Eu entendo o seu ponto de vista e não tiro a sua razão, mas concordo com o user a quem você respondeu: cinema, acima de tudo é entretenimento, coisa que os cineastas brasileiros desconhecem. Eu QUERO desligar a mente da realidade quando vou ao cinema, não ver ainda mais realidade na telona. Não quero receber lições de moral, e nem encontrar o sentido da vida enquanto assisto a um filme. Só quero me entreter, me distrair e esquecer da realidade enquanto estou lá no cinema.
O cinema brasileiro, basicamente, sustenta-se nesse tripé: filmes de ação/violência - com direito a sempre mostrar as favelas do Rio de Janeiro e os traficantes, como se o Brasil se resumisse a isso - filmes autobiográficos que muitas vezes também tentam endeusar o autobiografado, e filmes de comédia romântica muito meia-bocas.
O cinema brasileiro não sai disso. É um ciclo vicioso.
Você vê algum filme de ação brasileiro (que não seja no Rio de Janeiro e que não tenha sempre favelas e traficantes)? Não.
De aventura? Não.
De romance (falo romance mesmo, não essas comédias românticas brasileiras, que de engraçadas não têm nada)? Não.
De drama (sem ser autobiográfico)? Uma vez na vida, uma vez na fronteira entre a vida e a morte, e uma vez na morte (e olhe lá).
De suspense? Não.
De terror (não gosto do gênero, mas isso não vem ao caso)? Não.
De fantasia? Não.
De ficção? Não.
Então, cara, assim fica difícil, pelo menos PARA MIM, conseguir gostar de algo que o cinema brasileiro produza.