Nome do game:
Metroid (NES/Famicom)
Ano de lançamento:
1986
Gênero (definido por você): Hack'n'Slash metroidvânio da Silva!
(Brincadeira!!!!)
Plataforma/Labirinto
Minha impressão:
Em 1986, nascia um clássico. Seu nome? Metroid.
O jogo foi desenvolvido pela R&D1/Nintendo, por nomes que, outrora fossem desconhecidos (Gunpey Yokoi, Satoru Okada, Hiroji Kiyotake e Yoshio Sakamoto), hoje contam com um grupo convícto de fãs. Basicamente é um jogo que, surge com o modelo de "labirinto de ação/luta solitária" para conseguir chegar ao seu final.
A história básica dele é que você tem sob seu controle, a caçadora de recompensas e mercenária Samus Aran (lembrando que, na versão americana, NUNCA foi explicado que era uma mulher debaixo da armadura de proteção), chamada para tentar deter a proliferação de seres parasitas conhecidos como Metroid. O jogo conta com um estilo 'dark sci-fi', se confundindo com as plataformas de Mario Bros, Legend of Zelda e um (GRANDE) toque de Aliens (talvez seja desse filme que veio a inspiração de uma protagonista mulher, descendo a lenha nos inimigos)
Nas primeiras vezes que se joga, a sensação de completo abandono vai se concretizando: a trilha sonora dele é simples, porém não enjoa. Pra piorar, você começa literalmente em um ponto, quase centralizado, em um mapa COMPLETAMENTE desconhecido, onde a sua obrigação é de sair 'cartografando' as direções por onde você vai, volta, passa de novo....
Não vou mentir que não dei conta de terminar esse jogo na época que o encarei na sua primeira vez (e hoje também, mas por motivos BEM diferentes...) (Yuri e leoa inclusos no motivo.... Além de minha total e completa teimosia de NÃO QUERER JOGAR ISSO EM EMULADORES pra fazer save state!), mas é um dos poucos jogos (se não for o único) que simplesmente me dá a sensação completa de solidão, no estilo único da palavra, já que não tenho 'backup' de apoio, mapas para auxílio, ou simplesmente, uma 'mão amiga' de se saber que, no final das contas, terei salvo alguém 'importante' para a heroína, ou algo assim.
Sobre o fator de jogabilidade, ela é muito acentuada e é bem puxado no seu início, quando você começa sua operação contando apenas com sua arma mais simples, uma espécie de canhão laser fraco. A medida que vai se chafurdando mais e mais pelos corredores do jogo (seja pra cima, baixo, esquerda ou direita) e a cada descoberta feita, as armas que vão sendo reforçadas ou a resistência de seu traje de contenção que vai sendo aumentada, você pensa que sua confiança pode aumentar, mas ainda assim, permanece um vácuo escuro, cheio de pensamentos contrapostos que irão surgindo (e você tem que conviver com essas dúvidas pelo decorrer do jogo)
A trilha sonora eu já citei, mas ela merece ser citada de novo porque ela consegue manter o clima de tensão (quase como o 'batimento cardíaco', usado na trilha sonora de Tubarão (Spielberg - 1975) ou a trilha sonora de Space Invaders, que também bebe da mesma fonte) e te acompanha nas mais diversas fases.
E sobre envelhecer, eu acredito que, tirando o fator evolucionário das tvs de hoje em dia, é um tipo de jogo que envelheceu bem. Mesmo que já o tenha terminado diversas vezes, o planeta Zebes e seus indesejáveis habitantes não sairá de sua mente.
Tem gente que sempre toca no assunto "Super Metroid é MELHOR que Metroid". O que posso responder quanto a isso é: "Super Metroid é uma aventura DIFERENTE de Metroid. Seria como comparar a época da guerra fria (Estados Unidos vs Rússia/União Soviética) com a 'guerra tecnológica' (EUA vs.... Coréia do Norte?)", mas em diversão/tensão, acredito que os dois tem suas luzes no palco sempre acesas, e que não irão se extinguir com o tempo.
Minha nota é (entre 1 e 5): ♥♥♥♥