônibus com 53 pessoas cada. Quando chegaram, viram que havia apenas ruínas ao redor e começaram a perceber que esta não era a região de Moscou. Alguém teve meu
15/09 Imagem
número de telefone e eles me contataram. Fiquei horrorizado e comecei a ligar para as embaixadas do Uzbequistão na Rússia e na Ucrânia. Mas perdi contato com essas pessoas. A julgar pelo fato de terem assinado contratos com o Ministério da Defesa e pelas declarações dos guardas
15/10 Reuters
acompanhando-os, as pessoas foram enviadas para as tropas." O ataque a Crocus City serviu agora de justificação para o lançamento de uma nova campanha anti-emigrante. O número de "ataques terroristas impedidos que estão a ser preparados por indivíduos da Ásia Central" aumentou
15/11 Imagem
bruscamente. O FSB está agora a apanhar “terroristas” em cada esquina. Então, ontem começou a operação anti-migrante em São Petersburgo. Todas as pessoas de nacionalidade “não eslava” são verificadas. Mais de 64 residentes estrangeiros foram deportados do distrito de Vyborg, em São Petersburgo, em
15/12 captura de tela
sozinho. Dois aviões cheios voaram. As pessoas são “deportadas” sob o pretexto de violar a lei, mas na verdade muitas delas acabam nos cartórios de registo e alistamento militar, onde, sob pressão ou engano, acabam nas fileiras do exército. Será só
dia 13/15 Imagem
intensificar os conflitos internos na Rússia e levar a novos ataques terroristas do ISIS e ao recrutamento de terroristas para as suas fileiras. É relatado que os migrantes trazidos para Mariupol pelos ocupantes russos criaram pelo menos dois grupos étnicos criminosos
14/15 www.wilsoncenter.org
envolvidos no tráfico de armas, drogas e outras atividades ilegais. Agora, essas pessoas têm experiência militar.
15/15
akhbor-rus.com

 

Shifty♤

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estreita Vanya, porra morra

Às vezes é incrível a quantidade estúpida de carne que morre em lotes pelas ambições de um pequeno putter.
Na foto há apenas uma rua na direção Avdeevsky, repleta de equipamentos queimados (16 tanques e veículos de combate de infantaria) estreita

 

Shifty♤

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Ganhos russos nos últimos 6 meses.

20240331_135650.jpg20240331_135652.jpg20240331_135654.jpg20240331_135656.jpg

Total: 250,1 km²

Ao custo de altas baixas e contando com a ajuda do congresso americano.

Em comparação no mesmo período, a Ucrânia recuperou 297,7 km²
 

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Abaixo as perdas ucranianas entre ontem e hoje pela perspectiva do ministério de Defesa russo:
- 3 caças Su-25 (teriam sido destruídos no solo);
- 3 sistemas SAM (S-300);
- 2 radares;
- 2 estações de guerra eletrônica;
- 178 drones;
- 6 blindados;
- 12 peças de artilharia;
- 1 MLRS.

Os russos afirmam ter abatido 23 foguetes derivados dos sistemas HIMARS e Uragan.

E teriam eliminado 760 inimigos.

-----------
Do lado ucraniano, durante o mesmo periodo eles teriam subtraído isso dos russos:
- 15 tanques;
- 20 veiculos blindados de outros tipos;
- 44 peças de artilharia;
- 7 sistemas SAM;
- 30 drones.

E teriam levado ao óbito 650 militares russos.

----------
Segundo o Ministério da Defesa ucraniano, ontem à noite os russos lançaram:
14 mísseis Kh-101
11 drones Shahed
1 míssil Iskander-M
1 míssil Kh-59

E teria sido interceptado:
9 mísseis Kh-101
9 drones Shahed
 

Setzer1

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https://www.yahoo.com/news/france-deliver-hundreds-armored-vehicles-130517509.html

França entregará centenas de veículos blindados à Ucrânia, diz ministro da Defesa​


PARIS (AP) – O ministro da Defesa francês, Sébastien Lecornu, disse que a França entregará “centenas” de veículos blindados até o início do próximo ano à Ucrânia, como parte de um novo pacote de ajuda militar para o país que acaba de entrar no seu terceiro ano de guerra desde então. a invasão russa em grande escala.

Numa entrevista à edição de domingo do jornal francês La Tribune, Lecornu disse que “para manter uma linha de frente tão extensa, o exército ucraniano precisa, por exemplo, dos nossos veículos blindados de transporte de pessoal. É absolutamente fundamental para a mobilidade das tropas.”

Os militares franceses estão actualmente a substituir os seus antigos veículos blindados VAB, que entraram em serviço em 1979, por uma nova geração de veículos blindados. “Este equipamento antigo, ainda operacional, vai diretamente para a Ucrânia em grandes quantidades. Estamos falando de centenas (de veículos) em 2024 e início de 2025”, disse Lecornu.

Lecornu também disse que a França fornecerá à Ucrânia mais mísseis antiaéreos.

A medida surge num momento em que o governo francês pressiona a sua indústria militar a aumentar a produção para satisfazer a necessidade urgente de Kiev por munições.

Na terça-feira, Lecornu disse que a França poderá em breve entregar 78 obuseiros César à Ucrânia e aumentará o seu fornecimento de munições.
 

Zefiris Metherlence

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Abaixo as perdas ucranianas entre ontem e hoje pela perspectiva do ministério de Defesa russo:
- 1 aeronave (sistemas de defesa aérea abateram um caça Su-27 na região de Donetsk);
- 3 sistemas SAM (dois S-300, um Strela-10);
- 1 radar;
- 2 estações de guerra eletrônica;
- 228 drones;
- 20 blindados (incluindo 1 Abrams);
- 17 peças de artilharia;
- 3 MLRS.

Os russos afirmam ter abatido 4 foguetes derivados do sistema HIMARS, além de 1 bomba guiada JDAM.

E teriam eliminado 1.005 inimigos.
Uns 80% disso seria somente na região de Donetsk

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Do lado ucraniano, durante o mesmo periodo eles teriam subtraído isso dos russos:
- 20 tanques;
- 17 veiculos blindados de outros tipos;
- 32 peças de artilharia;
- 1 sistema SAM;
- 26 drones.

E teriam levado ao óbito 710 militares russos.
 

Zefiris Metherlence

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Um exame dos destroços dos mísseis Kh-101 interceptados no dia 29 de março indica que a carga explosiva deles aumentou de 400 para 800 quilos.
Esse update foi através da redução do tamanho do tanque de combustível. Embora esta mudança tenha reduzido o alcance do míssil de 5.500 para aproximadamente 2.250 quilómetros.
 

Setzer1

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'Fundamentos da Segurança Interna' Como a Rússia está transformando escolas em campos de treinamento para futuros soldados​


Desde o início da invasão em grande escala da Ucrânia por Moscovo, as autoridades russas começaram a integrar lições ideológicas e de temática militar nos currículos escolares. No entanto, os seus planos para o próximo ano letivo são ainda mais drásticos. As crianças receberão instrução em treinamento de combate e aprenderão a usar lançadores de granadas e armas automáticas, tudo como parte do currículo escolar obrigatório. O governo russo revisou radicalmente a lista das ciências sociais, substituindo-as por equivalentes militarizados ou ideológicos. Agora, em vez de economia e direito, os estudantes estudarão “valores tradicionais” e o “mundo russo”. O meio de comunicação independente Holod explicou o novo modelo educacional da Rússia. Meduza compartilha uma versão resumida em inglês.


O panorama educacional da Rússia passou por mudanças significativas desde o início da guerra em grande escala. Em Setembro de 2022, escolas de todo o país lançaram uma nova turma chamada “Conversas Importantes”, uma série de aulas “patrióticas” concebidas pelo Estado, destinadas a alinhar os valores espirituais e morais dos alunos com a Estratégia de Segurança Nacional da Federação Russa.

Um ano depois, as autoridades russas complementaram este ensinamento ideológico com instrução militar. Além de assuntos como segurança contra incêndio e primeiros socorros, os alunos começaram a aprender “treinamento militar básico” nas aulas de “Fundamentos de Segurança da Vida”. No 10º ano, eles aprendem sobre o funcionamento do fuzil de assalto Kalashnikov e sobre a “guerra psicológica de informação”.

Agora, o Kremlin procura expandir ainda mais o ensino ideológico e militar nas escolas. A partir de setembro de 2024, “Fundamentos de Segurança da Vida” será substituído por algo chamado “Fundamentos de Segurança e Defesa Interna”. (Embora as alterações relacionadas à lei federal de educação tenham sido feitas em julho de 2023, o programa só foi oficialmente registrado no Ministério da Justiça em 29 de fevereiro de 2024.)


Uma criança hoje, um soldado amanhã​

“Fundamentos de Segurança e Defesa Interna” (FHSD) é aprovado para alunos desde a quinta série, mas a partir da oitava série o curso é obrigatório. Entre outras coisas, os alunos da oitava e nona séries aprenderão sobre as características táticas e técnicas do rifle de precisão Dragunov, do lançador de granadas antitanque portátil RPG-7, do rifle de assalto Kalashnikov e de várias granadas de mão. Os alunos também estudarão o treinamento de exercícios, os regulamentos militares gerais, “a essência e a importância da disciplina militar” e “a essência do comando unificado”.

Os instrutores têm a tarefa de promover “resultados pessoais” específicos nos alunos até a conclusão do programa, incluindo “uma atitude responsável no cumprimento do dever constitucional de defender a Pátria” e “uma compreensão do significado do juramento militar”.

No nono ano, espera-se que os alunos dominem competências como vestir equipamento e armadura corporal, “avaliar os riscos de violação da disciplina militar” e realizar exercícios de treino. Nos dois anos seguintes, o programa vai ainda mais fundo. Os alunos do 10º e 11º ano aprenderão os fundamentos do combate com armas combinadas, como configurar a posição de uma unidade de combate e como usar armas de fogo mais modernas, como a pistola Grach MP-443 e o rifle de assalto AK-12.

O programa FHSD tem entre 136 e 238 aulas, dependendo da série em que é introduzido. Dado que as escolas podem decidir de forma independente quantas horas atribuir a cada unidade (ainda existem tópicos tradicionais, como preparação e resposta a catástrofes), isto poderia acrescentar dezenas de aulas militares às já exigidas no bloco de “treinamento militar básico”. Como resultado, uma parte significativa do currículo escolar se concentrará no treinamento militar e na preparação de futuros soldados para o combate.

As autoridades russas planeiam recorrer a veteranos de “ operações militares especiais ” para ajudar a ensinar a nova matéria, de acordo com o primeiro vice-ministro da Educação, Alexander Bugaev, que disse que os ex-soldados preencherão um “nicho inestimável [nas escolas, transferindo] a sua experiência pessoal. ”

Esses veteranos serão preparados para sua nova carreira docente no Centro Vertex de Educação Patriótica Militar da Universidade Estadual Federal de Educação da Rússia. Após apenas 36 horas de treinamento, um ex-soldado pode obter um documento que o certifica para lecionar em escolas. Além de reciclar os participantes da guerra como professores, o centro organizará jogos militares para crianças. Oficialmente, o vice-reitor da universidade, Alexey Ryabtsev, lidera o programa, mas o trabalho em si provavelmente caberá ao seu vice , Pyotr Ishkov, que serviu como vice-ministro da Educação da autoproclamada “República Popular de Luhansk” em 2022. No entanto, detalhes sobre o próprio centro e seus programas educacionais permanecem escassos.

Ideologia integrada​

As escolas russas também deverão fazer grandes mudanças nas aulas básicas. O Ministério da Educação da Rússia já elaborou uma lei que substituiria os estudos sociais do sexto ao oitavo ano por algo chamado “A História da Nossa Região”. Embora os estudos sociais ainda sejam ensinados no ensino médio, muitos russos abandonam a escola após a nona série para frequentar escolas profissionais.

Menos da metade dos tópicos abordados em “A História da Nossa Região” abordarão realmente a história local porque o curso pretende incorporar tópicos de uma disciplina existente, “Fundamentos da Cultura Espiritual e Moral dos Povos Russos”.

Os tópicos do curso incluem: “A Família Tradicional”, “Riscos e Ameaças à Cultura Espiritual e Moral da Rússia”, “O Mundo Russo”, “Língua Russa – a Base da Cultura Russa”, “Valores Espirituais e Morais do Povo Russo”. ”, “Unidade de Valores nas Religiões da Rússia”, “Heróis das Forças Armadas” e “O Dever do Cidadão para com a Sociedade”.

Os alunos ainda terão aulas separadas de “Conversas Importantes”, mas agora a ideologia do Estado também será integrada e dispersa pelas disciplinas regulares.

Anteriormente, os assuntos ideológicos podiam ser em grande parte ignorados. Embora possam influenciar os prêmios na escola, não tiveram impacto nas admissões nas faculdades. Agora que a ideologia foi adicionada ao currículo escolar básico, porém, tópicos relacionados serão incluídos no teste de aptidão universitária da Rússia, o Exame de Estado Unificado (EGE).

Os estudantes que planeiam fazer o EGE de história são agora obrigados a conhecer as razões para “O Renascimento da Federação Russa como Potência Mundial”, “A Reunificação da Crimeia com a Rússia” e “A Operação Militar Especial na Ucrânia”. Em 2023, apenas a anexação da Crimeia pela Rússia foi incluída.

Em 2024, a lista de tópicos que os alunos devem saber para o EGE em estudos sociais inclui coisas como “Os valores espirituais da sociedade russa” e “A política estatal da Federação Russa para combater o extremismo”. Nenhum desses tópicos estava no exame do ano passado.
 
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