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Bolsonaro minimiza o Coronavírus, diz que é uma “pequena crise” e se trata muito mais de uma “fantasia” propagada pela mídia no mundo todo

Layzem

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Quero ver alguém da esquerda progressista se manifestar sobre isso daqui :lolwtf Ahhuuu gado bolsonarista!!!!


Olhem isso :khuebr

Os dados estão mostrando que está morrendo mais homem que mulher, será que seu eu mudar de sexo o virus vai me respeitar mais e me matar menos?
 

Zefiris

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O Bolsonaro está minimizando o pânico desproporcional enquanto em paralelo aumenta a capacidade do sistema de saúde em absorver os doentes. Ele já falou que embora muitos terão sintomas leves ou nenhum, mesmo fora do grupo de risco haverá pessoas passíveis de serem internadas.

E do jeito que estava a quarentena de alguns governdores/prefeitos, os próprios hospitais e médicos sairiam prejudicados devido a falta de insumos hospitalares.
 

Stranger_Eddie

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Por isto que não consigo ver graça em imitadores do Bolsonaro... Tudo forçado e sem graça!

Bolsonaro quando entra no seu pessoal rage mode, basta ele ser ele mesmo que sem esforço incontáveis memes zoeiras são criados :klolwtf
 

observadornato

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Os robozinhos já estão disseminando fake news sobre a suposta abertura do comércio em várias cidades brasileiras.
 


Ivo Maropo

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Mitou é o novo Lacrou.
Mas a "mitada" sempre foi lacração de direita. A diferença é que a mitada se vangloria da própria estupidez. É a "lacração" do sorridente cão que torna qualquer debate impossível. Ou seja, a mitada é uma lacração que se perverteu.
 

B.D. Joe

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No Datena ao vivo:
-A maioria das mortes da Itália não eh por causa de corona

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B.D. Joe

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Mais uma pérola: "No tratamento com a Cloroquina temos respostas positivas em 100% dos casos".
Nem o. Artigo publicado fala disso. Mas o presida sabe.

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geist

Lenda da internet
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Vc me deixa morar na sua casa?
Deixa eu levar amigos pra morarem aí também?

Sim, o que importa é o privado. Inclusive PRA VC. Pois a partir do momento em que o SEU PRIVADO é posto à prova, vc muda sua fala rapidinho.

Esse povo tão bonzinho, tão preocupado com o preço do alcool-gel pra população... Hoje tava falando com um tio meu, ele dizendo que o governo deveria prender as pessoas que estão lucrando com a desgraça alheia. Tão bonzinho, ele. Fiquei emocionado. Outro dia ele tava aqui puto da vida só porque uma travesti estava pedindo esmola na parada, só pelo fato de ser uma travesti. O ódio dele era tão grande que eu tenho certeza que se saísse impune, ele matava ela. E do mesmo jeito ele tem ódio de Uber, dizendo que é uma empresa que também lucra com a desgraça alheia... detalhe que ele era taxista.

Pra vc ver. Pessoas tão boazinhas... tão preocupadas com o mundo... Preocupação com o mundo de c* é r*la. Todo mundo passa uns pelos outros na rua e não dá nem bom dia, nem olha direito na cara (a nao ser que tenha algo de interesse), e vem dizer que tá preocupado com o mundo?

Ah, mermão. Eu tenho muita raiva dessa hipocrisia. Porém, reconheço, eu preciso aprender a ser hipócrita também. Vc fazer parte do grupo de pessoas "Virtuosas", que fala que faz tudo sempre seguindo a boa moral e blablablá (mas que na prática não faz porra nenhuma, só vive dando lição de moral pros outros) tem vários benefícios. Preciso aprender a tirar a emoção do meio e apreciar as vantagens desse modo hipócrita de ser.

De repente todo mundo ficou amoroso. Até semana passada mandava pai e mãe tomar no rabo, não dava uma foda pro próximo, deixava avós à mingua em asilos.
O vírus uniu todos no amor... amor e vagabundagem.
 

Pingu77

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Não entendo como um cara tão imbecil, que não consegue criar uma frase de argumentação que seja coesa, consegue criar uma massa de manobra tão grande.

Brasileiro tem uma tara por político que eu nunca vou entender.

Servidão voluntária.

O poder é um jogo de espelhos. O tirano burro reflete o tirano burro em todos nós. As pessoas servem porque esperam ser servidas.

c
 

Goris

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Óbvio! Mais de 800 mortes por dia com uma epidemia em curso. A causa da morte não eh a epidemia?
Se não me engano são 604.000 mortes por ano na Itália.
Li no Google que foram 7.000 por gripe chinesa, pouco mais de 1%, então, tem uns 98% de mortes por outros motivos.

Ele não mentiu.
 

seifervll

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Se não me engano são 604.000 mortes por ano na Itália.
Li no Google que foram 7.000 por gripe chinesa, pouco mais de 1%, então, tem uns 98% de mortes por outros motivos.

Ele não mentiu.

Estatisticamente é verdade. Mas não lembro de ter visto em anos anteriores cenas te vários caixões empilhados ou caminhões do exército levando corpos pra cremar de qualquer jeito.
 

PhylteR

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Se não me engano são 604.000 mortes por ano na Itália.
Li no Google que foram 7.000 por gripe chinesa, pouco mais de 1%, então, tem uns 98% de mortes por outros motivos.

Ele não mentiu.
Mas nessa conta de mortos por dia, que ontem foram quase mil, entram só os mortos pelo coronavirus... Não entra o cara que caiu de bicicleta e bateu a cabeça...

Você sabe disso né?
 

Figulo

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É bizarro continuar querendo defender esse imbecil a qualquer custo.

Lotar todos os hospitais do país com uma doença não mata nem de longe só quem teve teste positivo para essa doença.

Praticamente todas as cirurgias eletivas do SUS já foram canceladas ou adiadas. Transplantes foram cancelados. Não eram cirurgias que seriam realizadas à toa, as pessoas precisam delas pra viver. Vão morrer esperando a pandemia passar.

Quem bater de carro ou cair de moto daqui a um mês e precisar de vaga em hospital vai morrer. Quem infartar, tiver AVC, apendicite, intoxicação e precisar de vaga... vai morrer.

Asma descompensou, precisa ser intubado? Complicação de parto e precisa de UTI? Grande queimado? Precisa implantar um marcapasso? Criança passou mal e precisa de ventilador? Vão todos morrer, todas as vagas estarão ocupdas e todas as equipes estarão sobrecarregadas.


E algum gênio quer contar o número de mortes com teste positivo em lugares que nem atingiram o pico de casos e achar que é só esse o problema.

Não é à toa que se reduzem a ficar idolatrando político.
 

Amigo Bolha

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É bizarro continuar querendo defender esse imbecil a qualquer custo.

Lotar todos os hospitais do país com uma doença não mata nem de longe só quem teve teste positivo para essa doença.

Praticamente todas as cirurgias eletivas do SUS já foram canceladas ou adiadas. Transplantes foram cancelados. Não eram cirurgias que seriam realizadas à toa, as pessoas precisam delas pra viver. Vão morrer esperando a pandemia passar.

Quem bater de carro ou cair de moto daqui a um mês e precisar de vaga em hospital vai morrer. Quem infartar, tiver AVC, apendicite, intoxicação e precisar de vaga... vai morrer.

Asma descompensou, precisa ser intubado? Complicação de parto e precisa de UTI? Grande queimado? Precisa implantar um marcapasso? Criança passou mal e precisa de ventilador? Vão todos morrer, todas as vagas estarão ocupdas e todas as equipes estarão sobrecarregadas.


E algum gênio quer contar o número de mortes com teste positivo em lugares que nem atingiram o pico de casos e achar que é só esse o problema.

Não é à toa que se reduzem a ficar idolatrando político.
Não é tão difícil assim de entender qual é o real problema que está por vir.
Algumas pessoas vivem em negação.
 

Figulo

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Não é tão difícil assim de entender qual é o real problema que está por vir.
Algumas pessoas vivem em negação.

Não querem entender.

Querem arrumar desculpa pra justificar o que o imbecil falou.

Se em vez de falar m**** ele falasse que era pra tomar todos os cuidados possíveis eles estariam nos xingando por não levar o problema a sério o suficiente.

Por isso fico mais puto. Se esse m**** tivesse falado que era pra levar a sério, teria uma legião de apoiadores incondicionais ajudando a salvar vidas. Como ele falou m**** e brincou com morte de milhares de pessoas, a legião tenta justificar a m**** que ele falou.

Uma pena.
 

Pingu77

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"BOLSONARO ESTÁ CERTO EM QUERER ACABAR COM A QUARENTENA IMEDIATAMENTE? VEJA O QUE A CIÊNCIA TEM A DIZER

1. O QUE A CIÊNCIA ECONÔMICA TEM A DIZER?

Existem vários pesquisadores na área de economia da saúde que estudam a relação entre economia e epidemias – é o caso, por exemplo, de Raouf Boucekkine, que possui vários papers interessantes sobre os impactos econômicos da AIDS em países africanos. Acontece que essa pandemia de agora traz consequências inéditas e, sendo assim, o conhecimento necessário para lidar com ela, em todo campo de pesquisa que seja, ainda está sendo construído. É o caso do campo da economia. Não obstante, alguns estudos de economia já foram lançados analisando os efeitos econômicos e possíveis medidas a serem tomadas durante essa pandemia.

É o caso de um working paper lançado pela NBER há alguns dias [1], em que os pesquisadores analisaram os impactos macroeconômicos do Covid-19, utilizando-se para tanto de uma adaptação do modelo SIR [2] (acrônimo para suscetível, infectado e recuperado/removido), modelo que é canônico em epidemiologia. Os pesquisadores estudaram a interação entre decisões econômicas e a dinâmica epidemiológica.

O estudo chegou à conclusão de que “reduzindo interações econômicas entre pessoas, essas políticas (políticas de contenção que diminuem o consumo e as horas trabalhadas) exacerbam a recessão mas aumentam o bem-estar ao reduzir o número de mortos causados pela epidemia. Nós encontramos que é eficiente introduzir medidas de contenção de larga escala que resultam em uma aguda, sustentada queda no produto agregado. Essa política de contenção ótima salva aproximadamente meio milhão de vidas nos EUA”.

Outro estudo [3] usou dados da gripe espanhola para verificar o custo-benefício de intervenções não-farmacêuticas (como quarentena, por exemplo). O estudo concluiu que “cidades que intervêm mais cedo e mais agressivamente não têm um pior desempenho (econômico) e, na verdade, crescem mais rápido depois que a pandemia passa. Nossos achados portanto indicam que intervenções não-farmacêuticas não apenas reduzem a mortalidade; elas também mitigam consequências econômicas adversas de uma pandemia”.

Ou seja, o que os dados mostram é que é falso esse dilema posto de vida vs economia: salvando mais vidas, menos a economia sofre.

1.1. QUAIS AS POLÍTICAS ECONÔMICAS IDEIAS PARA COMBATER ESSA CRISE?

O economista Faria-e-Castro analisou [4] quais as melhores políticas econômicas para se adotar nessa crise. Para tanto, ele utilizou de um modelo DSGE para analisar 5 diferentes tipos de intervenções fiscais durante o shutdown de serviços que está ocorrendo nessa quarentena: (i) compras do governo; (ii) cortes no imposto de renda; (iii) aumento nos benefícios de seguro-desemprego; (iv) transferência incondicional de renda para todos; (v) transferência de renda para firmas do setor de serviços. O estudo concluiu que “a ferramenta mais efetiva para estabilizar a renda das famílias e o consumo dos tomadores de empréstimo no contexto de um choque exógeno que conduz ao shutdown do setor de serviços parece ser um aumento no seguro-desemprego. No geral, programas que envolvem transferência de algum tipo para famílias parecem ser também efetivos. Transferências incondicionais são provavelmente menos custosas em termos de implementação, podem ser preferidas pelos poupadores, e entrega resultados mais ou menos parecidos. Assistência de liquidez para as firmas é efetiva em manter o emprego no setor quarentenado”.

A JP Morgan Chase publicou um estudo em que ela calculou quanto tempo as empresas aguentam ficar paradas, sem nenhum fluxo de caixa, apenas arcando com os custos fixos e semifixos. O resultado é que o tempo médio de sobrevivência das empresas até entrarem em crise é de 27 dias. Restaurantes são os primeiros a entrarem em crise de liquidez, com um tempo médio de sobrevivência de 16 dias. Esses dados estão condensados na figura 3 do relatório [5]. Por isso é muito bem-vinda a proposta dos economistas Armínio Fraga, Vinicius Carrasco e José Scheinkman de conceder crédito para pequenas e médias empresas durante essa crise [6].

2. ALGUNS ESTUDOS EM EPIDEMIOLOGIA

Como argumentam Ferguson et al [7], há duas estratégias para se combater o alastramento do vírus: (i) supressão, que consiste em diminuir o número médio de pessoas que cada pessoa doente infecta (também chamado de número de reprodução, ou simplesmente R) para abaixo de 1, de modo que a doença se extinga com o tempo; ou (ii) mitigação, que consiste em diminuir a velocidade de propagação do vírus, mas sem diminuir o R para abaixo de 1.

Como pode ser visto na figura 3 (A) desse mesmo estudo, caso nenhuma intervenção fosse feita na Grã-Bretanha, um pico iria acontecer em maio desse ano naquele país. Caso se adote uma estratégia de supressão durante cinco meses, o pico, de mesma intensidade, irá acontecer em novembro.

As simulações de Anderson et al [8] estão em consonância com as de Ferguson et al. Eles simulam que o pico da doença ocorre 3,5 meses depois do início das transmissões, caso nenhuma medida de contenção seja feita, e 9 meses depois caso aja ressurgência da doença. Atkeson diz que “a principal mensagem derivada das simulações desse simples modelo SIR da evolução do Covid-19 nos EUA (e provavelmente no mundo inteiro) é que provavelmente vai se requerer medidas de distanciamento social severo por um ano inteiro ou até 18 meses (até que uma vacina possa ser desenvolvida) para evitar consequências severas na saúde pública” [9].

O mesmo Atkeson, nesse mesmo estudo, faz várias simulações do que acontece com vários cenários diferentes de R. Em uma dessas simulações, ele averigua o que acontece se esforços de mitigação severos são impostos de forma temporária (por alguns meses) e então gradualmente relaxados. O modelo prediz que uma vez que os esforços de mitigação são relaxados, a doença retorna sua rápida progressão, alcançando um pico 450 dias depois dos primeiros esforços de mitigação. Preocupante? Sim. Mas em outra simulação ele calcula o que ocorre se aprendermos a diminuir o R e mantê-lo em níveis baixos. No cenário mais otimista, passados 550 dias, menos de 25% da população se infecta.

Wang et al estimaram que, através de esforços para mitigar o contágio, como lockdown, houve uma redução gradual do R em Wuhan, inicialmente de 3,1 para 2,6, e então para 1,9, para finalmente ficar em algo entre 0,9 e 0,5, suficiente para extinguir o número de pessoas doentes com o tempo [10].

Manter o R baixo é o segredo. E para isso nós precisamos de tempo. É o que argumenta Tomas Pueyo em seu brilhante texto “O Martelo e a Dança”, traduzido pelo pessoal do Altruísmo Eficaz [11]. Nesse texto, Pueyo argumenta que o fator tempo é fundamental nesse momento. A escolha não é entre um pico forte agora e um pico forte depois, mas sim entre um pico forte agora e, caso consigamos controlar a doença, mantendo o R por volta de 1, nenhum pico depois.

É o que a China e a Coreia do Sul estão fazendo nesse momento: elas tiveram um alastramento forte da doença, mas então conseguiram controla-la, e agora o número de novos casos está em declínio nesses dois países [12]. Para isso, elas tiveram que fazer uma quarentena inicial, mas agora as pessoas já estão relativamente livres para circular. A estratégia adotada por esses países agora é a de fazer testes massivos, isolar os casos positivos e rastrear o máximo possível as pessoas cujos casos positivos tiveram contato.

Essa estratégia vai dar certo? Ainda estamos para ver. O futuro desses dois países vai determinar o futuro dos demais. Hellewell et al [13] não trazem conclusões tão otimistas. Eles determinaram as condições nas quais o isolamento de casos positivos e o rastreamento de contatos seria suficiente para evitar um novo surto de coronavírus na ausência de outras medidas de controle. Eles encontraram que em cenários muito plausíveis, somente essas medidas seriam improváveis de controlar a transmissão em um período de 3 meses.

3. BOLSONARO ESTÁ CERTO EM QUERER ACABAR COM A QUARENTENA IMEDIATAMENTE?

Dito tudo isso, resta a pergunta acima. Cabe ressaltar que a ciência não faz juízo de valor, e portanto nada tem a dizer sobre o que deve ser feito. Ocorre que ela é a melhor ferramenta para tentar entender o mundo, e portanto negar seus achados durante as tomadas de decisão pode trazer consequências desastrosas. Bolsonaro, ao propor a saída imediata da quarentena, está indo contra os achados de todos os especialistas, sejam eles virologistas, epidemiologistas, sanitaristas, médicos ou até mesmo economistas. Ademais, ele está indo na contramão de todos os líderes mundiais cujos países foram afetados por essa doença [14]. Tais líderes estão se pautando pela palavra dos especialistas, Bolsonaro está se pautando pelas vozes de sua cabeça, e provavelmente também pelo lobby dos empresários míopes.

O argumento de que a quarentena vai destruir a economia, como já visto, é errôneo, uma vez que não tomar medidas de contenção é ainda pior para a economia, é o que o estudo linkado em [3] argumenta. O que deve ficar claro é que a recessão já está dada, ela é um fato. A gripe espanhola, por exemplo, teve uma taxa de mortalidade de 2% e diminuiu o PIB em 6% e o consumo em 8% [15]. O que deve ser feito agora é tomar medidas que minimizem a crise, ponderando juntamente com ela o número de vidas salvas.

Quanto mais tempo ficarmos em quarentena, maior os custos econômicos dela. Mas como visto, dois países tiveram um surto grande inicial, entraram em quarentena, e agora as pessoas estão relativamente livres para ir e vir. A quarentena inicial é, portanto, uma medida mais do que necessária. Querer acabar com ela justamente agora é de uma irresponsabilidade tremenda.

~ Tomas Heckman.

[1] Martin S. Eichenbaum, Sergio Rebelo and Mathias Trabandt - The Macroeconomics of Epidemics

[2] Várias simulações com modelo SIR podem ser vistas nesse ótimo video:

[3] Sergio Correia, Stephan Luck and Emil Verner - Pandemics Depress the Economy, Public Health Interventions Do Not - Evidence from the 1918 Flu

[4] Miguel Faria-e-Castro - Fiscal Policy during a Pandemic

[5] https://www.jpmorganchase.com/corpo...tCxlP-ExynBXuLJlrwhGA3H2kkmXwxaqke4aF4tXcpMa0

[6] https://www1.folha.uol.com.br/merca...MUPuAKPwUOgVMIMBOlG9lkuiL8WMRtMMfnow6TlfZtrLc

[7] Ferguson et al - Impact of non-pharmaceutical interventions (NPIs) to reduce COVID19 mortality and healthcare demand

[8] Anderson et al - How will country-based mitigation measures influence the course of the COVID-19 epidemic

[9] Andrew Atkeson - What Will Be the Economic Impact of COVID-19 in the US - Rough Estimates of Disease Scenarios?

[10] Wang et al - Phase-adjusted estimation of the number of coronavirus disease 2019 cases in Wuhan, China

[11]

[12] https://aatishb.com/covidtrends/

[13] Hellewell et al - Feasibility of controlling COVID-19 outbreaks by isolation of cases and contacts

[14] https://noticias.uol.com.br/ultimas...das-adotadas-por-paises-contra-a-covid-19.htm

[15] Robert J. Barro, José F. Ursúa and Joanna Weng - The Coronavirus and the Great Influenza Pandemic - Lessons from the 'Spanish Flu' for the Coronavirus's Potential Effects on Mortality and Economic Activity"

c
 

NEOMATRIX

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Não querem entender.

Querem arrumar desculpa pra justificar o que o imbecil falou.

Se em vez de falar m**** ele falasse que era pra tomar todos os cuidados possíveis eles estariam nos xingando por não levar o problema a sério o suficiente.

Por isso fico mais puto. Se esse m**** tivesse falado que era pra levar a sério, teria uma legião de apoiadores incondicionais ajudando a salvar vidas. Como ele falou m**** e brincou com morte de milhares de pessoas, a legião tenta justificar a m**** que ele falou.

Uma pena.

Não é o querer entender ou não. É o ligar o f**a-se mesmo.
O que seria melhor? Doer meu bolso ou um velho (que já tá no fim da carreira) mais alguns adultos morrerem?
Meu bolso. O medo de ficar desempregado e não conseguir recolocação.
Sabe quando você tem aquele chefe que quando dá a m****, procura se isolar e te expor pra vc pagar o pato? Esse é o perfil do brasileiro medio.

Difícil achar um brasileiro que aceite passar por privações ou tirar do bolso pra ajudar o outro que vai se foder. Esse não é o perfil do brasileiro.


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Jerry Lee

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O Bolsonaro deveria saber que ainda não chegamos no pior ponto dessa crise. Melhor falar menos e trabalhar mais.
Minimizar os acontecimentos das últimas semanas é passar atestado de burrice. Votei 17 mas digo que eles está totalmente errado dessa vez.
 

Figulo

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Não é o querer entender ou não. É o ligar o f**a-se mesmo.
O que seria melhor? Doer meu bolso ou um velho (que já tá no fim da carreira) mais alguns adultos morrerem?
Meu bolso. O medo de ficar desempregado e não conseguir recolocação.
Sabe quando você tem aquele chefe que quando dá a m****, procura se isolar e te expor pra vc pagar o pato? Esse é o perfil do brasileiro medio.

Difícil achar um brasileiro que aceite passar por privações ou tirar do bolso pra ajudar o outro que vai se foder. Esse não é o perfil do brasileiro.


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São duas coisas separadas.

Uma coisa é pedir o fim da quarentena pra nego não morrer de fome. Manter abertos serviços realmente essenciais, manter empregos da maneira mais segura possível.
Dá pra argumentar. Dá pra defender. Dá pra procurar uma maneira de fazer isso que custe a menor quandidade de vidas possível.


Outra coisa é debochar de gente morrendo. Fazer piada. Chamar o problema que fodeu o mundo inteiro de gripezinha. Falar abertamente pra nego não se isolar. Querer abrir igreja pra dar dinheiro pra pastor que traz voto. Minimizar o número de mortes pra encaixar em seus argumentos.
Isso não tem justificativa. Não tem como defender. Não tem desculpa. É matar gente por matar. A troco de absolutamente nada. Só pra manter a imagem de tiozão do WhatsApp (que é o que elege presidente nesse país) ou pra fazer média com os pastores donos de currais eleitorais.

Quem fica inventando desculpa pra esse comportamento que vai matar mais gente só porque quer idolatrar político não tem defesa.
 

Jerry Lee

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São duas coisas separadas.

Uma coisa é pedir o fim da quarentena pra nego não morrer de fome. Manter abertos serviços realmente essenciais, manter empregos da maneira mais segura possível.
Dá pra argumentar. Dá pra defender. Dá pra procurar uma maneira de fazer isso que custe a menor quandidade de vidas possível.


Outra coisa é debochar de gente morrendo. Fazer piada. Chamar o problema que fodeu o mundo inteiro de gripezinha. Falar abertamente pra nego não se isolar. Querer abrir igreja pra dar dinheiro pra pastor que traz voto. Minimizar o número de mortes pra encaixar em seus argumentos.
Isso não tem justificativa. Não tem como defender. Não tem desculpa. É matar gente por matar. A troco de absolutamente nada. Só pra manter a imagem de tiozão do WhatsApp (que é o que elege presidente nesse país) ou pra fazer média com os pastores donos de currais eleitorais.

Quem fica inventando desculpa pra esse comportamento que vai matar mais gente só porque quer idolatrar político não tem defesa.
Eu admito que algumas falas do Presidente até soam engraçadas, mas agora não é o momento pra falar bobagem.
Ele está errado. O problema com o Coronavírus precisa ser encarado com seriedade, não sabemos ainda quais serão os danos quando tudo isso acabar.
E olha que eu defendo ele pra caraio, mas agora não tem como defender.
 
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